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Autora: Edna Noémia Pedro Garcia
Orientador: Amílcar Evaristo. PhD
LUANDA, 2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
PROBLEMA
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase da vida humana caracterizada por um conjunto de transformações
sociais, psicológicas e anatomo-metabólicas, submetendo o individuo a um estilo de vida
vulnerável mas, ao mesmo tempo, estabelecendo padrões comportamentais e sonhos que se
farão presentes durante toda a vida (Neto, Dias, Rocha & Cunha, 2007).
De acordo a classificação da OMS, considera-se gravidez na adolescência, aquela que ocorre
aos 20 anos incompletos, compreendendo o período dos 10 aos 19 anos de idade (Cabral,
2002).
Vários são os elementos que podem levar a adolescente a iniciar a sua vida sexual
precocemente: falta de apoio familiar e de expectactivas de vida, baixo rendimento escolar,
curiosidade natural entre outros.
Formulação do Problema
POPULAÇÃO
TIPO DE LOCAL DE DE
ESTUDO ESTUDO ESTUDO/AMOS
TRA
PROCEDIMENTOS
DE ANÁLISE E CRITERIOS DE
PROCESSAMENTO
INCLUSÃO E DE
DE DADOS
EXCLUSÃO
PROCEDIMENT
OS DE PROCEDIMEN
V/INDEPENDENTE
COLECTA DE TOS ÉTICOS
DADOS V/DEPENDENTE
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela. 1 Distribuição do grupo alvo segundo a faixa etária
Faixa etária F %
12 – 13 2 5
14 – 15 19 47.5
16 – 18 19 47.5
Total 40 100
Estes resultados coincidem com os dados do Fundo das Nações Unidas para a População –
FNUP (2002, citado pelo Círculo Angolano Intelectual, 2014) onde indicam que em
Angola há uma elevada frequência de gravidez precoce entre os 14-17 anos de idade,
onde consta que 37% das raparigas já tinham engravidado e 17% dos rapazes tinha noção
de ter engravidado uma rapariga.
Tabela. 2 Distribuição do grupo alvo segundo o nível de escolaridade
Nível acadêmico f %
I Ciclo 15 37.5
II Ciclo 23 57.5
Estudante universitário 2 5
Total 40 100
Os resultados diferem do estudo feito por Canavarro (2001), onde revela que a gravidez na
adolescência é muitas vezes associado a baixa escolaridade, desemprego ou emprego
precário e pobreza (Canavarro, 2001).
Tabela. 3 Distribuição do grupo alvo de acordo a idade da primeira experiência sexual
12-13 1 2.5
14-15 22 55
16-18 17 42.5
Total 40 100
Estes resultados estão em conformidade com os achados de Godinho et al., onde afirma
que, há uma precocidade da iniciação sexual (de 14,7 anos) , indicando a ausência de
programas de educação sexual nas escolas e planeamento familiar nos serviços públicos
como factores que podem favorecer a ocorrência de uma gravidez indesejada.
Tabela. 4 Distribuição do grupo alvo de acordo o uso de algum método contraceptivo
Sim 10 25
Não 30
75
Total 40 100
Os achados estão em conformidade com o estudo de Belo e Silva, que segundo os autores,
“as adolescentes grávidas têm conhecimento elevado em relação à existência dos métodos
anticoncepcionais, embora tenham uma prática inadequada para a sua utilização”.
Tabela. 5 Distribuição do grupo alvo de acordo a conversa com os pais
Total 40 100
Estes resultados não podem nos causar surpresa, visto que a adolescência é uma fase de
muitas descobertas e mudanças no corpo e principalmente no comportamento, é o
momento em que as crianças crescem e se distanciam dos pais e encontram nos amigos,
colegas de escolas uma maior abertura para o diálogo. E por outro lado, sabe-se que a
mídia tem grande poder de influência sobre os adolescentes. E no que se refere à
comunicação, regista-se o papel crescente da mídia na socialização.
Tabela. 6 Distribuição do grupo alvo de acordo os factores influentes na gravidez
Em um estudo feito por Trindade (2005), os dados da Organização das Nações Unidas
(1995) revelam que o risco de ocorrer uma gravidez na adolescência é resultado da
tendência que os mesmos têm em ter experiências sexuais em idade precoce, associada à
falta de informação e disponibilidade de serviços relacionados com a saúde (Trindade,
2005). E quanto mais precoce é a iniciação sexual, menores são as chances de uso de
métodos contraceptivos e, consequentemente, maiores as possibilidades de gravidez.
CONCLUSÕES
Houve maior predominância em adolescentes com idade compreendida entre os 14 a 15 anos
e de 16 a 18 anos idade respectivamente, o nível académico com maior prevalência foi o IIº
Ciclo, no que tange a idade da sexual houve maior prevalência em adolescentes que referiu
ter a sua primeira experiência entre os 14 a 15 anos de idade, sobre a questão se já ouviu falar
sobre os métodos contraceptivos a maioria afirmou que sim, quanto aos métodos
contraceptivos mais conhecidos houve maior prevalência na camisinha e no anticoncepcional
oral, quanto ao uso dos métodos contraceptivos a maioria afirmou negativamente; houve
maior prevalência em adolescentes que não conversam com os seus pais e quando
questionados por que razão não conversam com os pais houve maior predominância em
adolescentes que afirmou que os meus pais nunca estão em casa.
De acordo com os resultados desta pesquisa podemos concluir que:
* A iniciação sexual precoce é um factor determinante no surgimento da gravidez em
adolescentes;
* A falta de diálogo entre pais e filhos é um factor determinante da gravidez em
adolescentes;
* A não utilização dos métodos contraceptivos é um factor determinante da gravidez em
adolescentes;
O que denota o alcance do nosso objectivo que era identificar os factores psicossociais da
gravidez em adolescentes no Hospital Municipal do Sambizanga de Julho à Agosto de 2018 e
a confirmação das nossas hipóteses.
RECOMENDAÇÕES
Os resultados desta pesquisa revelam quão séria é a problemática da gravidez em
adolescentes. Por isso, recomendamos o seguinte:
Aos adolescentes, que interiorizem a temática dos métodos contraceptivos e reflictam nas
consequências da prática sexual precoce, não uso de contraceptivos e gravidez na
adolescência. Decidindo pela prática sexual quando alcançar-se a maturidade e
responsabilidade;
Aos pais e chefes de famílias que velem pelo diálogo sobre a sexualidade e a importância
do uso correcto de métodos contraceptivos;
•Às direcções das escolas, professores, agentes sociais, ONG`s e igrejas que velem pela
promoção de actividades educativas e informativas para os adolescentes e encarregados de
educação sobre a saúde, sexualidade e gravidez na adolescência;
•Aos Ministérios da Saúde e Educação, que cooperem no sentido de aumentar a promoção da
saúde e educação sexual em adolescentes;
•Aos diversos meios de Comunicação Social, que difundam as informações sobre a
problemática da gravidez precoce, factores de protecção, causas e consequências, com maior
frequência.
Muito obrigada