Sei sulla pagina 1di 29

HOMOSSEXUALIDADE

EM VÁRIAS CULTURAS
UFCD CP5b – Deontologia e princípios éticos
Formadora: Florbela Fernandes
Curso Técnico/a Auxiliar de Saúde
Introdução
De acordo com o pedido pela formadora Florbela Fernandes no decorrer desta UFCD C5b –
Deontologia e princípios éticos, venho, através deste, falar-vos da homossexualidade em várias culturas.

Como todos sabemos, em Portugal a homossexualidade, de uma forma geral, é aceite e a


própria lei contempla a proteção e a igualdade entre todos, mas, noutros países isso não acontece. Irei
abordar de uma forma geral alguns problemas e algumas conquistas no que diz respeito a outras
culturas.

Espero que este assunto seja do vosso interesse e que adquiram conhecimentos de grande
importância para a vossa vida.
Exército Homossexual – Grécia Antiga
Força, obediência e agilidade. Essas são algumas das poucas palavras utilizadas quando
pensamos sobre os valores que eram comumente disseminados entre os espartanos, na Grécia Antiga. A
defesa da sua própria cidade-estado e o orgulho de se lançar ao combate transformaram Esparta num
inigualável centro de treino militar que não se mostrava próximo ao de nenhuma outra sociedade
habitante da Hélade. Para isso, o espartano era treinado desde o seu nascimento.

Logo após o parto, a criança era averiguada por um ancião, que decidia se o recém-nascido
tinha aptidão física suficiente para defender o seu povo. Anos mais tarde, entre os sete e dezoito anos,
os jovens eram submetidos a uma rígida rotina de treinos que aprimoravam a capacidade de luta do
futuro soldado. Depois disso, o integrante do exército espartano dedicava todo o resto da sua vida ao
combate e apenas quando alcançava os sessenta anos de idade poderia finalmente descansar.
Exército Homossexual – Grécia Antiga
Ao notar esse gosto pela luta, o sentimento de superioridade e a preocupação com a condição
física, concluímos que os espartanos eram homens corajosos e destemidos. Provavelmente, muitas
pessoas dificilmente pensavam que a prática homossexual seria comum nas fileiras dessa poderosa força
militar.

Contudo, alguns estudos sugerem que o comportamento homossexual fosse comum entre
aqueles que participavam da rotina de batalhas. Segundo tais pesquisas, os comandantes militares
acreditavam que o estreitamento dos laços entre dois guerreiros poderia fazer com que estes ficassem
mais dispostos a lutar pela cidade-estado. Além disso, o próprio envolvimento servia de estratégia ao
impelir o soldado a continuar em batalha pelo seu companheiro.
Exército Homossexual – Grécia Antiga
Podemos ver que, entre os espartanos, a questão da homossexualidade girava em torno de
implicações muito distantes das nossas. Ao invés de resultar numa ideia de comportamento frágil ou
feminino, a homossexualidade ganhava outro tratamento. Nesse ponto, temos que levar em
consideração que as mulheres espartanas eram vigorosas e, consequentemente, também estariam longe
dos estereótipos mais conservadores da mulher contemporânea.

Um dos mais contundentes exemplos desse traço da cultura espartana pode ser visto na figura
do general Pausânias. Na qualidade de sucessor do rei Leônidas, este conhecido líder militar defendeu a
prática homossexual como sendo uma forma de expressão amorosa superior. Contudo, fazia questão de
criticar severamente esse mesmo costume entre homens que fossem de uma mesma faixa etária.
Homossexualidade na Grécia Antiga
Os antigos gregos não concebiam a ideia
de orientação sexual como um identificador social,
da maneira que as sociedades ocidentais têm vindo
a fazer ao longo do último século. A sociedade
grega não distinguia entre desejo e comportamento
sexual com base no gênero dos seus participantes,
mas sim pela extensão com que tais desejos ou
comportamentos se conformavam às normas
sociais, que eram baseadas por sua vez no gênero,
idade e status social.
Homossexualidade na Grécia Antiga
As relações entre homens,
normalmente envolviam um adulto e um
jovem: o homem mais velho assumia o papel
ativo (penetrante).

