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UNIVERSIDADE ESTÁCIO

GRADUAÇÃO EM
FONOAUDIOLOGIA

GRD7035 - Noções de Ortodontia

Fgª Patrícia Santoro


CRFª 4399-RJ
 Disciplina: NOÇÕES DE ORTODONTIA

I. Ementa:
Noções de crescimento e desenvolvimento cranio-facial. Dentição
decídua, mista e permanente. Maloclusões de Angle: definições e
fatores etiológicos. Maloclusões: mordida aberta, cruzada e
sobremordida. Casos clínicos: orientações e encaminhamento de
casos.

II. Objetivo Geral:


Compreender a relação entre os problemas estruturais e funcionais
do sistema estomatognático.

III. Objetivos Específicos:


Comparar casos com e sem problemas ortodônticos de interesse para
a fonoaudiologia.
Identificar as maloclusões e suas conseqüências, de interesse para a
Fonoaudiologia.
IV. Conteúdos:

Unidade 1 – RELAÇÃO DA ORTODONTIA COM A


FONOAUDIOLOGIA

Unidade 2 – CRESCIMENTO CRÂNIO FACIAL

Unidade 3 – DENTADURA DECÍDUA


3.1. Definição
3.2. Erupção e esfoliação dos decíduos
3.2.1. Relação entre a idade dentária e a cronológica
3.2.2. Apresentação de casos clínicos4.4. Estudo das
principais maloclusões
Unidade 4 – DENTADURA MISTA
4.1. Definição
4.2. Relação entre a idade dentária e a cronológica
4.3. Esfoliação dos dentes decíduos e erupção dos dentes
permanentes 4.4.1. Apresentação de casos clínicos

Unidade 5 – DENTADURA PERMAMENTE


5.1. Definição
5.1.1. Estudo das principais maloclusões
5.1.2. Estudo de casos clínicos

Unidade 6 –MALOCLUSÕES DE ANGLE – CLASSE I, CLASSE II E


CLASSE III
6.1. Definições
6.2. Fatores etiológicos : dentário e esquelético
6.3. Interesse das maloclusões de Angle para a ortodontia
6.4. Estudo de casos clínicos
Unidade 7 – MALOCLUSÕES
7.1. Mordida aberta
7.2. Mordida cruzada
7.3. Sobremordida
7.4. Estudo de casos clínicos ligados a fonoaudiologia

Unidade 8 – ESTUDO DE CASOS CLÍNICOS


8.1. Orientação de caso
8.2. Sínteses dos casos
8.3. Encaminhamento do caso

V. Procedimentos de Ensino:
Aulas Teóricas: Aulas expositivas/dialogadas, dinâmica de
grupo, estudo de casos.
Atividades de Campo: Visitas a Instituições públicas e
privadas de atendimento odontológico para conhecimento do
trabalho conjunto com a Fonoaudiologia.
VI. Procedimentos de avaliação:
Avaliação

O processo de avaliação será composto de três etapas,


Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2) e Avaliação 3 (AV3). As
avaliações poderão ser realizadas através de provas teóricas,
provas práticas, e realização de projetos ou outros trabalhos,
representando atividades acadêmicas de ensino, de acordo
com as especificidades de cada disciplina. A soma de todas as
atividades que possam vir a compor o grau final de cada
avaliação não poderá ultrapassar o grau máximo de 10, sendo
permitido atribuir valor decimal às avaliações. Caso a
disciplina, atendendo ao projeto pedagógico de cada curso,
além de provas teóricas e/ou práticas contemple outras
atividades acadêmicas de ensino, estas não poderão
ultrapassar 20% da composição do grau final. A AV1
contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização. As
AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina.
Para aprovação na disciplina o aluno deverá:

1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a


partir da média aritmética entre os graus das
avaliações, sendo consideradas apenas as duas
maiores notas obtidas dentre as três etapas de
avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida
será o grau final.

2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos,


duas das três avaliações.

3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.


