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Leticia C. de Oliveira
Enfermeira Nefrologia HRMS
Mestranda em Enfermagem UFMS
Insuficiência Renal Aguda (IRA) ou
Lesão Renal Aguda (LRA)
• A LRA é caracterizada por redução abrupta da função renal que se
mantém por períodos variáveis, resultando na incapacidade dos rins
exercerem suas funções e manter o equilíbrio hidroeletrolítico no
organismo.
• Apesar dos avanços, os índices de mortalidade são altos,
especialmente no âmbito da terapia intensiva, chegando a ser em
torno de 50%
BOIM, M; SANTOS, O.F.P; SCHOR, N., 2001 IN: AJZEN, H.; SCHOR, N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp- PEM
IRA/LRA
IRA/LRA
• Alguns relatos mencionam uma incidência de 30-47% de LRA na UTI,
sendo a taxa de mortalidade intra-hospitalar em até 50%. A incidência
de LRA pode ser ainda maior na UTI (entre 36 e 67%) quando são
considerados critérios mais sensíveis, como RIFLE, uma classificação
amplamente usada para uniformizar a definição de LRA, criada em
2004 pela Acute Dialysis Quality Initiative.
BOIM, M; SANTOS, O.F.P; SCHOR, N., 2001 IN: AJZEN, H.; SCHOR, N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp- PEM
VOLUME
SANGUÍNEO RIM
VIAS
ESCRETORAS
IRA renal IR A
Causada por fatores íntrinsecos
ao rim é classificada de acordo R enal
com o principal local afetado:
- túbulos, interstício, vasos ou NTA V a s c u la r I n t e r s t ic ia l G lo m e r u la r
glomérulo.
A causa mais comum de dano
tubular é de origem isquêmica
ou toxica. No caso de NTI pode
ter origem pré renal como por
complicações obstétricas,
mordidas de cobra e síndrome
hemolítico BOIM,
urêmica.
M; SANTOS, O.F.P; SCHOR, N., 2001 IN: AJZEN, H.; SCHOR, N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp- PEM
IRA renal
Mecanismos fisiopatológicos de IRA associada a drogas
Mecanismo predominante Droga
Redução da perfusão renal e alterações na Ciclosporina, inibidores de enzima conversora, anti-
hemodinâmica renal inflamatórios não esteroides, contrastes radiológicos,
anfotericina B
Toxicidade tubular direta Antibióticos, aminoglicosideos, contrastes
radiológicos, displatina, ciclosporina, anfotericina B,
solventes orgânicos, metais pesados, pentamidina
Toxicidade tubular – rabdomiólise Cocaína, etanol, lovastatina
Obstrução intratubular – precipitação Aciclovir, sulfonadmidas, etilenoglicol, quimioterápicos
Nefrite intersticial alérgica Penicilinas, cefalosporinas, sulfonamidas,
ciprofloxacina, diuréticos tiazídicos, furosemida,
cimetidina, alopurinol
Sindrome hemolítico-urêmica Cicosporina, mitomicina, cocaína, quinina
BOIM, M; SANTOS, O.F.P; SCHOR, N., 2001 IN: AJZEN, H.; SCHOR, N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp- PEM
IRA pós-
renal
• Ocorre quando há obstrução do trato
urinário por:
• Hipertrofia prostática;
• Câncer de próstata;
• Bexiga neurogênica (causa funcional);
• Cálculo renal bilateral; necrose
papilar; carcinoma de bexiga; fibrose
retroperitoneal; tumor colorretal)
• A reversibilidade da IRA pós renal se relaciona
ao tempo de duração da obstrução.
BOIM, M; SANTOS, O.F.P; SCHOR, N., 2001 IN: AJZEN, H.; SCHOR, N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp- PEM
IRA/LRA - Diagnóstico
Os exames mostram elevação dos níveis de ureia, creatinina,
potássio, diminuição dos níveis de bicarbonato, hemoglobina,
hematócrito e redução do pH sanguíneo. O exame de urina
mostra cilindros, restos celulares e densidade diminuida.
