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Prática Pedagógica na

formação docente
Profa. Dra. Mariana Aparecida de Oliveira Ribeiro - UFMA
As teorias pedagógicas e as diferentes visões
sobre as práticas, o docente e o discente
• Demerval Saviani, nos livros Escola e democracia e
Pedagogia histórico-crítica, discute como as
diferentes teorias educacionais abordam a
marginalidade.

• O que é marginalidade?
• De acordo com as diferentes teorias adotadas,
haverão diferentes formas de abordar a marginalidade
e mesmo defini-la.
Estar à margem
• Esse estar à margem pode ser tanto social e economicamente, quanto
geograficamente.

• Totaro (2016)

• Distância lógica
• Distância espaço-temporal

• Marginalidade social

• Essas duas instâncias estão implicadas.


Um exemplo
• Associação dos Artesãos de Miriti de Abaetetuba
• Montagem da associação e utilização da internet como meio
de dispersar a distância espaço temporal. Propósito da
associação: fazer com que cada artesão se relacionar
autonomamente com o mercado
• Atingir esse propósito esbarra em dois problemas,
decorrente da marginalidade social dos associados: 1) o
problema da moradia dos associados com espaços e mobília
insuficiente para que haja um espaço para produzir e
armazenar o que é produzido; e 2) ausência de formação
que possibilite ter acesso a tecnologia.
Marginalidade geográfica
• Podemos considerar a relação entre centro e bairros; a
relação entre cidades e suas capitais; entre capitais e
grandes centros urbanos; entre regiões; na relação entre
os países etc
• Em todas essas questões, o fator econômico interveem

• Entra em questão a distância lógica, mas também a


distância que é trazida pela questão econômica. Ex Rio de
Janeiro e São Paulo
Marginalidade social
• Se for pensar o fator econômico, podemos falar
na nossa região ou mesmo estado como
marginalizados economicamente.

• Contudo, há outras questões, como o acesso à


educação que fazem de nossos alunos e de nós
como não marginalizados socialmente.
Exemplo: Estadão, 01 Agosto 2009
A cidade do Rio de Janeiro é cercada de favelas povoadas por comunidades
marginalizadas que não têm acesso a serviços públicos e vivem sob
permanente pânico de morrer em meio a um tiroteio entre a polícia e os
traficantes ou milicianos - os verdadeiros donos do poder local. Ali o Estado é
completamente ausente. Seja por fraqueza diante dos bandidos, seja por
omissão mesmo, a verdade é que não há escolas, postos de saúde, água
tratada, coleta de lixo e a luz elétrica chega por longos emaranhados de fios (os
famosos gatos), por vezes desencapados e sem nenhuma proteção, que
atravessam becos ao relento e entram nas casas através de janelas e portas, ao
alcance de crianças. Ali, se a morte não vem de uma bala perdida, pode chegar
por choque elétrico - e o risco piora em dias de chuva. Nada disso é
desconhecido dos governantes e do País.
Censo da educação (2016)
• 34.366 cursos de graduação foram ofertados em 2.407 instituições,
para um total de 8.052.254 estudantes matriculados.

• Total da população brasileira -207,7 milhões

• 3 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior de


graduação. 82,3% em instituições privadas.
Teorias pedagógicas
• Não-críticas: pedagogia tradicional, a pedagogia
nova e a pedagogia tecnicista.
• Essas teorias encaram a educação como
um instrumento de equalização social e,
portanto, de superação da marginalidade. Ela
reforça os laços sociais, promove a coesão e
garante a integração de todos os indivíduos no
corpo social.
As teorias não críticas
•Nessa perspectiva, a educação se torna um
direito de todos e dever do Estado, um modo
de superar o regime anterior e celebrar a
liberdade dos indivíduos por meio do combate
à ignorância. Rousseau é o pai da ideia de que
todos os homens nascem livres e o Estado os
‘protege’, se necessário, de tiranos ou da
ignorância do próprio povo
A sociedade para as teorias não críticas
• De acordo com Saviani (1988), a sociedade é
harmoniosa, tendendo à integração de seus
membros.
• A marginalidade é um fenômeno acidental que afeta
individualmente a um número maior ou menor de
seus membros o que, no entanto, constitui um
desvio, uma distorção que não só pode como deve
ser corrigida.
• A função da educação é corrigir essa distorção
Pedagogia tradicional
• A escola é centrada no professor, que transmite conhecimento aos alunos,
que por sua vez o assimilam.
• Marginalizado é quem não sabe, não é esclarecido
• Aluno tábula rasa

