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O ponto comum do
pensamento desses três
filósofos a respeito da política é
O
contratualismo
indica uma teoria
que tenta explicar
os caminhos que
levam as pessoas
a formar Estados
e/ou manter a
ordem social. A
noção de contrato
traz implícito que
as pessoas abrem
mão de certos
O ponto inicial
dessas teorias é o
exame da condição
humana na
ausência de
qualquer ordem
social estruturada,
normalmente
chamada de "estado
de natureza". Nesse
Estado de Natureza, é o
estado anterior à constituição
da sociedade civil.
É a ausência de sociedade. A
lei do mais forte.
1587-1666
“O Homem é o lobo do homem”.
No Leviatã
Hobbes parte do
princípio de que
os homens são
egoístas e que o
mundo não
No Estado
satisfaz todas as
Natural, sem a
suas
existência da
necessidades.
sociedade civil,
há
necessariamente
A luta que se segue é a guerra
de todos contra todos, na
célebre formulação de Hobbes,
em que por isso não pode haver
comércio, indústria ou
civilização, e em que a vida do
homem é solitária, pobre, suja,
brutal e curta.
A essência da soberania consiste unicamente em
ter o poder suficiente para manter a paz, punindo
aqueles que a quebram.
O homem é mau por
natureza!
om 16
“S
John Locke é o
principal
representante do
empirismo
britânico foi
ideólogo do
liberalismo, e um
A filosofia dos
política deprincipais
Locke
teóricos
fundamenta-se na noção de governodo
contrato social.
consentido dos governados diante da
autoridade constituída e o respeito ao
direito natural do ser humano, de vida,
John Locke era opositor dos Stuart, se
encontrava refugiado na Holanda, retornou
à Inglaterra após o triunfo da Revolução
Gloriosa.
Robert Filmer
Segundo Tratado
delineia a teoria
política da sociedade
civil baseada no
direito natural e na
teoria do contrato
social. Nele, Locke
sustenta a tese de
que nem a tradição
nem a força, mas
A tirania é o
exercício do poder
para além do direito,
visando o interesse
próprio e não o bem
público ou comum.
O governo deixa de cumprir o fim a que fora
destinado, tornado-se degenerado e ilegal.
A violação da propriedade (vida, liberdade e
bens) coloca o governo em estado de
guerra contra a sociedade.
Juntamente com
Hobbes e Rousseau,
Locke é um dos
primeiros
representantes do
Jusnaturalismo ou
direito natural.
Em oposição à
doutrina
aristotélica,
segundo a qual a
O contrato social, para Locke, surge de duas
características fundamentais: a confiança e o
consentimento.
Genebra
1712 — 1778
O princípio
fundamental de
toda a obra de
Rousseau é que
o homem é bom
por natureza,
mas está
As obras “Do Contrato Social” e
“Discurso sobresubmetido
a origem e os à
fundamentos dainfluência
desigualdade entre
os homens” constituem uma unidade
Desigualdade entre os
homens.
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato
social deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados.
b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal
condição é possível apenas com um poder estatal pleno.
c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve
servir como instrumento de realização da isonomia entre tais homens.
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não
deve se submeter de bom grado à violência estatal.
Texto 1
A verdade é esta: a cidade onde os que devem mandar são os menos apressados pela
busca do poder é a mais bem governada e menos sujeita a revoltas, e aquela onde os
chefes revelam disposições contrárias está ela mesma numa situação contrária.
Certamente, no Estado bem governado só mandarão os que são verdadeiramente
ricos, não de ouro, mas dessa riqueza de que o homem tem necessidade para ser
feliz: uma vida virtuosa e sábia.
(Platão. A República, 2000. Adaptado.)
Texto 2
Um príncipe prudente não pode e nem deve manter a palavra dada quando isso lhe é
nocivo e quando aquilo que a determinou não mais exista. Fossem os homens todos
bons, esse preceito seria mau. Mas, uma vez que são pérfidos e que não a
manteriam a teu respeito, também não te vejas obrigado a cumpri-la para com eles.
Nunca, aos príncipes, faltaram motivos para dissimular quebra da fé jurada.
(Maquiavel. O Príncipe, 2000. Adaptado.)
Comente as diferenças entre os dois textos no que se refere à necessidade de
virtudes pessoais para o governante de um Estado.
Texto 1
Para santo Tomás de Aquino, o poder político, por ser uma instituição divina, além dos
fins temporais que justificam a ação política, visa outros fins superiores, de natureza
espiritual. O Estado deve dar condições para a realização eterna e sobrenatural do
homem. Ao discutir a relação Estado-Igreja, admite a supremacia desta sobre aquele.
Considera a Monarquia a melhor forma de governo, por ser o governo de um só,
escolhido pela sua virtude, desde que seja bloqueado o caminho da tirania.
Texto 2
Maquiavel rejeita a política normativa dos gregos, a qual, ao explicar “como o homem
deve agir”, cria sistemas utópicos. A nova política, ao contrário, deve procurar a
verdade efetiva, ou seja, “como o homem age de fato”. O método de Maquiavel estipula
a observação dos fatos, o que denota uma tendência comum aos pensadores do
Renascimento, preocupados em superar, através da experiência, os esquemas meramente
dedutivos da Idade Média. Seus estudos levam à constatação de que os homens sempre
agiram pelas formas da corrupção e da violência.
(Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins. Filosofando, 1986. Adaptado.)