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UCT DE QUIRINÓPOLIS

BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA

Conjunto de ações voltadas para a


prevenção, minimização ou eliminação
dos riscos inerentes as atividades de
trabalho, que possam comprometer a
saúde do homem, dos animais e do meio
ambiente.
OBJETIVO
Evitar a disseminação do vírus da
Imunodeficiêcia Humana (HIV), e
dos vírus da Hepatite B e C no
ambiente de trabalho, bem como
minimizar os riscos de infecções
relacionadas à assistência à saúde.
Quais os meios que
poderão ser usados?
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

A higienização das mãos é a principal


medida de bloqueio da transmissão de
germes, que se localizam em maior
quantidade em torno e sob as unhas, e
também entre os dedos.
QUANDO LAVAR AS MÃOS?

1. Ao iniciar o turno de trabalho;


2. Antes e após idas ao banheiro;
3. Antes e depois das refeições;
4. Antes do preparo e manipulação de
medicamentos, hemocomponentes e
hemoderivados;
QUANDO LAVAR AS MÃOS?
5. Antes e após o contato
com paciente;
6. Antes de calçar luvas e
após sua retirada;
7. Após qualquer risco de
exposição a fluidos
corporais;
8. Entre um procedimento
e outro no mesmo
paciente.
Equipamento de Proteção
Individual

O que é EPI

Qualquer meio ou dispositivo destinado


a proteger o profissional de possíveis
riscos ameaçadores à sua saúde ou
segurança, durante o exercício de uma
determinada atividade.
Touca

Óculos

Máscara

Luvas

Avental

Sapato fechado
JALECO
• Deve ser confeccionado em tecido
resistente à penetração de
líquidos, com comprimento até os
joelhos e mangas longas com
punhos, ou, jaleco descartável com
gramatura entre 40 a 50.
Aprovado pelo MTE e ANVISA.
• Jamais arregace as mangas do
jaleco para não expor sua pele.
• Não use e nem leve o jaleco para
áreas não contaminadas.
LUVAS
• Troque as luvas entre um
paciente e outro, e entre
um procedimento e outro
no mesmo paciente.
• Lave as mãos antes de
calçar as luvas e após sua
retirada.
• Calce as luvas
imediatamente antes do
cuidado a ser executado,
evitando contaminação
prévia.
MÁSCARA ,ÓCULOS OU PROTETOR
FACIAL

Utilize para a proteção de


mucosas: olhos, nariz e boca
durante a realização de
procedimentos.
Outros cuidados necessários
 Use calças compridas e sapatos
fechados que protejam seus
pés;
 Mantenha cabelo preso;
 Mantenha unhas sempre
curtas;
 Evite o uso de maquiagem, pois
facilita a aderência de agentes
infecciosos na pele;
● É vedado o uso de brincos, anéis,
pulseiras, colares e sandálias;
● Vacine-se contra tétano, hepatite
B e febre amarela. Faça dosagem
de Anti Hbs;
● É vedado o consumo de bebidas e
alimentos nos postos de trabalho;
● Não circule em áreas não críticas
utilizando EPIs;
• Quando estiver de luvas, não
manuseie objetos de uso
comum (telefone, revistas,
jornais, maçanetas de portas
etc);
• Nunca guarde alimentos ou
bebidas em geladeira ou
freezer utilizado para guarda
de material biológico,
reagentes ou medicamentos.
 Não permita a
entrada de “visitas”
em seu setor de
trabalho (áreas
críticas e semi-
críticas);
 Não fume no local de
trabalho;
NR 32
APLICAÇÃO: Entende-se por serviços de
saúde qualquer EDIFICAÇÃO destinada à
prestação de assistência à saúde da
população, e todas as ações de promoção,
recuperação, assistência, pesquisa e ensino
em saúde em qualquer nível de
complexidade
(NR 32 - 32.1.2)
UCT DE QUIRINÓPOLIS

GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS
LEGISLAÇÕES

• RDC/ANVISA – 306/2004 – Regulamento técnico para


o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
• PORTARIA CONAMA – 258/2005 – Tratamento e
disposição dos Resíduos de Serviços de Saúde.
O QUE É PGRSS?

É o documento que aponta e descreve as


ações relativas ao manejo dos resíduos,
observando suas características e riscos.
O que são esses resíduos?
O que são resíduos dos serviços de
saúde?

São os que resultam de atividades


hospitalares, e dos demais
estabelecimentos prestadores de
serviços de saúde, cabendo aos mesmos
o gerenciamento de seus resíduos
sólidos, desde a geração até a disposição
final, de forma a atender aos requisitos
ambientais e de saúde pública.
Tipos de Resíduos Gerados em
Unidade de Saúde
- Biológico – Infectante (GRUPO A);
- Químico (GRUPO B);
- Radioativo(GRUPO C);
- Comum – reciclável, não reciclável
e orgânico(GRUPO D);
- Perfuro cortante(GRUPO E);
CLASSIFICAÇÃO DOS
RESÍDUOS

GRUPO A – RESÍDUO BIOLÓGICO


São resíduos com possível presença de
agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar riscos
de infecções.
São subdivididos em: A1; A2; A3; A4; A5
NO HEMOCENTRO
GRUPO A 1
Bolsas transfusionais contendo sangue ou
hemocomponentes, rejeitadas por:
-Contaminação;
-Má conservação;
-Prazo de validade vencidas.
-Sobras de laboratório contendo sangue ou líquidos
corpóreos;
NO HEMOCENTRO

Recipientes e materiais resultantes do


processo de assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na forma
livre.

Obs.: Estes resíduos devem ser submetidos a


tratamento antes da disposição final.
NO HEMOCENTRO
GRUPO A4:
Recipientes e materiais resultantes do processo
de assistência à saúde, que não contenha sangue
na forma livre;
Bolsas transfusionais vazias ou com volume
residual pós-transfusão;
Luvas descartáveis, algodão, gazes, kits aférese,
equipos de sangue ou soro com presença de
material biológico ....
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS
GRUPO B – resíduo químico
São resíduos contendo substâncias
químicas que podem apresentar risco à
saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade
e toxicidade.
NO HEMOCENTRO
Insumos farmacêuticos;
Resíduos de saneantes, desinfetantes,
desinfestantes, reagentes para
laboratórios;
Efluentes dos equipamentos
automatizados utilizados para análises
clínicas.
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS
GRUPO C – resíduo radioativo
Qualquer material resultante de
atividades humanas que contenham
radionuclídeos.
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS

GRUPO D
Resíduos que não apresentem risco
biológico, químico ou radiológico à saúde e
ao meio ambiente, podendo ser equiparado
a resíduos domiciliares.
NO HEMOCENTRO
Grupo D - resíduo comum não reciclável
Papel higiênico, absorventes higiênicos,
peças descartáveis de vestuário, resto
alimentar de pacientes e doadores,
material utilizado em anti sepsia e
hemostasia de venóclise, equipo de soro e
outros similares não classificados como A1.
NO HEMOCENTRO

Resíduos de varrição, flores, podas e


jardins.
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS
GRUPO D – comum reciclável
Papel de impressora sem clipes ou grampos,
embalagens plásticas, frascos vazios de soro
sem presença de material biológico, caixas de
papelão, copos descartáveis, garrafas vazias
de suco e outras bebidas, embalagens longa
vida, latas de refrigerante, embalagens
metálicas etc.
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS

GRUPO E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes
Agulhas, escalpes, ampolas de vidro,lâminas
de bisturi, lancetas, tubos capilares,
micropipetas, utensílios de vidro quebrados
e outros similares
Etapas do Gerenciamento de
resíduos:

1. Segregação
2. Acondicionamento
3. Identificação
4. Transporte Interno
5. Armazenamento
6. Tratamento
7. Coleta e Transporte Externo
8. Disposição Final
IMPORTANTE:
Sempre que necessário
manipular resíduos, utilizar EPIs
(Equipamento de Proteção
Individual), para maior proteção
contra acidentes relacionados ao
manejo dos mesmos.
SEGREGAÇÃO
Segregar é separar o resíduo (lixo)
no momento e local em que ele é
gerado, de acordo com suas
características físicas, químicas,
biológicas e os riscos envolvidos.
(RDC-306).
ACONDICIONAMENTO
É o ato de embalar os resíduos
segregados, em sacos e/ou recipientes
adequados. A capacidade dos recipientes
de acondicionamento deve ser compatível
com a geração diária de cada tipo de
resíduos
IDENTIFICAÇÃO

