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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso de Psicologia
Disciplina: Psicologia da Personalidade I
Goiânia – GO.
Abril de 2019
As teorias dos traços de personalidade que tentam identificar
os traços componentes de uma pessoa e suas relações com o
comportamento real, baseando-se em entrevistas, observações
pessoais e relatos.
Foi um psicólogo, nascido na Alemanha mas que passou sua carreira profissional na Grã-
Bretanha. Ele é costumamente lembrado por seus trabalhos sobre a inteligência e
personalidade, embora tenha trabalhado numa ampla gama de áreas. Na década de 90, Eysenck
era o psicólogo vivo mais citado em revistas científicas.
Eysenck acreditava que muitos traços de personalidade estariam ligados principalmente ao fato de um indivíduo ser:
a) introvertido ou extrovertido
b) ser emocionalmente estável ou instável (extremamente emotivo);
c) tendente ao neuroticismo.
A essas identificações, Eysenck chamou de as três dimensões primárias da personalidade. Outros pesquisadores
acrescentaram também a ansiedade, habilidade, timidez, autoconfiança, depressão etc.
Para Eysenck, as pessoas que são extrovertidas têm níveis mais baixos de excitação e, por isso, buscam atividades
excitantes. Já as pessoas introvertidas têm níveis mais altos de excitação e, por isso, procuram atividades relaxantes.
As dimensões primárias da personalidade, por sua vez, estariam relacionadas a quatro tipos básicos de temperamento
identificados inicialmente pelos gregos antigos. Os tipos são: Melancólico (triste, abatido); Irascível (explosivo, de
“pavio curto”, facilmente irritável); Sereno (apático, calmo); Animado (alegre, esperançoso).
Os estudos de Eysenck serviram de referência para inúmeros teóricos apresentarem suas teses quanto ao
funcionamento do cérebro.
TEORIA DOS TRAÇOS BIOLÓGICOS
DA PERSONALIDADE
SEGUNDO EYSENCK
Cuidadoso
Expansivo
Pensativo Comunicativo
Pacífico Receptivo
Controlado Equilibrado
Seguro Animado
Complacente Despreocupado
TEMPERAMENTOS
SAR ou SARA, é a estrutura de formação reticular (em forma de rede) localizada no mesencéfalo, que é responsável pela ativação cortical e consequente estado de vigília
(GAZZANIGA, 2018. - Cap. 10 – Ciência Psicológica).
Allport acreditava que o melhor caminho para entender a personalidade era estudar um indivíduo
organizando seus traços ou disposições de personalidade em uma hierarquia.
Por exemplo, se as medidas de um número de variáveis (neste caso, os traços de personalidade), têm uma
forte correlação umas com as outras, conclui-se que é um único fator que influencia todas as demais.
DESCRIÇÃO DA TIPOLOGIA DE PERSONALIDADE
(16PF) DE RAYMOND B. CATTELL
Assim, a análise fatorial proposta por Catell é um método que consiste em sintetizar as relações entre um
grande número de variáveis (4.500 traços) num número menor e num padrão mais geral (16 traços).
Por exemplo, pode-se administrar um questionário a muitas pessoas solicitando-lhes que se identifiquem
com uma extensa lista de traços. Ao combinar estatisticamente as respostas e calcular quais os traços
que estão associados numa mesma pessoa, o investigador pode identificar um padrão fundamental ou
combinação de traços – chamados fatores – que estão subjacentes às respostas dos participantes.
MODELO DOS CINCO GRANDES FATORES DE PERSONALIDADE
Foi elaborado por Robert McCrae e Paul Costa baseando-se na tentativa de reduzir os 16 fatores de Catell a
apenas cinco dimensões universais e, com isso, construir um modelo ainda mais objetivo e mais simples.
Define os indivíduos extrovertidos como pessoas Os introvertidos tendem a ser mais retraídos,
Extroversão tímidos, quietos e reservados.
ativas, empolgadas, sociáveis e expressivas.
Pessoas com capacidade de serem hábeis Tendem à hostilidade, a serem rudes, egoístas
socialmente, afetuosas, confiáveis, cooperativas. e egocêntricas, não se preocupando muito com
Socialização o bem estar de outras pessoas; priorizam seus
atos para beneficiarem a si mesmos.
