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[PARTE GERAL]
PROF. ENÉAS CORRÊA DE FIGUEIREDO JR
METODOLOGIA:
* Bibliografia
* Aulas
* Avaliações
PROF. ENÉAS CORRÊA DE
FIGUEIREDO JR
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DIREITO CIVIL - TEORIA GERAL
DIREITO CIVIL E ORDENAMENTO JURÍDICO
Prof. Enéas Corrêa de Figueiredo Júnior
• DIREITOS DO NASCITURO: nascituro é o ente concebido, mas ainda não nascido, com vida
intrauterina; teorias explicativas:
• A Teoria Natalista (examinador tradicional, conservador, ênfase na primeira parte do art. 2º,
CC) sustenta que somente a partir do nascimento com vida se adquire a personalidade, de
modo que o nascituro não possui personalidade. O Nascituro não é sujeito direito, gozando
apenas de mera expectativa. (Vicente Ráo, Silvio Rodrigues, Silvio Venosa, Eduardo Espínola;
concepção predominante no direito brasileiro).
• Tutela os interesses do nascituro: não tem aptidão genérica para ser titular de direitos e
obrigações; mas tem alguns de seus interesses protegidos [ex. doação ao nascituro, art.
542; direito a alimentos gravídicos, Lei n. 11.804/2008].
• “Ao estipular como marco inicial da personalidade o nascimento com vida, o direito civil
brasileiro filia-se à corrente natalista. [...] O que ocorre em relação ao nascituro é a
proteção objetiva pela ordem jurídica de interesses futuros e eventuais que poderão vir
a se converter em direitos no momento do nascimento com vida do seu
titular”.[Schreiber, 2019]
• Pela literalidade do código é a Teoria Natalista, mas a doutrina majoritária e o STJ adota a
Concepcionalista (Informativo 547/2014)
"Assim, o ordenamento jurídico como um todo (e não apenas o CC) alinhou-se mais à teoria
concepcionista – para a qual a personalidade jurídica se inicia com a concepção, muito embora
alguns direitos só possam ser plenamente exercitáveis com o nascimento, haja vista que o
nascituro é pessoa e, portanto, sujeito de direitos – para a construção da situação jurídica do
nascituro, conclusão enfaticamente sufragada pela majoritária doutrina contemporânea. Além
disso, apesar de existir concepção mais restritiva sobre os direitos do nascituro, amparada pelas
teorias natalista e da personalidade condicional, atualmente há de se reconhecer a titularidade
de direitos da personalidade ao nascituro, dos quais o direito à vida é o mais importante, uma vez
que, garantir ao nascituro expectativas de direitos, ou mesmo direitos condicionados ao
nascimento, só faz sentido se lhe for garantido também o direito de nascer, o direito à vida, que é
direito pressuposto a todos os demais. Portanto, o aborto causado pelo acidente de trânsito
subsume-se ao comando normativo do art. 3ºda Lei 6.194/1974, haja vista que outra coisa não
ocorreu, senão a morte do nascituro, ou o perecimento de uma vida intrauterina”. REsp
1.415.727-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/9/2014.
1. CAPACIDADE – DE DIREITO
• CAPACIDADE [medida da personalidade]
• A capacidade civil é classificada em capacidade
de direito e capacidade de exercício. A
capacidade de direito, também denominada
capacidade jurídica, é a investidura de aptidão
para adquirir e transmitir direitos e para sujeição
a deveres jurídicos. [Paulo Lôbo. Direito Civil 1 -
Parte Geral . Editora Saraiva]
PROF. ENÉAS CORRÊA DE FIGUEIREDO JR
ELEMENTOS DA PERSONALIDADE:
1. CAPACIDADE – DE FATO
• O Senado aprovou ontem projeto que proíbe o casamento de menores de 16 anos. Da ex-deputada Laura
Carneiro, a proposta se baseou em estudo que coloca o Brasil como o quarto país no mundo com maior
número de casamentos infantis registrados. De acordo com o levantamento, 3 milhões de brasileiras
afirmaram ter se casado antes de completar 18 anos, sendo que 877 mil com até 15 anos. O projeto
manteve a permissão para que jovens de 16 e 17 anos se casem desde que autorizados pelos pais ou
responsáveis. A proposta segue para sanção.
• O Senado aprovou ontem o projeto que proíbe o casamento de menores de 16 anos. Da ex-deputada
Laura Carneiro, o PLC 56/2018 já havia sido aprovado pela Câmara em 2018 e seguirá para sanção
presidencial.
• Estudo de 2015 da ONG Promundo, usado para embasar o projeto, classificou o Brasil como o quarto país
com maior número de registros de casamentos infantis no mundo. De acordo com o levantamento, 3
milhões de brasileiras afirmaram ter se casado antes de completar 18 anos, marco da maioridade para
atos da vida civil.
• Eliziane Gama (PPS-MA) lembrou que milhares de jovens, principalmente mulheres, param de estudar
quando se casam. — Os dados mostram que 877 mil mulheres brasileiras se casaram com até 15 anos nos
últimos anos.
