Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
“Os tipos penais eleitorais, como regra, são objeto de severa crítica
doutrinária, fundamentalmente porque, em sua grande maioria,
traduzem pensamento legislativo defasado e se preocupam com
situações jurídicas distantes das questões efetivamente relevantes à
preservação da higidez do processo eleitoral”. ZILIO, Rodrigo López.
Crimes Eleitorais, p. 26.
Direito Penal como ultima ratio
Código Eleitoral
L. 9.504/97
L. 6.091/74
L. 6.996/82
L. 7.021/82
L. 9.096/95
LC 64/90
Art. 284. Sempre que êste Código não indicar o grau mínimo,
entende-se que será ele de quinze dias para a pena de detenção e
de um ano para a de reclusão.
Aplica-se ao caso da
Pena - Reclusão até cinco anos e transferência de domicílio eleitoral
pagamento de cinco a 15 dias- feita de forma fraudulenta
multa.
Crime formal
Art. 295. Reter título eleitoral contra a Crime comum (não servidor)
vontade do eleitor:
Art. 298. Prender ou deter eleitor, Art. 236. Nenhuma autoridade poderá,
membro de mesa receptora, fiscal, desde 5 (cinco) dias antes e até 48
delegado de partido ou candidato, (quarenta e oito) horas depois do
com violação do disposto no Art. 236: encerramento da eleição, prender ou
deter qualquer eleitor, salvo em
flagrante delito ou em virtude de
Pena - Reclusão até quatro anos sentença criminal condenatória por
crime inafiançável, ou, ainda, por
desrespeito a salvo-conduto.
§ 1º Os membros das mesas receptoras
e os fiscais de partido, durante o
exercício de suas funções, não
poderão ser detidos ou presos, salvo o
caso de flagrante delito; da mesma
garantia gozarão os candidatos desde
15 (quinze) dias antes da eleição.
Código Eleitoral
Art. 302. Promover, no dia da eleição, Das mais altas penas do Código
com o fim de impedir, embaraçar ou Eleitoral: claramente
fraudar o exercício do voto a desproporcional aos demais tipos
concentração de eleitores, sob penais, especialmente a corrupção
qualquer forma, inclusive o eleitoral ou a fraude na contagem
fornecimento gratuito de alimento e de votos
transporte coletivo:
Art. 305. Intervir autoridade estranha Crime próprio: somente pode ser
à mesa receptora, salvo o juiz cometido por “autoridade
eleitoral, no seu funcionamento sob estranha à mesa receptora”
qualquer pretexto:
Art. 309. Votar ou tentar votar mais Crime próprio (nos verbos votar ou
de uma vez, ou em lugar de outrem: tentar votar mais de uma vez) ou
comum (na figura do voto em
lugar de outrem)
Pena - reclusão até três anos.
Art. 309. Votar ou tentar votar mais A redação do tipo penal equivale
de uma vez, ou em lugar de outrem: a figura consumada (votar) da
tentada (tentar votar)
Problema de proporcionalidade?
Pena - reclusão até três anos.
“Conquanto a punição em
abstrato seja cominada
igualitariamente ao crime
consumado e tentado, o julgador,
ao concretizar a pena, deve
sopesar diversamente a conduta
consumada da mera tentativa,
pois inadmissível que um ato
tentado tenha punição em
concreto equivalente ao delito
consumado”. ZÍLIO, p. 126.
Código Eleitoral
Art. 310. Praticar, ou permitir membro Crime comum (no caso do verbo
da mesa receptora que seja praticar) ou crime próprio do
praticada, qualquer irregularidade membro da mesa receptora (na
que determine a anulação de modalidade de “permitir que se
votação, salvo no caso do Art. 311: pratique)
Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo Como a divulgação não é verbo
do voto: do tipo, não pratica o crime
aquele que, ciente do conteúdo
do voto que não violou, o divulga
Pena - detenção até dois anos.
Há equivalência entre as
modalidades consumada (violar)
e tentada (tentar violar)
Código Eleitoral
Art. 315. Alterar nos mapas ou nos Crime próprio: somente pode ser
boletins de apuração a votação praticado por quem participa da
obtida por qualquer candidato ou apuração
lançar nesses documentos votação
que não corresponda às cédulas
apuradas: É o caso clássico de “mapismo”, a
alteração material da votação
Pena - reclusão até cinco anos e
pagamento de 5 a 15 dias-multa. Pode ocorrer na alteração, para
mais ou para menos, dos votos
obtidos por candidato, partido ou
coligação
Art. 319. Subscrever o eleitor mais de Crime próprio, que só pode ser
uma ficha de registro de um ou mais praticado por eleitor
partidos:
Abrange as propagandas
partidária, intrapartidária e
eleitoral
Código Eleitoral
Possibilidade de prática da
conduta de exercício arbitrário
das próprias razões (art. 345 do
CP)
Código Eleitoral
Art. 336. Na sentença que julgar ação Para que fosse aplicada, necessária
penal pela infração de qualquer dos seria a chamada do Diretório para
artigos 322, 323, 324, 325, 326,328, 329, participar do processo, na condição
331, 332, 333, 334 e 335, deve o juiz de réu
verificar, de acôrdo com o seu livre
convencionamento, se diretório local
do partido, por qualquer dos seus Questionamento quanto à teoria a
membros, concorreu para a prática de embasar a responsabilidade da
delito, ou dela se beneficiou pessoa jurídica: atribuição ou fato
conscientemente. próprio
Parágrafo único. Nesse caso, imporá o
juiz ao diretório responsável pena de
Dificuldade para conceber a ideia
suspensão de sua atividade eleitoral
de culpabilidade da pessoa jurídica
por prazo de 6 a 12 meses, agravada
até o dôbro nas reincidências.
