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Coesão

A coesão, ou conectividade seqüencial, é a


ligação, o nexo que se estabelece entre as partes
de um texto, mesmo que não seja aparente.
Contribuem para esta ligação elementos de
natureza gramatical (como os pronomes,
conjunções, preposições, categorias verbais),
elementos de natureza lexical (sinônimos,
antônimos, repetições) e mecanismos sintáticos
( subordinação, coordenação, ordem dos
vocábulos e orações). É um dos mecanismos
responsáveis pela interdependência semântica
que se instaura entre os elementos constituintes
de um texto.
Instrumentos de coesão

Coesão Gramatical
Faz-se por meio das concordâncias nominais e verbais, da ordem
dos vocábulos, dos conectores, dos pronomes pessoais de terceira
pessoa (retos e oblíquos), pronomes possessivos, demonstrativos,
indefinidos, interrogativos, relativos, diversos tipos de numerais,
advérbios (aqui, ali, lá, aí), artigos definidos, de expressões de valor
temporal.
Coesão Frásica
 Este tipo de coesão estabelece uma
ligação significativa entre os componentes
da frase, com base na concordância entre
o nome e seus determinantes, entre o
sujeito e o verbo, entre o sujeito e seus
predicadores, na ordem dos vocábulos na
oração, na regência nominal e verbal.
Coesão Interfrásica
Designa os variados tipos de
interdependência semântica existente
entre as frases na superfície textual.
Essas relações são expressas pelos
conectores ou operadores discursivos.
É necessário, portanto, usar o conector
adequado à relação que queremos
expressar.
Ainda dentro da coesão interfrásica, existe o processo de
justaposição, em que a coesão se dá em função da seqüência do
texto, da ordem em que as informações, as proposições, os
argumentos vão sendo apresentados. Quando isto acontece, ainda
que os operadores não tenham sido explicitados, eles são
depreendidos da relação que está implícita entre as partes da frase.
O trecho abaixo é um exemplo de justaposição.

Foi em cabarés e mesas de bar que Di Cavalcanti fez amigos,


conquistou mulheres, foi apresentado a medalhões das artes e
da política. Nos anos 20, trocou o Rio por longas temporadas
em São Paulo; em seguida foi para Paris. Acabou conhecendo
Picasso, Matisse e Braque nos cafés de Montparnasse. Di
Cavalcanti era irreverente demais e calculista de menos em
relação aos famosos e poderosos. Quando se irritava com
alguém, não media palavras. Teve um inimigo na vida. O
também pintor Cândido Portinari. A briga entre ambos começou
nos anos 40. Jamais se reconciliaram. Portinari não tocava
publicamente no nome de Di. (Revista VEJA, no
37,setembro/97)
Coesão Temporal
Uma seqüência só se apresenta coesa e
coerente quando a ordem dos enunciados estiver
de acordo com aquilo que sabemos ser possível
de ocorrer no universo a que o texto se refere, ou
no qual o texto se insere. Se essa ordenação
temporal não satisfizer essas condições, o texto
apresentará problemas no seu sentido. A coesão
temporal é assegurada pelo emprego adequado
dos tempos verbais, obedecendo a uma
seqüência plausível, ao uso de advérbios que
ajudam a situar o leitor no tempo (são, de certa
forma, os conectores temporais).
Coesão Referencial
Neste tipo de coesão, um componente da
superfície textual faz referência a outro
componente, que, é claro, já ocorreu
antes. Para esta referência são
largamente empregados os pronomes
pessoais de terceira pessoa (retos e
oblíquos), pronomes possessivos,
demonstrativos, indefinidos,
interrogativos, relativos, diversos tipos de
numerais, advérbios (aqui, ali, lá, aí),
artigos.
Madre Teresa de Calcutá, que em 1979 ganhou o Prêmio Nobel da
Paz por seu trabalho com os destituídos do mundo, estava triste na
semana passada. Perdera uma amiga, a princesa Diana. Além
disso, seus problemas de saúde agravaram-se. Instalada em uma
cadeira de rodas, ela mantinha-se, como sempre, na ativa. Já que
não podia ir a Londres, pretendia participar, no sábado, de um ato
em memória da princesa, em Calcutá, onde morava há quase
setenta anos. Na noite de sexta-feira, seu médico foi chamado às
pressas. Não adiantou. Aos 87 anos, Madre Teresa perdeu a
batalha entre seu organismo debilitado e frágil e sua vontade de
ferro e morreu vítima de ataque cardíaco. O Papa João Paulo II
declarou-se "sentido e entristecido". Madre Teresa e o papa tinham
grande afinidade.
(Revista VEJA, nº 36, setembro/97)

 que, seu, seus, ela, sua referem-se a Madre Teresa.


