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RACIONALISMO E EMPIRISMO

NA MODERNIDADE

Descartes, John Lock e Kant


I. O RACIONALISMO
DE RENÉ DESCARTES
Conceituação de termos técnicos em Descartes

 ANÁLISE: É a divisão racional de um objeto de estudo


em partes e cada parte deve ser evidente.
 DEDUÇÃO: É a formulação de uma demonstração
universal.
 DÚVIDA METÓDICA: É o procedimento metodológico de
colocar todo conhecimento sob suspeita até que
verifique sua veracidade. Difere-se da dúvida cética.
 EVIDÊNCIA: É uma ideia clara e distinta; que não
necessidade de justificação visto que não há
possibilidade de confundi-la com outra coisa.
 INTUIÇÃO: É apreensão de uma ideia imediata,
clarividente e indubitável.
O princípio da dúvida metódica

 Enquanto investigadores, nós podemos duvidar dos


sentidos porque eles podem nos enganar; do mundo; e da
razão que pode se evocar sobre operações matemáticas.
 A ideia fundamental da qual não podemos duvidar é da
nossa existência: Cogito ergo sum. É a primeira e basilar ideia
que resiste à dúvida metódica. Esta é, portanto, uma ideia
inata.
 Quanto à origem de nossas ideias, Descartes as classifica
em três classes: a) Ideias inatas: são aquelas que fazem parte
da própria razão, nasceram com o sujeito. B) Ideias
adventícias: são aquelas que surgem da experiência. C) Ideias
factícias: são resultadas da imaginação e da vontade.
O princípio da dúvida metódica

 Enquanto investigadores, nós podemos duvidar dos


sentidos porque eles podem nos enganar; do mundo; e da
razão que pode se evocar sobre operações matemáticas.
 A ideia fundamental da qual não podemos duvidar é da
nossa existência: Cogito ergo sum. É a primeira e basilar ideia
que resiste à dúvida metódica. Esta é, portanto, uma ideia
inata.
 Quanto à origem de nossas ideias, Descartes as classifica
em três classes: a) Ideias inatas: são aquelas que fazem parte
da própria razão, nasceram com o sujeito. B) Ideias
adventícias: são aquelas que surgem da experiência. C) Ideias
factícias: são resultadas da imaginação e da vontade.
As três substâncias

A partir da certeza fundamental da existência do eu.


Descartes identifica três substâncias:

 SUBSTÂNCIA PENSANTE: A substância e o próprio


pensamento.
 SUBSTANCIA EXTENSA: E a realidade corpórea e o
mundo.
 SUBSTÂNCIA INFINITA: É a substância que leva os
atributos de perfeição e de infinitude.
Crítica à pedagogia escolástica

Descartes inicia o “Discurso do Método” com uma


crítica da pedagogia escolástica, principalmente, da
educação que recebeu no Colégio La Flèche.
 a) O bom senso é algo bem distribuído entre os
homens e o poder de julgar e de distinguir o verdadeiro
do falso é comum a todas as pessoas.
 b) Existe uma diversidade de opiniões e conduzimos
nossos pensamentos por caminhos diferentes. Não basta
ter um bom espírito é preciso usá-lo bem.
 c) A razão é a habilidade que torna os homens
diferentes dos animais. É a marca distintiva do ser
humano.
 d) É necessário um método. Com o método,
temos os meios de aumentar gradativamente o
conhecimento.
 e) Em seus estudos Descartes admirava a
exatidão e a evidência da matemática, mas não
compreendia a sua utilidade. A teologia não
achava indispensável, pois não é necessário para ir
ao céu e, além disso, seu conteúdo está além da
inteligência. A filosofia não trazia novidades. As
ciências tornavam-se temerosas porque não havia
fundamentos firmes para elas.
A construção da certeza fundamental