Os estudiosos descrevem estas relações


como "calorosas", "amáveis" e "afetuosas", e
defendem que a tradição grega de relações entre
indivíduos do mesmo sexo era central à
aprendizagem, literatura, arte, política, história e
aos conhecimentos militares dos gregos, em
suma, ao milagre grego.
Homossexualidade na Grécia Antiga
Existiam protocolos sociais complexos para
proteger os jovens da vergonha associada com o ato de
ser penetrado sexualmente. O eromenos (jovens que se
envolviam sexualmente com um homem mais velho)
devia respeitar e honrar o erastes (homem mais velho que
praticava sexo com um jovem), porém não o desejar
sexualmente. Embora ser cortejado por um homem mais
velho fosse praticamente um rito de passagem para os
rapazes, um jovem que fosse visto a ter desejo erótico
pelo seu erastes poderia sofrer um considerável estigma
social.
Homossexualidade na Roma Antiga
Na Roma antiga a homossexualidade não estava
presente apenas nas ruas entre os nobres, mas também dentro
dos palácios. O caso mais famoso era do jovem imperador
Heliogábalo, esse adolescente que chega ao poder através de
um golpe de estado organizado pela sua mãe.
Heliogábalo além de dar um golpe, colocou todo o
império romano ao serviço dos seus delírios, e da sua
crueldade. As suas vestimentas eram feitas de seda e não se
parecia nem um pouco com o pesado tecido de lã usado em
Roma.
Homossexualidade na Roma Antiga
O excêntrico imperador pouco se interessava
pelo governo e o império era comandado pelo seu
avô e pela sua mãe. Heliogábalo desfrutou o quanto
quis da sua vida sexual na Roma antiga e isso até era
um pouco censurado mas, muitos imperadores fizeram
esse exagero pelo sexo.

De um modo geral a sodomização e o ato


sexual com seu escravo era algo aceitável, desde que o
cidadão tivesse a sua posição sexual como ativo na
relação.
Homossexualidade na Roma Antiga

O sexo em Roma não era um assunto muito aberto e o que estava determinado para o
cidadão era não ser escravo e nem ser passivo. O imperador Heliogábalo que praticava sexo e
desfrutava a vida como poucos, começou a cair em desgraça quando notoriamente começou a ostentar
relacionamentos onde claramente seu papel era de passivo, mas além da sociedade romana ficar
horrorizada com o fato da sua pouca habilidade como administrador fez com que seu fim fosse cruel.
Heliogábalo também gostava de exibir em público a sua intimidade apaixonada por Hiérocles, um
cocheiro, que ele transformou em amante regular.
Homossexualidade em Países Islâmicos
A homossexualidade é considerada um crime e é
punida com a morte em muitos países islâmicos, como na
Arábia Saudita, no Sudão, na Somália, na Mauritânia ou no
Irão. Em algumas nações islâmicas relativamente seculares como
Egipto, Tunísia, Indonésia, Líbano, Kosovo, Bósnia, Albânia, e
Turquia há uma certa tolerância, sendo raros os episódios de
perseguição explícita das autoridades. Porém, é dificílimo
encontrar homossexuais assumidos em todas as nações islâmicas,
mesmo onde há cidades com um certo ambiente gay (Beirute,
Istambul, Cairo, Jacarta, Túnis, Lahore).
Homossexualidade em Países Islâmicos
Em Bagdade, logo depois da queda do Baath,
começaram a surgir cinemas onde se apresentam filmes
eróticos, e a maioria dos frequentadores são homens sozinhos,
nunca indo mulheres - ficando óbvio que muitos são
homossexuais reprimidos que encontram na margem da
sociedade uma válvula de escape para suas fantasias. O
assassinato de quem é descoberto pela família ou pelos
vizinhos como homossexual é prática habitual em quase todos
os lugares onde o Islão é a religião dominante (as exceções são
os pequenos países muçulmanos dos Balcãs, na Europa).
Homossexualidade em Países Islâmicos
Em Israel, a minoria muçulmana não tem liberdade para condenar os homossexuais a penas
desumanas, e devido à pouca aceitação que encontram nas suas aldeias natais, muitos gays árabes de
Israel acabam por ir morar em Telavive ou outras cidades israelitas, onde a tendência é distanciarem-se
de sua herança cultural árabe.

