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ESTABILIDADE

DE TALUDES

Prof. Richard Acuña


P E R C O L A Ç Ã O DE Á G U A NOS SOLOS
Com muita freqüência a água ocupa a maior parte ou a
totalidade dos vazios do solo. Submetida a diferenças de
potenciais, a água se desloca no seu interior. O estudo da
percolação da água nos solos é muito importante porque
intervém em grande número de problemas práticos, que podem
ser agrupados em três tipos:
• No cálculo das vazões, como, por exemplo, na estimativa da
quantidade de água que se infiltra numa escavação:
• Na análise de recalques, porque freqüentemente recalques
estão relacionados com diminuição dos vazios do solo que
ocorre pela expulsão de água;
P E R C O L A Ç Ã O DE Á G U A NOS SOLOS
• Nos estudos de estabilidade, porque a tensão efetiva
(que comanda o comportamento do solo) depende da
pressão neutra da água que percola.
O entendimento do que se passa no fluxo da água pelo
solo fica facilitado pela análise do fluxo d'água em um
permeâmetro vertical. A situação indicada na Figura 01,
em que não há fluxo, serve de referência para a condição
de ocorrência de fluxo.
P E R C O L A Ç Ã O DE Á G U A NOS SOLOS

Figura 1
Cargas hidráulicas
No estudo de fluxos d'água, as energias podem ser
expressas cm termos de cargas, que são as energias por
unidade de peso, adquirindo, portanto, a dimensão de
altura de coluna d água.

Figura 2
Lei de Darcy
Consideremos uma situação em que as cargas totais nas duas faces
livres do solo, como mostrado na Figura 2 são diferentes, e,
conseqüentemente, haverá fluxo. O engenheiro francês Henry Darcy
verificou como os diversos fatores geométricos indicados na figura
influenciavam a vazão da água, expressando a equação que ficou
conhecida pelo seu nome:


𝑄 = 𝑘. . A
𝐿
(1)
Sendo:
Q = vazão;
h = diferença de carga entre as duas faces livres do solo;
L = comprimento do solo ao longo do qual a percolação ocorre;
A = área do permeâmetro;
k = uma constante para cada solo, que recebe o nome de
coeficiente de permeabilidade.
A relação entre a carga que se dissipa na percolação, h, e a
distância ao longo da qual ela se dissipa. L, é chamada de
gradiente hidráulico, expresso pela letra i. Assim, a Lei de Darcy
tem a seguinte forma:
𝑄 = 𝑘. 𝑖. 𝐴 (2)

Os coeficientes de permeabilidade dos solos podem ser obtidos por


meio de ensaios de laboratório, onde se mede a vazão por meio de
um corpo de prova submetido a um gradiente hidráulico.
Em laboratório, o coeficiente de permeabilidade pode ser
determinado nos ensaios de adensamento. A determinação do
coeficiente de permeabilidade em laboratório é conceitualmente
muito simples, mas os ensaios são de difícil realização, por
diversos fatores envolvidos.
O coeficiente de permeabilidade pode também ser obtido no
campo, os ensaios de campo não são tão bem controlados
como os de laboratório, mas resultam do comportamento dos
maciços de solo na maneira como se encontram na natureza,
enquanto os resultados de laboratório são função da qualidade
e da representatividade das amostras.
ESTABILIDADE DE TALUDES
MOVIMENTOS DE MASSA
Segundo a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia
(ABGE, 1998), a execução de cortes nos maciços pode
condicionar movimentos de massa ou, mais especificamente,
escorregamento de taludes, desde que as tensões cisalhantes
ultrapassem a resistência ao cisalhamento dos materiais, ao
longo de determinadas superfícies de ruptura.
Os escorregamentos de taludes são causados por uma
redução da resistência interna do solo que se opõe ao
movimento da massa deslizante e/ou por um acréscimo das
solicitações externas aplicadas ao maciço.
ESTABILIDADE DE TALUDES
Os tipos de movimentos de massa apresentados a seguir:
• Escorregamento devido à inclinação:
Estes escorregamentos ocorrem sempre que a inclinação do
talude excede aquela imposta pela resistência ao cisalhamento
do maciço e nas con-
dições de presença de
água. Padrões inclina-
ções estabelecidas
empiricamente, como
referência inicial.
ESTABILIDADE DE TALUDES
• Escorregamento por descontinuidades
O contato solo-rocha constitui, em geral, uma zona de transição
entre esses materiais. Quando ocorre um contraste de
resistência acentuado entre eles, com inclinação forte e,
principalmente, na presença de água, a zona de contato pode
condicionar a instabilidade do talude.
ESTABILIDADE DE TALUDES
• Escorregamentos por percolação de água
Os escorregamentos,
devidos à percolação
d’água são ocorrências
que se registram
durante os períodos de
chuva quando há
elevação do nível do
lençol freático ou,
apenas, por saturação
das camadas
superficiais de solo.
ESTABILIDADE DE TALUDES
• Escorregamento em aterro
O projeto de um aterro implica na consideração das
características do material com o qual vai ser construído, como
também das condições de sua fundação. Quando construídos
sobre rochas resistentes, os aterros se mostram, em geral,
estáveis por longo tempo
• Escorregamentos em massas coluviais
Massas coluviais constituem corpos em condições de
estabilidade tão precárias que pequenos cortes, e mesmo
pequenos aterros, são suficientes para aumentar os
movimentos de rastejo, cujas velocidades são ainda mais
aceleradas, quando saturados, na época das chuvas.
ESTABILIDADE DE TALUDES
• Queda e rolamento de blocos
A queda e rolamento de blocos é frequente em cortes em
rocha, onde o fraturamento do maciço é desfavorável à
estabilidade, em taludes com matacões, por descalçamento;
em taludes com camadas sedimentares de diferentes
resistências à erosão e à desagregação superficial.

