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O MUNDO ÀS VÉSPERAS DO SÉCULO XVI

CENÁRIOS POLÍTICO, SOCIAL E CULTURAL NOS SÉCULOS XIV E


XV
 Durante boa parte da Idade Média, o poder político esteve dividido
entre o reis e a nobreza feudal. Porém, a partir de um certo momento, o
rei começou a reagir e a concentrar poderes que antes estavam
disseminados entre os grandes senhores de terra.
 Esse momento variou de reino para reino, mas no final do século XV
o mapa da Europa havia mudado radicalmente. Em lugar de reinos
fragmentados, havia agora Estados organizados em torno de algumas
monarquias fortes e centralizadas.
 Estas transformações sofreram resistência dos senhores feudais,
apegados aos privilégios do passado.

 No entanto, a comunhão de interesses entre reis e burgueses levou à


gradativa aproximação entre ambos durante a Baixa Idade Média,
transformando por completo as relações políticas e desencadeando o
processo de formação das monarquias nacionais.
A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS CENTRALIZADAS
NA EUROPA

 A centralização do poder na Europa interessava ao rei. Contudo, um


outro grupo social emergente também se sentia prejudicado pela
fragmentação política: a burguesia.

 A padronização das medidas, da moeda e dos impostos facilitava o


comércio burguês.

 Deste modo, para os burgueses europeus (comerciantes, artesãos e


banqueiros) seria conveniente um poder centralizado que se
sobrepusesse aos poderes locais e assim, impusesse normas que
facilitassem o comércio.
 Outro resultado importante foi que o exército do rei passou a servir
também aos interesses senhoriais, à nobreza, pois garantia a ordem
contra rebeliões rurais e mantinha a maior parte dos privilégios
feudais.
O REINO FRANCÊS
 O processo de centralização política do reino francês ganhou um forte impulso
da época dos reis da dinastia capetíngia (987-1328).
 Filipe II (1165-1223): iniciou a cobrança de impostos por todo o território
francês e organizou um poderoso exército para garantir o poder monárquico
por todo reino, usando como pretexto a necessidade de combater os ingleses
que ocupavam o norte.
 Após derrotar os ingleses, Filipe II utilizou a mesma força armada para se
impor à nobreza. Aliado da burguesia, o rei vendia Cartas de Franquia aos
burgos que quisessem se libertar do controle da nobreza feudal.
 Filipe IV, O Belo (1268-1314): legitimação de um Estado já fortalecido.
Criação da Assembleia dos Estados Gerais (clero, nobreza e comerciantes.
Pobres excluídos. De caráter consultivo, ou seja, não tinha poder para decisões.
Para unificar o poder político, Filipe IV precisou enfrentar o poder local,
exercido pelos senhores feudais, e o poder universal, representado pela Igreja.

Confisco dos bens da Igreja Cativeiro de Avignon: transferência


da sede da Igreja de Roma para a
França.
 1378: eleição de dois papas, um em Roma e o outro em Avignon. Esta divisão
ficou conhecida como Cisma do Ocidente, e só terminou no começo do século
XV.
FILIPE II AUGUSTO RETRATADO POR
LOIS-FÉLIX AMIEL (PALÁCIO DE Filipe IV, O Belo
VERSALHES)
A GUERRA DOS CEM ANOS
 Conflito entre França e Inglaterra.
Origem: Eduardo III, neto de Filipe IV e rei da Inglaterra, reivindica o
trono francês.
Por detrás desta reivindicação estava o interesse inglês na rica região de
Flandres (norte da Bélgica), próspera no setor têxtil.
 Para enfrentar os ingleses novamente, o rei francês precisou recorrer à
nobreza, fazendo algumas concessões a este grupo.
 As primeiras derrotas na guerra, a fome generalizada e a peste negra
acentuaram a crise que piorou as condições de vida no campo.

Jacqueries: do francês jaques bonhomme, no português


equivalente a “joão-ninguém”. Revoltas populares lideradas por
camponeses contrários às pressões da nobreza para o aumento da
produção agrícola.
 A mais famosa das jacqueries ocorreu em 1358 e ficou marcada
pelas invasões de castelos e pelos assassinatos de senhores.
 Foram duramente reprimidas pelas forças da ordem, encabeçadas
pelo Estado e seus nobres.

Na fortaleza de Meaux, Gastão Fébus e João III de Grailli contra-atacam os Jacques, em defesa da família
do Delfim. Miniatura. Chroniques de Jean Froissart. Século XV.
 A partir do século XV, um conjunto de vitórias decisivas para os
franceses garantiu a vitória sobre os ingleses, quando prevaleceu
uma forte ofensiva liderada por Joana D’arc.
 Tais vitórias culminaram na coroação de Carlos VII, segundo as
antigas tradições dos francos.
 Após ser aprisionada e capturada pelos ingleses, em 1430, Joana
D’arc foi acusada de heresia e condenada a morte na fogueira por
um tribunal eclesiástico.
 A guerra continuou até 1453, quando os franceses expulsaram os
ingleses definitivamente de seu território.
O REINO INGLÊS

 No início da era medieval, a Inglaterra foi ocupada por povos


germânicos, principalmente anglos e saxões.
 Na ausência de sucessores para Eduardo, o Confessor (1003-
1066), abriu-se uma disputa pelo trono.
 1066: os normandos, vindos do norte da França, invadiram a
Inglaterra, chefiados por Guilherme, o Conquistador (1028-
1087), que assumiu o trono fundando a dinastia normanda.
 Em 1154, a dinastia normanda foi substituída pela
Plantageneta, cujo primeiro rei foi Henrique II. A fim de
fortalecer seu poder, Henrique estabeleceu a justiça real e o
Common Law, conjunto de leis a ser aplicado em todo o
território.
 Seu sucessor, Ricardo I (ou Ricardo Coração de Leão),
envolveu-se em guerras contra a França e na Terceira
Cruzada. Sua constante ausência contribuiu para enfraquecer
o poder real na Inglaterra.
 A insatisfação da nobreza com a monarquia atingiu seu auge
no reinado do irmão de Ricardo I, João Sem-Terra (1199-
1216)
 Magna Carta(1215): foi o resultado da incapacidade de João Sem-
Terra de obter o apoio da população.
 Segundo este documento, o rei só poderia criar novos impostos ou
alterar leis com a aprovação do Grande Conselho, instituição sob o
controle da nobreza e do clero. A burguesia só foi admitida a partir
de 1265.
 Desse modo, o poder real na Inglaterra foi fortemente limitado,
retardando o processo de centralização política.
 Assim como a França, durante a Guerra dos Cem Anos os ingleses
passaram por sérias dificuldades internas. A peste negra, as rebeliões
camponesas e o prolongamento da guerra contribuíram para acirrar
os ânimos da população.
 No século XV, após o fim da Guerra, começou uma sangrenta
disputa pelo trono inglês, afetando ainda mais a nobreza.
 Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485): foi assim chamada por causa
da rosas que faziam parte do brasão das duas famílias envolvidas na
disputa, York e Lancaster. O conflito fragilizou a nobreza e abriu
caminho para a centralização política da Inglaterra.
Representação
alegórica da rosa de
Tudor em manuscrito
inglês de 1516. A rosa
vermelha, à direita,
simboliza os Lancaster,
e a rosa à esquerda, os
York. Em destaque, no
centro, a rosa de Tudor,
criada ao término da
Guerra das Duas
Rosas, com a união dos
dois emblemas, em
razão do casamento de
Henrique Tudor
(descendente da família
Lancaster e coroado
Henrique VII) e
Elisabeth York.

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