Código Eleitoral
Trata-se de espécie de
prevaricação
Código Eleitoral
Art. 346. Violar o disposto no Art. 377: Art. 377. O serviço de qualquer
repartição, federal, estadual,
municipal, autarquia, fundação
Pena - detenção até seis meses e do Estado, sociedade de
pagamento de 30 a 60 dias-multa. economia mista, entidade
mantida ou subvencionada pelo
poder público, ou que realiza
Parágrafo único. Incorrerão na pena, contrato com êste, inclusive o
além da autoridade responsável, os respectivo prédio e suas
servidores que prestarem serviços e dependências não poderá ser
os candidatos, membros ou diretores utilizado para beneficiar partido
de partido que derem causa à ou organização de caráter
infração. político.
Código Eleitoral
Art. 351. Equipara-se a documento (348,349 Art. 353. Fazer uso de qualquer dos
e 350) para os efeitos penais, a fotografia, o documentos falsificados ou alterados, a que
filme cinematográfico, o disco fonográfico se referem os artigos. 348 a 352:
ou fita de ditafone a que se incorpore
declaração ou imagem destinada à prova
de fato juridicamente relevante. Pena - a cominada à falsificação ou à
alteração.
Art. 35. Pelos crimes definidos nos arts. Naturalmente que isso somente
33, § 4º e 34, §§ 2º e 3º, podem ser pode ocorrer se os critérios de
responsabilizados penalmente os imputação objetiva e subjetiva
representantes legais da empresa ou forem observados
entidade de pesquisa e do órgão
veiculador.
Não há responsabilidade objetiva
no âmbito criminal
Lei 9.504/97
Art. 90. Aos crimes definidos nesta Lei, Aplicação subsidiária das regras
aplica-se o disposto nos arts. 287 e do Código Penal também aos
355 a 364 da Lei nº 4.737, de 15 de crimes da L. 9.504/97
julho de 1965 - Código Eleitoral.
Os representantes legais de
§ 1º Para os efeitos desta Lei, partidos e coligações apenas
respondem penalmente pelos respondem na medida de sua
partidos e coligações os seus culpabilidade
representantes legais.
Art. 11. Constitui crime eleitoral: Art. 3º Até cinqüenta dias antes da data do
pleito, os responsáveis por todas as
repartições, órgãos e unidades do serviço
I - descumprir, o responsável por órgão, público federal, estadual e municipal
repartição ou unidade do serviço público, o oficiarão à Justiça Eleitoral, informando o
dever imposto no art. 3º, ou prestar, número, a espécie e lotação dos veículos e
informação inexata que vise a elidir, total ou embarcações de sua propriedade, e
parcialmente, a contribuição de que ele justificando, se for o caso, a ocorrência da
trata: exceção prevista no parágrafo 1º do art. 1º
desta Lei.
Art. 11. Constitui crime eleitoral: Crime próprio: daquele que teve
veículo requisitado
Pena - reclusão de quatro a seis anos Art. 10. É vedado aos candidatos ou
e pagamento de 200 a 300 dias- órgãos partidários, ou a qualquer
multa (art. 302 do Código Eleitoral); pessoa, o fornecimento de transporte
ou refeições aos eleitores da zona
urbana.
Lei 6.091/74
Art. 25. Constitui crime eleitoral a Crime próprio: apenas quem tem
argüição de inelegibilidade, ou a capacidade postulatória para
impugnação de registro de impugnar pedido de registro
candidato feito por interferência do
poder econômico, desvio ou abuso
do poder de autoridade, deduzida A interferência do “poder
de forma temerária ou de manifesta econômico, desvio ou abuso do
má-fé: poder de autoridade” são
elementares da conduta do
agente?
Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos, e multa de 20 (vinte) a 50
(cinqüenta) vezes o valor do Bônus Temeridade: dolo eventual ou
do Tesouro Nacional (BTN) e, no caso culpa?
de sua extinção, de título público A questão da reckless disregard for
que o substitua. truth
Lei Complementar 64/90