• Professor detentor do conhecimento e aquele que controla tudo o que


ocorre na aula.
• A organização de classes é advinda desse modelo
• É a chamada escola tradicional
• Modelo que recebeu muitas críticas, pois não conseguiu cumprir seu
objetivo, o de universalizar o conhecimento.
Pedagogia nova
• Advinda do escolanovismo – reforma escolar surgida
no Brasil no final do século XIX, mas que ganhou força
nas primeiras décadas do século XX. Surgiu a partir da
crítica a escola tradicional.
• O marginalizado não é o ignorante, e sim o rejeitado.
• A “anormalidade psíquica” pode ser detectada por
meio de testes de inteligência, de aptidão, de
personalidade etc.
• Cada ser humano é diferente e a escola precisa
adaptar-se a essas diferenças.
Pedagogia nova
• Saviani destaca que o escolanovismo desloca a
questão do intelecto para o sentimento, do lógico
para o psicológico, da cognição para os processos
pedagógicos, do esforço para o interesse, da
disciplina para a espontaneidade, da quantidade
para a qualidade
• O importante não é aprender, mas ”aprender a
aprender” (p.8-9).
• O professor estimula, mas a iniciativa é dos alunos
Pedagogia nova
• Propunha o trabalho em pequenos grupos e uma adaptação do espaço
escolar. O ambiente deveria ser atrativo para o aluno, para que pudesse ser
formativo.
• Partia do interesse dos alunos e iniciou seu funcionamento a partir de
pequenos projetos experimentais. Como o foco não era tanto o
conhecimento, estruturado da forma anterior, esse modelo não obteve
resultados satisfatórios.
• Os resultados reforçavam a desigualdade social: baixos níveis de
rendimento para os alunos das camadas populares e um melhoramento do
aprendizado das elites. Acabou sendo uma escola para poucos e
disseminou a ideia de que melhor uma escola boa para poucos do que uma
deficiente para muitos.
Pedagogia Tecnicista
• Um modo de organizar a educação de maneira racional, visando
minimizar as interferências subjetivas que pudessem pôr em risco sua
eficiência.
• “[...] o elemento principal passa a ser a organização racional dos
meios, ocupando professor e aluno posição secundária, relegados
que são à condição de executores de um processo cuja concepção,
planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas
supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais”. (p. 24)
• Marginalizado é o incompetente, no sentido técnico, ineficiente e
improdutivo.
Pedagogia Tecnicista
• A educação será concebida, pois, como um subsistema, cujo
funcionamento eficiente é essencial ao equilíbrio do sistema
social de que faz parte.
• Burocratização da educação, do processo educativo. O saber
fazer prescindia de uma série de manuais, formulários e
demais documentos a serem lidos e preenchidos tanto pelos
alunos como pelos professores.
• Sistema educacional baseado no trabalho do sistema fabril.
Uma comparação

•Pedagogia tradicional: foco no professor –


Questão central aprender
•Pedagogia nova: foco no aluno – questão
central aprender a aprender
•Pedagogia tecnicista – foco na técnica no
método – questão central aprender a fazer
Teorias Pedagógicas
• Teorias crítico-reprodutivistas: a)"teoria do sistema de ensino
enquanto violência simbólica"; b) ''teoria da escola enquanto
aparelho ideológico de Estado (AlE)"; C) "teoria da escola dualista".

• São as teorias que entendem ser a educação um instrumento de


discriminação social, logo, um fator de marginalização
A sociedade para as teorias críticas
• A sociedade é marcada pela divisão entre grupos ou classes: aqueles
que assumem a função de dominantes e aqueles que são colocados
na posição de marginalizados.

• A marginalidade é entendida como um fenômeno inerente à própria


estrutura da sociedade.