VII. Bibliografia Básica:

LANGLADE, Michel. Diagnóstico ortodôntico. São Paulo:


Santos, 2002.
PETRELLI, Eros (Coord.). Ortodontia contemporânea. 2. ed.
São Paulo: Sarvier, 1993.

VII. Bibliografia Complementar:

FELÍCIO, Cláudia Maria de. Fonoaudiologia aplicada a casos


odontológicos: motricidade oral e audiologia. São Paulo:
Pancast, 1999.
PROFFIT, William R. Contemporary orthodontics. St. Louis:
Mosby Year Book, 1995.
Unidade 1 – RELAÇÃO DA ORTODONTIA COM A
FONOAUDIOLOGIA

 Os ortodontistas como também os


fonoaudiólogos têm como objetivo
reestabelecer o equilíbrio do sistema
estomatognático.
 Quais foram os caminhos historicamente
percorridos para que a Fonoaudiologia se
entremeasse a outras Ciências no estudo
destas disfunções?
PERSPECTIVA HISTÓRICA
 Séc. XVIII = etiologia da irregularidade nas posições
dentárias = PIERRE FAUCHARD (pai da Odontologia)
Europa;
 Sécs. XIX e XX = divulgação de inúmeros trabalhos sobre
as irregularidades nas posições dentárias, na Europa e
Estados Unidos = Angle (1907) que define “maloclusão“
= Ortodontia como especialidade responsável pela
correção das más posições dentárias. Postula que,
existindo maloclusão, a posição dos dentes, a fala e as
linhas da face estarão alteradas. Terapêutica ortodôntica
como uma possibilidade para a melhora do indivíduo em
relação à saúde, fala e beleza. Respiração bucal como fator
etiológico das alterações da forma facial.
 Rogers (1918) = ação dos vários músculos faciais e dos
hábitos orais no posicionamento dentário e nas
possibilidades de tratamento ortodôntico. Propôs a
utilização de aparelhos e exercícos para normatizar o
tônus dos músculos faciais
PERSPECTIVA HISTÓRICA
 Décadas de 1930 e 1940 = influência do padrão de
deglutição sobre o crescimento facial e sobre as anomalias
dentofaciais.
 Straub (1960; 1961;1962) = função da língua e da
musculatura facial na estruturação dos arcos dentários.
 Nesta época são implantados os primeiros cursos, nos
EUA, destinados à capacitação de especialistas em
distúrbios miofuncionais da face destinados à dentistas,
fonoausiólogos (speach therapist) e enfermeiros.
 Década de 1970 = cursos oficiais de pós graduação em
Terapia Miofuncional da Face; Associação Internacional de
Miologia Oral (EUA) = Revista de Miologia Orofacial
(Journal of Orofacial Myology)
 Neste período surge o termo “Deglutição Atípica”
PERSPECTIVA HISTÓRICA
 A prática Fonoaudiológica iniciou no Brasil com a figura do
professor especializado ou do médico escolar ao longo das
décadas de 1920 e 1930.
 Nas décadas de 1940 e 1950 delineou-se um perfil clínico
(problemas de fala e audição em instituições);
 Década de 1960 primeiros cursos para formar profissionais
em São Paulo.
 Década de 1970 primeiras publicações em Motricidade
Oral. Em 1976 Beatriz Padovan publica método para a
reeducação das pressões atípicas da língua.
 Pela aceitação conceitual pela área odontológica de que as
pressões musculares seriam o fator etiológico das
maloclusões ou limitante do trabalho ortodôntico, a
demanda em Motricidade Oral foi crescente e as relações
interdisciplinais começaram a estabelecer-se.
CRESCIMENTO CRÂNIO FACIAL
Crescimento refere-se a mudanças dimensionais
normais na quantidade de substância viva, podendo ser
medido em unidade de aumento por unidade de tempo,
ou em gramas por ano, por exemplo. É um resultado de
divisão celular ou atividade biológica, como é o caso de
ossos e dentes. Como resultado do crescimento, pode-
se encontrar aumento ou diminuição de tamanho,
mudança de forma ou proporção, ou complexidade
anatômica.
Desenvolvimento engloba mudanças estruturais e
fisiológicas dos tecidos, em uma sequência de eventos
normais desde a fertilização do óvulo até o estado
adulto. Para que ele ocorra, é necessário que haja
crescimento, diferenciação celular e morfogênese. Há
um aumento de especializações, de modo que, com o
desenvolvimento há um acréscimo de complexidade.