• Essas jovens, que se casam tão cedo, engravidam cedo e não mais estudam — afirmou a senadora.
Roberto Rocha (PSDB-MA) afirmou que nas Regiões Norte e Nordeste não é raro o casamento ou a união
de jovens menores de 16 anos. — Uma criança, um jovem de 15 anos não pode beber, não pode dirigir,
não pode votar. Então, é lógico que não pode se casar — disse o senador.
• A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que ficou mantida a permissão, que já consta do Código Civil
(Lei 10.406, de 2002), para que pais ou responsáveis autorizem a união de jovens com 16 e 17 anos. —
Embora esse projeto proíba em qualquer caso casamento de jovens menores de 16 anos, ele faz a ressalva
já existente no Código Civil, que permite excepcionalmente quando o homem ou a mulher tenham 16
anos, desde que haja autorização de ambos os pais ou seus representantes legais. Isso vai ao encontro da
determinação da ONU. A partir de agora, a regra é que meninos e meninas, jovens com até 16 anos não
possam se casar. PROF. ENÉAS CORRÊA DE FIGUEIREDO JR
LEI Nº 13.811, DE 12 DE MARÇO DE 2019.
• VOTO:
• “Por fim, no que concerne à responsabilidade dos pais pelo evento
danoso, observo que a emancipação voluntária, diversamente da operada
por força de lei, não exclui a responsabilidade civil dos pais pelos atos
praticados por seus filhos menores.
• A propósito do tema, transcrevo excerto do voto do Ministro
Eduardo Ribeiro no REsp. 122.573-PR:
• A doutrina dominante não placita o entendimento acolhido pelo egrégio
Tribunal a quo. Costuma-se tratar de modo diferente as hipóteses,
consoante a causa da emancipação. Assim, Caio Mario:
• "Em caso de emancipação do filho, cabe distinguir-se: se é a legal, advinda
por exemplo do casamento, os pais estão liberados; mas a emancipação
voluntária não os exonera, porque um ato de vontade não elimina a
responsabilidade que provém da lei" (Responsabilidade Civil - 4ª ed -
Forense - p91⁄2).
PROF. ENÉAS CORRÊA DE FIGUEIREDO JR
JURISPRUDÊNCIA - RESPONSABILIDADE CIVIL: Emancipação voluntária,
diversamente da operada por força de lei, não exclui a responsabilidade civil
dos pais pelos atos praticados por seus filhos menores. [AgRg n.
1.239.557/RJ]
• A meu ver, correta essa posição. Tratando-se de atos ilícitos, a emancipação, ao
menos a que decorra da vontade dos pais, não terá as mesmas consequencias que
dela advêm quando se cuide da prática de atos com efeitos jurídicos queridos.
A responsabilidade dos pais decorre especialmente do poder de direção que, para
os fins de exame, não é afetado. É possível mesmo ter-se a emancipação como ato
menos refletido; não necessariamente fraudulento. Observo que a emancipação ,
por si, não afasta a possibilidade de responsabilizar os pais, o que não exclui
possa isso derivar de outras causas que venham a ser apuradas"
• Responsabilidade civil. Pais. Menor emancipado. A emancipação por outorga dos
pais não exclui, por si só, a responsabilidade decorrente de atos ilícitos do filho.
• (REsp 122.573⁄PR, Rel. Ministro EDUARDO RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, DJ de
18.12.1998)”
Filhos menores [art. 1.728, I, CC]: pais declarados ausentes sejam postos
sob tutela
Direito ao próprio corpo [art. 13, CC]: “Art. 13. Salvo por
exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da
integridade física, ou contrariar os bons costumes.
• Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido
para fins de transplante, na forma estabelecida em lei
especial”.
• “Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o
sobrenome”.
• Ementa: Recurso Extraordinário. Repercussão Geral reconhecida. Direito Civil e Constitucional. Conflito entre paternidades
socioafetiva e biológica. Paradigma do casamento. Superação pela Constituição de 1988. Eixo central do Direito de Família:
deslocamento para o plano constitucional. Sobreprincípio da dignidade humana (art. 1º, III, da CRFB). Superação de óbices
legais ao pleno desenvolvimento das famílias. Direito à busca da felicidade. Princípio constitucional implícito. Indivíduo
como centro do ordenamento jurídico-político. Impossibilidade de redução das realidades familiares a modelos pré-
concebidos. Atipicidade constitucional do conceito de entidades familiares. União estável (art. 226, § 3º, CRFB) e família
monoparental (art. 226, § 4º, CRFB).Vedação à discriminação e hierarquização entre espécies de filiação (art. 227, § 6º,
CRFB). Parentalidade presuntiva, biológica ou afetiva. Necessidade de tutela jurídica ampla. Multiplicidade de vínculos
parentais. Reconhecimento concomitante. Possibilidade. Pluriparentalidade. Princípio da paternidade responsável (art.