• A educação é dependente da estrutura social geradora de


marginalidade, cumprindo a 'função de reforçar a dominação e
'legitimar a marginalização.
Teoria do sistema de ensino enquanto
violência simbólica
• Teoria formulada a partir de Bourdieu e Passeron
(1975)
• A educação como violência simbólica, sendo um
meio pelo qual a dominação se legitima. A educação
reproduz a desigualdade social.
• A dominação econômica é legitimada por meio da
educação, uma vez que o que se ensina é a ideologia
da classe social dominante e os valores importantes
para essa classe social.
Teoria do sistema de ensino enquanto
violência simbólica
• “[...] marginalizados são os grupos ou classes
dominados. Marginalizados socialmente porque não
possuem força material (capital econômico) e
marginalizados culturalmente, porque não possuem
força simbólica (capital cultural). E a educação, longe
de ser um fator de superação da marginalidade,
constitui um elemento reforçador da mesma” (p.32).
• Ex: A versão dos fatos históricos que conhecemos, a
variedade linguística ensinada na escola etc.
Teoria da escola enquanto aparelho
ideológico de Estado (AlE)
• Teoria formulada por Althusser
• As instituições escola, universidade, igreja, polícia podem atuar como:
• Aparelhos Repressores do Estado – é o caso da polícia; e
• Aparelhos Ideológicos do Estado – é o caso da escola e da universidade.
• O poder e o controle do estado sobre os sujeitos é aplicado por meio da
transmissão das ideias defendidas pelo estado e pelas classes dominantes.
• Marginalizados nesta teoria são os trabalhadores.
• Ex: Pensar na escola e mesmo na universidade o espaço dado aos saberes
populares
A teoria da escola dualista
• É definida por Saviani (1988) como uma escola
dualista, pois é uma escola que é dividida, assim
como a sociedade da qual essa escola é fruto,
em classes sociais: a burguesia e o proletariado.
• A escola inculte a ideologia burguesa, promove
um apagamento da ideologia proletária e forma
o proletariado para o trabalho.
Exemplos para discussão
Para se contrapor a lógica de exploração e os monocultivos do agronegócio, o
MST tem pautado a construção da Reforma Agrária Popular, que tem como
base a democratização da terra. Porém, um dos pilares desse processo de
contraposição é o modelo de produção.
Se por um lado o agronegócio utiliza venenos, degrada o meio ambiente e
constrói relações desiguais no campo do trabalho, por outro, os trabalhadores e
trabalhadoras Sem Terra investem na agroecologia como uma ferramenta
popular, oriunda de debates coletivos e que visa o respeito à natureza, o ser
humano e aponta a luta pela terra enquanto direito.
Exemplos
• [...] “As bases científicas e as pesquisas foram
fundamentais para o rápido crescimento da agricultura
química, exemplo disso foram as mudanças nas sementes,
o crescimento dos agrotóxicos, dos maquinários pesados,
além de uma forte discriminação territorialmente e
mundial. Com isso, as práticas tradicionais aparentemente
foram ficando de lado. Mesmo assim, têm sido exercidas
em comunidades de resistência, acampamentos e
assentamentos de Reforma Agrária”, afirma.
Há, no texto, uma oposição entre posições políticas e
ideológicas diversas, de acordo o texto, essa oposição é:
a) Entre aqueles que defendem a reforma agrária e os
que são contrários a ela
b) Entre as práticas do agronegócio e as dos
movimentos sociais
c) Entre o MST e a população em geral
d) Entre as práticas tradicionais e as comunidades de
resistência
e) Entre o agronegócio e a agricultura química
Exemplos
De acordo com Alan Tygel, membro da
Coordenação Nacional da Campanha Contra os
Agrotóxicos e Pela Vida, o agronegócio atua como
propulsor no uso de agrotóxicos no país e, ao
mesmo tempo, não estimula nem a oferta nem a
distribuição de alimentos, pois sua produção é
voltada à indústria alimentícia.
Assinale a alternativa que apresente os termos
que substituiriam aqueles sublinhados no texto
anterior sem prejuízo de sentido

a) Tal e quando
b)Contudo e paulatinamente
c) Entretanto e diferentemente
d)Segundo e simultaneamente
e) Pois e coincidentemente
Linguagem e Escola: uma
perspectiva social
Magda Soares
Objetivo do texto
• Analisar a partir da sociologia, sociologia da
linguagem e a sociolinguística o fracasso escolar
das camadas mais populares;
• Propor uma nova concepção de ensino das
camadas populares por meio do exame das
concepções já adotadas.
Teses do texto
• A escola é contra o povo do que para o povo;

• Houve uma democratização do acesso à escola e não uma


democratização da escola;