Maturação significa pleno desenvolvimento, é a


estabilização do estado adulto alcançada através do
crescimento e desenvolvimento. Para alguns autores é
um sinônimo de envelhecimento.
Desenvolvimento: é a diferenciação dos
componentes de um organismo, que conduz à
maturação das diversas
funções físicas e psíquicas.

CRESCIMENTO & DESENVOLVIMENTO


São programados geneticamente e
bastante influenciados por fatores
ambientais. São mecanismos
biológicos praticamente inseparáv eis,
razão pela qual são comumente
definidos conjuntamente.
A maxila, o corpo e o ramo mandibulares se formam a partir da
ossificação intramembranosa.
O côndilo mandibular e a base craniana, a qual tem influência no
crescimento facial, formam-se por ossificação endocondral.

Durante o desenvolvimento fetal, no terceiro mês de vida intra-


uterina a cabeça corresponde a 50% do comprimento total do corpo,
e o crânio representa mais da metade do total da cabeça, os
membros são rudimentares e o tronco está subdesenvolvido.
Na época do nascimento, o tronco e os membros cresceram mais do
que o crânio e a face, dessa forma, nesta fase a cabeça corresponde a
30% do total do corpo.

O padrão de crescimento segue esse curso, de forma que há uma


redução do tamanho da cabeça em relação ao corpo para 12% no
adulto.

O crescimento da cabeça também ocorre de maneira diferencial, de


modo que comparando o crânio de um bebê com o de um adulto,
observa-se que ele é bem mais largo e maior do que a face, porém,
com o crescimento maior da face do que do crânio essa diferença
inicial desaparece.
Padrão de crescimento da cabeça
CRESCIMENTO CRÂNIO FACIAL
 NEUROCRÂNIO = ocorre com o crescimento expansivo da
massa encefálica, regulado genotipicamente, quase sem
influência do meio externo.
 A FACE = necessita além dos estímulos genéticos, de
estímulos externos = funções estomatognáticas (
respiração, sucção (amamentação), matigação e
deglutição
 O crescimento crânio-facial = características genéticas. Os
fatores que podem atuar sobre este crescimento são:
hereditariedade, desnutrição, doenças, raça, hábitos,
fatores sócio econômicos e clima.
 Os ossos desenvolvem-se por fatores internos (ossos
empurram outros ossos), externos ( respiração) e
musculares.
 Os músculos são os maiores responsáveis pelo
crescimento.
 Segundo Enlow-1993, a face cresce fisiologicamente, deslizando-se
para trás, para cima e para dentro e se desloca fisicamente para
frente, para baixo e para fora, através de uma resultante vetorial
que translada, dentro de um tempo biológico, devendo configurar
uma harmonia rotacional proporcional entre as duas alturas faciais,
posterior e anterior. Este deslocamento (primário e secundário)
representa uma translação tridimensional da face, que deve manter
uma perfeita relação de harmonia maxilo-mandibular, entre arcos
dentários e um ótimo equilíbrio neuromuscular, em todas as fases
do crescimento e do desenvolvimento craniofacial.
CRESCIMENTO PÓS-NATAL DOS OSSOS MAXILARES