“Nos projetos de estabilização o fundamental é atuar


sobre os mecanismos instabilizadores.”
ESTABILIDADE DE TALUDES
Tipos e Causas dos Escorregamentos

Os movimentos de
terra são separados
em três categorias
consoante à
velocidade em que
ocorrem. Podem
distinguir-se; os
desmoronamentos, os
escorregamentos e os
rastejos
ESTABILIDADE DE TALUDES
As causas dos escorregamentos enumerada por Terzaghi:
• Causas Externas: alteram o estado de tensão atuante no maciço.
• Aumento da pressão na agua intersticial;
• Deposição de material ao longo da crista do talude;
• Efeitos sísmicos.
• Causas Internas: reduzem a resistência ao cisalhamento do solo
• Aumento da pressão na água intersticial;
• Decréscimo da coesão.
• Causas Intermediárias: são as que não podem ser explicitamente
classificadas em uma das duas classes anteriormente definidas:
• Liquefação espontânea;
• Erosão interna;
• Rebaixamento do nível d’água.
ESTABILIDADE DE TALUDES
Fator de Segurança
Por fator de segurança (FS) entende-se o valor numérico da relação
estabelecida entre a resistência ao cisalhamento disponível do solo
para garantir o equilíbrio do corpo deslizante (s=c’+(σ-u).tg𝜙’) e a
tensão de cisalhamento mobilizada (Sm), sob o efeito dos esforços
atuantes. Onde: c’= coesão; 𝜙 =o ângulo de atrito; σ=Tensão atuante;
u= poropressão.
Assim:
forças resistentes (resistência ao cisalhamento disponível)
𝐹𝑆 =
forças atuantes (resistência mobilizada)

S
FS =
Sm
ESTABILIDADE DE TALUDES
1
logo; Sm = . [ c’ + (σ - u) tg𝜙’ ]
FS
A resistência ao cisalhamento disponível, que se desenvolve ao longo
da superfície de ruptura pode ser explicitada através das forças
resultantes de coesão e atrito, Rc e R𝜙 respectivamente, que são o
produto dos parâmetros de resistência pela área (A) da superfície
onde se desenvolve essa resistência.
S = Rc+R𝜙
S=s.A
Por tanto: S = c’. A+( σ - u ).tg𝜙’ . A
ESTABILIDADE DE TALUDES
De acordo com a definição de fator de segurança proposta, a
resistência mobilizada (Sm ) ou necessária para manter o equilíbrio do
corpo potencialmente deslizante será:

S
FS =
Sm
1
logo; Sm = . [ c’ + (σ - u) tg𝜙’ ]
FS
𝑆 𝑅𝑐 𝑅𝜙
𝑆𝑚 = = + = 𝑅𝑐𝑚 + 𝑅𝜙𝑚
𝐹𝑆 𝐹𝑆 𝐹𝑆
Onde: Rcm – coesão mobilizada
Rφm – atrito mobilizado
ESTABILIDADE DE TALUDES
Os parâmetros de resistência a serem utilizados na avaliação dos
fatores de segurança poderão ser obtidos em ensaios de laboratório,
realizados com este fim específico, sendo neste caso usualmente
obtidos para a condição de ruptura (pico de curva tensão-
deformação) do solo e, a seguir, corrigidos por fatores de redução,
conforme indicado nas equações abaixo.

