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Funções psíquicas

elementares: pensamento
(juízo de realidade)

Docente: Stephanie Souza


Julho/2019
Erro Simples x Juízo
1-Definições psicológicas:

•Ajuizar é produzir juízos, julgamentos;


•Alterações do juízo são alterações do pensamento.

Erro simples

• O Erro simples é originado da ignorância, de um julgamento


apressado com base em premissas falsas.

•Ocorre principalmente, quando: tomam-se coisas parecidas por


iguais; atribui-se a coincidências as causas de um dado evento;

• E quando aceita-se a impressão dos nossos sentidos como


verdades inquestionáveis.
Erro simples x juízo

• Os erros são psicologicamente compreensíveis, ao


contrário dos delírios, cuja principal característica é
a incompreensibilidade.

• Os tipos de erros mais comuns são: os preconceitos;


as crenças culturalmente sancionadas, e as
superstições.
Alterações patológicas do juízo

Ideias prevalentes ou sobrevaloradas

• A idéia é sustentada com forte convicção;


• São egossintônicas;
• São associadas a alto grau de emoção;
• Geralmente se desenvolvem em personalidade alterada;
• Compreesíveis a partir de experiências passadas;
Alterações patológicas do juízo

 Causam sofrimento ao indivíduo e às pessoas com


quem ele convive;
 Podem progredir para delírio verdadeiro;
 O paciente não busca ajuda por conta dessas
idéias;
 Assemelham-se a convicções religiosas, ou políticas
apaixonadas.
EXEMPLOS DE IDÉIAS PREVALENTES

Transtorno mental Ideia sobrevalorada típica

Anorexia nervosa
• “
“Tenho uma forte sensação de que
estou muito gorda”.

Hipocondria “Estou convencido de que tenho câncer


de estômago”

Ciúmes patológico não- delirante “ Tenho certeza de que minha mulher


está tendo um caso”

(Veale apud Dalgalarrondo, 2008)


O delírio

• São juízos patologicamente falsos;


• Erro de ajuizar proveniente de uma doença mental
• Exemplos de delírios: “ Tenho certeza que meus pais
querem me envenenar” ; “ Meus amigos fizeram
um plano para acabar comigo”.
Indícios externos para identificação do
delírio

• Convicção extraordinário acerca da lógica do seu


delírio;
• Impossibilidade de modificá-lo através da
experiência objetiva ou por argumentos lógicos;
• É quase sempre um juízo falso, uma vez que, o seu
conteúdo é impossível;
• É uma produção associal, ou seja, se trata de uma
convicção individual e não partilhada com um
grupo.
Dimensões do delírio

• Grau de convicção caracteriza até onde o paciente está


convencido da realidade de suas idéias delirantes;
• Extensão determina a extensão com que as idéias delirantes
envolvem amplas áreas da vida do paciente;
• Bizarrice analisa o quanto o delírio se afasta da realidade
consensual, do quão impossível ele é.
• A desorganização verifica a consistência interna dos delírios,
sua lógica própria e o seu grau de sistematização.
Dimensões do delírio

• Delírios mais organizados são observados nos transtornos


delirantes e em pacientes psicóticos, em contrapartida,
delírios mais desorganizados são encontrados nos quadros
demenciais e de retardo mental.

• Resposta afetiva avalia o quanto as crenças delirantes


abalam o paciente.

• Comportamento desviante verifica o quanto o paciente age


em função de seu delírio e a freqüência com que pratica
atos estranhos, perigosos ou inconvenientes em virtude das
suas idéias delirantes
Delírio primário ou ideias delirantes
verdadeira

• Todo fenômeno primário é psicologicamente


incompreensível.

• Trata-se de algo inteiramente novo.

• O verdadeiro delírio, dessa forma, produz uma quebra


radical na biografia do sujeito, transformando
qualitativamente toda a sua existência.
Delírio secundário e delírios
compartilhados

• Se assemelham aos primários, diferem apenas por não se


originarem de uma alteração primária do pensamento,
mas de uma alteração em outra área, tal como a
afetividade, a consciência etc.

• Os delírios podem acontecer em mais de uma pessoa.


