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Abordagem da infecção pelo HIV

na gestação, parto e puerpério


CASO CLÍNICO
• Mãe W.S.L., 21 anos, do lar, EMI
• Pai 34 anos, laminador, EMI
• G2P1A0, previamente hígida, sem intercorrências na gestação anterior;
• Pré-natal com 8 consultas, a partir do 1º trimestre, via UBS.
• Solicitado sorologias na primeira consulta: Anti-HIV reagente
– iniciou TARV em Outubro (22\10)
- CV em 22-10: 83
- CV em 16-01: INDETECTÁVEL
- CV em 13-03: INDETECTÁVEL
• Veio a maternidade para realização de MAP: não tranquilizador, tipo 2;
• Realizado AZT intraparto (dose ataque 4h antes de cesárea +
manutenção até clampeamento do cordão umbilical).
RN de W.S.L
Nascido de PC (indicação por causa da alteração no MAP) em 14-04-19 às 14h30;
Nasceu e chorou ao estímulo, porém com importante hipotonia, sendo realizado
aspiração de VAS com moderada quantidade de secreção mucosa e necessidade de
um ciclo de VPP com rápido retorno;
Após recuperação, realizado banho para limpeza de secreções;
- Peso: 2700g
- Comp: 46,6cm
- PC: 33cm
- PT: 31,5
Capurro: 39 sem
AIG
Encaminhado à SARE com a mãe, orientada a não amamentar;
Realizado hemograma para posterior controle de efeitos colaterais do AZT
Iniciado AZT, 1,1ml, 12\12h VO;
Mantido alojamento conjunto por 48 horas;
Alta hospitalar com:
- encaminhamento ao infectologista;
- retorno precoce à UBS com pediatra;
- fórmula infantil fixa – 30ml 3/3h;
- AZT 1,1ml de 12/12h por 4 semanas;
• Aproximadamente 3 milhões de nascimentos por ano no Brasil – 12 mil
crianças são expostas anualmente à infecção materna pelo HIV.
• 1/3 dos casos a transmissão vertical do HIV pode ocorrer durante a
gestação e 2/3 durante o trabalho de parto.
• Sem intervenções profiláticas, as taxas de transmissão vertical vão de 12
a 42%.

Abordagem diagnóstica da infecção pelo HIV
na gestação, parto e puerpério
• A triagem para HIV deve ser realizada no primeiro trimestre, idealmente
na primeira consulta do pré-natal, e no início do terceiro trimestre;
• Está recomendada a realização de testagem rápida também na admissão
da gestante na maternidade, hospital ou casa de parto;
Abordagem e tratamento da gestante
infectada pelo HIV
• As gestantes diagnosticadas com HIV devem ser encaminhadas para o
seguimento pré-natal de alto risco ou SAE, de acordo com a clínica, mas
devem manter o vínculo com a Atenção Básica;
• A associação tenofovir\lamivudina (TDF-3TC) é a preferencial nas gestantes
infectadas pelo HIV, pois possui facilidade posológica (dose única diária);
• Gestantes em uso de Raltegavir (RAL) devem ser monitoradas quanto ao nível
de TGO-TGP;
• Todas as gestantes que iniciarem TARV durante a gestação com esquema
TDF+3TC+RAL poderão realizar troca do ARV para Dolutegavir (DTG) após o
final da gestação;
Manejo obstétrico e vias de parto na gestante
com HIV
AZT INJETÁVEL
• A dose de ataque na primeira hora é de 2mg\kg, seguida de manutenção
com infusão contínua de 1mg\kg diluído em 100ml de soro glicosado 5%;
• A parturiente deve receber AZT EV desde o início do trabalho de parto até
o clampeamento do cordão umbilical;
• A concentração não deve exceder 4mg\mL
Aleitamento materno: contra indicado
• As taxas de transmissão com aleitamento materno prolongado são de 9 a 15% -
risco aumenta 0,5 a 2% a cada mês adicional de amamentação.
• O ministério da saúde do Brasil, por meio do programa nacional de DST/AIDS,
disponibiliza fórmula infantil durante 6 meses para filhos de mãe infectadas pelo
HIV.
• Enfaixamento das mamas deve ser realizado apenas na ausência dos
inibidores de lactação farmacológicos; O procedimento consiste em realizar
compressão das mamas com atadura imediatamente após o parto, por 10 dias.

*Diante da ocorrência de lactação rebote, fenômeno pouco comum, pode se realizar uma nova
dose do inibidor;
Uso de terapia antirretroviral como profilaxia
de transmissão vertical do HIV no parto
• Crianças expostas ao HIV devem ser atendidas em SAE em HIV
compartilhando o cuidado com a Atenção Básica;
• TODAS as crianças nascidas de mães com HIV deverão receber ARV como
profilaxia;
• Deve receber zidovudina (AZT) solução oral, preferencialmente ainda na
sala de parto logo após os cuidados imediatos, ou nas primeiras 4 horas
de vida, devendo ser mantido por 4 semanas;
• Para mães com CV desconhecida ou maior que 1.000 cópias\mL
registrada no último trimestre de gestação, deverá se acrescentar
nevirapina (NVP) ao AZT , e deve ser iniciada até 48h após o nascimento;
• A profilaxia após 48h do nascimento da criança deverá ser discutida caso a
caso;
Vacinação
• A criança exposta à infecção materna pelo HIV deve receber todas as
imunizações rotineiras do calendário vacinal.
• Quando a criança possuir contato com pessoa portadora de deficiência
imunológica deve-se optar quando disponível pela vacina inativada
injetável da pólio que substitui a vacina oral.
Testes diagnósticos de HIV para RN
• Testes sorológicos (ELISA) só auxiliam no diagnóstico após 18 meses de
idade (transferência de anticorpos maternos IgG contra o HIV para o feto).
• Para o diagnóstico mais precoce, pode-se solicitar PCR (DNA ou RNA).
• Dois testes negativos (carga viral indetectável) permitem o diagnóstico
presumível de não infecção.
• O diagnóstico confirmatório de ausência de infecção só é possível com
teste de detecção de anticorpos contra HIV negativo após 18 meses de
idade.
Referências:
• Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo
HIV em Crianças e Adolescentes / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle
das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites
Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018. 218 p. : il.
• Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão
vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das
Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2018.248 p. : il.
Obrigada !

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