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PRAGMÁTICA

LINGÜISTICA

Virgínia Colares
NÍVEIS DE ANÁLISE
PLANO SINTÁTICO signos entre si NÍVEIS
Fonologia
USO GRAMATICAL Morfologia
Sintaxe

PLANO SEMÂNTICO signos com o mundo Léxico


tipo
USO SEMÂNTICO ocorrência

PLANO PRAGMÁTICO signos com os usuários Funcionamento em

contexto

USO "EM ATO" Interação espontânea


institucional
assimétrica
simétrica
ÉMILE BENVENISTE (1902-1976)
O aparelho formal da enunciação

ENUNCIAÇÃO - conjunto de fatores e


atos que constituem as condições de
produção dos enunciados.

ENUNCIADO - seqüência de
sentenças precedidas e seguidas de
períodos de silêncio.
DÊITICOS
Classe dos indicadores - unidades
lingüísticas - cujo funcionamento
semântico- referencial implica que se
leve em consideração alguns elementos
constitutivos da situação de comunicação.

As unidades dêiticas só têm seu sentido


construído na enunciação.
CATEGORIAS DÊITICAS
PESSOA / INTERLOCUTORES - pronomes
pessoais (EU -TU) e possessivos;

TEMPO - tempos dos verbos - agora, hoje,


ontem, amanhã;

LUGAR - pronomes demonstrativos -


índices de “ostentação” isto, aqui, lá,
acolá, na esquina, etc...advérbios de
circunstâncias complementos “relativos”
etc...
MODALIZAÇÃO

MODALIZAÇÃO - meios pelos quais


um falante manisfesta o modo como
ele considera seu próprio enunciado.

MODALIZADOR - define a marca


(lingüística) dada pelo sujeito ao seu
enunciado.
(1) DISTÂNCIA

a) mínima o sujeito se inscreve, adere


totalmente ao enunciado.
Ex.: O EU reduz a distância.

b) máxima o sujeito considera seu


enunciado como parte integrante de um
mundo distinto dele mesmo, foge
totalmente.

Ex.: 3ª pessoa do singular do discurso


acadêmico.
(2) TRANSPARÊNCIA

a) apagamento do sujeito da enunciação -


transparência máxima - enunciado gnômico
- marca um fato geral da experiência.

Ex.: O sol gira em torno da terra.

b) presença do sujeito da enunciação.


opacidade máxima.

Ex.: carta pessoal, poesia, diário...


(3) TENSÃO
define a dinâmica da relação
estabelecida entre falante e destinatário,
por meio do texto.

a) tensão máxima: querer, poder;


b) tensão mínima: ser/ estar, ter.
MASCARAMENTO - tentativa de enganar os destinatários sobre
quem se é, usando o modelo de outrem.

PERFORMANCE - tentativa de fazer esquecer o que se é, deixando


de utilizar o próprio modelo, sabendo que o destinatário não
ignora.
TEORIA DOS ATOS DE FALA
“SPEECH ACTS”

AUSTIN (1962)
How to do things with words
o livro reúne 12 conferências proferidas em
1955 pelo filósofo inglês na U. de Harvard
DIZER qualquer coisa é FAZER = ato de
linguagem ou ato de fala, enunciar...
Filosofia analítica anglo-saxônica/ Escola de
Oxford
ATO LOCUCIONÁRIO ou LOCUTÓRIO
produção de uma frase dotada de um sentido e uma referência.

FONÉTICO - quando dizemos pronunciamos


somente alguns sons articulados;

FÁTICO - combinamos as palavras e unidades


mais complexas em uma construção, segundo
leis da gramática;

RÉTICO - empregando a expressão em um


‘sentido’ determinado e para uma ‘referência’
determinada.
ATO ILOCUCIONÁRIO ou ILOCUTÓRIO
IN = em , LOCUTIO = discurso - o que se faz dizendo

CIRCUNSTÂNCIAS DA ENUNCIAÇÃO - as
expressões devem, em grande parte,
explicitar-se pelo contexto de situação
em que se inserem.

VALOR ILOCUCIONÁRIO - ‘modaliza’ a


significação: asserção, indagação, ordem,
advertência, ameaça ETC...
FORÇA ILOCUTÓRIA - a que concerne à estrutura
interna de uma ação; depende do nível elementar de
significação, com isso eu queria dizer alguma coisa,
descrever a intenção.

VALOR ILOCUTÓRIO - por convenção, está vinculado


a determinado morfema, a determinado tipo de frase.
Tipos de verbos:
VERIDICTIVOS - estimar, calcular, condenar, etc...
EXERCITIVOS - designar, demitir, nomear
PROMISSIVOS - prometer, jurar, apostar
COMPORTATIVOS - desculpar-se, agradecer, criticar,
abençoar
EXPOSITIVOS - afirmar, negar, observar,
ATO PERLOCUCIONÁRIO ou
PERLOCUTÓRIO

efeitos diversos do ato de fala no interlocutor,


sobre o seu pensamento, sentimentos,
comportamento.