No caso de doenças glomerulares, o exame de urina mostra
proteinúria. Durante a fase de oligúria, o nível de sódio é
inferior a 20mEq/l. A depuração de creatinina reflete a taxa de
filtração e a quantidade de nefróns funcionantes.
TRATAMENTO
• Depende da etiologia e da gravidade da IRA.
• Dieta: rica em calorias, restrita em proteínas, sódio e potássio.
• Controle de eletrólitos: corrigir o desequilíbrio eletrolítico, mas ter cuidado com
a ingestão de líquidos, em função do edema.
• Necessidade de terapia dialítica: nível de ureia plasmática, hiperpotassemia,
acidose metabólica, quando há sobrecarga de volume sem resposta à terapia
diurética (principalmente quando há congestão pulmonar). Outra indicação:
intoxicação por fármacos.
• Deve-se notar que, em pacientes desnutridos ou com doença hepática, as manifestações urêmicas
podem aparecer quando o nível de ureia plasmática é inferior a 100mg/dl. Portanto cada caso deve
ser avaliado individualmente.
INDICAÇÃO DE DIÁLISE
TRATAMENTO DIALÍTICO
Indicação absoluta
1. Hiperpotassemia – Associada a cardiotoxicidade
representada por alterações no ECG (onda T ponti
aguda e alongamento da Q,R e S)
2. Acidose metabólica – Causada por retenção de ácidos
orgânicos, pela incapacidade de regenerar bicarbonato
e acidificar adequadamente a urina. Há alterações
clínicas quando o valor do PH for menor que 7.2mEq/l;
INDICAÇÃO DE DIÁLISE
TRATAMENTO DIALÍTICO
Indicação relativa
Alterações que não trazem risco iminente de morte e
pode ser tratada clinicamente, Apresentam graus
moderados de hipervolemia, hipo ou hipernatremia,
hiperuricemia, , hemorragia por distúrbios
plaquetários, intoxicação por drogas, sepse, etc.
INSUFICIÊNCIA
INSUFICIÊNCIA RENAL
RENAL
TRATAMENTO DIALÍTICO
“Contra Indicação”
Não existem contra indicações absolutas em diálise, a
equipe deverá avaliar a melhor resposta do paciente
1. Condição clínica terminal
2. Malignidade avançada
3. Demência por múltiplos infartos
4. Recusa consciente do paciente
TRATAMENTO
TRATAMENTO DIALÍTICO
DIALÍTICO
K/DOQI: clinical practice guidelines for chronic kidney disease: evaluation, classification and stratification. American
Jornal of Kidney Diseases, v.39, n.2, p. S1-246, 2002
Taxa de filtração glomerular
Atualmente, a classificação mais
amplamente utilizada de DRC vem da
organização norte americana National
Kidney Foundation.
12% 14%
6 - 12 a 31.1%
13 - 15 a 38.3%
>15 a 7.7%
anos
FREITAS LRS, GARCIA LP. Evolução da prevalência do diabetes e deste associado à hipertensão arterial no Brasil: análise da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1998, 2003 e 2008. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 21, n.1, p.7-19, 2002
HORROR
• A incidência de novos pacientes em dialise cresce cerca de 8%
anualmente.
• Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a prevalência de
pacientes em dialise em 2012 foi de quase 100mil, sendo a faixa
etária acima de 60 anos a mais elevada (correspondendo a 63,6% dos
casos)
• Observa-se também um aumento significativo na faixa etária acima de
30 anos.
BOIM, M; SANTOS, O.F.P; SCHOR, N., 2001 IN: AJZEN, H.; SCHOR, N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp- PEM
Manifestações neurológicas
• Observou-se declínio cognitivo significativo do estado mental de
pacientes com DRC (estágios 3, 4 e 5, fora do programa dialítico) na
faixa de 21 a 51 anos quando comparados com pessoas saudáveis da
mesma faixa etária.