Esse tipo de delírio costuma ser chamado de delírio
compartilhado. Como exemplo de delírio
compartilhado, pode-se citar o caso de um líder
delirante e um grupo sugestionável que compartilha
das idéias e convicções desse líder.
Estrutura dos delírios

• Os delírios podem ser classificados em: simples ou


monotemáticos; complexos ou pluritemáticos; não-
sistematizados e sistematizados.

• Os Delírios simples se desenvolvem em torno de um só conteúdo,


de um tema único – religioso, persecutório etc.

• Os Delírios complexos englobam uma série de temas ao mesmo


tempo, podem envolver conteúdos de perseguição, místico-
religioso, de reivindicação etc.

• Delírios não - sistematizados são um tipo de delírio que


não apresenta encadeamento consistente. Seus
conteúdos variam momento para momento e tendem a
ser encontrados em indivíduos com baixo nível intelectual.
Estrutura dos delírios

• Delírios sistematizados são bem organizados, com histórias


cheias de detalhes, consistentes, bem encadeadas e que
conseguem manter o mesmo conteúdo ao longo do tempo.

• Os delírios podem ainda ser classificados em congruentes e


incongruentes com o humor. Nos transtornos de humor com
características psicóticas, pode se afirmar que o delírio é do
tipo conguente quando, por exemplo, na depressão, ele
apresentar conteúdo de culpa, ruína ou ainda hipocondria.
Já na mania, se ele se apresentar conteúdo de controle ou
influência, se diz que é incongruente.
Surgimento e evolução do delírio

Klaus Konrad (apud Dalgallarondo, 2008) propôs um processo


seqüencial no desenvolvimento do delírio que são os seguintes
momentos:

 Trema : Trata-se da fase anterior ao surgimento das idéias


delirantes, apresenta grande tensão, clima ameaçador e, o
sujeito acredita que não pode escapar.

 Apofania: Essa fase remete a passagem da tensão


acumulada para o delírio. O sujeito experimenta a sensação
de viver uma verdadeira revelação, bem como, sente que
tudo se voltou contra ele.

 Fase apocalíptica : Consiste em uma fase de desorganização


do sujeito após a revelação do delírio inicial. Costuma ser
associada a vivência de uma sensação de fim de mundo.
Além disso, podem surgir sintomas catatônicos, excitação
motora e psíquica e vivência de alteração do eu psíquico e
corporal.
SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO
DELÍRIO
 Consolidação: Período de certa estabilização, no qual o
delírio tende a se cristalizar, nesse processo também
ocorre a elaboração intelectual em torno do delírio, que
se dá através da fixação de elementos a partir da
personalidade do sujeito.

 Fase de resíduo : Costuma se tratar da fase final do


processo psicótico – delirante. Essa fase se caracteriza
pela perda do impulso e da afetividade manifesta. O
sujeito já não mais confia nos outros, bem como, não se
relaciona calorosamente, em virtude disso, busca certo
isolamento.

 Outro aspecto em relação aos delírios, se refere ao curso


dos mesmos, que podem ser agudos ou crônicos. Os
delírios agudos surgem de forma rápida, podendo
desaparecer em pouco tempo. Os delírios crônicos, por
sua vez, tendem a ser persistentes e de longa duração.
Mecanismos constitutivos do delírio

A formação do delírio se dá através de fatores


cerebrais; afetivos; psicológicos;socioculturais, entre
outros.

• Interpretação - Delírio interpretativo: A atividade interpretativa é


um mecanismo, em geral, presente na base de todos os delírios.
Em alguns delírios, porém, a sua formação se dá quase que
exclusivamente devido uma distorção na interpretação dos fatos
e das vivências.

• Intuição - Delírio Intuitivo: Nesse tipo de mecanismo, o indivíduo


simplesmente intui o delírio de repente. Ele forma novo sentido
para as coisas, bem como estabelece uma nova realidade. Do
mesmo modo, ele não busca provas que certifiquem seu delírio,
ele apenas intui a revelação delirante, ou seja, ele ‘sabe’ e isso é
indiscutível para o mesmo.
Mecanismos constitutivos do delírio

• Imaginação - delírio Imaginativo: Se encontra na maior parte


dos delírios, juntamente com o delírio interpretativo. Nesse
mecanismo, o indivíduo imagina determinado episódio e, assim
vai construindo seu delírio.

