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DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE

SERVIÇO
• Noções Introdutórias

• A prestação de serviços no Código Civil é


disciplinada nos arts. 593 a 609. Trata-se antes de
tudo, da obrigação de fazer, mediante
remuneração da parte requisitante. Qualquer
pessoa pode se obrigar a desempenhar
determinada atividade a outrem mediante uma
retribuição. Contudo, para que haja aplicação das
regras contidas no Código Civil é imprescindível
que não haja subordinação hierárquica do
prestador de serviço em relação à outra parte que
o toma, para não advir legislação trabalhista sobre
o mesmo serviço.
• Natureza Jurídica
• O contrato de prestação de serviço é oneroso, pois
ambas as partes sofrem sacrifício patrimonial;
bilateral, já que ambas também terão obrigações a
cumprir; consensual vez que se aperfeiçoa com o
simples consenso das partes; pode ser pessoal ou
impessoal, dependendo da estipulação negocial;
informal, vez que o CC não exige solenidade para sua
consolidação.
• Ressalte-se que há previsão no art. 595 do CC no
sentido de que quando qualquer das partes não
souber ler ou escrever, o instrumento poderá ser
assinado a rogo e subscrito por duas testemunhas.
Isso não implica imposição de forma escrita, apenas
instrumentaliza caso haja dificuldade na formalização.
Pode ser realizado verbalmente, sem problemas.
• A Retribuição
• A retribuição representa a contraprestação com
que deverá arcar aquele que toma o serviço. Sobre
ela, não se tendo estipulado, nem chegado a
acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento,
segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e
sua qualidade.
• A retribuição só pode ser exigida pelo prestador de
serviço após a prestação de serviço, se nada foi
estipulado em sentido contrário no contrato, ou
então, se por força de costume não houver de ser
adiantada, ou paga em prestações.
• Geralmente a retribuição se materializa em
dinheiro, mas não há óbice que seja dada em
espécie.
• Caso o serviço tenha sido prestado por pessoa
inabilitada para o desempenho da atividade ou
que não satisfaça outros requisitos estabelecidos
em lei, não poderá ser exigida pelo prestador do
serviço a remuneração. Esta será devida, todavia,
se a outra parte se beneficiar da prestação de
serviço e se o prestador de serviço tiver atuado
com boa fé, cabendo-lhe uma compensação
razoável, sob pena de configuração de indevido
enriquecimento ilícito em favor da outra parte.
• Ex: uma parteira, sem habilitação fornecida pelo
Conselho de Medicina, em pequenina cidade do
interior, na noite de natal, realiza o parto de uma
criança, posto não haver médicos disponíveis no
momento para a realização do parto. É evidente
que a parteira merece tal retribuição.
• Só não será possível a retribuição se a prestação
de serviço resultar em proibição por lei de ordem
pública. Essa é a previsão do parágrafo único do
art. 606 do CC.
• A Temporariedade
• O contrato de prestação de serviços é
eminentemente TEMPORÁRIO, ou seja, cinge-se a
um lapso temporal em que o prestador do serviço
deverá desempenhar sua atividade. Com base
nisso e para que se evite a possibilidade de abuso
da parte mais forte no contrato, o CC em seu art.
598 estipula que a prestação de serviço não
poderá convencionar por mais de 4 (quatro) anos.
Caso ocorra o alcance de 4 anos e o serviço não
tenha acabado, será necessária a elaboração de
novo contrato.
• Excepcionalmente, mesmo para os contratos com
prazo inferior a 4 anos, tem-se verificado a
possibilidade de redução equitativa pelo juiz, em clara
relativização do pacta sunt servanda e observância
dos princípios da boa fé e função social dos contratos.
• No prazo do contrato não se considerará o tempo em
que o prestador de serviço por culpa sua, deixou de
servir. Ex: “A” contrata um pedreiro durante um
período de 3 meses para a construção de um
barracão. Porém, em 3 meses, 15 dias o pedreiro ficou
afastado para participar de festejos regionais em sua
cidade natal. É evidente que esses 15 dias não serão
computados no prazo de entrega.
• Se o contrato for celebrado com prazo
indeterminado, qualquer das partes poderá colocar
fim ao contrato mediante aviso prévio à outra parte
que deverá se manifestar da seguinte forma:
a) Com antecipação de 8 dias, se o salário se houver fixado
por tempo de um mês ou mais;
b) Com antecipação de 4 dias, se o salário se tiver ajustado
por semana ou quinzena;
c) De véspera, quando se tenha contratado por menos de 7
dias.
• O aviso prévio se mostra inafastável para proteção de
ambas partes. Para o prestador de serviços, para que
possa procurar outra atividade, para o tomador de
serviço, para que possa buscar um substituto para o
desempenho da atividade. A parte que violar o aviso
prévio arcará com indenização por perdas e danos.
• Se o contrato for celebrado com prazo
determinado, ou por realização de obra
determinada, o prestador de serviço NÃO PODERÁ
se ausentar, ou despedir, sem justa causa, antes de
preenchido o tempo, ou concluída a obra. Caso
venha a se despedir sem justa causa, terá direito à
retribuição vencida, mas responderá por perdas e
danos. O mesmo dar-se-á se despedido por justa
causa (art. 602, CC).
• Se o prestador de serviço for despedido sem justa
causa, a outra parte será obrigada a pagar-lhe por
inteiro a retribuição vencida, e por metade a que
faltar até o término do contrato (art. 603, CC).
• Extinção do Contrato de Prestação de Serviço
• São várias as possibilidades de um contrato de
prestação de serviços se extinguir:
Quando houver a morte de qualquer das partes, para o
contrato de prestação de serviços pessoal;
Pelo escoamento do prazo;
Pela conclusão da obra;
Pela rescisão do contrato mediante aviso prévio;
Por inadimplemento de qualquer das partes;
Pela impossibilidade da continuação do contrato,
motivada por força maior;
Pelo distrato.
• O art. 604 do CC prevê que, findo o contrato, o
prestador de serviço tem direito a exigir da outra
parte a declaração de que o contrato está findo. Igual
direito lhe cabe se for despedido sem justa causa, ou
se tiver havido justo motivo para deixar o serviço.
• Por fim, deve ser lembrado que se a prestação de
serviço se opera em prédio agrícola, havendo
alienação do referido prédio, tal fato não importará a
rescisão do contrato, salvo ao prestador opção em
continuá-lo com o adquirente da propriedade ou com
o primitivo contratante (art. 609, CC). Nessa hipótese
de prestação de serviços rurais, o vínculo se dá pela
atividade no imóvel, independente do seu titular.

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