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Carlos Alberto Messeder Pereira

 O fim da década de 1970 – “O sonho acabou” (John Lennon) – Parecia haver uma
estranha satisfação com o fato de que aqueles tempos loucos, de pura liberdade e
efusão, estavam acabando e voltávamos para a realidade.

 No entanto, é possível pensar a história da contracultura apenas como a história de


um sonho, de uma ilusão? Era apenas disso que falavam os versos de John Lennon?

 Se a contracultura se tratou de uma utopia, como se move uma utopia ao longo da


história?

 É possível afirmar que toda a potência revolucionária dos anos 1960 e 1970
simplesmente se esgotou e não deixou nada?
 Falar de contracultura é, pelo menos inicialmente, falar dos Estados Unidos, onde
se deram as primeiras manifestações desse novo espírito de rebelião que marcaria
a juventude dos anos 1960.

 O anti-intelectualismo que crescia nos Estados Unidos desde o final dos anos 1950:
o surgimento da tradição boêmia dos beatniks, ou “geração beat”, que
inauguravam um novo ultrarromantismo no mundo ocidental.

 Flower power (o poder da flor) – geração influenciada pela publicação de Howl


(Uivo), de Allen Ginsberg, bem como de On the road (Pé na estrada) de Jack
Kerouac, estabelecendo novas formas de ver a sociedade do seu tempo.
 “I saw the best minds of my generation destroyed by madness” (Vi as melhores
cabeças da minha geração destruídas pela loucura) – Allen Ginsberg falando da
outra face do sonho americano e da vida em tempos de Guerra Fria.

 Os beatniks e os hipsters (ou seja, o oposto dos squares, os “caretas”) aparecem


como representações de todas as formas de contestação ao mundo da sua época.

 “Ao contrário do square, conformista e fiel defensor do american way of life, o


hipster é aquele que se rebela contra aquela situação. Diante da falência da
revolução proletária nestas sociedades industriais avançadas, ele é aquele que se
revolta e nega violentamente os valores estabelecidos.”
 “Mas não era apenas nos Estados Unidos que essa combinação de marginalidade,
boemia e revolta vinha se evidenciando. Assim como São Francisco, Chicago ou
Nova York exibiam suas ordas de estranhos e novos rebeldes, também os bairros
boêmios da cidades européias como Londres ou Paris se enchiam daqueles
mesmos rebeldes que começavam a falar uma linguagem de revolta e contestação,
com uma marca fortemente existencial e anárquica, e voltada principalmente para
a transformação da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de
novos espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e para as pequenas
realidades do cotidiano.”

 A Nova Esquerda (New Left), que, após o maio de 1968 francês, começava a trazer
questões que se diferenciavam do antigo comunismo vigente nos partidos
europeus.
 Por que podemos afirmar que a contracultura encontrou maior espaço nos Estados
Unidos?

 Na Europa, a tradição de esquerda já era bastante forte e consolidada, de forma que


sua juventude carregava consigo fortes aspectos de luta política que já possuía as suas
próprias bases.

 Por sua vez, nos Estados Unidos, os jovens contavam com um background radical de
esquerda bem menos sólido, o que favorecia o florescimento de novas ideias.

 A presença de hippies, negros e outros grupos excluídos nos Estados Unidos fazia com
que o cenário também fosse o mais interessante para a emergência de pensamentos
menos ortodoxos.
 O rock’n’roll como instrumento de libertação juvenil – Bill Haley, Alan Freed,
Chuck Berry, Little Richard, Fast Domino, The Platters e Elvis Presley.

 A representação da “juventude transviada” na figura de James Dean.

 A emergência do rock britânico na década de 1960 – Beatles e Rolling Stones.

 A figura de Bob Dylan e a emergência das misturas rítmicas com críticas sociais e
ambientais.

 Viver intensamente e morrer jovem: os casos de Jimi Hendrix e Janis Joplin.


 Um dos principais espaços de difusão da contracultura foram os festivais de
música, notadamente o de Woodstock e Altamont, ambos realizados em 1969 e
ambos transformados em filme – respectivamente Woodstock e Gimme Shelter.

 Paz e amor ou violência em ódio – estaria chegado o fim da “Era de Aquarius”?

 Os hippies e seu mundo psicodélico – cabelos agressivamente compridos, ar freak


(estranho, extravagante) e proponentes de uma outra viagem existencial em torno
do mundo em que se vivia.

 A figura de Martin Luther King e os protestos de negros contra os regimes


excludentes nos Estados Unidos.
 Enquanto nos Estados Unidos os
hippies espalhavam flores aos
passantes em suas
manifestações, no resto do
mundo acontecia a Revolução
Cultural Chinesa, a Guerra do
Vietnã e a Revolução Cubana.

 Como entender a mudança no


próprio conceito de “esquerda”,
que passa a ser posto em
oposição no período? Haveria,
afinal, uma esquerda
“verdadeira” ou mais legítima?

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