princesa retoma a expressão princesa Diana.
papa retoma a expressão Papa João Paulo II.
onde refere-se à cidade de Calcutá.
Coesão Lexical
Neste tipo de coesão, usamos termos que
retomam vocábulos ou expressões que já
ocorreram, porque existem entre eles traços
semânticos semelhantes, até mesmo opostos.
Dentro da coesão lexical, podemos distinguir a
reiteração e a substituição.
Por reiteração entendemos a repetição de
expressões lingüísticas; neste caso, existe
identidade de traços semânticos. Este recurso
é, em geral, bastante usado nas propagandas,
com o objetivo de fazer o ouvinte/leitor reter o
nome e as qualidades do que é anunciado.
Hiperonímia e Hiponímia
Por hiperonímia temos o caso em que a primeira
expressão mantém com a segunda uma relação de
todo-parte ou classe-elemento. Por hiponímia
designamos o caso inverso: a primeira expressão
mantém com a segunda uma relação de parte-todo ou
elemento-classe. Em outras palavras, essas
substituições ocorrem quando um termo mais geral - o
hiperônimo - é substituído por um termo menos geral - o
hipônimo, ou vice-versa.

 Tão grande quanto as baleias é a sua discrição. Nunca


um ser humano presenciou uma cópula de jubartes,
mas sabe-se que seu intercurso é muito rápido, dura
apenas alguns segundos. (Revista VEJA, no 30,
julho/97)
Coerência
 A coerência ou conectividade conceitual é a relação
que se estabelece entre as partes de um texto, criando
uma unidade de sentido. Ela é o resultado da
solidariedade, da continuidade do sentido, do
compromisso das partes que formam esse todo. Está,
pois, ligada à compreensão, à possibilidade de
interpretação daquilo que se diz, escreve, ouve, vê,
desenha, canta etc.
 A coerência caracteriza-se, portanto, por uma
interdependência semântica entre os elementos
constituintes de um texto. Ela é o resultado de
processos mentais de apropriação do real e da
configuração dos esquemas cognitivos que definem o
nosso saber sobre o mundo.
A relação entre o texto e o contexto, entendido
como a unidade maior em que a unidade menor
está inserida, é relevante para a depreensão das
relações de sentido que compõem a globalidade
do texto. Elas devem obedecer a condições
cognitivas gerais, satisfazendo aquilo que se
sabe serem as relações lógico-semânticas entre
estados de coisas, como por exemplo relações
de ordenação temporal e espacial, relações de
causalidade e outras. Essas relações se
exteriorizam de diversas formas, entre elas o
vocabulário, a combinação dos tempos verbais,
a ordem de apresentação do conteúdo, a
adequação dos campos semânticos.
No nosso dia-a-dia, são comuns comentários do tipo:
 Isto não tem coerência.
Esta frase não tem coerência.
O seu texto está incoerente.
O que leva as pessoas a fazerem tais observações,
provavelmente, é o fato de perceberem que, por algum
motivo, escapa a elas o entendimento de uma frase ou de
todo o texto.
Coerência está, pois, ligada à compreensão, à
possibilidade de interpretação daquilo que se diz ou
escreve. Assim, a coerência é decorrente do sentido
contido no texto, para quem ouve ou lê. Uma simples
frase, um texto de jornal, uma obra literária (romance,
novela, poema...), uma conversa animada, o discurso de
um político ou do operário, um livro, uma canção ...,
enfim, qualquer comunicação, independente de sua
extensão, precisa ter sentido, isto é, precisa ter
coerência.
Coerência semântica
Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases
em seqüência; a incoerência aparece quando esses sentidos não
combinam, ou quando são contraditórios.

Educação, problema universal que por direito todo indivíduo


deve ter acesso.

 A inadequação, parece-nos, se deve ao fato de não ficar claro qual


é o antecedente do pronome que. Da maneira como foi escrita a
frase, o antecedente é problema universal, e, neste caso, a
incoerência semântica está na não-combinação entre os sentidos
de ter acesso e problema. Um problema precisa ser resolvido,
solucionado, mas não ser alcançado, que é o sentido de ter acesso.
É muito mais provável que o autor desta frase tenha pensado que
todo indivíduo deve ter acesso à educação, mas, da forma como
ordenou as palavras, causou ambigüidade com relação ao
antecedente do que.
Coerência Sintática
Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a
coerência semântica: conectivos, pronomes etc.