• Encefalopatia causada por alumínio: evitar uso de hidróxido de
alumínio como quelante de fosforo.
Tratamento de agua inadequado no passado.
• Encefalopatia uremica: mais comum na IRA
MADAN, P; KALRA, O.P., AGARWAL, S., TANDON, O. Cognitive impariment in chronic kidney
disease. Nephro Dial Translant, v. 22, p. 440-444, 2007.
Manifestações neurológicas
• Neuropatia periférica e autonômica: em geral, esta associada aos
estágios avançados da DRC. Atinge 83% dos pacientes, e mais comum
em homens. Pode manifestar-se como lesões isoladas ou
polineuropatia, com alteração sensorial e motora distal, com fraqueza
muscular, prurido, caibras, síndrome das pernas inquietas, diminuição
da sensibilidade dolorosa.
Aparelho cardiovascular
• Principal causa de morte em pacientes com DRC, em qualquer
faixa etária.
• HAS
• DM
• HIPERLIPIDEMIA
K+ Na+ Ca F Vit
D Glicose Mg
Hormonios Anemia
Inflamacao
DRC
Aparelho cardiovascular Aparelho pulmonar
• IAM • Pulmao uremico
• Pericardite uremica • Pleurisia uremica
• Cardiomiopatia
Pele
• Xerose: distúrbios do metabolismo
da vitamina A, associado a
ceratinizacao da pele.
• Prurido: origem não plenamente
estabelecida
• A coloração da pele do paciente
uremico decorre da associação da
anemia com o acumulo de
pugmento urocromico e hormônios
melanotroficos, determinando uma
cor amarelo pardacenta.
Osteomuscular • Osteodistrofia renal de alta
remodelação: osteíte fibrosa
• De baixa remodelação:
osteomalacia
• O rim participa no metabolismo • Doenca mista
de Ca e P. Na presença de DRC,
ocorre um desequilíbrio • Osteoporose também pode ocorrer
hormonal que leva a
HIPOCALCEMIA e
HIPERFOSFATEMIA crônica, com
estimulação das paratireoides
para produção de PTH. Resulta
em:
Sinais e sintomas
Sistema digestório: secura na boca, náuseas, vômitos, anorexia, desnutrição,
estomatite, hálito urêmico, soluços e úlcera péptica.
Sistema nervoso: Apatia, fadiga, sonolência, dificuldade de concentração, alteração da
memória, alteração do humor e sono. Podem haver confusão e coma.
Sistema cardiovascular: Inicialmente hipotensão arterial. Após aparece hipertensão,
sobrecarga de líquidos e edema. Hiperpotassemia, causando arritmias e também
atrito pericárdico.
Sistema respiratório: Dispnéia, respiração de Kussmaul e edema pulmonar.
Sistema tegumentar: Pele seca, escamosa e com coloração amarelo-acinzentada
(urocromo) e prurido ( paratormônio circulante e depósito de cálcio na pele).
Sistema hemotológico: Distúrbio plaquetário, anemia e acidose metabólica.
Sistema urinário: Oligúria. Anúria pouco frequênte.
Sistema endócrino: Infertilidade, diminuição do libido, impotência e amenorréia.
Medicações
• Quelantes intestinais de fosforo: • Vitamina D ativa (calcitriol,
• - Carbonato de cálcio: 1,5g/dia alfacalcitriol e doxicalciferol)
• - Acetato de Ca: 2 a 6g/dia • Substancias calcimimeticas
• Hidroxido de alumínio: 90mL/dia
(somente deve ser utilizado
quando o nível de P for igual ou
superior a 7mg/Dl por ate duas
semanas)
• Sevelamer: 2 capsulas 3x/dias
Enfermeiros
• Reconhecer que a IRA e a DRC
em muitas situações são
preveniveis e que
principalmente estão ao
alcance do ENFERMEIRO. Saber
nefrologia e saber que cuidar
dos rins e o bastante para
evitar que se tenha uma vida
muita sofrida se eles pararem
de funcionar.