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Lei Brasileira de Inclusão

Lei Nº 13.146, de 6 de julho de 2015


A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, sancionada em
agosto do ano passado, alinha a Justiça brasileira às determinações da
Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU.

 Entrou em vigor no dia 2 de janeiro de 2016.

Em todas essas leis a pessoa com deficiência, de alguma forma não


era assistida – muitas vezes era até excluída.
Um dos efeitos desta lei é que ela muda a visão sobre o conceito de
deficiência, deixando de ser um atributo à pessoa e passando a ser o
resultado da falta de acessibilidade que a sociedade e o Estado
oferecem.

“Ou seja, a LBI mostra que a deficiência está no meio, não nas pessoas”
Mara Gabrilli – Deputada Federal
Relatora do texto da LBI na Câmara dos Deputados
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da


Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de
igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com
deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

DISCUSSÃO: Garantir que todos os direitos do


cidadão com deficiência sejam respeitados e
permitir, finalmente, que a pessoa com
deficiência se defenda, de forma concreta e
substancial, da exclusão, da discriminação, do
preconceito e da ausência de acesso real em
todos os setores.
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade
de condições com as demais pessoas.

§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por


equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:

 I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;

 II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;

 III - a limitação no desempenho de atividades;

 e IV - a restrição de participação.
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:

 I – acessibilidade: está relacionado àquilo que tem facilidade de aproximação, no trato e na aquisição.
 II – desenho universal: instrumentos para a acessibilidade;
 III – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou
ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida
Independente e Inclusão.
 IV – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a
participação social da pessoa.
 V – comunicação
 VI – adaptações razoáveis
 VII – elemento de urbanização
 VIII – mobiliário urbano
 IX – pessoa com mobilidade reduzida
CAPÍTULO II
Da Igualdade e da Não Discriminação

• Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as
demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.

§ 1º Considera-se discriminação em razão da


deficiência toda forma de distinção, restrição
ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha
o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir
ou anular o reconhecimento ou o exercício
dos direitos e das liberdades fundamentais de
pessoa com deficiência, incluindo a recusa de
adaptações razoáveis e de fornecimento de
tecnologias assistivas.
Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de
ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência.

Parágrafo único. Se, no exercício de suas


funções, os juízes e os tribunais tiverem
conhecimento de fatos que caracterizem as
violações previstas nesta Lei, devem remeter
peças ao Ministério Público para as
providências cabíveis.
TÍTULO II
Dos Direitos Fundamentais
CAPÍTULO I
Do Direito a Vida

Art. 10. Compete ao poder público garantir a dignidade da pessoa com deficiência ao
longo de toda a vida.
* Medida extraordinária de
Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da proteção, quando necessária,
pessoa com deficiência é indispensável para a pelo menor tempo possível.
realização de tratamento, procedimento, hospitalização
e pesquisa científica. Direito de natureza
patrimonial e negocial
§ 1o Em caso de pessoa com deficiência em situação
de curatela*, deve ser assegurada sua participação, no A pessoa com deficiência
maior grau possível, para a obtenção de pode optar pela TOMADA DE
consentimento. DECISÃO APOIADA
Tomada de Decisão Apoiada

Por determinação do artigo 116 do estatuto, insere-se no


Código Civil, através do recém-criado artigo 1783-A, novo
modelo alternativo ao da curatela, que é o da tomada de
decisão apoiada.
Pessoa com deficiência

Nomeação de pelo menos 2 pessoas com as quais mantenha vínculos e que gozem
de sua confiança para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida
civil

O juiz, antes de decidir, deverá ouvir não apenas o requerente, como também os
apoiadores, o Ministério Público e equipe multidisciplinar (artigo 1783-A, §3°).
Possuirá apoiadores não porque lhe foram designados, mas porque assim o quis.
AUTONOMIA
CAPÍTULO III
DO DIREITO À SAÚDE

Art. 20. As operadoras de planos e seguros privados de saúde são obrigadas a garantir à
pessoa com deficiência, no mínimo, todos os serviços e produtos ofertados aos demais
clientes.

Art. 23. São vedadas todas as formas de


discriminação contra a pessoa com deficiência,
inclusive por meio de cobrança de valores
diferenciados por planos e seguros privados de
saúde, em razão de sua condição.
CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema
educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma
a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas,
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades
de aprendizagem.

Parágrafo único. É dever do Estado, da família,


da comunidade escolar e da sociedade
assegurar educação de qualidade à pessoa com
deficiência, colocando-a a salvo de toda forma
de violência, negligência e discriminação.
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar,
incentivar, acompanhar e avaliar:

I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades...;


III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os
demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e
garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o
exercício de sua autonomia;
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado,
de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de
recursos de tecnologia assistiva;
VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da
comunidade escolar;
XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de
tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;
XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas,
esportivas e de lazer, no sistema escolar;
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar.
CAPÍTULO VII
Do Direito à Assistência Social

Art. 39. Os serviços, os programas, os projetos e os benefícios no âmbito da política


pública de assistência social à pessoa com deficiência e sua família têm como objetivo a
garantia da segurança de renda, da acolhida, da habilitação e da reabilitação, do
desenvolvimento da autonomia e da convivência familiar e comunitária, para a
promoção do acesso a direitos e da plena participação social.

Art. 40. É assegurado à pessoa com deficiência que não


possua meios para prover sua subsistência nem de tê-la
provida por sua família o benefício mensal de 1 (um)
salário-mínimo, nos termos da Lei nº 8.742, de 7 de
dezembro de 1993.
CAPÍTULO IX
Do Direito à Cultura, ao Esporte, ao Turismo e ao Lazer

Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer
em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso:
Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem ser
§ 1º É vedada a recusa de construídos observando-se os princípios do desenho
oferta de obra intelectual em universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade,
formato acessível à pessoa conforme legislação em vigor.
com deficiência, sob qualquer
argumento, inclusive sob a § 1º Os estabelecimentos já existentes deverão
alegação de proteção dos disponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de seus
direitos de propriedade dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo, 1 (uma)
intelectual. unidade acessível.
§ 2º Os dormitórios mencionados no § 1º deste artigo
deverão ser localizados em rotas acessíveis.
CAPÍTULO II
Do Reconhecimento Igual Perante a Lei

Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua
capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a


lei.
§ 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão
apoiada.
§ 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva
extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o
menor tempo possível.
§ 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração ao
juiz, apresentando o balanço do respectivo ano.
CAPÍTULO II
Do Reconhecimento Igual Perante a Lei

Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza
patrimonial e negocial.
§ 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao
matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
§ 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as razões e
motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado.
§ 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz
deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou
comunitária com o curatelado.
Conclusão

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