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● ESTRUTURA NORMATIVA

A consolidação dos Juizados Especiais tem como marco a CF 88

Art. 98 A União, no DF e nos Territórios, e os Estados criarão:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e


leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de
CAUSAS CÍVEIS DE MENOR COMPLEXIDADE (...), mediante os
procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses
previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas
de juízes de primeiro grau;
A União e os Estados criarão, no Distrito Federal e nos Territórios...

(...) Juizados Especiais e Turmas de Juízes de 1º grau

Providos por juízes togados, ou togados e leigos,


competentes para a conciliação, o julgamento e a

Togado Leigo execução de CAUSAS CÍVEIS DE MENOR


COMPLEXIDADE
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS ou Juizados de Pequenas Causas?!
Art. 24, X, da CF 88

Com a entrada em vigor da Lei nº 9.099/95, introduziu-se no


mundo jurídico um microssistema de natureza instrumental,
destinado à rápida e efetiva atuação do direito, de
INSTITUIÇÃO CONSTITUCIONALMENTE OBRIGATÓRIA
(que não interfere na facultatividade ou opção pelos juizados
especiais)

Não obstante a previsão constitucional acerca da obrigatoriedade de criação dos


juizados especiais (Art. 98, I, da CF), essa forma diferenciada de jurisdição não é
novidade, pois desde o início da década de 80, por meio da Lei nº 7.244/84,
desenvolvia-se nos estados a prática forense dos então denominados “juizados de
pequenas causas”
A COLOCAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS NA ESTRUTURA JUDICIÁRIA

Art. 1º da Lei nº 9.099/95

Os Juizados Especiais Cíveis, ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ORDINÁRIA, serão


criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados,
para conciliação, processo, julgamento e execução, nas CAUSAS DE SUA
COMPETÊNCIA

Qual seria o significado da expressão JUSTIÇA ORDINÁRIA?

Segundo a doutrina majoritária, tal expressão, sinônimo de Justiça


Comum, refere-se às Justiças Estadual, Distrital e Federal, enquanto a
expressão JUSTIÇA ESPECIAL, com especialização em razão da matéria,
diz respeito às Justiças Militar, Eleitoral e Trabalhista
Apesar dessa mencionada prevalência doutrinária, a conclusão a que se pode chegar
é que no Art. 1º da Lei 9.099/95 o legislador adotou a corrente minoritária de
pensamento, ao afirmar que os Juizados Especiais são componentes da “JUSTIÇA
ORDINÁRIA”, com criação prevista para a Justiça do Distrito Federal e para os
Tribunais de Justiça dos Estados, adotando-se a expressão “Justiça Ordinária” como
SINÔNIMO DE JUSTIÇA ESTADUAL E DISTRITAL

Pautando-se nesse raciocínio, isto é, considerando-se que o Juizado Especial Cível,


a teor do Art. 1º da Lei 9.099/95, é considerado ÓRGÃO DA JUSTIÇA
ORDINÁRIA, parte da doutrina construída no final dos anos 1990 insistiu em
defender a possibilidade da aplicação do microssistema à Justiça Federal, o que, a
rigor, não se pôde sustentar, devido às prerrogativas processuais desfrutadas pelos
entes cujas demandas são de sua competência, em razão da matéria
A solução...

EC nº 22 de 1999 parágrafo único ao Art. 98 da CF

Renumeração feita pela EC nº 45, de 2004, desloca para o § 1º do Art. 98:

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de JUIZADOS ESPECIAIS NO


ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL
Ainda assim, para viabilizar a iniciativa, foi
necessária nova alteração no texto
constitucional

EC nº 62, de 2009

Art. 100, § 3º, da CF

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,


Estaduais, Distrital e Municipais, EM VIRTUDE DE SENTENÇA
JUDICIÁRIA, far-se-ão exclusivamente na ORDEM CRONOLÓGICA DE
APRESENTAÇÃO DOS PRECATÓRIOS e à conta dos créditos
respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim
§ 3º. O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de
precatórios NÃO SE APLICA AOS PAGAMENTOS DE OBRIGAÇÕES
DEFINIDAS EM LEIS COMO DE PEQUENO VALOR QUE AS
FAZENDAS REFERIDAS DEVAM FAZER EM VIRTUDE DE SENTENÇA
JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO

Requisição de Pequeno Valor (RPV)


Espécie de requisição de pagamento de quantia a que a Fazenda Pública foi
condenada em processo judicial, para VALORES TOTAIS DE ATÉ 60
SALÁRIOS MÍNIMOS POR BENEFICIÁRIO, sendo encaminhada ao
Tribunal, quando a entidade devedora for sujeita ao Orçamento Geral da
União
Editada a Lei nº 10.259/2001, profunda alteração se dá na FORMA DE
ATUAÇÃO JUDICIAL DA FAZENDA PÚBLICA, de modo a permitir a sua
presença nos Juizados Especiais Federais.

Novamente, agora em caminho inverso, tal qual se deu em relação à


pretensão de aplicabilidade da 9.099/95 aos órgãos com competência
Federal, vozes sustentaram a aplicação da Lei 10.259/01 aos Estados,
aos Municípios e ao DF, relativamente às Fazendas Estaduais, Distrital e
Municipais, debate que durou apenas até a edição da Lei nº 12.153/2009.
Estadual Federal

Art. 98, § 1º, da CF


Art. 98, I, da CF Lei nº 9.099/95

Lei nº 10.259/01
Resolução nº 12/2007 do TJBA
Regimento Interno dos Juizados Especiais Cíveis
Regimento Interno do TRF da 1ª Região

FAZENDA PÚBLICA

Lei nº 12.153/09

Decreto Judiciário nº 340/15


SISTEMA PRINCIPIOLÓGICO DOS JUIZADOS
ESPECIAIS CÍVEIS ESTADUAIS

Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da ORALIDADE,


SIMPLICIDADE, INFORMALIDADE, ECONOMIA PROCESSUAL
e CELERIDADE, buscando, sempre que possível, a
CONCILIAÇÃO ou a TRANSAÇÃO.

