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Teoria de Lev

Vygotsky
Psicologia aplicada a educação
Prof. Marcos Romão
Vida
 Nasceu em17 de novembro de 1896 na Rússia.
 Filho de uma família culta.
 Desde de cedo se interessou por literatura, poesia e filosofia. Estudou
francês, hebraico, latim e grego. Foi educado em casa até os 15 anos.
 Fez medicina na Universidade de Moscou e, paralelamente estudou
Direito.
 Cursou, ainda, Filosofia, Psicologia, Literatura e História.
 Em 1917, em plena Revolução Russa, forma-se em Direito, onde começa a
lecionar Literatura e História da Arte e onde funda um Laboratório de
Psicologia.
 Em 1924, foi convidado a trabalhar no Instituto de Psicologia de Moscou.
Quando começa a trabalhar com Aleksander Luria e Aleksei Leontiev, seu
seguidores, colaboradores e amigos.
 Em 1925, embora estando gravemente doente (tuberculose) inicia um período
de intensas produções, conferências e pesquisas principalmente às crianças
portadoras de deficiências visuais e auditivas.
 Em 1927, foi considerado pelo cineasta Sergei Eisenstein, um dos psicólogos
mais brilhantes da época.
 Em 1929, conclui sua tese A psicologia da Arte, baseada em Hamlet,
Shakespeare.
 Em 1932, prefaciou o livro A linguagem e o pensamento da criança de Jean
Piaget.
 Morre precocemente, aos 37 anos, em 11 de junho de 1934.
 Mas, em sua curta vida, deixou uma grande herança teórica que foi silenciada
por quase meio século: em 1936, Josef Stalin acusa Vygotsky de idealismo e
proíbe suas obras por 20...
A teoria
 O sócio construtivismo de Vygotsky foi o tempo presente, os homens presentes e
a vida presente.
 Sua teoria sobre a aprendizagem e a produção do conhecimento esteve, desde
de a origem, intimamente ligada ao fato do homem ser social e histórico ao
mesmo tempo, de ser produto e produtor de sua história e de sua cultura pela e
na interação social.
 O interacionismo de Vygotsky, pressupõe a aprendizagem como produto das
relações sociais, que o homem estabelecem em determinado momento
histórico.
 Para entender Vygotsky, é preciso, antes, entender a centralidade de alguns
conceitos que estão presentes em sua teoria, quais sejam : a cultura, a
linguagem e as relações sociais.
A aprendizagem
 Para Vygotsky, a aprendizagem é um processo contínuo e a educação
é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de aprendizagem a
outro. “A aprendizagem desperta processos internos de
desenvolvimento que somente podem ocorrer quando o indivíduo
interage com outras pessoas” (OLIVEIRA, 1992, p.23).
 Dai, a importância das relações e da cultura. Como produto de
aprendizagem, no desenvolvimento intelectual da criança.
 Para explicar o processo de aprendizagem, Vygotsky desenvolveu os
conceitos de Desenvolvimento Potencial e Mediador,
Desenvolvimento Real e Desenvolvimento Proximal.
Zonas de desenvolvimento
 ZONA DE DESENVOLVIMENTO POTENCIAL, é toda atividade e/ou conhecimento que a
criança ainda não domina, mas que se espera que ela seja capa de saber e/ou realizar,
independentemente de sua etnia, religião ou cultura.
 ZONA DE DESENVOLVIMENTO REAL, é caracterizada por tudo aquilo que a criança é
capaz de realizar sozinha. Nessa zona está pressuposto que a criança já tenha
conhecimentos prévios sobre as atividades que realiza.
 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL, é a distância entre o que a criança já pode
realizar sozinha e aquilo que ela somente é capaz de desenvolver com o auxílio de
alguém. Nesta zona, o aspecto fundamental é a realização de atividades com o auxilio de
um mediador. Por isso, segundo Vygotsky essa é a zona cooperativa do conhecimento. O
