metabolismo, nelas as moléculas orgânicas providas pelo alimento são degradados por reações consecutivas em produtos finais menores e mais simples. Anabolismo ou Biossíntese é dependente da disponibilidade de energia livre
Esta energia produzida durante o catabolismo é
conservada na forma de molécula transportadora de energia como o ATP e o NADPH.
Na Biossíntese pequenas moléculas são
transformadas em grandes macromoléculas componentes das células
O Catabolismo e o Anabolismo ocorrem
simultaneamente nas células com velocidades independentes Os aminoácidos (aa) funcionam não só como unidades estruturais para a formação das proteínas, mas também como precursores de uma série de substâncias biologicamente importantes como hormônios e pigmentos, etc.
Os aminoácidos são as unidades estruturais básicas das proteínas.
Dispostos em sequências específicas, os aminoácidos dão identidade e caráter as proteínas.
Os organismos vivos são formados por 20 tipos de aminoácidos.
Os aminoácidos encontrados nas proteínas possuem em comum a presença de um grupo amino (-NH2), um grupo carboxíla (-COOH), um átomo de hidrogênio (H) e um radical R diferenciado (cadeia lateral), ligados a um átomo de carbono (carbono alfa, quiral ou opticamente ativo). Dois aminoácidos não se encaixam nesta definição, a glicina que possui como radical o átomo de hidrogênio e a prolina que contêm o grupo imino (-NH) em substituição ao grupo amino (-NH2), estruturalmente considerada como um iminoácido, mas se inclui entre os aminoácidos por apresentar propriedades semelhantes a estes. A ligação peptídica (reação de condensação) se forma entre o grupo carboxila de um aminoácido e o grupo amino do outro.
Esta ligação ocorre através da liberação de uma molécula
de água para cada ligação peptídica formada. A união de 2 AA formam um dipeptídeo, de 3 AA um tripeptídeo de n AA’s formam um polipetídeo e a união de vários peptídeos formam uma proteína.
Além da ligação peptídica, outras ligações podem ser importantes
para a determinação da estrutura protéica, como pontes de hidrogênio, ligações eletrostáticas / salinas / iônicas, hidrofóbicas / apolares / Van der Walls, ligações polares / dipolo-dipolo e pontes dissulfeto. 1. CLASSIFICAÇÃO
1.1 ESSENCIAIS E NÃO ESSENCIAIS
Essenciais, ou indispensáveis: são aqueles que o organismo
humano não consegue sintetizar.
Desse modo, eles devem ser obrigatoriamente ingeridos
através de alimentos, pois caso contrário, ocorre a desnutrição.
Assim, a alimentação deve ser a mais variada possível para que
o organismo se satisfaça com o maior número desses aminoácidos. A falta desses aminoácidos ESSENCIAIS pode levar à diminuição do crescimento e balanço nitrogenado negativo.
Os aminoácidos não-essenciais, ou dispensáveis, são aqueles
que o organismo consegue sintetizar a partir dos alimentos ingeridos. AA essenciais Fenilalanina Valina Treonina Triptofano Isoleucina
Metionina Histidina Lisina Arginina Leucina
PROTEÍNAS
Alanina Asparagina Aspartato Cisteína Glutamato
Glutamina Glicina Prolina Serina Tirosina
AA não-essenciais Os aminoácidos condicionalmente essenciais ou condicionalmente indispensáveis: quando o organismo precisa de certo aminoácido em algumas condições específicas: desnutridos, cirurgias, lesões.
A arginina pode ser sintetizada em pequena quantidade, mas
é requerida em quantidades maiores para o crescimento e desenvolvimento normais e a histidina é um aa essencial para crianças. Tirosina
Valina 1.2 CADEIA LATERAL
Com base na cadeia lateral dos aminoácidos estes podem ser
classificados como apolares ou polares (sem carga, carregados positivamente (básicos) ou carregados negativamente (ácidos).