FORÇA PERLOCUTÓRIA - a que está ligada


aos resultados particulares obtidos junto ao
interlocutor.
ENUNCIADOS PERFORMATIVOS
Que têm a propriedade de realizar o ato que
denotam, em certas condições, ou seja,
“fazer” qualquer coisa pelo simples fato de
“dizer”.
“Eu declaro que...”;
“Eu te batizo...”;
“O senhor está condenado a vinte anos de
reclusão..” etc...
ATOS DE LINGUAGEM
SEARLE
Speech Acts (1969)
Expression and meaning (1979)

Atos de linguagem - tentativa de


sistematização da teoria dos atos de fala,
inspirado no trabalho de AUSTIN.
Falar uma língua é estar engajado numa
forma de comportamento regido por
REGRAS.
ATOS DE ENUNCIAÇÃO - enunciar palavras
(morfemas, frases);

ATOS PROPOSICIONAIS - referir e predicar;

ATOS ILOCUTÓRIOS - afirmar, ordenar, fazer


uma pergunta, prometer, agradecer, criticar;

ATOS PERLOCUTÓRIOS - tal como foi


concebido por Austin (efeitos diversos no
interlocutor, sobre o seu pensamento,
sentimentos, comportamento).
SEARLE distingue
(1) ATOS ILOCUTÓRIOS - afirmar,
ordenar, fazer uma pergunta,
prometer, agradecer, criticar;
(2) FORÇAS ou VALORES
ILOCCUTÓRIOS – componentes de
um enunciado que fazem com que
funcione como um ato de fala
particular;
(3) VERBOS ILOCCUTÓRIOS –
assertivos, diretivos, promissivos,
expressivos e declarativos.
CONDIÇÕES DE FELICIDADE (felicity)
para quer um enunciado possa cumprir seu
objetivo ilocutório, são condições ligadas ao
contexto, necessárias para que um ato de
linguagem seja bem sucedido.

Nos atos indiretos de linguagem, o locutor


comunica ao ouvinte mais do que
efetivamente diz , apoiando-se num fundo de
informações lingüísticas e não lingüísticas e
ao mesmo tempo na capacidade de
INFERÊNCIA (tributária a GRICE) do
ouvinte.
TEORIA DAS IMPLICATURAS CONVERSACIONAIS
(aparelho conversacional, sugestão, insinuação)

GRICE (1975) categorias ou máximas tomando emprestada sua


denominação da tábua de julgamentos de KANT

MÁXIMA DE QUANTIDADE  que sua contribuição


tenha tanta informação quanto requerida; que sua
contribuição não tenha mais informações do que a
requerida.
MÁXIMA DE QUALIDADE  não afirma o que
acredita ser falso; não afirma aquilo par o qual não
tem provas.
MÁXIMA DE RELAÇÃO seja relevante
MÁXIMA DE MODO  seja claro; evite ser ambíguo;
seja breve; seja metódico.
“Ele disse P, não há razão para supor que
ele não observe as regras, ou pelo menos
o principio de cooperação (PC). Mas para
isso seria preciso que ele pensasse Q; ele
sabe (e sabe que sei que ele sabe) que eu
compreendo que é necessário supor que
ele pensa Q; logo ele quer que eu pense
ou pelo menos me deixa pensar Q; logo
ele implicou Q”. (GRICE ,1975, p.65)
IMPLICATURA CONVERSACIONAL  esforço de
reconciliação após a infração de uma das máximas;

INFRAÇÃO (sempre que há, pelo menos uma) 


reação RECONCILIAR o que foi dito com a situação
de comunicação, a partir das presunções:
- ele observa o princípio de cooperação (PC);
- ele não pode respeitar TODAS as máximas ao
mesmo tempo;
- à infração deliberada a uma das máximas
corresponde a obediência a outra.

Calcular uma IMPLICATURA CONVERSACIONAL


equivale a “procurar o que deve ser suposto para se
poder ao mesmo tempo supor que o PC é de fato
respeitado” (GRICE ,1975, p.72)
DASCAL, Marcelo. A Relevância do mal-entendido.
Cadernos de Estudos Lingüísticos, n.º 11, 1986, p.
99-21.

A metáfora da cebola semântica encontra-


se em Wittgenstein com uso da expressão
alcachofra (I.F. § 164) como uma objeção
a um mundo imaginário de entidades,
essências e noções absolutas.
A mesma metáfora fora usada por Henrik
IBSEN (1828-1906), norueguês, para
tratar os dramas "filosóficos" e sociais,
conforme Peer GYNT (1867).
LEIS DO DISCURSO
• DUCROT (1977, p. 17-19) configura as
condições de existência do ato da enunciação
na forma de leis do discurso.
• a) Lei do interesse - “...falar de um assunto X
a um interlocutor Y pode, em certas
circunstâncias, no modo implícito, significar
dizer que Y tem interesse em X E
inversamente, para o ouvinte Y, deixar o locutor
falar de X pode ser interpretado como a
confissão de um interesse por X”.
• b) Lei da relação hierárquica entre os
interlocutores - “...uma regulamentação não
apenas para o ato de falar em geral, mas para
cada categoria de atos de fala. Nem todas as
questões são permitidas indiferentemente...”. A
relação hierárquica (extralingüística) entre os
interlocutores determinará a existência em estado
latente ou manifesto das leis (a) e (c). Essas
relações extralingüísticas determinam a natureza
simétrica ou assimétrica do discurso.

• c) Lei psicológica ou utilitarista - “Falar de um


fato X a um ouvinte Y pode querer dizer, em certas
circunstâncias (que a psicolingüística (sic) deveria
definir) ,que há interesse em que Y esteja a par de
X”.
INFERÊNCIAS LÓGICAS

• - dedutivas {baseadas
sobretudo nas relações lógicas e
submetidas aos
• - indutivas {valores-verdade
na ralação entre as proposições
• - condicionais
INFERÊNCIAS ANALÓGICO-
SEMÂNTICAS

• por identificação referencial


• por generalização
• por asociações
• por analogia
• por composições ou decomposições
• baseadas sempre no texto e também no conhecimento de itens
lexicais e relações semânticas
INFERÊNCIAS PRAGMÁTICO-
CULTURAIS
• - conversacionais
• - experienciais
• - avaliativas
• - cognitivo-culturais

• baseadas nos conhecimento,


experiências, crenças, ideologias e
axiologias individuais

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