Numa pesquisa realizada (SILVA e NAKANO, 2011), em pessoas jovens e adultas, foram utilizados, além
dos instrumentos acima citados, outros que se embasam no modelo dos Cinco Grandes Fatores:
Big Five Questionnaire for Children (BFQ-C);
Bateria Fatorial de Personalidade (BFP);
Inventário dos CGF da Personalidade;
Big Five – Adjetivos Marcadores da Personalidade
Nota-se, portanto, que essa teoria permite uma adaptabilidade maior na aplicação de inventários de
personalidade, além de permitir que, praticamente, qualquer traço que iremos utilizar em nossa pesquisa, irá
relacionar-se com outros traços das cinco dimensões.
Bateria Fatorial de Personalidade
É um conjunto de Questionários para aplicação em indivíduos
jovens e adultos, podendo ser de forma individual ou coletiva.
O inventário é constituído por 567 itens de resposta Verdadeira (V) ou Falsa (F) e o
tempo médio de resposta varia entre 60 a 75 minutos, sendo o tempo de aplicação mais
moroso em populações clínicas (Graham, 2000).
Inclui um conjunto de escalas clínicas que permitem conhecer as respostas ao
inventário segundo a categorização em grupos de sintomas/queixas, tendencialmente
associadas a perturbações psicológicas ou modos de funcionamento da personalidade,
sendo estas as escalas relacionadas a depressão, hipocondria, histeria, psicatenia,
esquizofrenia etc.
A aplicação do MMPI-2 proporciona a construção de um perfil clínico e de personalidade. O perfil clínico geral é constituído
por um conjunto de dez escalas clínicas base, às quais se agregam escalas de conteúdo, complementares e de Harris-
Lingoes.
O perfil de personalidade é constituído pelas escalas PSY-5 que permitem o acesso a informações fidedignas sobre a
organização psicológica do avaliado (Butcher & Butler, 2005). As nove escalas de validade do inventário fornecem dados
robustos sobre a atitude do avaliado perante a prova.
A interpretação dos resultados do inventário, realizada pelo psicólogo (o único profissional habilitado a fazê-lo), implica a
consideração de todas as escalas, atendendo à sua configuração. Por outras palavras, as escalas são interpretadas em
relação umas com às outras, ao invés de serem interpretadas isoladamente. Neste sentido, o MMPI pode sinalizar situações
de perturbação, não obstante a sua utilização não se restringir a este fim, já que é útil na compreensão do funcionamento
da personalidade do indivíduo.
Conclusão
Os teóricos dos traços de personalidade acreditam que a personalidade consiste em
características relativamente estáveis e consistentes. Os primeiros teóricos como Eysenck,
Allport e Catell trabalharam para encontrar o menor número possível de traços de
identificação.
Embora a técnica da análise fatorial tenta testar comportamentos e dar uma avaliação mais precisa, fica a lacuna quanto
a uma previsão comportamental do indivíduo, o que indica claramente sua limitação.
Uma vez que os traços não demonstram as verdadeiras causas de comportamentos, senão em termos descritivos, os
testes e suas respectivas análises deixam a desejar quanto ao rigor de uma ciência psicológica.
Para a Análise do Comportamento (visão behaviorista), uma análise funcional do comportamento necessita de uma resposta
específica do organismo o que possibilita variáveis reconhecidas pelo investigador e, isso, as Teorias dos Traços de
Personalidade parecem não indicar,
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
HUFFMAN, Karen et al. Psicologia. 5ª. edição. São Paulo: Editora Atlas, 2003. 815 p.
MYERS, David. G., DEWALL, C. Nathan. Psicologia, 11ª. Ed. Trad. Cristina de Assis Serra e Luiz C. Q.
de Faria. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
GAZZANIGA, Michael et all. Ciência Psicológica, 5ª. Ed. Trad. Maiza R. Ilde, Sandra Maria M. da
Rosa e Soraya I. de Oliveira. Porto Alegre: Artmed, 2018.
COON, Dennis. Introdução à Psicologia: uma jornada. Trad. da 2ª. edição norte-americana. São
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Izabella Brito Silva, Tatiana de Cássia Nakano. Modelo dos cinco grandes fatores da
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