 A primeira consideração sobre o método


científico proposto por Descartes é: “Não há
tanta perfeição nas obras compostas de várias
pecas e feitas pelas mãos de diversos mestres”.
O trabalho de um só funciona melhor por
tender para o mesmo fim.
O método tem como finalidade reformar os
próprios pensamentos de Descartes. A busca
do conhecimento exige a adoção de rumo e de
analise minuciosa do objeto.
Ele recorre à Lógica para estabelecer suas
regras e reduz a grande quantidade de
princípios da lógica tradicional a quatro:
 1) Aceitar somente o que é evidente, claro e
distinto;
2) Dividir e analisar cada parte do problema;
3) Raciocinar de modo ordenado e progressivo,
partindo do simples para o complexo;
4) Enumerar e revisar o processo para apurar
possíveis omissões.[2]
As vantagens deste método é o fato de ele já
ser utilizado pelos geômetras e permite utilizar
a razão em cada parte do processo.
II. O EMPIRISMO
DE JOHN LOCKE
As características do empirismo

 Os empiristas ingleses entram na discussão


sobre a origem do conhecimento para opor o
inatismo cartesiano. Eles continuam a tradição
empirista do século XIII e precedem o
iluminismo. As principais proposições do
empirismo são:
 a) Tábula rasa: Não existem ideias inatas e conteúdos
mentais independentes da experiência.
 b) Sensibilidade: A experiência é critério de sentido e de
verdade do conhecimento.
 c) Princípio de associação: Através de dados simples
sensíveis combinados chega-se ao conhecimento complexo.
 d) Universais: Não existem e não são objetivos, cada coisa
tem existência individual e são apenas nomes.
 e) A teologia e a metafísica não têm valor.
 f) Limites do saber: É ciente dos limites do saber, não é
possível uma verdade absoluta e definitiva.
 g) Ética: Tende a individualizar o bem e associá-lo à
utilidade social.
• As fontes do conhecimento são a experiência
sensível e a reflexão. Os princípios de todo
conhecimento são as ideias, e por elas, Locke
entende como todo objeto do processo
cognitivo. Portanto, a expressão “idéia”
envolve imagens, lembranças, noções e
conceitos abstratos.
Crítica de John Locke ao inatismo

 O conhecimento ocorre sem quaisquer impressões


inatas. Como Descartes afirmava, de fato, existem
princípios que são de consenso universal, mas isso não
serve como prova do inatismo. Locke considera pouco
inteligível a afirmação de que existe algo impresso na
alma. Se assim fosse, as crianças e as pessoas com
certas deficiências mentais teriam essas ideias e as
usariam. Seria insensato considerar que a maturidade
faria revelar conhecimentos que a criança já sabia.
 Segundo Locke, “os sentidos inicialmente
tratam das ideias particulares, preenchendo o
gabinete ainda vazio, e a mente se familiariza
gradativamente com algumas delas,
depositando-as na memória”. Mais tarde vai
acontecendo a abstração. Algumas distinções a
criança sabe antes do uso da razão. O
assentimento imediato a uma proposição não
é prova de inatismo.[5] As crianças não têm
ideias inatas. Elas têm apenas vagas ideias de
necessidades instintivas.
A teoria do conhecimento de John Locke