Conjunto de medidas que permite o


reconhecimento dos resíduos
contidos nos sacos e recipientes,
fornecendo informações ao correto
manejo.
TRANSPORTE INTERNO
Consiste no transporte dos resíduos do
ponto de geração até o local destinado ao
armazenamento temporário ou externo,
com a finalidade de apresentação para a
coleta.
ARMAZENAMENTO
Consiste na guarda dos recipientes
contendo os resíduos até a etapa de
coleta externa, em ambiente
exclusivo com acesso facilitado
para os veículos coletores.
TRATAMENTO
Consiste na aplicação de
método,técnica ou processo que
modifique as características dos riscos
inerentes aos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de contaminação,
de acidentes ocupacionais ou de dano
ao meio ambiente
COLETA E TRANSPORTE EXTERNO
É a remoção dos resíduos do abrigo de
resíduos até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas
que garantam a preservação das
condições de acondicionamento e a
integridade dos trabalhadores, da
população e do meio ambiente, devendo
estar de acordo com as orientações dos
órgãos de limpeza urbana.
DISPOSIÇÃO FINAL
Consiste na disposição dos resíduos
no solo, previamente preparado
para recebê-los, obedecendo a
critérios técnicos de construção e
operação, e com licenciamento
ambiental.
OBRIGADA!!!!
UCT DE QUIRINÓPOLIS

HEMOVIGILÂNCIA
HEMOVIGILÂNCIA

 Conceitua-se hemovigilância como um conjunto de


procedimentos de vigilância que abrange todo o ciclo do sangue,
com o objetivo de obter e disponibilizar informações sobre os
eventos adversos ocorridos nas suas diferentes etapas para
prevenir seu aparecimento ou recorrência, melhorar a qualidade dos
processos e produtos e aumentar a segurança do doador e receptor.
HEMOVIGILÂNCIA

 A Hemovigilância está inserida nas ações de


Vigilância em Saúde desenvolvidas no Brasil e
representa uma área estratégica da ANVISA e do
MS.
Legislações
•Regulamento técnico de
procedimentos hemoterápicos
(Portaria 158/16/MS )

• Boas Práticas no Ciclo do


Sangue
(RDC 34/2014/ANVISA)
•Manual técnico de
hemovigilância – Investigação
das Reações Transfusionais
Imediatas e Tardias -
ANVISA/2007
• Marco Conceitual e
Operacional de Hemovigilância
Guia para Hemovigilância no
Brasil ANVISA/2015
HEMOVIGILÂNCIA

HEMOVIGILÂNCIA DO
RECEPTOR
TERAPIA TRANSFUSIONAL

A transfusão sanguínea é um
método terapêutico eficaz,
principalmente se bem indicada,
no entanto, mesmo com
indicação precisa e administração
correta, respeitando todas as
normas técnicas preconizadas,
envolve risco sanitário, com
ocorrência potencial de reações
adversas no receptor.
TERAPIA TRANSFUSIONAL

Como reduzir riscos?


 Disponibilizando os hemocomponentes
com qualidade e segurança em todo
processo hemoterápico, desde a
captação de doadores até a
administração no paciente, incluíndo os
cuidados com o transporte (caixa
térmica validada);
 Usando racionalmente o sangue e
componentes;
 Realizando a Vigilância dos eventos
adversos.
TERAPIA TRANSFUSIONAL

Etapas a serem seguidas na Agência


Transfusional
TERAPIA TRANSFUSIONAL
RECEBER AS SOLICITAÇÃO DE HEMOCOMPONENTES (02 VIAS)

 VERIFICAR PREENCHIMENTO ADEQUADO DA SOLICITAÇÃO


 Nome completo do paciente;
 Data de nascimento;
 Sexo;
 Idade;
 Número do prontuário ou registro do paciente;
 A clínica e leito;
TERAPIA TRANSFUSIONAL
• Cont....
 Diagnóstico;
 Componente sanguíneo solicitado;
 Atividades complementares, se necessário (irradiação,
desleucolização, lavagem);
 Modalidade da transfusão: programada (agendamento); rotina (24
horas); urgência – (03 horas) e emergência ;
 Resultados laboratoriais que justifiquem a indicação;
 Data;
 Peso do paciente (quando indicado);
 Antecedentes transfusionais ( gestações e reações transfusionais
relatadas pelo paciente ou descritas no prontuário);
 Dados que identifiquem o médico solicitante com nº de inscrição no
CRM, legíveis.
TERAPIA TRANSFUSIONAL
Não serão aceitas pelo serviço de hemoterapia, requisições de
transfusão fora dos padrões descritos, incompletas, ilegíveis
ou rasuradas.

As transfusões de emergência só serão realizadas quando o


retardo no início da transfusão coloca em risco a vida do
paciente. Neste caso, o termo de responsabilidade deverá
estar assinado e carimbado pelo médico assistente.
TERAPIA TRANSFUSIONAL
 RECEBER OU COLETAR AS
AMOSTRAS PARA TESTES PRÉ
TRANSFUSIONAIS:
 Nome completo do receptor sem
abreviaturas;
 Nome da unidade de saúde;
 Clínica e leito;
 Data da coleta;
 Nome do coletador.

 OBS: Amostras que estejam


identificadas de forma incorreta,
não serão aceitas pelo serviço de
hemoterapia.
TERAPIA TRANSFUSIONAL

 CONSULTAR
FICHA DO
RECEPTOR
TERAPIA TRANSFUSIONAL
 Realizar testes pré transfusionais:
Retipagem ABO (direta) e RhD do componente sanguíneo;
Prova de compatibilidade entre as hemácias do doador e o
soro ou plasma do receptor (prova de compatibilidade maior);
Tipagem ABO (direta e reversa) e RhD;
Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) do receptor;
Teste de hemólise;
Pesquisa de auto anticorpo, se necessário.
TERAPIA TRANSFUSIONAL
 Realizar inspeção visual do hemocomponente;
 Integridade do sistema (vazamentos, violação);
 Presença de hemólise, coágulos, deterioração, coloração anormal,
turvação e bolhas;
 Data de validade;
 Rótulo da bolsa.
Etapas a serem
seguidas na instalação
do hemocomponente
(UNIDADE DE SAÚDE)
TERAPIA TRANSFUSIONAL
As transfusões serão
realizadas sob supervisão
e prescrição médica e
administradas por
profissionais de saúde que
tenham conhecimento de
técnicas corretas e a
capacidade para
identificação de potenciais
eventos adversos.
LEMBRAMOS QUE A PADRONIZAÇÃO
DE TÉCNICAS POSSIBILITA A
ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E
REDUZ ERROS.
TERAPIA TRANSFUSIONAL
Na bolsa conferir
 Aderência do rótulo, numeração, validade e tipagem ABO/Rh da
bolsa, resultados dos testes sorológicos, pesquisa de anticorpo
irregular e fenotipagem eritrocitária (quando aplicado);
 Inspeção macroscópica: coágulos, hemólise, deterioração,
coloração anormal, turvação e bolhas;
 Integridade: vazamento, violação;
 Procedimentos complementares: lavagem, irradiação ,
desleucotização.
TERAPIA TRANSFUSIONAL
Na etiqueta de identificação do
paciente afixada na bolsa
conferir
 Nome e registro do paciente, numeração da bolsa, tipagem
sanguínea do paciente, nome do técnico responsável;
 Resultado da prova de compatibilidade, resultado da
pesquisa de anticorpo irregular e , se aplicado, resultado de
fenotipagem eritrocitária.
TERAPIA TRANSFUSIONAL
TERAPIA TRANSFUSIONAL
No prontuário do paciente
 Verificar prescrição médica;
 Conferir nome, data de nascimento, número do
leito e clinica;
 Exames anteriores (tipagem e outros).
TERAPIA TRANSFUSIONAL

Quando houver discrepância


nas informações, proceder a
devolução da bolsa ao
serviço de hemoterapia junto
com novas amostras do
receptor.
TERAPIA TRANSFUSIONAL
Instruções para o
procedimento de instalação
 Lavar as mãos e calçar luvas;
 Identificar adequadamente o receptor
(identificação ativa e passiva);
 Realizar tipagem sanguínea do
paciente beira leito;
 Utilizar equipo de infusão específico
para transfusão. Trocar o equipo a
cada unidade a ser transfundida;
 Não adicionar e nem infundir
conjuntamente medicamentos ou
outras soluções;
TERAPIA TRANSFUSIONAL
Cont.....
 Nunca perfurar as bolsas de hemocomponentes;
 O tempo de infusão de uma bolsa não deve exceder a 04
horas.Quando este período for ultrapassado a transfusão
deve ser interrompida e a unidade descartada;
 Nunca colocar hemocomponentes debaixo de torneiras
quentes ou frias;
TERAPIA TRANSFUSIONAL

 Cont...
 Comunicar ao paciente o procedimento a ser
executado;
 Verificar os SV, se alterados comunicar ao médico;
 Avaliar a rede venosa;
 Fazer antissepsia do local a ser puncionado.
TERAPIA TRANSFUSIONAL

 Cont...
 Proceder a punção venosa;
 Monitorar os primeiros 10 minutos da infusão, para
detectar alterações (infusão lenta);
 Determinar a velocidade de infusão pela condição clínica
do paciente e pelo volume a ser infundido.
TERAPIA TRANSFUSIONAL

Observar o paciente durante o transcurso do ato transfusional,


para detectar precocemente as reações transfusionais;

