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Conto maravilhoso vs Conto

fantástico
O conto MARAVILHOSO se refere às fábulas e contos de fadas, em que
o sobrenatural é perfeitamente possível já que o leitor, antes de iniciar a
leitura, aceita a convenção da narrativa, que torna natural a existência
de coisas impossíveis de acontecer, como é o caso de bichos que falam e
pessoas que se transformam em animais.
• O Conto FANTÁSTICO é caracterizado exatamente pelo oposto. A ideia
é deixar o leitor com dúvidas sobre o que está sendo relatado. Se, por
exemplo, trata-se de um fantasma ou de um delírio do protagonista;
se um móvel se mexeu ou é fruto de um pesadelo. Nesse caso,
quanto maior for essa indecisão entre o natural e o extraordinário,
mais feliz será uma obra fantástica.
• Temas fantásticos envolvem: criaturas vampirescas, mortos-vivos,
sombras, partes de corpos que adquirem vida própria e fantasmas,
muitos fantasmas...
Conto Maravilhoso: Os três porquinhos
• ERA UMA VEZ três porquinhos que viviam na floresta com a sua mãe. Um dia, como já
estavam muito crescidos, decidiram ir viver cada um em sua casa. A mãe concordou, mas
avisou-os:
• - Tenham muito cuidado, pois na floresta também vive o lobo mau, e eu não vou estar lá
para vos proteger…
• - Sim mamã! – Responderam os três ao mesmo tempo.
• Os porquinhos procuraram um bom lugar para construir as suas casas e, assim que o
encontraram, cada um começou a fazer a sua própria casa.
• O porquinho mais novo, que só pensava em brincar, fez a sua casa muito rapidamente,
usando palha. O porquinho do meio, ansioso por ir brincar com o mais novo, juntou uns
paus e depressa construiu uma casa de madeira. O porquinho mais velho, que era o mais
ajuizado, lembrou-se do que a sua mãe lhe tinha dito, e disse:
• - Vou construir a minha casa de tijolos. Assim terei uma casa muito resistente para me
proteger do lobo mau.
• É claro que foi o que demorou mais tempo a construir a casa mas, no fim, estava muito
orgulhoso dela, e só aí se juntou aos seus irmãos para brincar.
• Um dia andavam os três porquinhos a saltar, muito divertidos, quando aparece o lobo
mau:
• - Olá! Vejo três deliciosos porquinhos à minha frente.
• Ao verem o lobo mau, fugiram, cada um para a sua casa.
• O lobo, que estava cheio de fome, chegou ao pé da casa do porquinho mais novo, e
disse:
• - Cheira-me a porquinho! Sai daí que eu vou te comer! Se não saíres, deito a tua casa de
palha abaixo…
• E vendo a casa de palha à sua frente, soprou tão forte, que fez a casinha ir pelo ar!
• O porquinho assustado correu para a casa do irmão do meio, que tinha uma casa de
madeira.
• Quando o lobo lá chegou, gritou novamente:
• - Cheira-me a porquinho! E eu estou com tanta fome que vos vou comer aos dois…
• E com dois sopros, conseguiu deitar a casa de madeira abaixo.
• Os dois porquinhos mais novos correram então, apavorados, para a casa do irmão
mais velho, que era de tijolo.
• O lobo, vendo que os três porquinhos estavam todos numa só casa, exclamou,
louco de alegria:
• - Cheira-me a porquinho! E mais fome não vou eu ter, pois apanhei três
porquinhos para comer!
• Então o lobo encheu o peito de ar e soprou com toda a força que tinha, mas a
casinha de tijolos não se mexeu nem um bocadinho. Aliviados, os três porquinhos
saltaram de contentes. Mas o lobo não desistiu, e disse:
• - Não consegui deitar a casa de tijolos abaixo nem derrubar a sua porta mas eu
tenho outra ideia… esperem que já vão ver! E começou a subir o telhado, em
direção à chaminé.
• Os porquinhos mais novos ficaram aflitos mas o mais velho, que era muito
esperto, colocou no fogão, por baixo da chaminé, um grande caldeirão de água a
ferver.