Essas propriedades químicas isoladas dos aminoácidos continuam
existindo após a inserção de resíduos destes na cadeia proteica e garantem as propriedades químicas das proteínas. A partir desses blocos de construção distintos, os organismos podem sintetizar produtos muitos diferentes entre si, como enzimas, hormônios, anticorpos, penas de pássaros, teias de aranha, antibióticos, venenos de fungos, entre tantos outros produtos, cada qual com sua atividade biológica característica. AMINOÁCIDOS SÃO ARMAZENADOS NO ORGANISMO CELULAR? Não existe reserva considerável de aas livres no organismo.
Os aa permanecem em estado dinâmico de turnover, ou
reciclagem, de síntese intracelular e degradação do excedente.
O destino do pool (conjunto presente em todo organismo) de aas
livres é múltiplo: incorporação em proteína tissular, neoglicogênese e síntese de novos compostos nitrogenados (creatina e epinefrina). 2. PROPRIEDADES DOS AMINOÁCIDOS
a) Propriedade elétrica (ácida ou básica):
b) Ponto isoelétrico (pI):
*
A amônia é incorporada ao glutamato e à glutamina.
*
A glutamato sintase catalisa a aminação redutiva do α-
cetoglutarato. *
O grupo amino do glutamato pode ser transferido para diversos
α-cetoácidos em reações catalisadas por enzimas conhecidas como transaminases ou aminotransferases. * Biossíntese de aminoácidos, mostrando a conexão com a glicólise/gliconeogênese e com o ciclo do ácido cítrico. *
Glutamato e glutamina são componentes importantes na
assimilação do nitrogênio.
Glutamina e aspartato também são fundamentais como
precursores das biossínteses de purinas e de pirimidinas.
Serina e glicina são precursores metabólicos de vários outros
compostos. *
Cada proteína se renova em uma velocidade diferente.
Suas meias-vidas podem variar de poucos minutos a várias
semanas, mas a meia-vida de uma dada proteína em órgãos e espécies diferentes é, normalmente, semelhante.
Algumas proteínas têm meias-vidas muito curtas porque são
destinadas especificamente à degradação. Os lipídios e as proteínas, apesar de possuírem poder energético igual ou superior mesmo aos carboidratos, apresentam outras funções no organismo e são absorvidos após a absorção dos carboidratos, sendo utilizados, secundariamente, como produtores de energia, apesar do alto poder calórico (9,3 kcal/g dos lipídios e 4,1 kcal das proteínas). 1. CLASSIFICAÇÃO
1.1 ESSENCIAIS E NÃO ESSENCIAIS
Essenciais, ou indispensáveis: são aqueles que a
célula não consegue sintetizar.
Desse modo, eles devem ser obrigatoriamente
ingeridos através de alimentos, pois caso contrário, ocorre a diminuição do crescimento e morte.. AA essenciais Fenilalanina Valina Treonina Triptofano Isoleucina
Metionina Histidina Lisina Arginina Leucina
PROTEÍNAS
Alanina Asparagina Aspartato Cisteína Glutamato
Glutamina Glicina Prolina Serina Tirosina
AA não-essenciais Muitas conformações (estruturas tridimensionais) diferentes são possíveis para uma molécula grande como uma proteína. A) A estrutura primária diz respeito ao tipo e à sequência de aminoácidos na molécula proteica. B) A secundária é formada por associação de membros próximos da cadeia polipeptídica e mantida à custa das pontes de hidrogênio. C) Na terciária, a molécula proteica arranja-se em estruturas globulares, utilizando diversos tipos de ligações como pontes de hidrogênio, hidrofóbicas, iónicas, eletrostáticas e covalentes. Estas últimas são representadas pelas pontes de dissulfetos entre os resíduos de cisteína. D) Finalmente, a forma como diversas estruturas terciárias ou subunidades se associam é chamada estrutura quaternária. A) Estrutura primária: resulta em uma longa cadeia de aminoácidos semelhante a um "colar de contas", com uma extremidade amino terminal (-NH2) e uma extremidade carboxi terminal (-COOH).
A estrutura primária de uma proteína é destruída por
hidrólise química ou enzimática das ligações peptídicas, com liberação de peptídeos menores e aminoácidos livres B) Estrutura secundária: é mantida pelas ligações ou pontes de hidrogênio, que podem ser intramolecular ou (α-hélice) ou intermolecular (β-pregueada).