1 - Mecanismo de crescimento ósseo


Os ossos crescem por deposição de tecido ósseo em um dos lados
do córtex e remoção de osso do lado oposto, havendo campos de
crescimento e campos de reabsorção, o que recebe o nome de
remodelamento, e assim, esse processo dá origem a um
movimento de crescimento progressivo e seqüencial, que é
chamado de recolocação
Funções do remodelamento:
1. Aumentar progressivamente cada osso como um todo;
2. Recolocar sequencialmente cada uma das partes componentes
do osso para permitir seu crescimento global;
3. Moldar o osso de maneira a acomodar suas várias funções, de
acordo com as ações fisiológicas exercidas sobre o osso;
4. Fazer o delicado e progressivo ajuste de todos os ossos
separados entre si, bem como com os tecidos moles contíguos em
funcionamento e crescimento;
5. Fazer ajustes estruturais regionais para todas as partes se
adaptarem às múltiplas mudanças de condições intrínsecas e
extrínsecas.
.
Há dois tipos de movimentos durante o crescimento: o
deslizamento e o deslocamento. O deslizamento é o
movimento provocado pela aposição e reabsorção do próprio
osso, e o deslocamento é o movimento de todo o osso como
uma unidade.

Dessa forma, conforme o osso cresce por deposição óssea em


uma determinada direção, ele se desloca no sentido
contrário, afastando-se do osso vizinho. Esse deslocamento
recebe o nome de deslocamento primário, e ocorre não por
compressão de um osso contra outro, mas é levado por uma
força de expansão dos tecidos moles em crescimento que o
recobrem.
Conforme os ossos crescem, ocorre também outro tipo
de deslocamento chamado de deslocamento
secundário, e que se dá não pelo crescimento do
próprio osso, mas pelo crescimento de outros ossos
relacionados diretamente ou indiretamente a ele. Por
exemplo, o crescimento em direção anterior da fossa
craniana média e do lobo temporal do cérebro, desloca
a maxila para frente e para baixo.
Surto de Crescimento

É uma maior quantidade de crescimento em


um menor intervalo de tempo, e que ocorre na
pré-adolescência, quando o crescimento é
mais intenso.
Esse período varia de pessoa para pessoa, não
existindo uma idade cronológica certa para
ocorrer, mas uma faixa etária provável. Além
disso, há um dimorfismo sexual, sendo que as
meninas param de crescer e amadurecem
mais precocemente que os meninos:
surto de Meninas - 9,6 - 12,6 anos de idade
crescimento Meninos - 10,6 - 13,6 anos de
idade
A criança não para de crescer após o pico, mas
continua crescendo de maneira mais lenta e
quantitativamente menor, as meninas até
aproximadamente os 16 anos de idade e os meninos
até mais ou menos os 18 anos de idade. (Fig. 4)
É durante o surto de crescimento que se obtém os
melhores resultados no tratamento ortodôntico.

Devido à dificuldade de se determinar o surto de


crescimento pela idade cronológica em função de sua
grande variabilidade e diferenças quanto ao ritmo de
pessoa para pessoa, pode-se detectá-lo através da
observação da calcificação do osso sesamóide, nas
radiografias de mão e punho, que quando começa a se
calcificar, indica o início do surto de crescimento; ou
nas meninas procurando-se saber se a menarca já
ocorreu, o que indica que a criança já se encontra na
curva descendente de crescimento
Crescimento da Base do Crânio:
É interessante que conheçamos o crescimento da base do
crânio, tendo em vista que este influencia diretamente o
deslocamento e a direção de crescimento facial. A expansão
da fossa craniana média tem um efeito de deslocamento
secundário sobre o assoalho craniano anterior, o complexo
nasomaxilar e a mandíbula, sendo que esse efeito é bem
menor sobre a mandíbula.
Crescimento Mandibular:
Ao nascimento os dois ramos mandibulares estão muito
curtos, o desenvolvimento condilar é mínimo,
praticamente não existe eminência articular na fossa
glenóide, e há uma fina linha de cartilagem na linha
média da sínfise para separar os corpos mandibulares
direito e esquerdo, a qual se funde aproximadamente
durante o primeiro ano de vida.

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