Mini-curso"Gênero e raça:

chaves de leitura para o campo

educativo"
Prof. Doutoranda Monica Francisco
• Como as mulheres negras pensam o mundo ? Quais as chaves
epistemológicas que intelectuais e artistas negras nos ajudam a
pensar as nuances do racismo na sociedade brasileira? A carne mais
barata do mercado é a carne negra afirma Elza Soares. Sueli Carneiro
nos informa que nós mulheres negras precisamos emagrecer o
feminismo ao mesmo tempo que afirma que originam os de outra
cultura. Lélia fala -nos que o lixo agora vai falar. Que falaremos? Para
quem? Como podemos contribuir para o entendimento da questão
racial. Teóricos pretxs nos dão caminhos para tensionarmos essas
questões.
• O racismo é uma das formas de preconceito mais fortes no Brasil.
“Uma das mais graves e, sobretudo, é a que provoca maior dano para
todos os envolvidos. O racismo rebaixa a humanidade de todos, de
quem pratica e de quem é vítima. Ele produz uma falsa consciência
em algumas pessoas de superioridade em relação a outros seres
humanos.”
• A sociedade brasileira sempre preferiu fazer de conta que nós não
tínhamos esses problemas. Isso só os agrava na medida em que cria
um caldo de cultura de impunidade em relação às práticas criminosas
de racismo, violência contra a mulher e homofobia”,
• “Em todas as sociedades que conseguiram enfrentar esse problema
de forma direta, muito foi superado em termos dessa intolerância e
no sentido da inclusão social de segmentos historicamente
discriminados. No Brasil nega-se sistematicamente um problema
visível a olho nu, como se a pura negação pudesse resolvê-lo e não
resolve, agrava-o.”
• E é um racismo que está na estrutura da sociedade brasileira. Há
poucos negros no alto escalão da política brasileira, poucos negros
dirigindo empresas, poucos negros no alto escalão do Exército. Há
lugares que parece que são predestinados para os sujeitos brancos.
Nós, negros, acabamos sendo minoria quando chegamos a esses
lugares. Conceição Evaristo
• Laeser –UFRJ
• Mapa da Violência