Registrar no prontuário do paciente dados do procedimento


(data, horário do início da transfusão, nº bolsa, sinais vitais,
assinatura, carimbo do transfusionista);
PÓS INFUSÃO

 Verificar sinais vitais;


 Monitorar o paciente por pelo menos uma hora
após o término da infusão;
 Anotar o horário de término da transfusão datar,
assinar e carimbar.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
Reação transfusional pode ser definida como um efeito ou
resposta indesejável observada em um paciente,
associado temporalmente com a administração de
sangue ou hemocomponentes
Agudas ou imediatas no início da instalação dos
hemocomponentes ou até 24 h após;
Tardias após 24 h da transfusão realizada.
REAÇÕES
TRANSFUSIONAIS
 As reações transfusionais serão avaliadas e
acompanhadas pelo serviço de saúde que realizou a
transfusão. O médico assistente e o serviço de
hemoterapia que preparou a transfusão, devem ser
comunicados.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

ATENÇÃO
A instituição que realiza transfusões deverá ter PO
(procedimento operacional), para detecção, notificação e
avaliação das reações transfusionais;
Deverá ter em mãos o material necessário para o
atendimento de emergência.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
NA SUSPEITA DE REAÇÃO TRANSFUSIONAL
O QUE FAZER?
Observar e considerar qualquer queixa ou sinal de
anormalidade;
Interromper imediatamente a transfusão ao observar qualquer
anormalidade e manter o acesso venoso com soro fisiológico;
Solicitar a presença do médico assistente;
Conferir a identificação do paciente com o rótulo da bolsa e
conservar todo o sistema.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
Reação Hemolítica aguda: hemólise intravascular das hemácias
incompatíveis transfundidas, devido a presença de anticorpos pré-formados
na circulação do paciente.
Causa principal: erro de identificação do receptor ou das amostras coletadas.
Sinais e sintomas: dor no tórax, local de infusão, abdome e/ou flancos,,
hipotensão grave, febre, calafrios, hemoglobinúria, hemoglobinemia,
ansiedade, inquietação e sensação de morte iminente.
Conduta: Devolver bolsa com amostra do paciente (coletado em outro
acesso), ao serviço de hemoterapia com a ficha do NOTIVISA preenchida.
Prevenção: cuidado em todos os passos relacionados à transfusão.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Reação Febril Não Hemolítica – RFNH: Aumento de temperatura 1°C em relação


ao valor pré-transfusional, cefaléia, náuseas, vômitos, tremores e calafrios, durante a
transfusão ou até vinte e quatro horas após.
Causa principal: anticorpos presentes nos hemocomponentes são considerados a
principal causa .
Prevenção: Produtos desleucocitados para casos recorrentes.
OBS: A maioria são auto limitadas.
REAÇÕES TRANFUSIONAIS
Reação alérgica – ALG: Consiste no aparecimento de reação de hipersensibilidade
(alergia) durante a transfusão ou até quatro horas após. O caso confirmado deve
apresentar dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas:
pápulas; prurido; urticária; edema labial, de língua e de úvula ou periorbital/conjuntival;
tosse, rouquidão.
Na reação anafilática – caso grave da reação alérgica: Os sinais e sintomas ocorrem
rapidamente, em poucos segundos ou minutos após o início da transfusão. Observam-
se, obrigatoriamente, distúrbios respiratórios e os sintomas abaixo:
edema de laringe; cianose, insuficiência respiratória, broncoespasmo, estridor
respiratório, ansiedade, taquicardia, perda da consciência, hipotensão arterial e choque.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Reação por contaminação bacteriana – CB: Presença de microrganismo


no hemocomponente transfundido ou em outro hemocomponente
proveniente da mesma doação (co-componente), presença do mesmo
microrganismo no sangue do receptor, ainda que sem sintomatologia clínica;
e/ou presença de febre (temperatura ≥38°C) com aumento de pelo menos
2°C em relação ao valor pré-transfusional durante a transfusão ou até 24
horas após, sem evidência de infecção prévia.
Sinais e sintomas: tremores, calafrios, hipotensão arterial, taquicardia,
dispneia, náusea, vômitos, e choque.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão – TRALI: Síndrome que se


caracteriza por desconforto respiratório agudo que ocorre durante a transfusão ou
até seis horas após sua realização, sem evidência anterior de lesão pulmonar,
exame de imagem de tórax apresentando infiltrado pulmonar bilateral sem
evidência de sobrecarga circulatória, hipoxemia com saturação de oxigênio <
90% em ar ambiente. Pode apresentar dispneia, febre, taquicardia,
hipertensão/hipotensão arterial e cianose.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
Reação hemolítica aguda não imune – RHANI: Caracteriza-se por
hemólise (rompimento da membrana eritrocitária), durante a transfusão ou
até 24 horas após, com ou sem sintomas clínicos significativos,
sem evidência de causa imunológica; presença de hemoglobina livre no
plasma (hemoglobinemia) e/ou na urina (hemoglobinúria).
Causas:
Lesão térmica: exposição do produto à temperatura inadequada;
Lesão osmótica: as hemácias são sensíveis à variação osmótica e hemolisam
na presença de soluções hipertônicas e soluções com adição de
medicamentos;
Lesão mecânica: as hemácias podem sofrer danos provocados
mecanicamente quando atravessam agulhas de calibre muito fino ou bombas
mecânicas;
Outras causas: Contaminação bacteriana, condições clinicas dos doadores
(anemia hemolítica, traço falcêmico).
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Sobrecarga circulatória associada à transfusão – SC/TACO

É caracterizada pelo aparecimento de edema pulmonar durante a transfusão ou


até seis horas após, apresentando pelo menos quatro das seguintes características:
insuficiência respiratória aguda (ortopneia, dispneia e tosse); taquicardia;
hipertensão arterial; achados de imagem de edema pulmonar; evidência de
balanço hídrico positivo; aumento da pressão venosa central; insuficiência
ventricular esquerda etc.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Reação hemolítica tardia – RHT


O quadro está relacionado ao desenvolvimento de anticorpos contra antígeno(s)
eritrocitário(s) após a transfusão. Os sinais clínicos de hemólise geralmente estão
presentes entre 24 horas e 28 dias após a transfusão.
O paciente pode ser assintomático, com sinais clínicos discretos e, muitas vezes,
imperceptíveis. O quadro clínico clássico, porém, é composto por febre, icterícia e
anemia, podendo apresentar outros sintomas semelhantes aos da reação hemolítica
aguda imunológica, aumento insuficiente do nível de hemoglobina pós-
transfusional ou queda rápida da hemoglobina para os níveis anteriores à
transfusão ou aparecimento inexplicável de esferócitos.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Transmissão de outras doenças infecciosas – DT: O receptor apresenta


infecção pós-transfusional (vírus, parasitas ou outros agentes infecciosos, exceto
bactérias), sem evidência da existência dessa infecção antes da transfusão, ausência de
uma fonte alternativa da infecção, doador de hemocomponente transfundido no receptor
apresenta evidência da mesma infecção ou hemocomponente transfundido no receptor
apresenta evidências do mesmo agente infeccioso;
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

 Avaliar, junto com equipe médica,


o tipo de reação transfusional;
 Estabelecer a conduta a ser
tomada: reinstalação, desistência
ou nova transfusão (ato médico);
 Solicitar exames necessários para
avaliação (ato médico);
 Registrar no prontuário do
paciente a ocorrência das reações
transfusionais e as condutas
adotadas.
ATENÇÃO

Toda reação
transfusional deve
ser registrada e
notificada através
do NOTIVISA.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Obs.: Quando for o caso, a bolsa com conteúdo restante,


equipo e rótulos devem ser enviados ao Serviço de
Hemoterapia (Divisão de Transfusão), em caixa térmica em
temperatura de 1ºC a 10ºC, ou à Agência Transfusional.
Encaminhar a ficha do NOTIVISA PRENCHIDA.

O serviço de hemoterapia ou a agência, realizará os


testes pertinentes e devolverá à unidade de saúde a ficha
do NOTIVISA, com as anotações dos resultados dos exames,
para notificação no site da ANVISA.
NOTIFICAÇÕES

Para que a unidade possa


utilizar o NOTIVISA, é
necessário o cadastramento da
instituição e também do gestor
de segurança na ANVISA .
Site: www.anvisa.gov.br
Observações importantes

 A notificação de sangue e componentes só pode ser feita por


instituições cadastradas

 A notificação é sempre um EA.