ORALIDADE CELERIDADE
SIMPLICIDADE CONCILIAÇÃO
INFORMALIDADE TRANSAÇÃO
ECONOMIA PROCESSUAL
ORALIDADE

Nos Juizados Especiais, a oralidade, normalmente presente apenas na


fase instrutória, estende-se por todo o procedimento cognitivo

● PETIÇÃO INICIAL ou “Termo de queixa” (Art. 14, § 3º, da Lei nº 9.099/95)

● RESPOSTA DO RÉU ou Contestação (Art. 30 da Lei nº 9.099/95)

● INSPEÇÃO JUDICIAL (Art. 35, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95)

● PERÍCIA (Art. 35, caput, da Lei nº 9.099/95)

Desde a PETIÇÃO INICIAL até a SENTENÇA, a maioria dos atos pode ser
praticada oralmente (palavra falada)
O “déficit de oralidade” está presente no procedimento do RECURSO
INOMINADO (Art. 42 da Lei nº 9.099/95) e ao longo dos PROCEDIMENTOS
EXECUTIVOS (Artigos 52 e 53 da Lei nº 9.099/95)

A aplicação subsidiária do CPC impõe a forma escrita a boa parte desses atos

Embora o princípio da oralidade não se presta a obrigar que os atos


processuais somente sejam produzidos sob a forma oral, há situações em
que a oralidade se afigura imperativa

Art. 29, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95. Sobre os documentos


apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a parte
contrária, sem interrupção da audiência.
Diferente do que ocorre no procedimento comum, no processo de rito mais
especializado a possibilidade de a oralidade ser erigida ao seu ponto
máximo aumenta sobremaneira, como se pode verificar, por exemplo, nos
seguintes dispositivos da Lei nº 9.099/95:

Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as


finalidades para as quais forem realizados, atendidos os critérios indicados
no Art. 2º desta Lei.

§ 3º Apenas os atos considerados essenciais serão registrados


resumidamente, em notas manuscritas, datilografadas, taquigrafadas
ou estenotipadas. Os demais atos poderão ser gravados em fita magnética
ou equivalente, que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão.
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito
ou ORAL, à Secretaria do Juizado

§ 3º O pedido ORAL será reduzido a escrito pela Secretaria do Juizado (...)

Art. 19. As intimações serão feitas na


forma prevista para citação, ou por
QUALQUER OUTRO MEIO IDÔNEO
DE COMUNICAÇÃO.
ATIVIDADE EM SALA

Vítima de acidente de trânsito pretende propor ação contra


o responsável pelos danos materiais e morais por ela
suportados. Só de cirurgia e internação hospitalar a conta
já ultrapassa o teto dos juizados. A pergunta que se faz é a
seguinte: poderá a ação ser distribuída em sede de uma
das varas dos juizados especiais cíveis estaduais”?!
DA COMPETÊNCIA

Art. 3º CAUSAS CÍVEIS DE MENOR COMPLEXIDADE, assim consideradas:

I - valor não excedente a 40 vezes o salário mínimo


Lembrar do disposto no ENUNCIADO 58 do FONAJE, segundo o qual: as causas
cíveis enumeradas no Art. 275, II, do CPC de 1973 (Art. 1.063 do CPC vigente)
ADMITEM CONDENAÇÃO SUPERIOR A 40 SALÁRIOS MÍNIMOS E SUA RESPECTIVA
EXECUÇÃO, NO PRÓPRIO JUIZADO
II - enumeradas no Art. 275, II, do CPC de 1973
A alínea h, que diz que o procedimento sumário será adotado “nos demais casos
previstos em lei”, deve ser interpretada restritivamente

Art. 275, II, alínea h do CPC de 73: nos demais casos


previstos em lei.

Várias causas fora do CPC que se utilizam do procedimento sumário não se


enquadram no conceito de menor complexidade, como é o caso da USUCAPIÃO
COLETIVA (Art. 14 da Lei 10.257/2001) e da DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE
REFORMA AGRÁRIA (Art. 2º da LC 88/1996)
III - a ação de despejo para uso próprio
Somente deverá versar sobre LOCAÇÕES RESIDENCIAIS, em decorrência de uma
interpretação sistemática do dispositivo com a estrutura da Lei 8.245/1991 (Lei do
Inquilinato), uma vez que a ação de despejo para uso próprio está regulada na Lei
de Locações na Seção I, que trata da LOCAÇÃO RESIDENCIAL. Portanto, não seria
razoável aplicar a interpretação extensiva ao dispositivo da Lei 9.099/1995, para
nele incluir as locações comerciais.

IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor


não excedente a 40 vezes o salário mínimo R$ 39.920,00
Questões fundamentais:
1ª) A competência é ABSOLUTA ou RELATIVA?

Há que se considerar fatores ou elementos determinantes


das duas formas de competência:
● Valor da demanda
Competência RELATIVA (prorrogável)
● Território (foro)
● Matéria objeto da lide Competência
ABSOLUTA
(improrrogável)
● Juízo (funcionalidade ou hierarquia)
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:

I - dos seus julgados;

II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o
disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.

§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e
de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e
capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.

§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite
estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação.

Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:

I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou
econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;

II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;

III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer
natureza.

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo.

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