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Materiais de construção

A madeira como II
material de construção
Casas
Na condição de material de construção, as
madeiras incorporam todo um conjunto de
características técnicas, econômicas e
estéticas que dificilmente se encontram em
outro material existente. Assim, esse material:

Características das
madeiras como Apresenta resistência mecânica tanto a
materiais de construção esforços de compressão como aos esforços
de tração: foi o primeiro material de
construção a ser utilizado tanto em colunas
como em vigas e vergas;
Tem resistência mecânica elevada, superior
ao concreto, com a vantagem do peso
próprio reduzido;
Características da madeira como materiais de construção
Características da madeira como
materiais de construção
Resiste excepcionalmente a choques e esforços dinâmicos: sua resiliência
permite absorver impactos que romperiam ou estilhaçariam outros materiais;
terremotos
Apresenta boas características de isolamento térmico e absorção acústica; seco
é satisfatoriamente dielétrico;
Tem facilidade de afeiçoamento e simplicidade de ligações: pode ser trabalhado
com ferramentas simples;
Tem custo reduzido de produção, reservas que podem ser renovadas e, quando
conveniente preservado, perdura em vida útil prolongada à custa de
insignificante manutenção;
Em seu estado natural, apresenta uma infinidade de padrões estéticos e
decorativos.
Processos de beneficiamento que
permitiram anular as características
negativas
A degradação de suas propriedades e o surgimento de tensões
internas, decorrentes de alterações em sua umidade, anulados pelos
processos de secagem artificial controlada;
A deterioração, quando em ambientes que favoreçam o
desenvolvimento de seus principais predadores, contornadas com os
tratamentos de preservação;
A marcante heterogeneidade e anisotropia* próprias de sua
constituição fibrosa orientada, assim como a limitação de suas
dimensões, resolvidas pelos processos de transformação nos
laminados, contraplacados e aglomerados de madeira.
• Propriedades mecânicas não são as mesmas em todas as direções
Processos de beneficiamento que permitiram anular as
características negativas
Como material
de construção
Pode participar, provisória
ou definitivamente, em
todas as partes de uma
construção, desde as
fundações, estrutura,
pavimentos, vedações e
revestimento, até a
cobertura.
Como matéria-prima para outros
usos industriais
A madeira pode ser considerada como um material bruto que permite
o aproveitamento dos sucessivos fragmentos a que pode ser reduzida.
Esse fracionamento sucessivo, que transforma o que antigamente era
considerado resíduo em subprodutos aproveitáveis, é conduzido
atualmente até os seus constituintes básicos, suas moléculas e
compostos químicos.
Como matéria-prima para outros
usos industriais
Madeira roliça

Madeira serrada: peças estruturais

Lâminas: chapas de madeira compensada

Aparas: chapas de madeira aglomerada

Fibras: chapas de madeira reconstituída


Madeira roliça
Madeira serrada
Madeira compensada
Madeira aglomerada
Madeira reconstituída
Como matéria-prima para outros
usos industriais

CELULOSE LIGNINA, resinas, taninos

Polpa: papéis

Moléculas: rayon

Compostos químicos: açúcares, álcoois, resinas etc.


Rayon
Raiom ou rayon é o nome da seda artificial, fibra
de celulose regenerada normalmente.
Material universal
Origem e produção das madeiras
A madeira natural é produto direto do lenho dos vegetais superiores:
árvores e arbustos lenhosos. – heterogeneidade e anisotropia

Botanicamente, os vegetais superiores pertencem ao ramo dos


fanerógamas ou espermatófitos: vegetais completos com raízes, caule,
copa, folhas e sementes.