• A escola acentua e legitima as desigualdades sociais

• A escola tem sido incompetente em introduzir as camadas populares


na escola, ocasionado o seu fracasso;
Tese do texto

•O problema do fracasso é um
problema de linguagem. De não
conseguir “conciliar” o conflito entre a
língua padrão, das classes dominantes,
e a norma não padrão (as variantes),
das camadas populares
Dados da época de produção do livro
• 70 % da população economicamente ativa recebia até dois salários
mínimos
• 90% da população até 5 salários mínimos

• 1980 – salário mínimo

• Somente 64,7% da população na escola


As teorias para o fracasso escolar
• 1) Teoria do dom: Não seria a escola a responsável pelo fracasso do
aluno, esse se deveria a ausência de capacidades individuais para
obter o sucesso.

• A função da escola é a de adaptar, ajustar os alunos à sociedade,


segundo sua aptidão e características individuais

• Salas dos mais fortes, mais fracos, super dotados, um tipo de ensino
para os “melhores” outro para os “piores”. Legitimação de
ranqueamentos etc.
Teoria do dom

•Cientificidade dos pressupostos caiu por


terra;
•Comprovação de que as “diferenças
naturais” não aconteciam só no âmbito
dos indivíduos, mas de grupos: os mais
favorecidos e os menos favorecidos
2) A ideologia da deficiência cultural
• Por ter menos acesso aos bens materiais e culturais, as classes populares
sofreriam de uma deficiência cultural que estaria ligada também ao não
domínio da norma padrão;

• As causas do fracasso são do contexto cultural de que o aluno provém, do


seu meio familiar etc

• A crítica recai no aluno e na sua classe social e não no sistema (e no


interior dele estaria a escola) que gera essa desigualdade e que
supostamente faria com que houvessem essas diferenças de desempenhos
nas classes sociais.
2) A ideologia da deficiência cultural
• Termos como carentes, deficientes e erro remetem a
essa ideologia
• A função da escola teria ver com compensar essas
deficiências

• Existência de programas até hoje voltados a essa


práticas. As licenciaturas interdisciplinares
Semelhanças entre a teoria do dom e das
deficiências culturais
• Tanto na teoria do dom quanto na ideologia das
deficiências culturais a causa do fracasso estão
no aluno.

• Na teoria do dom, o aluno é portador de


desvantagens intelectuais; na ideologia das
deficiências culturais, o aluno é portador de
déficits culturais
Hipótese do déficit linguístico
• Privação linguística;
• Bernstein (1973);

• Código elaborado – classes dominantes


• Código restrito – classes dominadas
A solução da deficiência cultural ...
• Educação compensatória;
• Ideia de compensar os efeitos da deficiência sobre o
sujeito, ao invés de tentar mudar a realidade
• Modelo de educação usado nos Estados Unidos e
importado de lá para o Brasil;
• Fracasso dos programas de educação compensatória
foi justificado por ser uma intervenção tardia
Outras justificativas para o fracasso da teoria
• Insucesso devido à postura dos professores;
• Devido a ideologia do programa de educação
compensatória, sem levar em conta que o
problema da teoria é desconsiderar o papel da
sociedade;
• O problema é dar a escola um papel que ela não
tem o de compensar as desigualdades.
3) Ideologia das diferenças culturais
• Diferentemente das outras teorias que visavam defender uma
ausência de cultura das classes populares e, com isso, negar a
existência desse grupo, na teoria das diferenças culturais a classe
dominada tem cultura, mas essa está subordinada a da classe
dominante

• A classe dominada tem uma subcultura;

• A sociedade e escola valorizam a cultura e a linguagem das classes


dominantes
A teoria da diferença
• Baseia-se na ideia de que não há línguas e variantes dessa que sejam
melhor ou pior;

• A teoria das diferenças é apoiada na sociolinguística

• De acordo com a sócio, é inadmissível usar os conceitos de certo e


errado em relação ao uso da língua;
• Labov é um dos autores que contribui com essa teooria
A solução da teoria da diferença
• Biadialetismo funcional

• Ganha relevo o conceito de adequação;

• Por outro lado, camuflam-se as contradições e


discriminações de uma sociedade estratificada
Diferença = deficiência
• Segundo a autora, na escola diferença é deficiência;
• Nas duas teorias se ignoram a sociedade e se quer
mudá-la a partir da escola, mas sem considerar que
só é possível uma mudança na escola com uma na
sociedade;

• Desconsideração da língua como um capital


linguístico – a economia das trocas simbólicas.
O que pode fazer a escola sobre o fracasso escolar
e a desigualdade social ?