Apesar das pontes de hidrogênio serem consideradas fracas, o
elevado número destas ligações confere grande estabilidade a essas estruturas.
A maioria das proteínas exibe os dois tipos de estrutura
secundária. Ex: mioglobina. Estrutura –hélice Estrutura - preguiada C) Estrutura terciária: se refere ao arranjo espacial da cadeia polipeptídica (dobramento ou formação de laços), já dotada ou não de estrutura secundária. Na determinação da estrutura terciária e na determinação da conformação de uma proteína entram forças de naturezas diversas , tais como:
1) Pontes de hidrogênio: estabelecidas entre grupos R de aminoácidos polares
ou sem carga, diferentes das pontes de hidrogênio da estrutura secundária e não apresentam um padrão regular de disposição. Por exemplo serina e treonina.
2) Interações hidrofóbicas: formadas entre cadeias laterais hidrofóbicas dos
aminoácidos apolares. 3) Ligações iônicas ou salinas: incluem-se nesta categoria, interações de grupos com cargas opostas, como os presentes nos aminoácidos básicos (lisina, arginina e histidina)
4) Ponte dissulfeto: Além das 3 ligações não covalentes acima
descritas, a estrutura proteica pode ser estabilizada por uma ligação covalente, a ponte dissulfeto -S-S-. D) Estrutura quaternária: são formadas de mais de uma unidade estrutural (subunidades). Cada unidade estrutural pode conter, por sua vez, um ou mais polipeptídios.
Cada polipeptídio apresenta o seu próprio grau de
estruturação (primário, secundário, terciário). As subunidades estruturais ligam-se umas nas outras por ligações não covalentes. Mioglobina (estrutura 3) Hemoglobina (estrutura 4), contém 574 resíduos de aas PROPRIEDADES DAS PROTEÍNAS
A) Desnaturação proteica
Proteínas são chamadas nativas quando estão em sua conformação
tridimensional funcional, podendo adquirir a forma desnaturada quando submetida a tratamentos como:
Aquecimento, agitação, radiações ultravioleta e visível, raios x.
Ou provocados por agentes químicos, como ácidos e bases fortes,
determinados solventes orgânicos miscíveis em água (etanol, acetona) Ou substâncias anfipáticas como detergentes ou soluções concentradas de ureia e cloreto de guanidina, além de metais pesados (chumbo e mercúrio), que não afetam a sequência de aminoácidos, mas causam transformações na molécula.
Distúrbios no processo de enovelamento da cadeia proteica, e a
consequente agregação de moléculas, estão envolvidos em diversas condições patológicas, tais como: doença de Alzheimer, doença de Parkinson, e outras doenças neurodegenerativas, infecções, câncer etc. B) Propriedades elétricas
O comportamento de uma proteína globular em solução ácida ou
básica é determinado em grande parte pelo número e natureza dos grupos ionizáveis nos radicais R dos resíduos de aminoácidos.
As proteínas, do mesmo modo que os peptídeos e aminoácidos,
possuem pH’s isoelétricos característicos nos quais elas se comportam como íons dipolares, não possuindo cargas positivas ou negativas em excesso. C) Solubilidade:
A solubilidade de uma proteína depende do número
e do arranjo de cargas na molécula, que por sua vez depende da composição em aminoácidos.
Partes não proteicas da molécula, como lipídeos,
carboidratos, fosfatos, etc., também afetam a solubilidade. D) Tampão:
Um tampão é uma solução que resiste a mudanças de pH
quando se adicionam quantidades moderadas de ácido ou base.