mediador ajuda a criança a concretizar o desenvolvimento que está próximo, ou seja,
ajuda a transformar o desenvolvimento em desenvolvimento real.
A mediação no sócio construtivismo
 Ao longo de seus estudos, Vygotsky preocupou-se em demostrar como os processos mentais
superiores desenvolvem-se no ser humano. Por processos mentais superiores entende-se “o
controle consciente do comportamento, a ação intencional e a liberdade do indivíduo em relação às
características do momento e do espaço presentes, em outras palavras, todas as ações e
pensamentos inteligentes que somente estão presentes nos homens”. (OLIVEIRA, 1993, p. 26).
 O conceito de mediação está no cerne de todas as ações intencionais e voluntárias do ser humano.
Isso significa que o contato do homem com outros homens e com o meio em que vive é sempre
mediado por alguma experiência e/ou conhecimento, anteriormente assimilado.
 Na teoria de Vygotsky, fica clara sua preocupação em entender o homem como um sujeito histórico
que, através do trabalho, intervém no meio ambiente, cria cultura e desenvolve-se. É pelo trabalho
coletivo que o homem estabelece relações sociais com os outros e cria instrumentos que facilitam a
transformação do meio benefício de sua sobrevivência (VYGOTSKY, 1991).
 No plano psicológico, ou seja, no âmbito do pensamento e da inteligência, o
homem cria signos, que Vygotsky denomina instrumentos psicológicos. Os signos,
ao contrário dos outros instrumentos, são internos ao indivíduo, ou seja, “são
ferramentas que auxiliam nos processos psicológicos e não nas ações concretas,
como os instrumentos” (OLIVEIRA, 1993, p.30).
 Assim como os instrumentos externos e materiais, os signos também são
mediadores da relação homem-homem e homem-mundo. Tanto os signos
quanto os instrumentos “oferecem suporte concreto para ação do homem no
mundo” (OLIVEIRA, 1993, p. 34).
 É importante dizer que os signos e os instrumentos não são aspectos de um
mesmo processo: à medida que o homem vai utilizando os instrumentos
externos esses vão transformando-se em processos internos. Essa passagem de
instrumentos externos em signos internos acontece através do que Vygotsky
chama de processos de internalização (VYGOTSKY, 1991).
 Essas representações da realidade e a linguagem são sistemas simbólicos dos
grupos humanos, que fazem a mediação desses com o mundo. O grupo
cultural é quem fornece aos homens essas representações e esses sistemas
simbólicos, pois ao interagir com os outros, as pessoas vão internalizando as
formas culturalmente construídas de instrumentos externos e internos, que
possibilitam as relações sociais: quer dizer não é cada homem que constrói
individualmente suas representações; ao nascer os indivíduos já encontram
um sistema simbólico construído. É claro que o homem não é entendido aqui
como um ser passivo, que precisa unicamente aprender os símbolos já
construídos; ao longo do tempo, os homens constroem e reconstroem novos
sistemas simbólicos; e é exatamente isso que dá ao homem seu caráter de
sujeito histórico que, ao criar cultura cria a si mesmo (VYGOTSKY,1991;
GOULAR, OLIVEIRA, 1993, 1992).
O pensamento e a linguagem
Segundo Vygotsky, a linguagem possui duas funções: a
de intercâmbio social e a de pensamento generalizante.
A linguagem como intercâmbio social
 Segundo Vygotsky, é por conta da necessidade de comunicação entre
seus semelhantes que o homem cria e utiliza a linguagem. Nesse
sentido, o intercâmbio social é a principal função da linguagem em
uma sociedade. A necessidade de comunicação fica bastante clara no
exemplo abaixo:

O bebê ainda não sabe articular palavras, nem é capaz de compreender


o significado preciso das palavras utilizadas pelos adultos, mas consegue comunicar
seus desejos e seus estados emocionais aos outros, através de sons, gestos e
expressões. É a necessidade de comunicação que impulsiona, inicialmente, o
desenvolvimento da linguagem (OLIVEIRA, 1993, p. 42).
A linguagem como pensamento generalizante
 A linguagem tem também como função ordenar fatos, falas, objetos, enfim tudo que
representa o real, de forma que as ocorrências de uma mesma classe de eventos e
situações sejam agrupadas sob o mesmo conceito. Dito de outra forma, a palavra gato
sempre tem um significado comum, para todas as pessoas que usam a língua portuguesa.
Isso ocorre da seguinte forma:

Ao chamar determinado objeto de cachorro, estou, então, classificando esse objeto na


categoria ‘cachorro’ e, portanto, agrupando-o com outros elementos da mesma categoria e,
ao mesmo tempo, diferenciando-o de elementos de outras categorias. Um cachorro
particular é parte de um conjunto abstrato de objetos que são todos membros da mesma
categoria e distingue-se dos membros das categorias ‘mesa’, ‘girafa’, ‘caminhão’, etc.
(OLIVEIRA, 1993, p.43).
A linguagem como pensamento generalizante

 A linguagem tem também como função ordenar os fatos, falas, objetos,


enfim tudo que representa o real, de forma que as ocorrências de uma
mesma classe de eventos e situações sejam agrupadas sob o mesmo
conceito. Dito desta forma, a palavra gato sempre tem um significado
comum, para todas as pessoas que usam a língua portuguesa. Isso
ocorre da seguinte forma:
O discurso interior
 Visto que a linguagem é um instrumento do pensamento, isso pressupõe
um processo de internalização da língua. Vygotsky denomina esse
processo de internalização como discurso interior, “que é uma forma
interna de linguagem, dirigida ao próprio sujeito e não a um interlocutor
externo. É um discurso sem vocalização, ou seja, sem som, voltado para o
pensamento, com a função de auxiliar o indivíduo nas suas operações
psicológicas” (OLIVEIRA, 1993, p. 51). Exemplo de discurso interior;
quando temo que chegar em determinado endereço.
A fala egocêntrica da criança