• O lobo, ao entrar pela chaminé, caiu no caldeirão de água quente e queimou o
rabo, fugindo o mais rápido que podia para o meio da floresta. Os dois
porquinhos agradeceram ao seu irmão mais velho, e aprenderam a lição.
• Deste lobo mau, nunca mais se ouviu falar…
Conto Fantástico: O homem invisível
• Era na rua beija-flor, as 4:30 da manhã. Não havia carros estacionados
nas ruas. Os raios de sol nem haviam aparecido de trás das nuvens. O
vento soprava fortemente batendo nas janelas de um pequeno
edifício decaído, que ficava do lado direito da rua, próximo a uma
sapataria. No nono andar do prédio, subindo pelas escadas de cor
marrom gasta, com as belas pinturas coloridas, no apartamento 91,
alguém já acordava. Era ele. Sapatos e calça preta, blusa branca de
botões, cabelos castanhos e olhos verdes quase mel. Elias, o copeiro.
• Desceu, rapidamente desceu nove andares, deu bom dia ao porteiro,
atravessou de pressa a rua silenciosa. Pegou sua bicicleta, e foi para
mais um dia de trabalho.
• 12 cafés com leite e espuma, 5 com açúcar, 7 com adoçante, litros de
água sem gás, 2 águas com gás geladas, 3 pães com manteiga, 17
rosquinhas de chocolate e 4 tipos de frutas diferentes. Voltou para
casa exausto. Quando o telefone tocou:
• – Alô?
• – Alô, é o Elias?
• Reconheceria aquela voz rouca e bronca em qualquer lugar. Era
aquela que comandava e mandava em tudo que ele fazia. Seu chefe.
• – Sim, sou eu mesmo.
• – Elias, trate de se explicar imediatamente. Comparecer no trabalho é
a sua obrigação.
• – Mas, senhor, eu fui.
• – Ah! A mesma coisa que aquela sua amiguinha Odete disse!
• – Mas, é verdade!
• – Olha Elias, chega de conversa fiada! Eu te dou mais uma chance
• Subitamente, começou a sentir uma sensação muito estranha. Ele
havia ido no trabalho, e disso se lembrava perfeitamente bem. Por
sinal, metade das coisas que serviu foram para o seu chefe.
Impossível que não o tivesse visto. Pelo menos pensava assim.
Inconformado, resolveu fazer uma outra ligação. Dessa vez, para
Odete. Sua companheira de trabalho, copeira. E melhor amiga.
• – Oi, Odete. Aqui é o Elias, tudo bem?
• – Sim, tudo bem.
• Elias, apressadamente, logo acrescentou:
• – Hoje, você me viu no trabalho, não viu?
• – Sim, por que?
• – Por nada na verdade, quer dizer, te explico depois. Até amanhã.
• O copeiro passou o resto do dia pensando no assunto. Observava as
gotas de chuva que escorriam vagamente pelas janelas transparentes
da sala de estar. E o sol, voltava lentamente para de trás das nuvens.
• No dia seguinte, era final de semana. Foi a padaria, que ficava a um
quarteirão de seu prédio. Chegando lá, pediu o mesmo de sempre. O
atendente, não olhou para ele, e nem mesmo anotou o seu pedido.
Desviou o olhar para outro cliente, e não notou sua presença. De
novo aquela sensação. Parecia que não estava ali. Tudo que ele falava
seria em vão. Era como se estivesse escondido, como se fosse uma
pequena formiga, dentro de uma multidão de gigantes, como se fosse
transparente, invisível. Mas havia uma pessoa, só uma, que não o
ignorava.
• Chegou segunda feira, seguiu sua rotina diária, porém mais
apressadamente do que o normal. Contudo, precisava falar com ela.
Assim que chegou cumprimentou-a, que em troca, apenas desviou o
olhar para torta que preparava.
• Foi aí que percebeu, percebeu que…. Precisava lavar o rosto, limpar
seus pensamentos. Olhou para frente, e percebeu que, a esse ponto,
nem ele se enxergava mais.

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