 Produtos como bolsa de sangue, equipo e outros devem ser


notificados por meio das opções “Artigo” ou “Equipamento
médico-hospitalar”.
Para notificar Evento Adverso associado ao uso de sangue ou
componente estão disponíveis as seguintes abas:
Dados do Evento / Incidente Transfusional

Campo 3.1.
Descreva
detalhadamente o
Evento Adverso
 Campo de
preenchimento
obrigatório
 Descrever
detalhadamente o
EA
 Incluir motivos da
notificação.
Campo 3.3. Evolução/Gravidade
 Grau I – Leve:
 Preenchimento obrigatório.
ausência de risco à
 Selecionar a opção que melhor vida: baixa gravidade.
 Grau II – Moderado:
caracterize o impacto que a reação morbidade em longo
provocou no paciente prazo. Gravidade
moderada, com ou
sem ameaça à vida.
 Grau III – Grave:
ameaça imediata à
vida, sem óbito.
 Grau IV - Óbito:
morte decorrente da
reação transfusional.
Campo 3.4. Data da ocorrência
do evento adverso

 Preenchimento obrigatório.

 Data em que foi diagnosticada

a reação.
* Incidentes tardios:
ATENÇÃO:  Considerar, para o preenchimento, a
* A data da ocorrência da reação data de diagnóstico da
transfusional nem sempre patologia/alteração relacionada
coincide com a data da com a transfusão.
transfusão.
Bloco 4 – Estabelecimento de Saúde
 Estabelecimento de Saúde  Erro comum:
onde ocorreu a transfusão. Especificar o serviço
produtor
Campo 5.1. Tipo de transfusão Campo 5.3. Setor onde
 Alogênica
ocorreu a transfusão:
 Autóloga
Campo 5.2. Indicação da transfusão  Local onde a transfusão foi iniciada.
 Descreva a situação clínica que levou  Opções apresentadas:
o paciente a ser transfundido. Ambulatório de transfusão;
Centro cirúrgico;
Centro obstétrico;
Clínica cirúrgica;
Erro comum: Clínica de diálise;
Clínica de transplante de medula óssea;
 Marcar “Autóloga” e “Anemia” como Clínica gineco-obstétrica;
indicação da transfusão Clínica médica;
Clínica pediátrica;
 Autóloga passou a ser considerado Emergência / PS;
Transfusão domiciliar;
Evento Sentinela UTI / CTI.
8.2 Reações Tardias

Ao selecionar a opção 8.2. Tardia é apresentada uma lista com as opções de


reação:

8.2.1. Doença transmissível


8.2.2. Doença do enxerto contra o hospedeiro/GVHD
8.2.3. Hemolítica Tardia
8.2.4. Aparecimento de anticorpos Irregulares / Isoimunização
8.2.5. Outras reações tardias
 Após preenchimento do formulário, caso não haja pendências, será
apresentada a mensagem
“A Notificação foi verificada e não existe pendência”.

 Para enviar a notificação, clique no botão


O certificado de envio será apresentado:
SISTEMA NACIONAL DE
HEMOVIGILÂNCIA
O QUE FAZER PARA QUE O SNH ATINJA SEUS
OBJETIVOS ?
- Comprometimento ativo de médicos e outros
profissionais da saúde envolvidos no processo de
notificação;
- Garantia de rastreabilidade ascendente
(receptor/doador) e descendente (doador/receptor)
do hemocomponente.
COMITÊ
TRANSFUSION
AL
COMITÊ TRANSFUSIONAL

Grupo de profissionais de diferentes especialidades,


responsável pela definição e avaliação contínua da
prática hemoterápica e pela hemovigilância, num
serviço de saúde.
LEGISLAÇÃO
RDC 34/2014 “ Todos os serviços de saúde que possuam
serviço de hemoterapia devem constituir Comitê
Transfusional, do qual faça parte um representante do
serviço de hemoterapia ao qual está vinculado”.
JUSTIFICATIVAS

 Melhora da prática hemoterápica na


instituição;
 Segurança Transfusional;

 Otimização do uso de hemocomponentes;

 Melhora do relacionamento entre o serviço


de hemoterapia e os serviços usuários;
 Atendimento à legislação vigente.
FUNÇÕES
 Fazer a revisão crítica da prática hemoterápica na
instituição, tendo como objetivo final o uso racional do
sangue. Tal ação poderá ser realizada por meio de análise
das solicitações dos hemocomponentes
 Acompanhar a investigação e notificação dos incidentes
transfusionais imediatos e tardios;
 Desenvolver ou validar protocolos para unificação de
condutas relativas à hemoterapia e hemovigilância;
 Promover a educação continuada nos aspectos principais na
hemoterapia e hemovigilância.
HEMOVIGILÂNCIA DO
CICLO DO SANGUE
EVENTO ADVERSO DO CICLO DO
SANGUE

1 -Incidente: São desvios dos procedimentos operacionais ou das


políticas de segurança do indivíduo no estabelecimento de saúde,
levando à transfusões ou doações inadequadas que podem ou não
levar a reações adversas;
2 - Quase erro: é o desvio de um procedimento padrão ou de uma
política detectado antes do início da transfusão ou doação;
3 - Reações à doação e à transfusão: são danos em graus variados,
que atingem os sujeitos dessas ações. Podem ou não resultar de
um incidente do ciclo do sangue.
EVENTO ADVERSO DO CICLO DO
SANGUE

A legislação brasileira atribui aos serviços de


hemoterapia e aos serviços de saúde que realizam as
transfusões:
• O registro;
• A investigação;
• A revisão dos procedimentos do ciclo do sangue;
• A tomada de ações corretivas e preventivas para as não
conformidades detectadas;
• A sua comunicação e notificação, em tempo oportuno, à
autoridade sanitária e a outros serviços envolvidos.
EVENTO ADVERSO DO CICLO DO
SANGUE

QUANDO REGISTRAR,
COMUNICAR E/OU
NOTIFICAR???????
ORIENTAÇÕES PARA
REGISTRO

Quais: todos os eventos


A quem: registros internos
Quando: quando detectado
Como: definido internamente
ORIENTAÇÕES PARA
COMUNICAÇÃO
Quais: eventos graves, quase erros repetitivos,
inusitados e para os quais já tenham sido tomadas
medidas preventivas e corretivas;
A quem: à autoridade sanitária competente e ao serviço
produtor;
Quando: dentro das primeiras 72 horas da ocorrência;
Como: fax, telefone, meio eletrônico
ORIENTAÇÕES PARA NOTIFICAÇÃO
Incidente COM reação adversa
• Quais: todos;
• A quem: SNVS;
• Quando: no prazo da notificação da reação transfusional;
• Como: Em ficha específica do SNVS (NOTIVISA);
ORIENTAÇÕES PARA NOTIFICAÇÃO
Incidentes grave SEM reação adversa
• Quais: repetitivos, inusitados e para os quais já tenham sido
realizadas medidas preventivas e corretivas;
• A quem: SNVS
• Quando: Até o 15º dia útil do mês subsequente à identificação do
evento;
• Como: Em ficha específica do SNVS;
ORIENTAÇÕES PARA NOTIFICAÇÃO
Quase erros graves
• Quais: : repetitivos, inusitados e para os quais
já tenham sido realizadas medidas
preventivas e corretivas;
• A quem: SNVS;
• Quando: Até o 15º dia útil do mês
subsequente à identificação do evento;
• Como: Em ficha específica do SNVS;
EVENTOS ADVERSOS DO CICLO DO
SANGUE

1. Relacionados a captação, registro e seleção do doador

1.1. Captação, registro e seleção de doador de sangue


 Erro no registro dos dados cadastrais dos candidatos a doação;

 Nao bloqueio do candidato considerado inapto definitivamente em

doação anterior;

1.2. Triagem clínico-epidemiológica


 Não aplicação ou aplicação parcial dos critérios estabelecidos na

legislação;
Liberação do candidato a doação fora dos requisitos para seleção de
doadores;
Nao bloqueio do candidato inapto na triagem.
EVENTO ADVERSO DO CICLO DO SANGUE
1.3 Relacionados a coleta de sangue do doador
 Antissepsia inadequada do braço do doador;
 Manuseio do local da punção após antissepsia;
 Tempo excedido de coleta;
 Ausência de homogeneização da bolsa durante a coleta;
 Falta de orientações ao doador sobre os cuidados pós-doação;
 Identificação incorreta da unidade de sangue e/ou das amostras para testes
laboratoriais;
 Coleta de volume de sangue e/ou componentes fora do preconizado;
Liberação do doador após a coleta, antes do tempo recomendado (minimo de 15
Minutos);
 Nova punção com o mesmo material da punção anterior;
 Falta de mecanismo de informações “Pós Doação”(sinais e sintomas de processo
infeccioso ou que tenham tido o diagnóstico de alguma doença infectocontagiosa até
07 dias após a doação)
EVENTO ADVERSO DO CICLO DO SANGUE
1.4 Relacionados a triagem laboratorial da
amostra do doador
. Não realização dos testes sorológicos /imunohematológicos

de acordo com a legislação vigente;


. Erros na entrada da amostra e erros na liberação de resultados
de triagem laboratorial;
. Erro na identificação dos tubos recebidos de outros serviços.
 . Erro na liberação de resultados de triagem laboratorial; ...
 . Utilização de insumos/reagentes fora do padrão (validade,
condições de armazenamento, registro e autorização);
 . Não bloqueio de doadores inaptos na triagem laboratorial.