 John Locke (1632-1704) publicou o “Ensaio sobre o


Entendimento Humano em 1689. E inicia uma crítica ao
inatismo. Os inatistas colocam todo o conhecimento do
mundo natural ou sobrenatural sob axiomas especulativos,
ou seja, teóricos que não dependem de provas.[6]
 Segundo Locke a razão é limitada porque é a experiência
que fornece material para o conhecimento. Da experiência
derivam ideias simples e ideias complexas. As ideias simples
são formadas pela impressão dos sentidos. Essas ideias são
todo o material do conhecimento e provêm da sensação e
da reflexão. As duas fontes principais do conhecimento são
as sensações e as operações da mente.
 A mente pode repetir, comparar e unir as ideias
formando novas ideias. Ela não é capaz de
inventar uma ideia simples nova.[7] As ideias de
sensação são aquelas derivadas da ação dos
sentidos. Quando estas são trabalhadas pela
mente se tornam ideias de reflexão. São exemplos
de ideias de sensação a cor, a temperatura, o
sabor. São as qualidades primárias de um corpo.
As ideias de reflexão são a percepção, o
pensamento, o duvidar, o crer, o raciocinar, o
conhecer e o querer. São ideias “que se dão ao
luxo de seres tais apenas quando a mente reflete
acerca de suas próprias operações”.[8]
 Locke entende por ideia “todo e qualquer objeto do
entendimento, ou seja, tudo aquilo a que a mente se
aplica a pensar”. As ideias simples a partir da reflexão se
tornam ideias complexas e são de três tipos: Modo,
relação e substância. Modo são as ideias conceituais;
relação são as ideias de causa e efeito, de identidade e
de diferença; e substância.
 Pela intuição, as ideias simples são recebidas pela
experiência. Essas ideias se tornam complexas pelo
processo da síntese. As ideias abstratas se formam
através da análise de várias ideias semelhantes,
tomando os elementos comuns, forma-se uma nova
ideia. A ideia abstrata se diferencia da essência, pois
esta é incognoscível.[9]
III. O CRITICISMO DE
DE IMMANUEL KANT
Kant faz uma crítica do racionalismo e do
empirismo. Ele afirma que o conhecimento
está na sensibilidade e no entendimento. As
duas instâncias agem juntas. A sensibilidade
intui os objetos e o entendimento os pensa.
Neste sentido, Kant supera a oposição entre o
racionalismo (ênfase no sujeito) e o empirismo
(ênfase no objeto).
“A capacidade de receber representações
(receptividade), graças à maneira como somos
afetados pelos objetos, denomina-se
sensibilidade. Por intermédio, pois, da
sensibilidade são-nos dados objetos e só ela
nos fornece intuições; mas é o entendimento
que pensa esses objetos e é dele que provêm
os conceitos” (KANT, 2001, p. 87).
O tempo e o espaço são condições necessárias
de possibilidade do conhecimento. Ao
identificar um objeto é preciso situá-lo no
espaço e no tempo.
O tempo organiza o objeto interiormente e o
espaço o faz exteriormente.
Podemos conhecer apenas o fenômeno dos
objetos e não o númeno.
Porque o conhecimento pode ser extraído a
partir dos:

Juízos analíticos a priori (antes da experiência).


Juízos sintéticos a posteriori (depois da
experiência).
Juízos sintéticos a priori.
JUÍZOS ANALÍTICOS

Os juízos analíticos são aqueles em que o


predicado já está contido no sujeito.
Esses juízos independem da experiência, são
necessários e universais.
Exemplos: “O triângulo tem três ângulos”;
“Todo solteiro não é casado”.
JUÍZOS SINTÉTICOS

Os juízos sintéticos unem o conceito do


predicado ao conceito do sujeito, tornando-se
o único tipo de juízo que amplia o
conhecimento.
Exemplo: “Todos corpos se movimentam”; “A
água aumenta de volume ao se solidificar”.
Juízos analíticos versus sintéticos

• ANALÍTICOS: • SINTÉTICOS:

 Explicativos;  Ampliativos;
 Sempre a priori;  Podem ser a priori ou a
 Seguem apenas o posteriori;
princípio de não-  Seguem outros
contradição. princípios além do
princípio de não-
contradição.
Distinção dos juízos sintéticos

• A PRIORI: • A POSTERIORI

• É um conhecimento que  É um conhecimento


não está limitado à limitado pela
experiência; experiência;
• Exemplo: “Todo  Exemplo: “Todos os
acontecimento tem habitantes desta casa
uma causa”. são velhos”.
Referências

DESCARTES, René. Discurso do Método.


_____________. Meditações Metafísicas.
HUME, David. Tratado I, III, 10.
LOCKE, John. Ensaio sobre o Entendimento
Humano. Capítulo II, pp. 57-140.
MONDIN, Batista. Curso de Filosofia 2. São Paulo: Paulus,
1981.
RICKLESS, John Locke.
SANTIN, José Guilherme. Origens do Ceticismo Francês do
Século XVI: Humanismo, averroísmo, nominalismo e
fideísmo. Kinesis, Vol. VI, n.11, julho 2014.

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