• Afetividade - delírio catatímico: Quando o indivíduo experimenta


estados afetivos intensos, como nas depressões graves e nos
quadros de mania, o indivíduo passa a viver em um mundo
marcado por tal estado afetivo – catatimia. Em um estado de
depressão profunda, por exemplo, o indivíduo reorganiza o seu
eu e o mundo com conteúdos depressivos.

• Memória - Delírio mnêmico: Nesse mecanismo, o delírio é


construído através de recordações e elementos da memória do
indivíduo. Cabe salientar que, o delírio poderá ser constituído de
recordações verdadeiras ou de falsas memórias.
Mecanismos constitutivos do delírio

• Alteração da consciência - Delírio onírico: Esse tipo de


formação de delírio está associada a quadros de turvação
da consciência, repletos de vivências oníricas com
alucinações cênicas, bem como, apresenta ansiedade e
certa confusão do pensamento.

• Alterações sensoperceptivas - delírio alucinatório: Nesse


mecanismo, o delírio é construído a partir de experiências
alucinatórias ou pseudo-alucinatórias intensas. O indivíduo
forma seu delírio através da experiência alucinatória que
viveu. Na percepção delirante, o delírio surge a partir de uma
percepção normal que recebe, logo em seguida, uma
significação delirante. Um indivíduo vê um objeto em cima
da mesa, por exemplo, e simultaneamente, através de um
processo interpretativo, acredita que esse objeto faz parte de
um plano de conspiração contra o mesmo. Tal sintoma é
muito freqüente em casos de esquizofrenia.
Tipos de delírio de acordo com seus conteúdos

• Conteúdos perspectutórios
o Delírio persecutório.
o Delírio de referência (alusão ou auto-referência)- psicoses
(transtornos delirantes e esquizofrenia).
o Delírio de relação
Obs: os delírios perspecutório e de referência têm em comum nas suas
formações o mecanismo de projeção.

o Delírio de influência ou controle - indícios de esquizofrenia.


o Delírio de reivindicação ou querelância.
Tipos de delírio de acordo com seus conteúdos

• Conteúdos depressivos ou auto-depreciativos


o Delírio de ruína.
o Delírio de culpa- formas graves de depressão.
o Delírio de negação de órgãos/ Síndrome de Cottard (imortalidade, enormidade)-
depressões graves, quadros psico-orgânicos crônicos e na
esquizofrenia.
o Delírio hipocondríaco- transtornos delirantes e na esquizofrenia
Obs: diferencia-se de idéias hipocondríacas não-delirantes devido à ausência de
crítica.
o Delírio cenestopático- esquizofrenia e transtornos delirantes
o Delírio de infestação/ Síndrome de Ekbom- esquizofrenia, depressão,
delirum tremens, intoxicação por cocaína ou
alucinógenos e em indivíduos obcecados pela higiene
corporal.
Tipos de delírio de acordo com seus conteúdos

• Conteúdos de grandeza

o Delírio de grandeza ou enormidade-


quadros maníacos
o Delírio místico ou religioso- quase todas as formas de
psicose, principalmente mania delirante e
esquizofrenia
o Delírio de invenção ou descoberta- transtornos delirantes,
esquizofrenia e mania
o Delírio fantástico ou mitomaníaco- parafrenia
o Delírio e reforma ou salvacionismo
Tipos de delírio de acordo com seus conteúdos

• Conteúdos sexuais

o Delírio erótico- sintoma isolado nos transtornos


delirantes.

todos os tipos de psicose,


o Delírio de ciúmes ou infidelidade-
sendo mais comum no alcoolismo crônico e no
transtorno delirante crônico.
Questões de diagnóstico
diferencial do delírio

• Idéias prevalentes X idéias delirantes: diferenciam-se devido à


convicção extraordinária, impossibilidade da modificação da
idéia pela experiência, franca falsidade da idéia sustentada
e caráter associal presentes no delírio.

• Idéias obsessivas X idéias delirantes: no delírio falta, de maneira


geral, a crítica ao caráter absurdo do juízo em questão.
• Delírio X alucinação:

o Alucinação é alteração da sensopercepção e delírio do juízo da


realidade.
o Experiências sensoriais com caráter ideativo: delírio ou alucinação?
o Classificação por meio de elemento predominante.
Referências bibliográficas
• DALGALARRONDO, P., Psicopatologia e semiologia
dos transtornos mentais. 2 ed. Porto Alegre: Artmed
, pp.206-231, 2008.

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