Pode ser constituído de um ácido fraco e seu ânion, tal como
ácido acético e íon acetato. Ou também de uma base fraca e seu cátion correspondente, tal como amônia e íon amônio. Os principais tampões biológicos são o fosfato, as proteínas e o bicarbonato. FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS As proteínas podem ser agrupadas em várias categorias de acordo com a sua função. De uma maneira geral, as proteínas desempenham nos seres vivos as seguintes funções: estrutural, enzimática, de defesa, nutritivo, e transporte. FUNÇÃO ESTRUTURAL - participam da estrutura dos tecidos. Exemplos: - Colágeno: proteína de alta resistência - Actina o Miosina: proteínas contráteis - Queratina: proteína impermeabilizante - Albumina: proteína relacionada com a regulação osmótica FUNÇÃO ENZIMÁTICA - toda enzima é uma proteína. As enzimas são fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas. Dentre as proteínas com função enzimática podemos citar, como exemplo, as lipases - enzimas que transformam os lipídios em sua unidades constituintes, como os ácidos graxos e glicerol. FUNÇÃO DE DEFESA - existem células no organismo capazes de "reconhecer" proteínas "estranhas" que são chamadas de antígenos. Na presença dos antígenos o organismo produz proteínas de defesa, denominados metabólitos. FUNÇÃO NUTRITIVA - as proteínas servem como fontes de aminoácidos, incluindo os essenciais requeridos pelo homem e microrganismos. Esses aminoácidos podem, ainda, ser oxidados como fonte de energia no mecanismo respiratório. TRANSPORTE – fazem o transporte dos eletrólitos contidos no meio de cultura para dentro das células Forma de apresentação
Dois tipos distintos de proteínas podem ainda serem evidenciados
quanto à forma tridimensional das cadeias polipeptídicas.
A. PROTEÍNAS FIBROSAS: que apresentam forma alongada, geralmente são
insolúveis em água e desempenham papel estrutural passivo nos sistemas biológicos. São formadas pela associação de módulos repetitivos, possibilitando a construção de grandes estruturas.
Os componentes fundamentais das proteínas fibrosas são cadeias
polipeptídicas muito longas com estrutura secundária regular. Exemplos:
-COLÁGENO (tripla hélice, tropocolágeno, que
quando submetida ao aquecimento, a estrutura do colágeno é rompida, origina uma proteína, mais solúvel.).
As fibras de colágeno são responsáveis pelas
funções mecânicas e de sustentação. α-QUERATINA (α-hélice), As β-queratinas (β- pregueada) são as fibras formadas por empilhamento de folhas β- pregueada, B) PROTEÍNAS GLOBULARES: que tendem a ser estruturalmente complexas, adquirem forma final aproximadamente esférica, são geralmente solúveis em água e desempenham diferentes funções dinâmicas. Ex: enzimas.
Colágeno (proteína fibrosa) Enzima
(proteína globular) Quanto à origem, as proteínas podem ser A) Exógenas, provenientes das proteínas ingeridas do meio, ou B) endógenas, derivadas da degradação das proteínas celulares do próprio organismo. Como as proteínas têm em média 16% de nitrogênio na sua estrutura, costuma-se obter seu teor de um alimento dosando o teor de nitrogênio e multiplicando-o por 6,25 para transformá-lo em teor de proteína. Contudo, este fator representa apenas um valor médio. Função enzimática
Toda enzima é uma proteina, mas nem toda proteína é
uma enzima. A enzima normal atua transforando um substrato em um produto, através do seu sítio catalítico, sem nenhum outro componente, funcionando como um sistema chave fechadura, segundo a equação de Michaelis-Menten ENZIMAS ALOSTÉRICAS
DEFINIÇÃO DE ENZIMAS ALOSTÉRICAS
CINÉTICA DE ENZIMAS ALOSTÉRICAS COM
MODULADORES POSITIVOS E NEGATIVOS
CONCEITOS GERAIS
Uma enzima alostérica é uma enzima na qual necessita
de um modulador que se ligue em outro sitio que não o
catalítico para aumentar ou diminuir a sua atividade.
CONCEITOS GERAIS
Além disso, esta modulação também pode ser por adição
de grupamentos químicos em sítios específicos da enzima
CINÉTICA ENZIMÁTICA
Para enzimas de maneira geral temos:
Cinética de 1ª ordem ----- Curva hiperbólica ( 1 fator)
Cinética de 2ª ordem ----- Curva sigmoide (2 fatores)