Então as pessoas que têm condições procuram mesmo o ensino


particular. Onde há métodos, equipamentos e até professores
melhores.

 A coerência deste período poderia ser recuperada se duas


alterações fossem feitas. A primeira seria a troca do relativo onde,
específico de lugar, para no qual ou em que (ensino particular, no
qual/ em que há métodos ...), e a segunda seria a substituição do
ponto por vírgula, de maneira que a oração relativa não ocorresse
como uma oração completa e independente da anterior. Teríamos a
seguinte oração, sem problemas de compreensão: Então as
pessoas que têm condições procuram mesmo o ensino particular,
no qual há equipamentos e até professores melhores.
Coerência Estilística
Este tipo de coerência não chega, na
verdade, a perturbar a interpretabilidade
de um texto; é uma noção relacionada à
mistura de registros lingüísticos. É
desejável que quem escreve ou lê se
mantenha num estilo relativamente
uniforme. Entretanto, a alternância de
registros pode ser, por outro lado, um
recurso estilístico.
 Leia este poema de Manuel Bandeira:

Teresa, se algum sujeito bancar o


sentimental em cima de você
e te jurar uma paixão do tamanho de um
bonde
Se ele chorar
Se ele ajoelhar
Se ele se rasgar todo
Não acredita não Teresa
É lágrima de cinema
É tapeação
Mentira
CAI FORA

O autor procede como se estivesse falando, aconselhando alguém,


advertindo sobre uma possível "cantada". Há mistura de tratamento
(tu/você), mistura de registros, pois o autor utiliza várias expressões
da língua oral, como "do tamanho de um bonde", "se ele se rasgar
todo", "cai fora" , ao mesmo tempo em que emprega o futuro do
subjuntivo, tempo mais comum num registro mais cuidado.
Coerência Pragmática
 Refere-se ao texto visto como uma seqüência de atos
de fala. Para haver coerência nesta seqüência, é
preciso que os atos de fala se realizem de forma
apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar,
deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte.
Quando uma pessoa faz uma pergunta a outra, a
resposta pode se manifestar por meio de uma
afirmação, de outra pergunta, de uma promessa, de
uma negação. Qualquer uma dessa seqüências seria
considerada coerente. Por outro lado, se o interlocutor
não responder, virar as costas e sair andando, começar
a cantar, ou mesmo dizer algo totalmente desconectado
do tema da pergunta, estas seqüências seriam
consideradas incoerentes. Exemplo:

 A: Você pode me dizer onde fica a Rua Alice?


B: O ônibus está muito atrasado hoje.
Texto e coerência
No texto dissertativo-argumentativo, é muito
importante para a coerência a ordenação lógica
das idéias. As possibilidades de correlacionar os
argumentos decorrem dos operadores lógico-
discursivos empregados. Há conectores
específicos para se expressar as diferentes
articulações sintáticas - causa, finalidade,
conclusão, condição etc - e eles devem ser
usados adequadamente, de acordo com a
relação que se quer exprimir ao desenvolver
uma argumentação. É ainda muito importante,
com respeito à coesão, uma combinação
cuidosa dos tempos verbais empregados.
Depois que um rolo compressor passou pelo cinema brasileiro,
alijando-o intempestivamente do mercado, é bom saber que
existem fórmulas ao alcance de diretores, produtores,
roteiristas e artistas para retomar o diálogo. O mercado
consumidor tem fôlego, mas tende, por distorção natural, a se
voltar para o filme estrangeiro. Precisa de boa sacudida que o
faça retomar o caminho de casa, desde que, evidentemente, o
produto da casa satisfaça suas expectativas.

Temos, neste parágrafo, os conectores mas (idéia adversativa) e


desde que (condição), que não podem ser substituídos por
conectores de outro sentido, sob pena de alterar o que se quer
expressar. As expressões é bom saber, evidentemente têm a
finalidade de introduzir e reforçar os argumentos. Finalmente,
lembramos que o uso do conector desde que pede o emprego do
verbo no modo subjuntivo, tempo presente, o que foi feito pelo autor
do texto (desde que ... satisfaça). O mesmo se verifica na frase
anterior: Precisa de boa sacudida que o faça... É importante, pois,
escolher os conectores adequados, quando o objetivo é argumentar
de maneira coerente e coesa.

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