Onde 𝜙’d e c’d são, respectivamente, o ângulo de atrito e coesão


para dimensionamento;
𝜙’P e c’P são, respectivamente, o ângulo de atrito e coesão de pico;
FSφ e FSc são os fatores de redução para atrito e coesão,
ESTABILIDADE DE TALUDES
Os valores de FSφ e FSc devem ser adotados na faixa entre 1,0 e
1,5, dependendo da importância da obra e da confiança na estimativa
dos valores dos parâmetros de resistência 𝜙’P e c’P .
EQUILIBRIO LIMITE
O equilíbrio limite é uma ferramenta empregada pela teoria da
plasticidade para análises do equilíbrio dos corpos, em que se admite
como hipótese:
• Existência de uma linha de escorregamento de forma conhecida:
plana, circular, espiral-log ou mista, que delimita, acima dela, a
porção instável do maciço. Esta massa de solo instável do maciço,
sob a ação da gravidade, movimenta como um corpo rígido;
• Respeito a um critério de resistência, normalmente utiliza-se o de
Morh-Coulomb, ao longo da linha de escorregamento.
• FS é constante ao longo de toda a superfície de ruptura
considerada.
MÉTODOS DAS LAMELAS
Normalmente os taludes apresentam-se composto de vários
solos com características diferentes. A determinação dos esforços
atuantes sobre a superfície de ruptura torna-se complexa e para
superar essa dificuldade utiliza-se o expediente de dividir o
corpo potencialmente deslizante em lamelas. Assim, pode-se
determinar o esforço normal sobre a superfície de ruptura, partindo
de hipótese que esse esforço vem determinado basicamente pelo
peso do solo situado acima daquela superfície.
A superfície de ruptura pode ter uma forma qualquer (Janbu,
1956), se bem que os métodos mais utilizados, como Fellenius e
de Bishop, empreguem superfície de ruptura circular.
MÉTODOS DAS LAMELAS
.
MÉTODOS DAS LAMELAS
A figura abaixo
mostra os esforços
que atuam numa
lamela genérica e o
equilíbrio de força
nessa lamela
MÉTODOS DAS LAMELAS
Grandezas envolvidas em uma lamela Em; En+1= resultante das forças
horizontais totais, atuantes nas seções n e n+1, respectivamente;
Xn , Xn+1 = resultante das forças cisalhantes que atuam nas seções n e
n+1, respectivamente;
W = peso total da lamela;
N = força normal atuante na base da lamela;
b = largura da lamela;
h = altura da lamela;
L = comprimento da corda AB;
α= ângulo da normal N com a vertical;
x = distância do centro do círculo ao centro da lamela;
R = raio do círculo.
MÉTODOS DAS LAMELAS
Como característica dos métodos de lamelas o fator de
segurança é definido como a relação entre a somatória dos
momentos resistentes e os momentos atuantes:

No Método de Fellenius, considera-se que não há iteração entre as


várias lamelas, ou seja, admite-se que as resultantes das forças
laterais em cada lado da lamela são colineares e de igual magnitude,
o que permite eliminar os efeitos dessas forças considerando o
equilíbrio na direção normal a base da lamela.
MÉTODOS DAS LAMELAS
A única iteração entre as lamelas advém da consideração da
ruptura progressiva que sempre ocorre quando da ruptura de
qualquer massa de solo. Este fato é considerado implicitamente
nos parâmetros de resistência do solo, coesão e angulo e atrito.
A única que se segue, considera-se o caso mais genérico de talude
com percolação de água. O valor da pressão neutra ao longo da
superfície de ruptura é obtido traçando-se a rede de percolação. Em
cada ponto desta superfície toma-se o valor da carga piezométrica,
hw.
MÉTODOS DAS LAMELAS

A massa de solo é subdividida em fatias, largura bo;


Cada lamela deve compreender apenas um tipo de solo;
A base da lamela, (segmento de curva) é aproximada ao comp. Bo.
MÉTODOS DAS LAMELAS

Peso da fatia: W=bo.Zi.ɣ;


Forças na base da fatia: N=N’+U e T;
Forças horizontais e verticais: Xn, Xn+1, E1 e En+1.
MÉTODOS DAS LAMELAS
O momento resistente será:

O equilíbrio na direção da lamela fornece:


Como: ;

O momento atuante será:

O fator de segurança pelo método de Fellenius resulta:


MÉTODOS DAS LAMELAS
Procedimentos do método das lamelas.
1. Desenhar o talude em escala para obter as dimensões das
melas;
2. Dividir o talude em lamelas de tamanhos iguais, sendo 8 lamelas
o número mínimo;
3. Enumerar cada lamela;
4. Achar o ponto médio de cada lamela → Zi;
5. Traçar uma linha da intersecção do plano de ruptura com a linha do
ponto médio até o centro do raio do circulo;
6. Definir ângulo α entre a linha do ponto médio e a linha de centro;
7. Traçar o nível d’agua, medir o Zw cada lamela;
8. Montar a tabela e calcular os valores.
MÉTODOS DAS LAMELAS
Exemplo 1:
Seja o seguinte talude
Dados:
Φ = 23◦
ɣ = 18,6 tf/m³
C = 55 tf/m²
MÉTODOS DE FELLENIUS
.
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
Da mesma forma que Fellenius, Bishop divide o talude de
escorregamento em lamelas, mas leva em conta as reações das lamelas
dos dois lados, as vizinhas da lamela considerada.
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
A resultante das forças laterais (horizontais = 0) entre as fatias;
෍𝑋 = 0

O equilíbrio das forças na direção vertical, tem-se que:


𝑊 − 𝑁 ′ . 𝑐𝑜𝑠𝛼 − 𝑈𝑐𝑜𝑠𝛼 = 0

′ 𝑐 ′ .𝑙 𝑁′ .𝑡𝑔𝜙′
∴ 𝑊 = 𝑁 . 𝑐𝑜𝑠α + 𝑢. 𝑙. 𝑐𝑜𝑠𝛼 + . 𝑠𝑒𝑛𝛼 + . 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝐹𝑆 𝐹𝑆

′ 𝑡𝑔𝜙′ 𝑐 ′ .𝑙
∴𝑁 𝑐𝑜𝑠𝛼 + 𝐹𝑆
𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑊 − 𝑢. 𝑙. 𝑐𝑜𝑠𝛼 − 𝐹𝑆
𝑠𝑒𝑛𝛼
Sendo:
𝑡𝑔𝜙′ 𝑡𝑔𝛼. 𝑡𝑔𝜙′
𝑀𝛼 = 𝑐𝑜𝑠𝛼 + 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 1 + . 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝐹𝑆 𝐹𝑆
Tem-se:
𝑐 ′. 𝑙
𝑊 − 𝑢. 𝑙. 𝑐𝑜𝑠𝛼 − 𝐹𝑆 . 𝑠𝑒𝑛𝛼

𝑁 =
𝑀𝛼
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
Levando o valor de N’ na expressão geral de FS, tem-se:

1 1
𝐹𝑆 = .෍ 𝑐 ′ . 𝑏 + 𝑊 − 𝑢. 𝑏 . 𝑡𝑔𝜙′ .
σ 𝑊. 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑀𝛼

A determinação do FS pelo método de Bishop Simplificado é iterativo, uma


vez que FS=f(Mα) e, analogamente, Mα=f(FS).

𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑡𝑔𝜙′
𝑀𝛼 = 𝑐𝑜𝑠𝛼 +
𝐹𝑆
FS=(FSFELLENIUS)

Assim, as expressões de Mα dependem de FS. A análise por qualquer um


dos dois processos é feita atribuindo-se um valor arbitrário para FS. Assim
utiliza-se o FSarb=FS= FSFellenius para calcular uma primeira estimativa.
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
Procedimentos:
Repetir todos os procedimento iguais ao do método de Fellenius;
Para calcular as parcelas de coesão e de atrito do solo, usar o b=bo/cosα;
Calcular o RB pela formula abaixo:

Calcular o Mα1 com a formula abaixo usando FSFellenius, calculado


anteriormente:

Calcular o valor individual de RB / Mα1


Calcular FSBishop (1)
Recalcular Mα2 , usando FSBishop
Calcular o valor individual de RB / Mα2 Calcular FSBishop (2)
MÉTODOS DE BISHOP
Exemplo 2:
Seja o seguinte talude
Dados:
Φ = 23◦
ɣ = 18,6 tf/m³
C = 55 tf/m²
N.A.=4m
MÉTODOS DE BISHOP
Exemplo 2:
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
.
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
O FSFellenius obtido;

Para o calculo de Rbishop;

Assim, calcular FSBishop :


MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
Assim o numero converge já na segunda iteração:
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
Exercicio 2:
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
Exercicio 2:
MÉTODOS DE BISHOP SIMPLIFICADO
Dados:
ɣsolo

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