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A tessitura dos sincretismos:

mediadores e mesclas culturais


Referência: VAINFAS, Ronaldo. A tessitura dos
sincretismos: mediadores e mesclas culturais. In:
FRAGOSO, João; GOUVêA, Maria de Fátima. O
Brasil Colonial: 1443 - 1580. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2014. p. 357-387.

Mediação: Prof. Roberto Viana


1. Colonização, situação de fronteira

 O que o autor entende por uma “situação de fronteira” no Brasil colonial?

 Interpretação de Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil: “[...]sempre sublinhou


o predomínio da cultura portuguesa sobre a indígena ou a africana, que mais tarde se
agregou à nossa mescla cultural, além de lastimar o estilo predatório de uma
colonização derivada do espírito de aventura” (p. 358).

 Gilberto Freyre: “insistiu na nossa formação cultural híbrida, a um só tempo portuguesa,


indígena e, sobretudo, africana. A bem de verdade, Freyre acabaria por celebrar, ao
longo do livro, o triunfo das africanidades na cultura brasileira e sobretudo a
mestiçagem, para o que teria contribuído a plasticidade do europeu” (idem).

 Quais as situações concretas nas quais se operou a mescla entre as culturas em contato?

 O autor vai refletir sobre essa questão a partir da experiência indígena.


2. Sincretismo, aculturação, mediação cultural:

“Palavra considerada maldita” nas ciências humanas (?)

Sérgio Ferreti – sincretismo como metamorfoses


SINCRETISMO identitárias e resistências culturais.

Pierre Sanchis – “um conceito universal dos grupos


humanos em contato, ou o modo pelo qual as sociedades
humanas, quando confrontadas, são levadas a entrar
num processo de redefinição de sua própria identidade”.
Nathan Wachtel: “a aculturação não se reduz a
uma única marcha, à simples passagem da
cultura indígena à ocidental; existe um processo
ACULTURAÇÃO
inverso, pelo qual a cultura indígena integra os
elementos europeus sem perder suas
características originais”.
Festa de Santo Antônio – Barbalha, CE.
Início do cortejo do Pau da Bandeira no Sítio Poças (Foto: João Alves)
para Santa Tereza D’Ávilla
Cerimônia retirada das bandeiras marianas pelo grupo de
Penitentes Peregrinos Públicos em Juazeiro do Norte, CE.
Israel Aves de Jesus: O que acontece é que Mestre José, nas épocas que ele era criança,
ele sempre via lá em Pernambuco, eu não sei se hoje ainda tem, mas lá por onde ele
morava que era Caruaru, nos sítios ao redor da cidade, tinha-se o costume de hastear a
bandeira em homenagem a Nossa Senhora e, aí, assim, aquelas famílias dos sítios que
eram devotas de Nossa Senhora naquele mês rezavam o terço todos os dias e ficam
naquele mutirão de rezar cada um nas suas casas. Convidava-se aquelas pessoas para
irem e rezar o terço, aquelas que gostavam, né? As pessoas determinadas que “tiravam o
mês de maio”, como se dizia antigamente. Eles iam rezar, e, no decorrer daquele mês
eles colocavam um abacaxi verde em cima do mastro da bandeira. Porque a tradição do
povo dos sítios, daquelas regiões mais afastadas, né, tem a crença que até brisa serena
do mês de Maio é abençoada pela Virgem Maria, né?
O culto a Nossa Senhora se propagou entre os sertanejos que
passaram a acrescentar, como o próprio pregador [referindo-se a
Ibiapina], o nome Maria a seus prenomes. O mês de maio se
enfeitava em todo o sertão, onde cada família erguia um mastro
muito alto com bandeira branca, em homenagem à Virgem,
enquanto se rezavam terços, ladainhas e o ofício de Nossa
Senhora durante todo o mês. (BARROS apud TEIXEIRA,
2000, p.25).
Junto ao hasteamento da bandeira com a efígie do patrono, plantava-se uma
árvore a qual penduravam-se frutos, flores e enfeites, ao som de cantos. Aos
seus pés lançavam-se ovos, para proteger os animais de penas, de pestes. Os
frutos da terra, sobretudo o milho, a ela amarrados, deviam estar o mais
expostos possível, representando a passagem da vegetação que morre para
aquela que desabrocha. Em outras partes, o mastro recebia as mesmas honras
votivas. Depois da festa era queimado e, guardado os tições acreditava-se que
era possível controlar com ele as forças das tempestades. Aliás, acreditava-se
que o mastro ou a árvore tinham poderes para neutralizar raios e trovões
(PRIORE, 1994, p.34).
É desses protagonistas da mestiçagem cultural
que nos cabe tratar mais detidamente no
presente capítulo. Foram eles autênticos
MEDIADORES mediadores culturais, no sentido que Michel
CULTURAIS Vovelle deu ao termo. Situado “entre o universo
dos dominantes e dos dominados”, o mediador
cultural “adquire uma posição excepcional e
privilegiada” além de ambígua ou ambivalente.
3. A mediação dos náufragos e degredados

A colônia é o purgatório da metrópole

(Laura de Mello e Souza)


Cosme Fernandes Pessoa, o
“bacharel” da Cananeia

1. Degredado;
2. Em 1527 ele já morava havia quase 30
anos no Brasil (diário no navegante
espanhol Diego Garcia), provavelmente
ele chegou ao País por volta de 1502, na
expedição de Gonçalo Coelho;
3. No encontro com Diego Garcia ele
prometeu fazer uma comercialização de
quase 800 escravos!
4. O prestígio de guerreiro entre os Carijós;
5. A identidade dele confunde-se com
outros degredados e náufragos;
ALEIXO GARCÍA E OS INCAS
João Ramalho e as estratégias de
colonização portuguesa
Os jesuítas como
mediadores culturais:

“Mas o papel de mediadores culturais


assumido pelos jesuítas , na prática, não é
senão um falso paradoxo, porque o êxito da
missionação só foi possível na medida em
que sua obra pastoral buscou ancorar-se nas
culturas nativa. Aliás, isso não vale só para o
Brasil, mas igualmente para outras partes do
Império colonial português, a exemplo da
Índia” (p. 371).
OS LIVROS AS PEÇAS DE
DAS MISSÕES ANCHIETA

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