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Os filósofos clássicos:

Sócrates, Platão e
Aristóteles
• Foram responsáveis por uma revolução no pensamento e,
com isso, estabeleceram as bases de todo o pensamento
ocidental.
Sofistas
• “Sofista” significa “sábio” (HOUAISS; VILLAR, 2009).
• Os sofistas foram um dos primeiros a defender uma educação
voltada para o cidadão, ensinando arte, cultura, política e retórica.
• Antes disso, a educação era toda direcionada para a formação de
guerreiros e atletas.
• Retórica é a arte do debate e da argumentação => Bom pensador
seria aquele que ganha debates, e os sofistas eram especialistas em
praticar e ensinar essa arte.
• Embora haja uma coerência nesse raciocínio, havia um problema: o
risco de se tentar ganhar a qualquer custo.
• Isso significa que, por vezes, alguns sofistas distorciam certas
informações e argumentos para vencer o debate.
• Esse recurso ficou conhecido como “sofisma” e foi muito criticado
pelos filósofos que tinham um compromisso com a busca da
verdade (HOUAISS; VILLAR, 2009).
• No entanto, essa não era uma atitude totalmente
descompromissada, pois os sofistas realmente acreditavam
que a verdade era relativa e jamais seria possível atingir uma
verdade absoluta sobre as coisas.
• Para eles, o conhecimento era sempre temporário, relativo e
inseguro.
• Outro aspecto fortemente criticado era o fato de os sofistas
darem aulas em troca de pagamento. Por causa disso eram
acusados de corromper a verdade em benefício de seus
ganhos.
• Apesar de terem sido criticados durante grande parte da
História, hoje considera-se a importância dos sofistas,
inclusive por terem educado mediante pagamento, pois, por
isso, houve maior democratização do conhecimento
(KERFERD, 2003).
Sócrates (470 ou 469-399 a.C.)
• Divisor de águas na
filosofia.
• Ensinava na praça (Ágora) a
seus discípulos sem
remuneração.
• Nunca escreveu nada de
próprio punho, mas teve as
palavras eternizadas por
seus seguidores (Platão e
Xenofontes).
• Depois de questionar a
tradição e os governantes,
acaba condenado à morte e
executado publicamente.
• Sócrates leva a Filosofia ao antropocentrismo.
• Significa “o homem no centro”.
• Ao assumir para si o lema lido no Oráculo de Delfos –
“Conhece-te a ti mesmo” –, Sócrates direciona a Filosofia
para a compreensão de si e, portanto, do ser humano.
• Aquela busca sobre a verdade da natureza e do Universo
tornou-se uma busca da verdade sobre o próprio homem.
• O conhecimento de si é que seria o verdadeiro
conhecimento.
• Esse movimento de olhar para dentro de si em busca de
uma verdade é chamado de introspecção.
• Sócrates acreditava que as pessoas traziam consigo o
conhecimento, mas era preciso superar a ilusão da verdade
para se chegar à verdade.
• Sócrates questionava sistematicamente seus interlocutores
até perceber que eles, na verdade, não sabiam o que
afirmavam saber.
• Demonstrou que um general de Atenas não sabia o que era
coragem e que um sacerdote não sabia o que era a fé.
• Como fazia esse exercício introspectivamente, Sócrates
afirmava também nada saber, mas era sincero o suficiente
para assumir isso (PLATÃO, 1999).
• “Método da ironia”.
• Palavra “ironia” remete a algo que disfarça, dissimula.
• A ironia utilizada por Sócrates consiste em demonstrar ignorância
quando, na verdade, tem conhecimento sobre o assunto.
• Platão afirmava que, justamente por dizer que nada sabia, Sócrates
era o mais sábio de todos os homens.
• Maiêutica
• “fazer o parto” desse conhecimento, ou seja, trazê-lo ao mundo a
partir do interior das pessoas.
• se realiza através de perguntas que vão, pouco a pouco,
descontruindo as certezas e obrigando a pessoa a pensar por conta
própria.
• Certa vez, com suas perguntas, fez com que um escravo deduzisse
operações matemáticas complexas que nunca tinha aprendido.
Assim se configura o chamado questionamento socrático.
Platão (428 ou 427-348 ou 347 a.C.)

• Discípulo de Sócrates
• Compartilhava a ideia de que o
conhecimento vinha do próprio
sujeito.
• Partindo da noção de
imortalidade da alma, Platão
acreditava que a alma é que trazia
o conhecimento para a pessoa.
• Como a alma é imortal, mas o
corpo é mortal, Platão supunha
que a alma já existia antes do
corpo em outro lugar de onde
trazia o conhecimento.
• Esse é o conceito de
reminiscência da alma.
• Dessa doutrina, derivam as teorias inatistas, ou seja, aquelas que
consideram que o conhecimento nasce com as pessoas.
• Inatismo é uma doutrina que defende a posição de que as ideias
nascem naturalmente com as pessoas. O aprendizado, portanto, se
daria sempre de “dentro” para “fora” de cada um.

• Mas de onde viria esse conhecimento?