Apesar do conservadorismo, a temática homoerótica tem estado presente na literatura


muçulmana, especialmente na poesia árabe clássica e na poesia persa medieval onde se expressa a
celebração do amor masculino.

Tradicionalmente as mulheres apenas servem como reprodutoras, o que faz com que as
práticas homossexuais não sejam infrequentes, ainda que sempre de forma clandestina e sob um véu de
hipocrisia.
Homossexualidade em Países Islâmicos
O povo Pashtun, que vive nas montanhas do
Afeganistão e do Paquistão, pratica um islão ferrenho e obtuso, as
suas mulheres são segregadas dos homens em todos os lugares
públicos e mesmo no contexto familiar não gozam de
consideração por parte dos membros masculinos da casa. É
justamente entre os Pashtuns, que a homossexualidade é mais
frequente. Faz parte da cultura afegã um homem mais velho ter
como amante um mais novo, que será tratado com mimos e
regalias, muitas vezes convivendo na casa da família, até que um
dia, ao ficar mais velho, se casa e parte, ou então casa-se mesmo
com uma das filhas de seu amante mais velho.
Homossexualidade em Países Islâmicos
Nos países do Golfo, a homossexualidade é praticada em larga
escala, em parte por haver menos mulheres do que homens e por elas
serem segregadas do convívio com os homens. Gays solteiros (ou
casados) procuram encontros nos centros comerciais e nas grandes
avenidas, todos sabem, mas ninguém comenta nada.

Certos muçulmanos liberais, como os membros da Fundação


Al-Fatiha aceitam a homossexualidade e a consideram como natural,
olhando a condenação religiosa como algo obsoleto no contexto da
sociedade moderna, interpretando que o Alcorão se manifesta contra a
luxúria homossexual, mas não dizendo nada sobre o amor homossexual.
Homossexualidade em África
A homossexualidade é ainda considerada
ilegal em 37 dos 54 países do continente africano.
Em alguns deles, é punida com a morte, noutros
com prisão perpétua. Enquanto a igualdade de
direitos para homossexuais avança a passos largos
na Europa e nas Américas, em África assiste-se ao
sentido contrário, onde muitas das nações, além de
manterem leis específicas para punir, procuram
apoio legal para uma repressão ainda mais dura.
Homossexualidade em África
Em quatro países Africanos, a maioria dos cidadãos afirma, segundo
inquéritos, que não teria problemas em ter vizinhos homossexuais: Cabo Verde
(74 por cento, considerado o país mais tolerante), África do Sul (67 por cento
– África do Sul é o único país do continente onde parceiros do mesmo sexo
podem casar e igualmente o único onde existem leis que punem quaisquer
tipos de discriminação contra homossexuais), Moçambique (56 por cento) e
Namíbia (55 por cento).

Em três outros países, mais de 40 por cento da população também


não demonstra qualquer oposição em ter vizinhos homossexuais: Maurícias (49
por cento), São Tomé e Príncipe (46 por cento) e Botswana (43 por cento).
Homossexualidade em África
No outro extremo, ou seja, homofobia quase
unânime, estão países como Senegal (onde 97 por cento da
população nem quer ouvir falar em vizinhos gays), assim como
a Guiné Conacri, o Uganda, o Burkina Faso e o Níger (todos
com 95 por cento).