EVENTOS ADVERSOS DO CICLO DO
SANGUE

 1.5 Testes imunohematológicos do doador


 Ausência de registro/mecanismo de alerta para resultados discrepantes
em testes anteriores;
 Erro na liberação de resultados imunohematológicos;
 Erro de interpretação dos resultados dos testes;
 Troca de amostras no momento da realização dos testes;
 Uso de reagentes sem realização do controle de qualidade diário ou a
cada lote/remessa recebido.
EVENTOS ADVERSOS DO CICLO DO
SANGUE
2. Relacionados a rotulagem, processamento e armazenamento

2.1 Rotulagem/Processamento
. Etiqueta sem as informações obrigatórias e visíveis;
. Falha no controle de qualidade dos hemocomponentes produzidos;
Realização do procedimento em equipamentos sem condicões adequadas
(não qualificados, sem manutenção preventiva/corretiva e descalibrados);
Falha de monitoramento da temperatura durante o processamento;
. Processamento fora dos padrões estabelecidos.
. Rotulagem da bolsa sem dupla conferência ou de forma eletrônica não
validada;
. Identificação errada do grupo sanguineo do doador na bolsa (erro de
rotulagem);
EVENTO ADVERSO DO CICLO
DO SANGUE

2.2 Relacionados ao Armazenamento


• Armazenamento de insumos e reagentes fora do padrões legais
estabelecidos;
• Bolsa descartada não retirada do estoque;
• Falta de manutenção corretiva, preventiva e calibração dos
equipamentos;
• Abertura do sistema;
• Ausência de áreas específicas para produtos “liberados e não
liberados”;
• Hemocomponente devolvido e reitegrado no estoque sem avaliação
da qualidade ou em desacordo com os requisitos estabelecidos.
TIPOS DE EVENTOS ADVERSOS DO CICLO DO
SANGUE

3. Relacionados ao transporte e distribuição


3.1 Transporte de Hemocomponentes
. Transporte de hemocomponentes em recipientes inadequados sem
controle de temperatura e/ou em temperatura em descordo com a legislação;
. Transporte com condições de higiene inadequadas.

3.2 Distribuição de Hemocomponentes


. Falha nos registros de entrada e saída;
. Falta de conferência;
. Distribuição do hemocomponente após o tempo de validade;
. Distribuição de bolsa com identificação errada do receptor;
TIPOS DE EVENTOS ADVERSOS DO CICLO DO SANGUE

4.5 Liberação do hemocomponente


 Liberação em desacordo com a solicitação de qualificação do
hemocomponente (irradiação, desleucocitação, lavagem,
aliquotagem, aférese);
 Liberação de tipo de hemocomponente incorreto;
 Liberação de tipo sanguíneo incorreto.
TIPOS DE EVENTOS ADVERSOS DO CICLO DO
SANGUE

4.7 Administração do hemocomponente


 Transfusão de hemocomponente sem indicação, de acordo com os
parâmetros organizacionais;
 Transfusão em paciente errado, porém ABO compatível;
 Transfusão em paciente errado, com ABO incompatível;
 Transfusão de hemocomponente em desacordo com o requisitado e/ou
transfundido sem requisição;
Transfusão do hemocomponente com volume e/ou velocidade superior à
necessidade ou reserva cardíaca do receptor;
Administração de medicamentos ou solução não fisiológica no mesmo
acesso venoso do hemocomponente.
HEMOVIGILÂNCIA

HEMOVIGILÂNCIA DO
DOADOR
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR

REAÇÃO ADVERSA DO DOADOR


 A reação adversa à doação é definida como uma resposta não
intencional do doador, associada à coleta de unidade de sangue e
hemocomponente que resulte em:
- Óbito ou risco à vida;
- Deficiência ou condições de incapacitação temporária ou não;
- Necessidade de intervenção médica ou cirúrgica;
- Hospitalização prolongada ou morbidade, dentre outras.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
Essas reações podem ser classificadas quanto:
 Ao tempo de ocorrência ;
 À gravidade;
 À correlação com a doação;
 Ao tipo de doação (local e sistêmica).
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR

1 – Classificação das reações quanto ao tempo de


ocorrência:
 Imediata – ocorre antes do doador deixar o serviço de
hemoterapia;
 Tardia – ocorre após o doador deixar o serviço de
hemoterapia.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
2 – Classificação das reações quanto à gravidade:
Grau 1 - leve: sinal/sintoma local, sem dor que impeça o doador de exercer suas atividades
habituais ou que persista por até duas semanas; ou sistêmicas com sintomas subjetivos
com recuperação rápida (menos 30 minutos), com tonturas, náusea, desconforto,
palidez.
Grau 2 – moderada: sintoma local que impeça o doador de exercer suas atividades habituais
ou que persista por mais de duas semanas: ou sistêmicas com sintomas objetivos, com
perda de conciência, hipotensão arterial com necessidade de reposição volêmica e
tetania.
Grau 3 – grave: há necessidade de hospitalização, em virtude da reação, ou necessidade de
intervenção para impedir danos permanentes, incapacidade da função do corpo ou evitar
a morte; ou quando há presença de sintomas que persistirem por mais de um ano após a
doação (morbilidade de longa doação)
Grau 4 – óbito: óbito atribuído às reações adversas à doação.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
3 – Classificação das reações quanto correlação entre a doação e a reação à
doação.
 Confirmada(definitiva/certa) – quando a investigação concluiu que há
evidências claras (quadro clínico/laboratorial, vínculo temporal). Sem qualquer
dúvida acerca da correlação da reação com a doação.
 Provável - quando a investigação apresenta evidências que indicam a
correlação, mas há dúvidas para sua confirmação.
 Possível – quando a investigação apresenta evidências que indicam a correlação
dos sinais e sintomas a outras causas, mas a correlação com a doação não pode
ser descartada.
 Improvável - quando a investigação apresenta evidências que indicam a
correlação do evento adverso e outras causas, mas há dúvidas para sua exclusão.
 Descartada - quando a investigação apresenta evidências que indicam a
claramente a correlação do evento adverso e outras causas e não à doação.
 Inconclusiva – quando a investigação já concluída não encontrou evidências
suficientes para descartar ou confirmar a correção com a doação.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
4- Classificação das reações quanto ao tipo de doação
Reação adversa à doação de sangue total
4.1- Reações locais
 Reações caracterizada essencialmente por extravazamento
sanguíneo.
 Hematoma: acúmulo de sangue nos tecidos ao redor do vaso
puncionado: dor , alteração da coloração e edema local.
 Punção arterial: decorre da punção da arterial: sangue com cor
vermelha brilhante, fluxo muito rápido, tempo de coleta em até 04
minutos, movimentos pulsáteis na agulha, dor no local da punção e na
região do cotovelo(dor fraca). Pode evoluir para hematoma,
pseudoaneurisma, fístula arteriovenova e síndrome compartimental.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
 Sangramento pós doação: início espontâneo de
sangramento no local da punção, após ter sido
concluída a coleta e feito o curativo.

 Reações caracterizadas essencialmente por dor


 Irritação do nervo : irritação de um nervo pela pressão
do hematoma. Dor radiante e/ou parestesias em
associação com hematoma. O hematoma pode ou não
estar visível no momento do aparecimento dos
sintomas.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
 Lesão do nervo: lesão do nervo causada pela inserção da
agulha ou na retirada da mesma. Caracteriza-se por dor
intensa e com irradiação, frequentemente associada com
parestesia.
 Lesão do tendão: lesão do tendão causada pela inserção da
agulha ou na retirada da mesma. Caracteriza-se por intensa
no local da inserção, sem irradiação, iniciando-se quando a
agulha é inserida.
 Braço doloroso: dor intensa no local, com irradiação. Surge
durante ou horas após a coleta.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
 Outras reações locais
 Tromboflebite: inflamação venosa associada a trombo. Caracteriza-se
por calor, aumento da sensibilidade local, rubor, tumefação, cordão
subcutâneo vermelho e duro.
 Alergia: reação alérgica no local da punção, causada por soluções
utilizadas no procedimento de antissepsia. Caracteriza-se por rash
cutâneo e prurido no local da punção.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
4.2– Reações sistêmicas
 Reação Vasovagal: Caracteriza-se por desconforto, ansiedade, fraqueza,
tontura, sudorese, náusea com ou sem vômitos, palidez cutânea,
hiperventilação, frequência cardíaca diminuída, pulso filiforme e
hipotensão. Pode evoluir para perda da conciência, tetania ou
convulsão.