Classificam-se as fanerógamas, conforme sua germinação e


crescimento, em:
Origem e produção das madeiras
1. Endógenas – de germinação interna. Quando o desenvolvimento
transversal do caule se processa de dentro para fora; a parte
externa do lenho é mais antiga e mais endurecida. Palmeiras e
bambus
2. Exógenas – de germinação externa. Têm no crescimento um
desenvolvimento transversal do caule com adição, de fora para
dentro, de novas camadas concêntricas de células: os anéis de
crescimento.
Origem e produção das madeiras
A. Nas ginospermas destaca-se a classe importante das coníferas ou
resinosas. Correspondem ao grupo das softwood, na classificação
norte-americana. Correspondem 35% das espécies conhecidas, com
cerca de 400 espécies industrialmente úteis.
B. As angiospermas ou dicotiledôneas. Também designadas frondosas,
folhosas, hardwood ou, na denominação brasileira, “ árvores de
madeira de lei”. Abrangem 65% das espécies conhecidas, com 1500
espécies úteis: 50% frondosas tropicais e 15% em zonas
temperadas.
Fisiologia e crescimento das árvores
Nos anéis de crescimento refletem-se as condições de desenvolvimento
da árvore: são largos e poucos distintos em essências tropicais de
rápido crescimento; apertados e bem configurados nas espécies
oriundas de zonas temperadas ou frias. Em cada anel que se
acrescenta, ano a ano, duas camadas podem destacar-se muitas vezes
nitidamente, uma de cor mais clara, com células largas e paredes finas,
formada durante a primavera e verão, e a outra, de cor mais escura,
com células estreitas de paredes grossas, formadas no verão-outono.
Anéis de
crescimento
Seção transversal de uma
árvore gigante, da
variedade redwood.
Contando-se os anéis
anuais de crescimento é
possível determinar a idade
da árvore na época do corte
da mesma.
Anéis de crescimento
Servem de referência para a consideração e o estudo da marcante
característica de anisotropia da madeira. Para esse efeito, na avaliação
do desempenho físico e mecânico do material serão sempre
considerados nos ensaios três direções ou eixos principais:

a. Direção tangencial, direção transversal tangencial aos anéis de


crescimento;
b. Direção radial, direção transversal radial aos anéis de crescimento;
c. Direção axial, no sentido das fibras, longitudinal ao caule.
Três direções ou eixos principais
É o núcleo de sustentação e resistência da
árvore; pela sua parte viva sobe a seiva bruta.
Constitui a seção útil do tronco para
obtenção, por desdobro e serragem, das
peças estruturais de madeira natural ou
madeira de obra.

Lenho O alburno externo tem cor mais clara que o


cerne e está formado de células vivas e
atuantes.

O cerne interior, de cor mais escura, que o


alburno, está formado de células mortas e
esclerosadas.
O cerne tem mais densidade,
compacidade, resistência mecânica e,
principalmente, mais durabilidade, pois
sendo constituído de tecido morto, sem
Lenho seiva, amido ou açúcares, não é atrativo
aos insetos e outros agentes de
deterioração. Sua frequente impregnação
por resinas e óleos torna-o tóxico ou
repelente aos predadores da madeira.
Estrutura
da árvore
Alburno
É desaconselhável e antieconômica a prática rotineira de retirar todo o
alburno (branco das árvores) como imprestável para a construção.

A proporção do alburno varia, conforme a espécie, de 25 a 50% do


lenho;
É a parte que melhor se deixa impregnar por produtos
antideteriorantes nos processos de preservação da madeira, além de
apresentar característica mecânicas satisfatórias.
Identificação botânica das espécies
lenhosas
Identificação vulgar
Identificação botânica
Identificação botânica-tecnológica
Do lenho retira-se um prisma de 1x1x4cm
São extraídas 3 lâminas com 10 a 20 micrômetros de espessura
Comparadas com lâminas-padrão ou um atlas de microfotografias
NBR 7190
Produção das madeiras
O corte ou derrubada das árvores é realizado em épocas apropriadas,
geralmente durante o inverno: no Brasil é boa prática realizá-los nos
meses sem “r”. A época do corte não influi sobre a resistência da
madeira, mas pode ter importância na durabilidade: madeiras de
árvores abatidas durante o inverno secam lentamente sem rachar ou
fendilhar e, por não conterem seiva elaborada nos tecidos, tornam-se
menos atrativas a fungos e insetos.

A) Desdobro normal


B) Desdobro radial
Nomenclatura das peças de madeira
serrada
Nome da peça Espessura em cm Largura em cm
Pranchões > 7,0 > 20,0
Prancha 4,0 – 7,0 > 20,0
Viga 4,0 11,0 – 20,0
Vigota 4,0 – 8,0 8,0 – 11,0
Caibro 4,0 – 8,0 5,0 – 8,0
Tábua 1,0 – 4,0 > 10,0
Sarrafo 2,0 – 4,0 2,0 – 10,0
Ripa < 2,0 < 10,0
Dimensões da madeira serrada
Nome Dimensões Imin (cm4) W máx (cm³) A (cm²)

15,0 x 22,0 6468,8 1322,5 345,0


Pranchão 10,0 x 20,0 1666,7 666,7 200,0
7,5 x 23,0 808,6 661,3 172,5
15,0 x 15,0 4218,8 562,5 225,0
7,5 x 15,0 527,3 281,3 122,5
Vigas 7,5 x 15,0 404,3 165,5 86,3
5,0 x 20,0 208,3 333,3 100,0
5,0 x 15,0 156,3 187,5 75,0
7,5 x 7,5 263,7 70,3 56,3
7,5 x 5,0 78,1 46,9 37,5
Caibros
5,0 x 7,0 72,9 40,8 35,0
5,0 x 6,0 62,5 30,0 30,0
2,8 x 7,5 34,3 35,6 28,5
Sarrafos
2,2 x 7,5 6,7 20,6 16,5
Dimensões da madeira serrada
2,5 x 23,0 29,9 220,4 57,5
Tábuas 2,5 x 15,0 19,5 93,8 37,5
2,5 x 11,5 15,0 55,1 28,8
Ripas 1,2 x 5,0 0,7 5,0 6,0