• 1) Escola redentora: pode vir a solucionar o problema


do fracasso escolar e das desigualdades sociais
presentes na escola;
• 2) Escola Impotente: A escola é impotente, só não
pode fazer nada. A mudança advém da sociedade;
• 3) Escola transformadora: uma escola que pretende
contribuir para a transformação da sociedade.
Aproxima-se da ideia de biadialetismo funcional
Outros pontos para discutirmos

•Não há uma receita sobre como ensinar


•Implementar no ensino o lugar da dúvida
•Saber para o que olhar
•Saber o que o aluno não sabe – diagnóstico
•Aprender a escrever é ir além da forma
Problematização ou a inclusão da pesquisa

• Sobre o conceito de problema:

• Da revista Recherche et formation pour les professions de l’éducation -


Formation et problématisation, nº 48, 2005:
FABRE, M. Editorial, p.5.
LE BAS, A. Didactique professionnelle et formation des enseignants, p.47.
REY, B. Peut-on enseigner la problématisation?, p.91

• GALLO, S. Deleuze e a Educação – parte I.


disponível no site:
www.arq.ufsc.br/esteticadaarquitetura
•Equivalência entre “aprender”, “pensar
por meio de problemas” e “pensar por si
só”. Aprender é um movimento infinito
que não se confunde com a aquisição
finita – pontual – de um saber.
O problema não tem “ser”, por se materializar como movimento

• Posição sustentada: o problema não é dado


pronto, mas deve ser criado;
• Ele não desaparece na solução (negatividade do
problema), mas ela dá a ver o problema
(positividade do problema: a solução dá sentido ao
problema).
Outra perspectiva

• Bachelard (1996) faz a distinção entre conhecimento comum


e saber científico

• O saber científico desconstrói o senso comum

• Exs: os obstáculos epistemológico: substancialismo e


metáfora da esponja
A dificuldade de saber o que perguntar

• Como acabar com a indisciplina na sala de aula?


• Como fazer com que os alunos se interessem por leitura?
• Porque os alunos não leem?
• Qual a interferência da televisão na vida das crianças?
• A influência da pornografia afeta socialmente e psicologicamente o
individuo?
• É interessante pedir para os alunos produzirem um texto escrito?
Exemplos e contraexemplos (Xypas, 2017)
• A crise do jornalismo na cidade de Mossoró – RN
• A crise do jornalismo na Pós-modernidade e a
formação do jornalista na universidade

• As dificuldades encontradas em uma escola estadual


situada na periferia de Areia Branca RN
• A gestão educativa e socioambiental de uma escola
estadual para ultrapassar o fracasso
Sequência didática
Em relação ao ensino da produção oral e escrita,
Schneuwly e Dolz (2004) mostram como a sequência
didática pode ser uma importante ferramenta para se
trabalhar gêneros textuais orais e escritos na escola.
Segundo esses autores, “uma sequência didática é um
conjunto de atividades escolares organizadas, de
maneira sistemática, em torno de um gênero textual
oral ou escrito”
A estrutura da SD
Componentes uma sequência didática, conforme
Schneuwly e Dolz (2004):
✔ Apresentação da situação: exposição detalhada
para os alunos da tarefa de expressão oral ou escrita
que será realizada e preparação para a produção
inicial.
✔ Produção inicial: primeira produção, oral ou
escrita, permite avaliar os conhecimentos dos alunos
em relação ao gênero proposto e as capacidades que
precisam ser desenvolvidas; (diagnóstico)
A estrutura da SD

✔ Módulos: são constituídos por atividades e


exercícios diversificados que visam aprimorar o
domínio do gênero textual em estudo. Nos módulos,
são trabalhados os problemas detectados na
produção inicial do texto. Cada módulo contemplará
um dos problemas identificados e características do
gênero, ou seja, sua estrutura composicional, seu
conteúdo temático e seu estilo.
A estrutura da SD

✔Produção final: é o momento em que o


aluno coloca em prática os conhecimentos
adquiridos e, junto com o professor, podem
avaliar os progressos ocorridos.
Esquema da sequência didática
Sobre a sequência didática