 Hipovolemia: diminuição do volume sanguíneo circulante que pode


ocorrer devido à coleta excessiva de sangue, homogeinizadores
descalibrados, falhas no processo etc. Caracteriza-se por hipotensão
arterial, tonturas, mal estar e fraqueza. O aumento da frequência
cardíaca é o principal diferencial entre hipovolemia e reação vagal.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR

Cont.
 Fadiga: sensação de astenia após a doação. Mais comum em doadores
de primeira vez e mulheres. Caracteriza-se por cansaço, fraqueza e
desânimo.
HEMOVIGILÂNCIA
DO DOADOR
Reações adversas exclusivas dos procedimentos de
coletas por Aférese
 Frequência menor que a de sangue total, porém mais
graves;
 Mais frequente entre doadores de baixo peso e
mulheres;
 Associação com tipo de equipamento utilizado para a
coleta
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
Reações adversas exclusivas dos procedimentos de
coletas por aférese.
As mesmas reações descritas na doação de sangue total podem ocorrer na doação
por aférese. Além delas podem ocorrer:
 Toxicidade por citrato: Caracteriza-se por parestesias periorais e de
extremidade, formigamentos, tremores, sensação de frio, dor abdominal,
náuseas, vômitos, hipotensão arterial, arritmia, tetania, convulsões, espasmos e
fraqueza muscular, diminuiçao do tônus vascular, diminuição da contratilidade
cardíaca e alcalose metabólica.
 Alergia sistêmica: Caracteriza-se por urticária, edema periorbital, rubor facial,
reação anafilática, sibilos, edema labial e hipotensão arterial.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
 Embolia gasosa: Caracteriza-se por tosse, dispnéia, dor torácica,
taquicardia, agitação psicomotora, perda da consciência, convulsões,
hipotensão arterial e choque.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR
5 - Registro, comunicação e notificação das reações
adversas associada à coleta de sangue total.
As reações adversas decorrentes de doações, devem ser registradas no
serviço onde ocorreram, assim como as medidas corretivas e
preventivas necessárias. A comunicação é o ato de informar a
ocorrência do evento adverso, pela via mais rápida, aos entes
interessados e que necessitem iniciar ações corretivas ou preventivas. A
comunicação das reações à doação será feita à autoridade sanitária e,
quando pertinente, aos fornecedores dos insumos envolvidos no
processo.
As reações adversas graves e óbitos com correlação com a doação
confirmada, provável, possível, improvável e inconclusiva, além do
registro local e da comunicação, serão notificadas ao SNVS.
ORIENTAÇÕES PARA REGISTRO

Quais: todos os eventos


A quem: registros internos
Quando: quando detectado
Como: definido internamente
ORIENTAÇÕES PARA COMUNICAÇÃO

Quais: Óbito atribuído à doação;


Reação grave atribuída à doação;
A quem: à autoridade sanitária competente e quando pertinente, aos
fornecedores dos insumos envolvidos no processo;
Quando: dentro das primeiras 24 horas da ocorrência;
Como: fax, telefone, meio eletrônico
ORIENTAÇÕES PARA NOTIFICAÇÃO
• Quais: Reação grave à doação com correlação confirmada, provável,
possível, improvável e inconclusiva e óbito atribuido às reações adversas
à doação com correlação confirmada, provável, possível, improvável e
inconclusiva
• A quem: SNVS;
• Quando: Reação grave – até o 15º dia útil do mês subsequente à
identificação do evento; òbito: 72 horas após a identificação do evento.
• Como: Em ficha específica do SNVS (NOTIVISA).
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR

6 - Informações pós doação de reação


adversa
• O serviço de hemoterapia deve oferecer informações relativas ao
processo de doação e meios de fácil comunicação entre o doador e o
serviço, orientando-o a entrar em contato com a unidade caso apresente
algum tipo de reação adversa tardia;
• O serviço de hemoterapia nos casos de doador de repetição, deve incluir
em seus protocolos, perguntas sobre as condições físicas nos dias
seguintes às doações anteriores.
HEMOVIGILÂNCIA DO DOADOR

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm
UCT DE QUIRINÓPOLIS

RETROVIGILÂNCIA
RETROVIGILÂNCIA

Compreende-se retrovigilância a investigação


retrospectiva relacionada à rastreabilidade de bolsas
de doações anteriores de um doador que apresentou
soroconversão ou ainda a investigação relacionada a
um receptor de sangue que veio a apresentar
marcador reagente para uma doença transmissível
por transfusão.
ATENÇÃO
Doadores com sorologia positiva na primeira
doação

 O que fazer?

• Não é necessário a realização de confirmatório na amostra inicial;


• Enviar carta com AR solicitando a coleta de segunda amostra;
• Abrir prontuário deste doador e encaminhá-lo, junto com os resultados
da doação e da segunda amostra ao serviço médido da unidade para
orientação e encaminhamento quando necessário;
• O médico fará as orientações pertinentes, colherá a assinatura do
doador no formulário de encaminhamento para diagnóstico, em duas
vias, que também será assinado e carimbado por ele.
• A primeira via será anexada no prontuário e a outra
entregue ao doador;
• Doadores não encontrado ou que não comparecem para coleta
da segunda amostra, comunicar à Vigilância Epidemiológica
competente.
RASTREABILIDADE DE
HEMOCOMPONENTES:

DESCENDENTE: ASCENDENTE:
Doador para Receptor para
receptor doador
RASTREABILIDADE DESCENDENTE

Doador de repetição é identificado


como reagente ou inconclusivo para
um ou mais marcadores avaliados.
VIRAGEM DETECTADA PELO
NAT DO HBV, HCV e/ou HIV

Isoladamente ou em associação com


a sorologia não é necessário
realização de testes para
confirmação do resultado inicial
VIRAGEM DETECTADA SOMENTE
PELA SOROLOGIA

É necessário a realização de testes confirmatórios


na amostra inicial conforme o caso:

HBsAg: teste de neutralização, ou teste com


reagente de outra origem ou de outro fabricante ou
outra metodologia

Anti-HBc: teste com reagente de outra origem ou


outro fabricante ou outra metodologia
VIRAGEM DETECTADA SOMENTE
PELA SOROLOGIA

Anti HCV: teste de detecção de anticorpos com reagente de


outra origem ou outro fabricante ou outra metodologia, ou teste
com reagente que detecte de maneira combinada antígeno e
anticorpo do HCV.

Anti HIV: teste de detecção de anticorpos ou detecção


combinada de anticorpo contra o HIV + antígeno p24 do HIV, com
reagente de outra origem, ou de outro fabricante ou com outra
metodologia;

Anti HTLV I/II: teste de detecção de anticorpos com


reagente de outra origem ou outro fabricante ou outra metodologia
ou NAT.
CONFIRMATÓRIO INICIAL POSITIVO OU
INCONCLUSIVO – OU NAT POSITIVO
O QUE FAZER?
CONFIRMATÓRIO INICIAL POSITIVO OU
INCONCLUSIVO –OU NAT POSITIVO
O QUE FAZER?

 Verificar o destino dos hemocomponentes das


doações anteriores conforme os parâmetros:

SOROLOGIA - Anti-HIV, Anti HCV, HBsAg,


HTLVI/II: investigar a última doação não
reagente e todas as outras doações realizadas até
06 meses antes desta;
CONFIRMATÓRIO INICIAL POSITIVO OU
INCONCLUSIVO – OU NAT POSITIVO
O QUE FAZER?

SOROLOGIA - Anti HBc: investigar a última doação não


reagente caso esta tenha ocorrido menos de 12 meses
antes da soroconversão;

NAT – HCV, HBV e/ou HIV: caso o teste sorológico


seja não reagente investigar a última doação não
reagente e todas as outras realizadas até três meses antes
desta
AO IDENTIFICAR O DESTINO DOS
HEMOCOMPONENTES O SERVIÇO DE
HEMOTERAPIA DEVE:

 Se houver algum hemocomponente


armazenado em qualquer serviço de
hemoterapia, solicitar a devolução à
unidade produtora para as providências
cabíveis;

 Em caso de envio de plasma para a


indústria, comunicar por escrito à
mesma, à ANVISA e à
CGSH/DAHU/SAS/MS;
.
AO IDENTIFICAR O DESTINO DOS
HEMOCOMPONENTES O SERVIÇO DE
HEMOTERAPIA DEVE:

 Verificar se algum hemocomponente


investigado foi transfundido no próprio
serviço. Nesse caso identificar os receptores;

 Se o hemocomponente não foi transfundido


no próprio serviço, rastrear a distribuição do
mesmo e informar ao serviço onde ocorreu a
transfusão;

 Os receptores devem ser convocados para


avaliação médica e testagem sorológica;
AO IDENTIFICAR O DESTINO DOS
HEMOCOMPONENTES O SERVIÇO DE
HEMOTERAPIA DEVE:

 Ao final do processo, o serviço de hemoterapia


deve comunicar ao serviço que transfundiu o
hemocomponente o resultado da investigação
de retrovigilância;
 Comunicar à VISA competente a instauração do
processo de retrovigilância para
acompanhamento e apoio nas investigações e
também a conclusão do mesmo;
 Se algum receptor não for encontrado ou não
comparecer, informar à vigilância em saúde
competente.
TESTAGEM DO RECEPTOR
RASTREABILIDADE ASCENDENTE
VISA municipal
notifica/informa o
serviço de saúde onde
ocorreu a transfusão,
que confirma ou não a
realização do
procedimento e informa
os dados necessários;