Dimensões da maneira beneficiada


Tipo Dimensões
Soalho 2,0 x 10,0
Forro 1,0 x 10,0
Batentes 4,5 x 14,5
Rodapé 1,5 x 15,0
Rodapé 1,5 x 10,0
Tacos 2,0 x 2,1
Produção das madeiras
Finalmente, uma tora pode ser usada como peça estrutural sem estar
completamente desdobrada. Duas alternativas podem, então, ocorrer:
ou se pretende uma seção com a maior área possível ou uma peça com
o maior momento resistente.
No primeiro caso, interessará o maior quadrado inscrito na seção na
seção da tora. No segundo, será um retângulo com a menor dimensão
igual a 0,57 do diâmetro da tora e altura igual a 0,82.
Propriedades físicas das madeiras
São fatores naturais de variação:

1. A espécie botânica da madeira – a estrutura anatômica e a


constituição do tecido lenhoso, primeiros responsáveis pelo
comportamento físico-mecânico do material, variam de espécie
para espécie lenhosa;
2. A massa específica do material – a massa específica aparente, peso
por unidade de volume aparente do material, é um índice de
distribuição ou concentração de material existente e resistente no
tecido lenhoso.
Propriedades físicas das madeiras
3. A localização da peça no lenho – o resultado de qualquer ensaio
sofrerá alterações conforme o corpo-de-prova for extraído do cerne,
do alburno, próximo as raízes ou próximo à copa.
4. A presença de defeitos - a presença de (nós, fendas, fibras torcidas,
etc.), dependendo de sua distribuição, dimensões e,
principalmente, de sua localização, provoca consideráveis anomalias
no comportamento físico-mecânico da peça ou corpo-de-prova;
Propriedades físicas
das madeiras
Propriedades físicas das madeiras
5. A umidade – a madeira está constituída por fibras de paredes
celulósicas hidrófilas. A impregnação de umidade determina
profundas alterações nas propriedades do material. Assim,
apresentará o máximo de resistência mecânica quando
completamente seca, o mínimo quando completamente saturada e
valores intermediários para diferentes teores de umidade entre
esses dois extremos.
Propriedades físicas das madeiras
São fatores tecnológicos de variação aqueles que decorrem do
procedimento desenvolvido na execução dos ensaios de qualificação:

1. Forma e dimensões dos corpos-de-prova


2. Orientação das solicitações em relação aos anéis de crescimento
3. Velocidade de aplicação das cargas nas solicitações mecânicas
Ensaios normalizados
Método Monin – Os corpos de prova deveriam ser:

De dimensões reduzidas;


Extraídos de todas as zonas da seção e da altura;
Ensaiados em condições convencionadas de teor de umidade,
orientação das solicitações em relação às fibras e velocidade de
carregamento.
Ensaios normalizados
No Brasil é adotado o método Monin, normalizado pela ANBT no MB-
26/40: NBR 6230, Método para ensaios físico e mecânicos de madeiras.

a. Determinar as características físicas e mecânicas das madeiras:


umidade, massa específica aparente, retratibilidade, compressão
paralela às fibras, flexão estática, flexão dinâmica, tração normal às
fibras, fendilhamento, dureza e cisalhamento;
b. Obter dados comparativos, referentes a toras de madeira, visando
caracterizar as espécies. No mínimo três toras.
Ensaios
normalizad
os
Ensaios normalizados
Características físicas das madeiras
Umidade

A água de constituição está em combinação química com os principais


constituintes do material lenhoso. – Seca em estufa a 100 – 150º

Água de impregnação – altera o volume da peça – ponto de saturação


ao ar

Água livre ou capilaridade – não causa alteração no estado ou


comportamento do material – 30% de umidade
Características físicas das madeiras
Umidade

No que diz respeito ao teor de umidade, são comuns as seguintes expressões:

- Madeira verde – com teor de umidade acima do ponto de saturação ao ar,


normalmente acima de 30%;
- Madeira semi-seca – inferior ao ponto de saturação, acima de 23%;
- Madeira comercialmente seca – entre 18 e 23%
- Madeira seca ao ar – entre 13 e 18%;
- Madeira dessecada – entre 0 e 13%
- Madeira completamente seca – com 0%.
Características físicas das madeiras
Umidade

O teor de umidade seco ao ar é importante por ser muito frequente


nos empregos correntes do material. Por essa razão é utilizado como
teor de referência na determinação das características do material:
massa específica e demais características físico-mecânica. Esse teor de
umidade é, convencionalmente, fixado em 12%.
Características físicas das madeiras
Retratilidade. É a propriedade que apresentam as madeiras de sofrer
alterações de volume e dimensões quando seu teor de umidade varia
entre o ponto de saturação ao ar e a condição de seca em estufa.