 Na criança, o discurso interno recebe a denominação de fala


egocêntrica. À medida que a criança avança no desenvolvimento do
pensamento e da fala socializada, ela passa a fazer uso da fala
egocêntrica: a criança fala para si mesmo, independente da
presença de outra pessoa. Nessa fase, a fala tem uma função
pessoal, responde às necessidades do pensamento e auxilia
mentalmente a criança na resolução de problemas mais complexos.
(OLIVEIRA, 1993, 1992; VYGOTSKY, 1991; GOULAR, 1995).
Intervenção pedagógica
 Já sabemos que, para Vygotsky, existem três momentos importantes da aprendizagem da
criança: a zona de desenvolvimento potencial, real e proximal.
 Visualizando esses momentos, podemos dizer que é na ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
que a “interferência de outros indivíduos é mais transformadora. Isso porque os conhecimentos
já consolidados não necessitam de interferência externa”. (OLIVEIRA, 1993, p. 61). Nesse sentido,
a escola é um espaço fundamental para impulsionar e estimular o desenvolvimento daqueles
conhecimentos que ainda não foram incorporados pelas crianças.
 Isso significa que o ensino aprendizagem deve ter como ponto de partida o desenvolvimento real
da criança e como ponto de chegada os conhecimentos que estão latentes, mas ainda não
desabrocharam. Ou seja, “a escola tem o papel de fazer a criança avançar em sua compreensão
do mundo, a partir de seu desenvolvimento já consolidado e tendo em conta etapas posteriores,
ainda não alcançadas”. (OLIVEIRA, 1993, p.62).
O Papel do professor
 Uma vez que Vygotsky entende o homem como um ser social, a interferência de outras pessoas,
pais professores, colegas é um aspecto fundamental para o desenvolvimento da criança. Nesse
processo, o professor deve ser o estimulador da zona de desenvolvimento proximal, provocando
avanços nos conhecimentos que ainda não aconteceram.
 A interferência do professor não pressupõe, no entanto, uma pedagogia diretiva, autoritária e,
menos ainda, uma relação hierárquica entre professores e alunos (OLIVEIRA, 1993).
 No sócio construtivista de Vygotsky o erro deve ser visto pelo professor como parte do processo
ensino-aprendizagem, mas jamais deve ser ignorado. A correção é importante para que o aluno
perceba a necessidade de melhorar e de dedicar-se mais aos conhecimentos que ainda não
domina. Nesse sentido a interação com os colegas, o trabalho em grupo, além de estimular a
interação social, pode ser um bom momento para o amadurecimento de ideias e aprimoramento
de conhecimentos. Entretanto, o contato individualizado entre professor e aluno não pode ser
dispensado, pois é o momento em que o professor pode detectar o desenvolvimento real e
proximal dos alunos. (OLIVEIRA, 1993, 1992).
O brinquedo
 Outro aspecto de grande importância na teoria de Vygotsky é o brinquedo.
Para esse autor, o brinquedo (brincadeiras de ‘faz de conta’) cria zonas de
desenvolvimento proximal à medida que coloca a criança em situações de
repetição de valores e imitação de papéis e regras sociais.
 Como se pode ver, o brinquedo cria zonas de desenvolvimento proximal
através de situações imaginárias e de delimitação de regras nos jogos de ‘faz
de conta’. Essa importância do brinquedo não deve ser ignorada pela escola,
ao contrário, a escola deve criar situações de brincadeira, a fim de que a
criança possa ter uma gama de possibilidades que estimulam se
desenvolvimento e a própria interação social.
A escrita
 Para Vygotsky, a aprendizagem da escrita inicia antes mesmo da entrada da criança
na escola. Portanto, o processo de desenvolvimento da escrita está intimamente
ligado aos estímulos recebidos pela criança, desde cedo.
 Uma criança de um ou dois anos que recebe um lápis e um pedaço de papel, irá fazer
rabiscos que podem parecer sem sentido para o mundo adulto, mas que representam
o primeiro ensaio da criança no mundo da escrita (OLIVEIRA, 1993).
 Para a o referido autor, a criança precisa ser levada a compreender o que signo da
escrita não possui significado em sim mesmo, é apenas uma representação do mundo
real: a grafia ‘cadeira’, por exemplo, não é a ‘cadeira’ enquanto tal, é apenas o nome
do objeto, pois não se pode sentar na palavra cadeira.
 Esse processo de fazer a criança perceber a diferença entre o nome do objeto e o
objeto em si pode ser estimulado através de atividades que agucem a imaginação,
como por exemplo, o desenho e a brincadeira. É função da escola fazer com que a
criança compreenda o signo e o seu significado, através de ações que relacionam o
mundo concreto e suas representações, “até o ponto da descoberta de que se pode
desenhar não somente objetos, mas, também, a fala”. (Oliveira, 1993, 72).
Conclusão
 Todo conhecimento é limitado e relativo, nenhuma teoria pode ser tomada como
verdade única e absoluta. Toda verdade é histórica, passageira, e como tal precisa ser
utilizada: precisamos sempre procurar o equilíbrio entre o ceticismo retrógado e a fé
cega, que fecha qualquer possibilidade para o novo.
 Não podemos duvidar do caráter revolucionário da teoria de Vygotsky, mas sempre
como um instrumento que pode auxiliar na busca incessante por uma educação que
recupera e reforça, no home, o que ele tem de melhor: sua criatividade, sua
autonomia, sua condição histórica de sujeito e não de objeto a ser modelado.
 Há ainda que atentar para o fato de que toda educação é direcionada para uma
realidade especifica, e é partir das peculiaridades, cultural e social, de cada realidade,
que as teorias do conhecimento e da aprendizagem devem ser pensadas no âmbito da
prática escolar. É um erro pensar a educação descolada da vida cotidiana e imediata
dos indivíduos, de seus limites e de suas possibilidades.
 Uma educação, de fato, transformadora caminha no sentido de promover o respeito
pela diferença, de estimular a riqueza da diversidade; o contrário de homogeneizar, e
não permitir que o rico mosaico cultural seja pincelado por cada homem e por cada
mulher: diferentes nas suas particularidades, mas únicos enquanto humanidade.
Referência Bibliográficas
 Oliveira, Marta Kohl de; Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento –
Um processo sócio-histórico. São Paulo: Ed. Scipione – 1997.
 Davis, Claudia; Oliveira, Zilma de M. R.; Psicologia na educação – São
Paulo: Cortez, 1993
 Santrock, John W. – Psicologia Educacional: tradução Denise Durante,
Mônica Rosemberg, Tais Silva Monteiro Ganero; 3ª. Ed. São Paulo:
Mcgraw-Hill, 2009.

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