VISA/municipal
Notifica/informa ao
serviço de
hemoterapia para
investigação de
todo o processo
hemoterápico
O SERVIÇO DE HEMOTERAPIA AO
RECEBER A NOTIFICAÇÃO DEVE:

o Verificar a existência dos registros dos resultados


referentes à doação índice;
o Se houver material na soroteca/plasmateca
referente à doação índice, realizar novos testes
laboratoriais referentes aos marcadores
investigados;
O SERVIÇO DE HEMOTERAPIA AO
RECEBER A NOTIFICAÇÃO DEVE:

Verificar a existência de doações posteriores à doação


índice avaliando os resultados:
NÃO REAGENTES REAGENTES
Descartar transmissão A doação índice será
de infecção via considerada como
transfusão (observar possível fonte de
intervalos conforme infecção/doença
parâmetro investigado); investigada;
Em caso de inexistência de
doações posteriores:

- Convocar o doador para coleta de


segunda amostra;
- Se o doador não comparecer, não for
encontrado ou não consentir com a
retestagem, comunicar a vigilância em
saúde competente;
- Em caso de resultado reagente será
considerado provável soroconversão do
doador. Iniciar rastreabilidade dos
outros hemocomponentes.
CONCLUSÃO DA INVESTIGAÇÃO

Transmissão transfusional descartada: quando não houve


transfusão ou quando, na testagem da nova amostra do
doador, essa possibilidade foi afastada.
Transmissão transfusional inconclusiva: nos casos de
impossibilidade de rastreabilidade do hemocomponente
transfundido e quando não for possível a retestagem do
doador.
Transmissão transfusional confirmada: quando for
confirmada a soroconversão do doador, e a história
epidemiológica do paciente corroborar.
HEMOCENTRO DE GOIÁS

Só existem dois dias no ano qu


nada pode ser feito. Um se
chama ontem e o outro se
chama amanhã, portanto hoj
é o dia certo para amar,
acreditar, fazer e
principalmente viver.

Dalai Lama
OBRIGADA!!!!!
HEMOCENTRO DE GOIÁS

ACIDENTE DE TRABALHO
ACIDENTE DE TRABALHO

Maria José Prudente Moraes – DEVS


mariajhemogo@hotmail.com
Ana Maria Rodrigues Fróis - DEVS/SESMT
anatstgo@hotmal.com
ACIDENTE DE TRABALHO
É o evento súbito ocorrido no exercício da atividade
laboral, independentemente da situação empregatícia
e previdenciária do trabalhador acidentado, e que
acarreta dano à saúde, potencial ou imediato,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que causa, direta ou indiretamente (concausa) a morte,
ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho. Inclui-se ainda o acidente
ocorrido em qualquer situação em que o trabalhador
esteja representando os interesses da empresa ou
agindo em defesa de seu patrimônio; assim como
aquele ocorrido no trajeto da residência para o
trabalho e vice-versa.
ACIDENTE DE TRABALHO

Portaria GM MS Nº 204 DE 17 DE Fevereiro de


2016

Protocolo de Acidentes do Trabalho Fatais, graves e com Crianças


e Adolescentes
ACIDENTE DE TRABALHO
O objetivo básico deste Protocolo é o registro de acidentes de
trabalhos fatais, graves e com crianças e adolescentes, agravos de
notificação compulsória universal nos termos da Portaria GM n.º
204 de 17 de fevereiro de 2016.
TIPOS DE ACIDENTES DE
TRABALHO

 Acidente típico: é o que ocorre na execução do


trabalho;

 Acidente de trajeto: é o que ocorre no percurso da


residência para o trabalho ou vice-versa;

 Doenças relacionadas ao trabalho: são as patologias


onde o trabalho é a causa do adoecimento,
desencadeadas como consequência da função que
exercem ou exerceram, ou pelas condições adversas
em que o trabalho é, ou foi realizado.
Acidente de trabalho fatal

Acidente de trabalho fatal é aquele que leva a óbito


imediatamente após sua ocorrência ou que venha a
ocorrer posteriormente, a qualquer momento, em
ambiente hospitalar ou não, desde que a causa básica,
intermediária ou imediata da morte seja decorrente do
acidente.
Acidente de trabalho grave

Acidente de trabalho grave é aquele que acarreta


mutilação física ou funcional, e o que leva à lesão cuja
natureza implique em comprometimento extremamente
sério, preocupante e que pode ter consequências nefastas
ou fatais.
Acidente de trabalho grave
CRITÉRIOS!!!
COMO DEFINIR

Para evitar interpretações subjetivas , que podem


comprometer a homogeneidade nacional do
sistema, considera-se, para fins deste Protocolo,
a necessidade da existência de pelo menos um
dos seguintes critérios objetivos, para a definição
dos casos como de acidente de trabalho grave:
Acidente de trabalho grave
Crítérios
1)Necessidade de tratamento em regime de internação
hospitalar;
2) Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de
30 dias;
3) Incapacidade permanente para o trabalho;
4) Enfermidade incurável;
5) Debilidade permanente de membro, sentido ou função;
6) Perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
7) Deformidade permanente;
8) Aceleração de parto;
9) Aborto;
Acidente de trabalho grave
Cont...
10) Fraturas, amputações de tecido ósseo, luxações ou
queimaduras graves;
11) Desmaio (perda de consciência) provocado por asfixia,
choque elétrico ou outra causa externa;
12) Qualquer outra lesão: levando à hipotermia, doença induzida
pelo calor ou inconsciência, requerendo ressuscitação ou
requerendo hospitalização por mais de 24 horas;
13) Doenças agudas que requeiram tratamento médico em que
exista razão para acreditar que resulte de exposição ao agente
biológico, suas toxinas ou ao material infectado.
Acidente de trabalho grave

ATENÇÃO!!!
A subnotificação dos acidentes do trabalho e a escassez das
informações sobre a situação de saúde dos trabalhadores
dificultam a definição de prioridades para o planejamento e
intervenções em saúde, além de omitir da sociedade instrumentos
importantes para a melhoria das condições de trabalho.
Acidente de trabalho grave

Os prejuízos econômicos e sociais dos acidentes de trabalho, como


por exemplo seus impactos na vida familiar das vítimas, têm sido
pouco estudados. Assim como, as sequelas crônicas e de instalação
tardia de acidentes reconhecidos como do trabalho e aquelas
relacionadas aos acidentes inicialmente não registrados como do
trabalho
Acidente de trabalho grave

Toda ocorrência de acidente de trabalho deve ser comunicada à


Previdência Social por meio de abertura de comunicação de
Acidente de Trabalho (CAT) ou para os servidores Estatutários a
abertura da Ficha de Registro de Acidentes de Trabalho (FRAT).
ACIDENTE DE TRABALHO

ACIDENTE OCUPACIONAL
COM
EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
Acidente com Exposição a Material Biológico

Exposição do trabalhador a sangue ou outros materiais


biológicos potencialmente contaminados (urina, fezes,
secreções, leite materno, etc.) durante a sua jornada de
trabalho.
Biológico

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
 PORTARIA - GM/MS 204 de 17/02/2016
 PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS
PARA PROFILAXIA ANTI RETROVIRAL
PÓS-EXPOSIÇÃO DE RISCO À INFECÇÃO PELO HIV/MS/2015
 NR – 32 – MTE/2005
Acidente com Exposição a Material Biológico

Aconteceu um acidente!
O que fazer?
Acidente com Exposição a Material
Biológico

Manter a calma e
siga o fluxo de acidentes de trabalho da
unidade
Acidentes com Exposição a Material
Biológico

FLUXO NO
HEMOCENTRO
Acidente com Exposição a Material Biológico

FONTE CONHECIDA
• Pare imediatamento o trabalho e procure alguém para substituí-
lo
• Lave a região afetada
• Comunique a chefia imediata e ao SESMT
• Preencha os seguintes formulários (CAT ou FRAT, termo de
consentimento da fonte ou responsável legal, ficha do SINAN,
termo de compromisso ou termo de recusa do servidor
acidentado)
• Colete 3 amostras do paciente fonte
• Acompanhe o servidor acidentado ao setor de transporte com 1
amostra
• Encaminhe o servidor, amostra e documentos preenchidos à
Unidade de Referência da SMS
• Encaminhe as 2 amostras da fonte ao laboratório do HEMOGO
Acidente com Exposição a Material Biológico

FONTE DESCONHECIDA
• Pare imediatamento o trabalho e procure alguém para substituí-lo
• Lave a região afetada
• Comunique a chefia imediata e ao SESMT
• Preencha os seguintes formulários (CAT ou FRAT, ficha do SINAN,
termo de compromisso ou termo de recusa do servidor acidentado)
• Acompanhe o servidor acidentado ao setor de transporte
• Encaminhe o servidor com documentos preenchidos à Unidade de
Referência da SMS
Acidente com Exposição a Material Biológico