• Para Platão, ele viria de um mundo superior ao nosso, onde habitam
as ideias eternas, perfeitas e imutáveis que são a fonte original de
todas as coisas do nosso mundo. As coisas que podemos perceber
na nossa realidade são apenas projeções ou sombras desse mundo
perfeito.
• Influência: Heráclito e Parmênides
• Heráclito => era o que afirmava que tudo flui, que tudo está em
constante mudança;
• Parmênides => afirmava que o movimento é uma ilusão e que a
essência das coisas sempre permanece.
• Platão busca conciliar essas duas compreensões sobre o ser.
• Para isso, ele entende que a realidade se divide em dois
diferentes mundos: o mundo sensível e o mundo
suprassensível ou mundo das ideias.
• O sensível é o mundo onde tudo muda.
• É aquele a que podemos ter acesso através de nossos
sentidos. Portanto, qualquer coisa que possa ser vista, ouvida,
tocada, degustada ou cheirada faz parte do mundo sensível.
• Esse mundo é acessível a qualquer um, independentemente
de seu estudo ou inteligência. Platão o considera, portanto,
inferior. Não se pode encontrar a verdade estável se tudo está
sempre mudando, envelhecendo ou morrendo
• O suprassensível é o mundo estável e imutável.
• É o mundo das ideias.
• Só pode ser acessado pela razão, pois é preciso enxergar além da
obviedade das coisas e encontrar as ideias essenciais das coisas.
• Esse é um conhecimento superior, segundo Platão, pois está imune
às ilusões dos sentidos e das paixões.
• É assim que Platão diferencia corpo de alma: O corpo pertence ao
mundo sensível, enquanto a alma pertence ao mundo
suprassensível.
• Sobre a alma, ele identifica três faculdades principais: a sensível, a
afetiva e a racional. Elas correspondem, respectivamente, às
características humanas da percepção, emoções e razão.
• Isso configura um pensamento psicológico presente na filosofia de
Platão.
Aristóteles (384-322 a.C.)

• Discípulo de Platão =>


discordou de Platão em sua
compreensão filosófica.
• A principal discordância de
Aristóteles com relação a
Platão é que ele não
menospreza a importância dos
sentidos.
• Aristóteles acredita que os
sentidos sejam necessários
para aprender as informações
sobre as coisas do mundo.
• No entanto, concorda que a
constatação do senso comum
não é suficiente para se fazer
Filosofia e ciência.
• É tido como um precursor do pensamento científico, pois ressalta a
importância do método rigoroso na pesquisa.
• Aristóteles defende a observação do mundo como um primeiro
passo para o conhecimento.
• Para Aristóteles, corpo e alma eram inseparáveis.
• Entendia que existiam coisas concretas, sensíveis e, ao mesmo
tempo, coisas que não podem ser percebidas com os sentidos.
• Segundo ele, há uma diferenciação entre a forma e a matéria. No
entanto, elas são interdependentes, pois não há matéria sem forma
e não há motivo de se existirem formas sem que elas se tornem
reais.
• A denominação utilizada por ele é a de potência e ato.
• Algo pode ser possível em potência, mas precisa se tornar ato para
ser real.
• Por exemplo, toda semente é uma árvore em potencial. No entanto,
se ela não estiver em solo fértil e não receber umidade suficiente,
nunca será uma árvore, ou seja, sua potência nunca será ato.
• Essa também é uma concepção muito importante para a Psicologia,
pois demonstra que há uma diferenciação entre o possível e o
realizado.
• Aristóteles identifica a presença da alma em todos os seres
vivos, incluindo as plantas.
• Esse sentido de alma como o elemento que possibilita a
presença de vida nos seres foi traduzido para o latim como
anima e é muito próxima da maneira como usamos a palavra
“ânimo”.
• Tratado: De anima => Em português seria “sobre a alma” ou
“sobre a mente”.
• Nesse tratado sobre a alma, ele descreve quais são as
potências da alma, além de abordar vários outros temas que
hoje são parte integrante do mundo da Psicologia, como os
sentidos, as sensações, a memória e a associação, o sono, a
insônia etc.
• Se a alma tem “potências”, então você entende que ela
precisa ter as condições necessárias para se tornar ato, certo?
• O que é preciso para que uma potência da alma seja
realizada?
• Sua resposta é a educação.
• A educação dá forma à matéria e desenvolve as
potencialidades.
• Aristóteles aqui demonstra um gérmen do que será no futuro
o pensamento empirista, ou seja, um pensamento que
acredita que o conhecimento vem da experiência.
• Para esses autores, as pessoas nascem como se fossem folhas
de papel totalmente em branco (tradicionalmente, usa-se o
termo “tábula rasa”) e, à medida que o tempo passa, essa
folha vai sendo preenchida com as experiências vividas por
cada pessoa.
Atividade Parcial
Valor: 200 pontos

• 1. Quais as contribuições que os filósofos clássicos


trouxeram para o conhecimento psicológico?
• 2. As propostas de Sócrates, Platão e Aristóteles podem
ajudá-lo a pensar melhor sobre sua vida? De que forma?

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