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BARROCO NO BRASIL Fabiana Honorio de Oliveira

São três condições para a existência de uma literatura nacional:


A presença de escritores que produzam continuamente.
 A possibilidade de publicação e circulação das obras literárias.
 Um público que leia regularmente as obras produzidas.
Quando essas três condições são entendidas, começar a funcionar o
sistema literário.
Essas condições ainda não estavam presentes no Brasil colonial. Apenas os
centros urbanos mais importantes, como Salvador e Recife, apresentavam
alguma organização. Por isso, os poucos escritores que surgiram viviam
isolados. As obras que escreviam raramente chegavam a ser publicadas, o
que dificultavam muito a circulação. Os textos dependiam de uma difusão
oral ou manuscrita, mas isso não acontecia com frequência.
Por esse motivo, quando se estudam as obras dos escritores que viveram
no período colonial, diz-se que elas caracterizam manifestações
literárias. A produção literária brasileira só alcança a condição plena
de literatura nacional no século XIX, quando é possível identificar uma
produção constante de obras literárias publicadas e lidas com
regularidade.
COMO TUDO COMEÇOU
Em 1601 surgiu o poema épico
Prosopopeia, escrito por Bento
Teixeira. Esse texto costuma ser
considerado o marco inicial da
literatura barroca brasileira,
embora não apresente grandes
qualidades literárias.
Os maiores e melhores escritores barrocos em língua
portuguesa no Brasil surgiram na Bahia:

Padre Antônio Vieira Gregório de Matos


Como a vida econômica da colônia estava concentrada na região
Nordeste, era lá que se encontravam os principais artistas e escritores, com
destaque para salvador, que foi capital do Brasil de 1549 até 1763.

Os textos de Vieira e de Gregório de Matos permanecem importantes e


influenciam escritores brasileiros e portugueses. Conheça a seguir um pouco
da obra desses dois autores.
VIEIRA, O ENGENHOSO PREGADOR PORTUGUÊS
ANTONIO VIEIRA (1608-1697)
Nasceu em Lisboa, mas ainda menino veio com os pais para a
Bahia, onde estudou no colégio dos jesuítas. Ordenado em
1634, começou a carreira de pregador. O sucesso de seus
sermões lhe garantiu uma posição influente junto ao rei de
Portugal,D. João IV. Como embaixador do rei, fez sermões em
Londres, Paris e Roma.

A defesa dos judeus convertidos ao catolicismo (cristão-novo) fez


cm que Vieira fosse julgado e condenado pela Inquisição.
Permaneceu preso por dois anos, impedido de pregar. Seu
grande prestígio como orador, porém, acabou lhe garantindo o
perdão papal. De volta ao Brasil, teve o cuidado de editar
todos os seus 207 sermões. Morreu aos 89 anos.
No século XVII,em meio às disputas entre católicos e protestantes, o
sermão, discurso religioso sobre alguns conceito da doutrina cristã,
tornou-se uma importante arma para divulgar os valores da Igreja
Romana.

Os sermões escritos pelo padre Antônio Vieira ficaram famosos pela


argumentação engenhosa e pela retórica (oratória) perfeita. O domínio
incomum das palavras garantiu ao jovem jesuíta entrada nas cortes mais
importantes da Europa e influência junto ao rei de Portugal. Essa mesma
habilidade tornou-o vítima da perseguição pelo Tribunal do Santo
Ofício.
Entre os sermões mais conhecidos do padre Vieira, destacam-se dois, em
que pregador trata de aspectos da vida na colônia:

Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda


(pregado na Bahia, em 1640): Vieira convoca o povo baiano a reagir
contra a invasão holandesa, defendendo-se da ameaça protestante.

Sermão da primeira dominga da Quaresma (pregado no Maranhão, em


1653): Vieira tenta convencer os colonos a libertarem os indígenas que
escravizaram.

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