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O documento descreve a dominação babilônica sobre Israel entre 586-538 a.C., quando a elite de Judá foi deportada para a Babilônia e os mais pobres ficaram em Jerusalém. Os exilados mantiveram sua identidade e fé em Javé graças à liderança dos profetas como Jeremias e Ezequiel, que pregavam que o exílio era um juízo de Javé e não o fim da aliança com seu povo.
O documento descreve a dominação babilônica sobre Israel entre 586-538 a.C., quando a elite de Judá foi deportada para a Babilônia e os mais pobres ficaram em Jerusalém. Os exilados mantiveram sua identidade e fé em Javé graças à liderança dos profetas como Jeremias e Ezequiel, que pregavam que o exílio era um juízo de Javé e não o fim da aliança com seu povo.
O documento descreve a dominação babilônica sobre Israel entre 586-538 a.C., quando a elite de Judá foi deportada para a Babilônia e os mais pobres ficaram em Jerusalém. Os exilados mantiveram sua identidade e fé em Javé graças à liderança dos profetas como Jeremias e Ezequiel, que pregavam que o exílio era um juízo de Javé e não o fim da aliança com seu povo.
586 à 538 a.C Os acontecimentos de 597 e 586 a.C fizeram com que a história de Israel se desenrolasse em vários lugares.
Os remanescentes na terra:
“Transportou a toda a Jerusalém, todos os príncipes, todos os
homens valentes, todos os artífices e ferreiros, ao todo dez mil; ninguém ficou, senão o povo pobre da terra.” (2 Rs 24,14).
Em 597 a.C, somente a Elite da cidade foi transportada
para a Babilônia. “Dos mais pobres do povo, o mais do povo que havia ficado na cidade, os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia e o mais da multidão Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativos. Porém dos mais pobres da terra deixou Nebuzaradã, o chefe da guarda, ficar alguns para vinheiros e para lavradores.” (Jr 52,15-16).
Os mais pobres da terra ficaram em Jerusalém. As terras
foram doadas a eles.
Um judaíta chamado Gedalias foi nomeado governador e
a cidade de Mispá, ao Norte, indicada como sua residência (2 Rs 25,22). Jeremias, que havia sido preso por profetizar contra a aliança de Judá com o Egito, é libertado no tempo de Gedalias a pedido do rei Nabucodonosor (Jr 39,11-14) No entanto, pouco tempo depois Gedalias foi assassinado por um certo Ismael, que tinha parentesco com a casa de Davi (Jr 41,1ss) O motivo não é explicitado no texto, porém, parece que as atitudes de Gedalias, bem como de Jeremias, foram compreendidas como traição à pátria. Além de Gedalias, Ismael assassinou outros judaítas e babilônios que habitavam em Mispá. Muitos homens ficaram assustados e temerosos com a possível represália de Nabucodonosor fugiram para o Egito. Jeremias os aconselhou a não partirem para o Egito e foi taxado de mentiroso (Jr 42-44) O papel dos profetas foi muito importante para a manutenção da fé israelita. Dentre eles Jeremias e Ezequiel. No caso de Jeremias, ele já havia desvinculado a salvação divina de sua identificação com a estadia na Terra Santa, o culto no Templo e a dinastia de Davi. Apesar da desgraça, era capaz de anunciar salvação e graça no juízo divino da catástrofe nacional. (Jr 29). Sua mensagem permitiu que os israelitas entendessem e aceitassem a submissão à Babilônia, quer na pátria, quer no exílio, como juízo de Deus sobre Israel que não excluía sua salvação. A religião de Israel deve sua libertação de antigos limites e, desse modo, sua sobrevivência a essa compreensão. Os Exilados: Foram levados, em 597 a.C sob o Rei Joaquim, o rei e sua corte, cerca de 10 mil pessoas. O contingente maior foi reassentado na Babilônia, especialmente em duas localidades: Junto ao Rio Quebar e em Tel Aviv (Ez 1,3 e 3,15). O nome Tel Aviv parece indicar um lugar abandonado, parecem ter sido assentados junto aos canais de água (Salmo 137,1), em áreas despovoadas. Em Jerusalém a grande maioria destes 10 mil haviam sido militares e funcionários do Estado, pertenciam à elite. Entre eles também estavam sacerdotes como Ezequiel e cantores do templo. O novo desterro de 587/586 a.C não teria sido de muita expressão. Os exilados, todavia, foram reunidos juntamente com os demais de 597. Em 582 a.C, temos o relato de Jeremias onde acontece mais um desterro (Jr 52,30). Como viviam os exilados? Estavam juntos. Não foram espalhados. Isso certamente foi decisivo para a sobrevivência dos mesmos. Por estarem agrupados puderam continuar a preservar sua língua, seus ritos, seus costumes e religião. Mantiveram sua identidade. Os textos de Ezequiel 8,1; 14,1 e 20,1 mencionam anciãos. Estes, ao que parece, são os chefes dos diversos clãs, e disso podemos concluir que as pessoas exiladas podiam viver em suas antigas estruturas familiares. Eles não eram escravos no sentido moderno, mas deportados com certas liberdades. Embora o exílio não fosse um cativeiro, ele levou uma crise intelectual e religiosa que necessariamente era ainda mais radical para as pessoas exiladas do que para as remanescentes na terra. Nas concepções israelitas, o culto sacrificial não é possível em terra impura. De acordo com a interpretação tradicional, estar longe da terra prometida e do local da presença divina significava estar longe de Deus e sua salvação, significava estar banido para um local onde Javé não está, não abençoa, não fala e precisa se calar porque seu poder não chegaria até o país estrangeiro. O anúncio profético, como dito antes, contribuiu para a não desintegração da religião de Israel, interpretando os eventos de 597/586 como um processo de purificação e renovação. O exilio pode ser compreendido como o juízo de Javé, anunciado previamente pelos profetas. A catástrofe de Jerusalém não significava a impotência passiva de Javé, mas o juízo provocado por ele sobre seu próprio povo. Isso não significava a anulação da aliança de Javé com seu povo, e sim a separação da salvação divina de uma identificação objetivizante com o sucesso visível. Os exilados continuaram a crer em Javé, a preservação de sua fé foi a mais forte força aglutinadora para estes exilados. Contudo a maneira de assinalar a adesão a Javé já não era mais o sacrifício. O culto da palavra – a profecia e os cânticos – passou a desempenhar papel central. Os ritos – sábado e circuncisão – tornaram-se caracteres de identificação. Portanto, os exilados não só se mantiveram fiéis a seu Deus, também alteraram e recriaram suas expressões de fé. Ezequiel vê, contudo, a glória de Javé, não em Jerusalém como Isaías (6), mas em outro lugar, no exílio, junto ao Rio Quebar (1,3), naqueles vales mesopotâmicos passa a estar a glória de Javé: “veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR.” (Ez 1,3)
“Como o aspecto do arco que aparece na nuvem em dia
de chuva, assim era o resplendor em redor. Esta era a aparência da glória do SENHOR; vendo isto, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de quem falava.” (Ez 1,28).
“Levantei-me e saí para o vale, e eis que a glória do
SENHOR estava ali, como a glória que eu vira junto ao rio Quebar; e caí com o rosto em terra.” (Ez 3,23) Javé está no Exílio junto aos desterrados!!!