Em Cabo Verde, desde 2004 que os atos sexuais entre


pessoas do mesmo sexo são legais, mas, casais do mesmo sexo e
famílias chefiadas por casais do mesmo sexo não são
reconhecidos e não têm as mesmas proteções legais disponíveis
para casais formados por pessoas de sexo oposto.
Homossexualidade na Índia
Em vigor desde 1860 a Seção 377 do
Código Penal Indiano considera crime qualquer tipo
de relação homossexual, com punições até 10 anos
de prisão. Em julho de 2009 o Alto Tribunal anula
esta secção do código penal por considerá-la uma
“violação dos direitos fundamentais” da
Constituição. Tal decisão foi criticada por grupos
religiosos, que apresentaram recurso ao Supremo
Tribunal do país, que em 2013 restituiu a Seção 377
por considerar que "cabe ao parlamento legislar
sobre o tema".
Homossexualidade na Índia
Apesar da polêmica em relação aos direitos
LGBT, em Abril de 2014 o Supremo Tribunal da Índia
tomou uma decisão histórica e reconheceu
transgénicos como um terceiro gênero, com direitos
reconhecidos e tratamento igualitário. Conceder
direitos as pessoas transsexuais na Índia é, de certa
forma mais aceitável, do que aceitar a
homossexualidade, pois na sua cultura e literatura
existem diversos personagens transsexuais, como os
Hijras.
Homossexualidade em Portugal
Atualmente a sociedade portuguesa está cada vez mais informada e menos discriminativa em
relação à homossexualidade, embora existam ainda algumas diferenças entre a província e os principais
meios urbanos. Em Lisboa, Porto e nas cidades turísticas do litoral do Algarve já existe uma população
homossexual com alguma visibilidade e dinamismo; para além disso, nos locais atrás citados existem
diversos bares, discotecas e eventos dedicados à população homossexual.
Homossexualidade em Portugal
A Constituição de 1975, revisão de 2004, declara no seu artigo 13º que ninguém pode ser
privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em
razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou
ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Homossexualidade em Portugal
Cronograma dos direitos LGBT em Portugal
• 1982 - Portugal descriminaliza a homossexualidade;

• 1999 - Homossexuais e bissexuais podem servir abertamente nas Forças Armadas;

• 2001 - Uniões de Facto são estendidas a casais de pessoas do mesmo sexo (os mesmos direitos que a
casais de sexo diferente, com a exceção da adoção);

• 2003 - Código do Trabalho revisto (acesso a trabalho e emprego, proteção contra discriminação no
trabalho e assédio sexual);

• 2004 - A orientação sexual é incluída na Constituição Portuguesa no artigo 13º - Princípio da


Igualdade;
Homossexualidade em Portugal
Cronograma dos direitos LGBT em Portugal
• 2007 - Código Penal revisto (idade de consentimento passa a ser igual à de casais de pessoas de sexo
oposto, proteção contra violência e crimes de ódio);

• 2009 - Inclusão de questões relacionadas com orientação sexual na Lei de Educação Sexual nas
escolas;

• 2010 - O Casamento é estendido a casais de pessoas do mesmo sexo (os mesmos direitos e deveres
que a casais de sexo diferente, com a exceção da adoção);

• 2015 - Parlamento aprova adoção e apadrinhamento civil de crianças por casais do mesmo sexo;
Homossexualidade em Portugal
Segundo os dados, no
ano de 2015, contabilizam-se
350 casamentos gay, mais 42 do
que em 2014.

Destes 350, 223 foram


entre homens e 127 entre
mulheres.
Homossexualidade na Humanidade
Conclusão
Em suma, posso concluir que já muito foi feito para que a homossexualidade seja aceite pela
sociedade. Em algumas culturas torna-se mais fácil a adaptação, noutras as situações ainda são de
lamentar.

Ainda há muito a fazer e muitas mentalidades a mudar, mas não é por isso que vamos baixar
os braços e deixar que essas mentes prevaleçam, em função das que vivem na atualidade e respeitão os
outros, seja por raça, sexo, religião ou opção sexual.

“O amor não precisa ser entendido, apenas necessita ser demonstrado.”

- Paulo Coelho -
Trabalho realizado por:

Cristiano João Almeida Correia

Curso Técnico/a Auxiliar de Saúde


Viso - 2016

Potrebbero piacerti anche