ATENDIMENTO NA UNIDADE DE REFERÊNCIA


Na unidade de referência será feito:
• Cadastro na recepção
• Consulta de enfermagem para preenchimento da ficha de atendimento
de urgência e emergência, onde será feita análise de esquema vacinal,
tipos de fontes , pedidos de exames etc
• Coleta da amostra de sangue do SERVIDOR ACIDENTADO PARA
REALIZAR TESTE RÁPIDO PARA HIV E SOROLOGIA
Acidente com Exposição a Material Biológico

Cont....
• Consulta médica onde será avaliado o teste rápido e
preenchimento da CAT/FRAT
• Teste rápido do servidor POSITIVO: NÃO é indicado medicação
profilática. Encaminhar o servidor para acompanhamento clínico
no CRDT.
Neste caso NÃO é realizado o teste rápido da fonte
• Teste rápido da fonte: Se POSITIVO ou DESCONHECIDO –
Utilizar medicação profilática (06 dias).
• Se NEGATIVO: Encaminhar para acompanhamento clínico no
CRDT
Acidente com Exposição a Material Biológico

RETORNO DO SERVIDOR AO HEMOGO


• Orientar o servidor quanto ao acompanhamento
clínico no CRDT
• Encaminhar cópia da CAT/FRAT para o SESMT
CENTRAL
• Encaminhar a ficha do SINAN para o CEREST
• Agendar consulta com infectologista no CRDT para o
trabalhador acidentado
Documentos a ser preenchidos

NAS UNIDADES DO INTERIOR DO ESTADO

➢ Estabelecer fluxo na unidade


➢ Encaminhar ficha do SINAN ao núcleo de

Vigilância Epidemiológica do município.


Acidente com Exposição a Material
Biológico

NOTIFICAÇÃO DO ACIDENTE

“COMPULSÓRIA”
Acidente com Exposição a Material Biológico

Portaria 204 GM/MS

NOTIFICAÇÃO COMPULSORIA
 Acidente de trabalho com exposição a material
biológico;
 Acidente de trabalho grave;
 Acidente de trabalho fatal;
 Intoxicação exógena.
Acidente com Exposição a Material Biológico

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Conceito:
É a comunicação obrigatória aos serviços competentes, realizada
pelos profissionais ou estabelecimentos de saúde, públicos ou
privados, sobre a ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde
pública
Acidente com Exposição a Material Biológico

Portaria 204 e Lei 6259/ 1975

Art 8º É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária a


ocorrência de fato, comprovado ou presumível, de doença
transmissível, sendo obrigatória a médicos e outros
profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como aos
responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e
particulares de saúde e ensino a notificação de casos suspeitos
ou confirmados das doenças.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Importância da Notificação Compulsória

 Identificar o perfil epidemiológico dos acidentes


relacionados ao trabalho;
 Conhecer quais são os trabalhadores que possuem
maior risco de adoecimento/ acidente; e
 Planejar ações de prevenção e promoção da saúde,
com enfoque nos trabalhadores mais vulneráveis
Trabalhadores expostos AMB:
Acidente com Exposição a Material Biológico

Medidas profiláticas pós – exposição ocupacional


a material biológico:

 Hepatite B - Vacina e Imunoglobulina


HIV - Quimioprofilaxia

 HIV - Quimioprofilaxia

 Hepatite C - Não tem medida de proteção


Acidente com Exposição a Material Biológico

Unidades de
Referência para o Atendimento:

• CAIS Novo Mundo;


• CAIS Cândida de Moraes;
• Maternidade Nascer Cidadão;
• UPA Itaipu.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Dificuldades nas Notificações de AMB:

 Subnotificação dos acidentes;


 Fichas com preenchimento inadequado: campos em branco,
ignorados ou com informações divergentes; e
 Falta de acompanhamento do trabalhador acidentado
(frequência nas consultas, resultados dos exames sorológicos
e evolução do caso).
Acidente com Exposição a Material Biológico

Preenchimento da Ficha de Notificação - SINAN

DÚVIDAS
Campo 33 – Tempo de trabalho na ocupação:

 Descrever o tempo que a pessoa atua na profissão.


 Não corresponde a carga horária na instituição.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo 35 – 44 Informações da empresa ou


empregador
Preencher os dados completos do empregador;

É indispensável que toda empresa tenha as pessoas de referência


para atender e acompanhar o acidentado em todos os turnos de
funcionamento da unidade.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo 35 – 44 Informações da empresa ou


empregador

 As pessoas responsáveis pelo atendimento do acidentado deverão conhecer


o fluxo de atenção e ter em mãos todos os documentos necessários (termos
de consentimento, recusa, ficha de notificação, CAT OU FRAT); e
 Os trabalhadores do serviço precisam conhecer as pessoas que são
referência em caso de acidente.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo 46 – Tipo de Exposição:

 Mucosas: quando há respingos de material biológico no


olho, nariz, boca ou genitália;
 Cutânea: contato com pele não íntegra;
 Mordedura humana com a presença de sangue;
 Percutânea: lesões provocadas por instrumentos
perfurantes e cortantes, como, por exemplo, agulhas,
bisturi, vidrarias.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo 48 – Circunstância do Acidente

 Selecionar a tarefa que o trabalhador estava realizando no


momento do acidente.
 Utilizar o campo das observações para descrever
circunstâncias que não foram mencionadas na ficha de
notificação.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo 51 – Situação Vacinal para Hepatite B:

 Trabalhador vacinado é aquele que tem três doses de


vacina contra hepatite B.
 Trabalhador não vacinado é aquele que não tem
nenhuma dose de vacina ou que o esquema está
incompleto.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Vacina para Hepatite B:

A instituição deverá monitorar o situação vacinal e sorológica


para hepatite B nos seus trabalhadores

O trabalhador só estará imunizado contra hepatite B se após


receber as três doses de vacina, a titularidade do Anti-HBs for
≥ 10 UI/ ml
Acidente com Exposição a Material Biológico

O trabalhador que não sabe se está protegido contra


hepatite B (vacina + Anti Hbs reagente) deve ser
avaliado a necessidade de prescrição da vacina e
imunoglobulina no dia do acidente.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo 53 – Paciente fonte conhecido


 A fonte é considerada conhecida quando for possível
realizar os exames sorológicos do paciente para HIV,
hepatite B e C.

Campo 52 e 54 – Exames sorológicos

Estes campos serão preenchidos quando sair os resultados dos


exames laboratoriais .
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo 56 – Evolução do caso

 A notificação só será encerrada após alta médica, com


exceção dos casos de abandono.
 A instituição onde aconteceu o acidente deverá acompanhar
todo o seguimento clínico laboratorial do trabalhador.
 Após o encerramento do caso o serviço de saúde deverá
encaminhar para o CEREST os resultados dos exames
laboratoriais e o desfecho do acompanhamento
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo 58 – Comunicação de Acidente do Trabalho

 A CAT deverá ser preenchida em caso de acidente de


trabalho com exposição a material biológico.
 O item “Não se aplica” deverá ser escolhido quando o
acidentado não possuir vínculo empregatício com a
instituição, Ex: estudantes.
Acidente com Exposição a Material Biológico

Campo das Observações

Colocar nesse campo as informações


complementares que não foram descritas
anteriormente e que são importantes para o
monitoramento do acidente .
Acidente com Exposição a Material Biológico

Problemas Comuns no Preenchimento da


Ficha:

 Campos em branco ou preenchidos como ignorado;


 Ficha sem identificação do profissional que preencheu a
ficha;
 Letra ilegível;
 Modelo antigo de ficha de notificação; e
 Informações divergentes
Acidente com Exposição a Material Biológico

O acidentado deve ser encaminhado para a


referência com toda ficha de notificação preenchida,
com exceção dos campos 52, 54, 55 e 56
Acidente com Exposição a Material Biológico

Dados Epidemiológicos:

 76,7% sexo feminino


 79,7% exposição percutânea
 20,1% outras circunstâncias
 64,1% dos casos estão com encerramento em branco/
ignorado
 40% tinham de 25 a 34 anos
 71,6% foram exposição a sangue
Documentos que compõem o Kit Acidentes de Trabalho

➢ Ficha de Registro de Acidentes de Trabalho do Servidor


Estatutário(FRAT);
➢ Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT

➢ ( servidores comissionados e contratados);

➢ Termo de Consentimento da Fonte;

➢ Termo de Consentimento do Responsável legal;

➢ Termo de Recusa de Atendimento do Servidor;


COMO EVITAR OS ACIDENTES?

- Cumprir as normas de segurança e


biossegurança;
- Executar as atividades conforme
POPs;
- Atenção ao executar qualquer
procedimento.
2. NÃO REENCAPAR
AS AGULHAS
UTILIZADAS.
3. Nunca improvisar caixas de descarte
4. Desprezar os materiais perfuro-cortantes (agulhas,
scalps, lâminas de bisturi, etc...) em recipientes de
paredes rígidas, resistentes e com tampa, não
deixando que o preenchimento do recipiente
ultrapasse 2/3 de sua capacidade;
FIM

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