1. Retratilidade volumétrica – é determinada pela observação de 20


corpos-de-prova 2 x 2 x 3 cm retirados das duas seções extremas da
tora, segundo dois diâmetros ortogonais.

Os corpos-de-prova têm seus pesos e volumes determinados, com


extrema precisão, em três estágios de umidade: verde, seco ao ar e
Características físicas das madeiras
Características físicas das madeiras
A contração volumétrica total traduz percentualmente a variação de
volume, quando a madeira passa do estado verde ao estado de
completamente seca em estufa:

A contração volumétrica de seca ao ar para seca em estufa, também


denominada contração volumétrica parcial, traduz a variação
percentual de volume entre esses dois estágios de umidade:
Características físicas das madeiras
Retratilidade Total (%) Qualificação Exemplos

Toras com grandes fendas de


15 a 20 Forte secagem. Devem ser
rapidamente desdobradas
Toras com fendas médias de
secagem. Podem ser
conservadas e usadas em
10 a 15 Média
forma cilíndrica (galerias de
minas, pontaletes). Resinosas
em geral
Toras com pequenas fendas,
5 a 10 Fraca aptas para marcenaria e
laminados
Características físicas das madeiras
O coeficiente de retratilidade volumétrica significa a variação
percentual no volume de 1% de umidade. É calculado dividindo-se a
contração volumétrica parcial pelo teor de umidade seco ao ar no qual
foi determinado:

Considerando-se o coeficiente em madeiras já desdobradas em peças


como tábuas, vigas etc., podem ser definidas quatro classes com
diferentes possibilidades de utilização.
Características físicas das madeiras
Coeficiente de Qualificação de Exemplos de utilização
retratilidade retratilidade

Madeiras dificilmente
0,75 a 1 Exagerada utilizáveis (algumas
variedades de eucaliptos)

Madeiras para desdobro


0,55 a 0,75 Forte radial

Madeiras de construção
0,35 a 0,55 Média utilizáveis em carpintaria

Madeiras para marcenaria


0,15 a 0,35 Fraca e laminados
Características físicas das madeiras
Retratilidade linear – Corpos-de-prova retirados da tora na mesma
quantidade e localização que os precedentes.
As três contrações lineares são calculadas pela expressão

Retratilidade Verde a 0% Verde a 15%


Linear tangencial 4 – 14 2–7
Linear radial 2–8 1–4
Linear axial 0,1 – 0,2 0,05 – 0,1
Volumétrica 7 – 21 3 – 10
Características físicas das madeiras
Esse anisotrópico comportamento da retratilidade linear desperta no lenho
tensões internas também diferenciadas, causadoras de empenos, rachas e fendas
de secagem; serão, mais exatamente, defeitos de secagem mal conduzida.

Três principais precauções impõem-se, conforme o caso, para atenuação dos


efeitos de retratilidade:

a. Emprego de peças de madeira com teores de umidade compatíveis com o


ambiente;
b. Emprego de desdobro adequado; ou
c. Impregnação das peças com óleos e resinas impermeabilizantes.
Características físicas das madeiras
Densidade. Nas madeiras, esta constante física é normalmente
considerada em termos de massa específica aparente – peso por
unidade de volume aparente -, sempre referida ao teor de umidade no
qual foi determinada:

O valor médio, característico da espécie lenhosa, é determinado com a


pesagem e a determinação do volume de numerosos corpos-de-prova
de 2 x 2 x 3 cm, retirados em todo o diâmetro e o comprimento de uma
tora.
Características físicas das madeiras
Densidade

A fórmula de correção da massa específica aparente para a umidade


normal fica sendo, portanto:

A massa específica aparente é um índice de compacidade da madeira:


traduz a maior ou menor concentração de tecido lenhoso resistente por
unidade de volume aparente.
Perguntas
Quais as propriedades apresentadas pela madeira que a tornam útil como material de construção?

Quais as desvantagens por ela apresentadas, como material de construção?

Relacione os teores de umidade e as expressões madeira verde, semi-seca, comercialmente seca e


dessecada.

Defina ponto de saturação das fibras.

O que são anéis anuais de crescimento?

Qual característica anatômica da madeira que conduz a sua anisotropia?

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