✎A forma como a sequência didática se


estrutura supõe/exige um planejamento
consistente, clareza em relação aos
objetivos que se pretende alcançar e
construção de uma visão de produção
textual como processo em que,
conforme Antunes (2003):
A SD
✔ há um planejamento da escrita em função do
gênero, do interlocutor, da esfera de circulação,
do suporte;
✔ acontece uma primeira versão;
✔ é realizada a revisão e busca de
conhecimentos para melhoria do texto;
✔ ocorre a elaboração de uma nova versão.
Outras definições

O que é a SD?
- Um conjunto de atividades ligadas entre si e
planejadas para o ensino de um conteúdo
específico abrangendo todas as etapas de
ensino.
- Ela é organizada de acordo com os objetivos
que o professor elencar e envolve atividades de
aprendizagem e de avaliação.
Etapas de elaboração da Sequência Didática
Título,
Público Alvo (Caracterização dos Alunos, da Escola e da Comunidade Escolar),
Problematização,
Objetivos (Gerais e Específicos),
Conteúdos,
Dinâmicas,
Avaliação e
Bibliografia (Referencial Teórico e Material utilizado).
A sequência didática será desenvolvida em etapas:

Etapa 1: definição de Título, Público Alvo e problematização.


(Situação Inicial)

Etapa 2: Objetivo Geral, Objetivos Específicos e Conteúdos.


(da sequência como um todo e de cada um dos módulos)

Etapa 3: Metodologia, Avaliação e Bibliografia. (da sequência


como um todo e de cada um dos módulos)

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
TÍTULO:
Embora seja o elemento mais simples da SD , deve ser capaz de ser
atrativo e refletir em linhas gerais a temática na qual os conteúdos serão
desenvolvidos.

PÚBLICO ALVO:
A SD deve definir o público a que se destina, assim como os elementos e
a metodologia deve estar de acordo com o público. Aqui devem ser
definidos a série, semestre e a escola/universidade onde será aplicada.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
PROBLEMATIZAÇÃO:
É a formulação de um problema. Problematizar é trazer a tona uma
abordagem contextualizada. É uma forma de abordar o conteúdo. É
promover o interesse do aluno a partir de perguntas bem colocadas. O
aluno deve se sentir desafiado a mobilizar seus conhecimentos no
sentido de responder a problemática apresentada. E, mais importante,
estimulado a aprender mais a respeito a fim de construir explicações
satisfatórias.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
OBJETIVO GERAL:
Refere-se a uma meta a ser atingida e se relaciona à
aprendizagem ou a algum atributo de
desenvolvimento do aluno.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Apresentam as intenções de ensino, e ajudam no
planejamento no que se refere à escolha das
metodologias mais adequadas e das formas de
avaliação.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
CONTEÚDOS:
Referem-se ao conteúdo a ser trabalhado. Os conteúdos devem se relacionar
com os demais elementos da SD.

METODOLOGIA:
É importante que sejam selecionadas metodologias de aula variadas, de acordo
com as possibilidades oferecidas pela escola/universidade. As dinâmicas devem
estar intimamente relacionadas aos conteúdos trabalhados e aos objetivos
propostos.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
AVALIAÇÃO:
As formas de avaliação devem ser descritas. Tais métodos
precisam ter relação com os objetivos e com os
conteúdos previstos na SD. O que se avalia deve estar
diretamente relacionado com o que se pretende ensinar.
BIBLIOGRAFIA:
Este item deve ser apresentado todo material
bibliográfico utilizado para preparar e aplicar a SD, tanto
no que se refere ao referencial teórico quanto aos
materiais utilizados (livros didáticos, textos, vídeos, jogos
educativos).
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A SD se desenvolve a partir de um
problema central e a partir dele você
deverá organizar aula a aula um
conjunto de atividades para que seus
alunos consigam propor soluções para
o problema estudado.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A SD tem um papel central na prática docente. O
planejamento, desenvolvimento, avaliação e aplicação
da SD faz parte de sua própria aprendizagem com
vistas a desenvolver os processos de organização,
aplicação e avaliação da sequência de aulas.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A cada etapa desenvolvida você poderá rever as etapas
anteriores de acordo com o feedback e o amadurecimento
de suas ideias iniciais.
A avaliação será realizada a partir de critérios pré-
estabelecidos na forma de comentários em cada uma das
etapas realizadas, com o objetivo de aprimorar a SD ao longo
do tempo.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

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