226, § 7º, CRFB). Recurso a que se nega provimento. Fixação de tese para aplicação a casos semelhantes. 1. O
prequestionamento revela-se autorizado quando as instâncias inferiores abordam a matéria jurídica invocada no Recurso
Extraordinário na fundamentação do julgado recorrido, tanto mais que a Súmula n. 279 desta Egrégia Corte indica que o
apelo extremo deve ser apreciado à luz das assertivas fáticas estabelecidas na origem. 2. A família, à luz dos preceitos
constitucionais introduzidos pela Carta de 1988, apartou-se definitivamente da vetusta distinção entre filhos legítimos,
legitimados e ilegítimos que informava o sistema do Código Civil de 1916, cujo paradigma em matéria de filiação, por
adotar presunção baseada na centralidade do casamento, desconsiderava tanto o critério biológico quanto o afetivo. 3. A
família, objeto do deslocamento do eixo central de seu regramento normativo para o plano constitucional, reclama a
reformulação do tratamento jurídico dos vínculos parentais à luz do sobreprincípio da dignidade humana (art. 1º, III, da
CRFB) e da busca da felicidade. 4. A dignidade humana compreende o ser humano como um ser intelectual e moral, capaz
de determinar-se e desenvolver-se em liberdade, de modo que a eleição individual dos próprios objetivos de vida tem
preferência absoluta em relação a eventuais formulações legais definidoras de modelos preconcebidos, destinados a
resultados eleitos a priori pelo legislador. Jurisprudência do Tribunal Constitucional alemão (BVerfGE 45, 187). de
hierarquia entre elas (art. 227, § 6º).
• 9. As uniões estáveis homoafetivas, consideradas pela jurisprudência desta Corte como entidade familiar, conduziram à
imperiosidade da interpretação não-reducionista do conceito de família como instituição que também se forma por vias
distintas do casamento civil (ADI nº. 4277, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 05/05/2011). 10. A
compreensão jurídica cosmopolita das famílias exige a ampliação da tutela normativa a todas as formas pelas quais a
parentalidade pode se manifestar, a saber: (i) pela presunção decorrente do casamento ou outras hipóteses legais, (ii) pela
descendência biológica ou (iii) pela afetividade. 11. A evolução científica responsável pela popularização do exame de DNA
conduziu ao reforço de importância do critério biológico, tanto para fins de filiação quanto para concretizar o direito
fundamental à busca da identidade genética, como natural emanação do direito de personalidade de um ser. 12. A
afetividade enquanto critério, por sua vez, gozava de aplicação por doutrina e jurisprudência desde o Código Civil de 1916
para evitar situações de extrema injustiça, reconhecendo-se a posse do estado de filho, e consequentemente o vínculo
parental, em favor daquele utilizasse o nome da família (nominatio), fosse tratado como filho pelo pai (tractatio) e gozasse
do reconhecimento da sua condição de descendente pela comunidade (reputatio). 13. A paternidade responsável,
enunciada expressamente no art. 226, § 7º, da Constituição, na perspectiva da dignidade humana e da busca pela felicidade,
impõe o acolhimento, no espectro legal, tanto dos vínculos de filiação construídos pela relação afetiva entre os envolvidos,
quanto daqueles originados da ascendência biológica, sem que seja necessário decidir entre um ou outro vínculo quando o
melhor interesse do descendente for o reconhecimento jurídico de ambos. 14. A pluriparentalidade, no Direito Comparado,
pode ser exemplificada pelo conceito de “dupla paternidade” (dual paternity), construído pela Suprema Corte do Estado da
Louisiana, EUA, desde a década de 1980 para atender, ao mesmo tempo, ao melhor interesse da criança e ao direito do
genitor à declaração da paternidade. Doutrina. 15. Os arranjos familiares alheios à regulação estatal, por omissão, não
podem restar ao desabrigo da proteção a situações de pluriparentalidade, por isso que merecem tutela jurídica
concomitante, para todos os fins de direito, os vínculos parentais de origem afetiva e biológica, a fim de prover a mais
completa e adequada tutela aos sujeitos envolvidos, ante os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art.
1º, III) e da paternidade responsável (art. 226, § 7º). 16. Recurso Extraordinário a que se nega provimento, fixando-se a
seguinte tese jurídica para aplicação a casos semelhantes: “A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro
público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos
jurídicos próprios”. (RE 898060, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 21/09/2016, PROCESSO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-187
PROF. ENÉAS DIVULG
CORRÊA DE23-08-2017
FIGUEIREDO PUBLIC
JR 24-08-2017)
RACIOCINANDO...DIREITO AO NOME...
• Início das Associações: Constitui por meio do seu estatuto [art. 54,CC]
• Constituição da República [Art. 5o, XVII e XVIII]
• Discussão: Exclusão de associados por justa causa [art. 57, CC] – RE n. 201.819/RJ –
União Brasileira de Compositores – sem oportunidade de se defender – direitos
fundamentais dos associados – nulidade procedimento de exclusão.
• Objetivos da fundação [artigo 62, Parágrafo Único, CC]: assistência social, cultura, defesa e
conservação do patrimônio histórico e artístico, educação, saúde, segurança alimentar e
nutricional, defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; pesquisa científica etc.
• Início das Fundações: Escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres [art.
62,CC] – manifestação do Ministério Público [art. 764, I, CPC] – estatuto levado a registro
[art. 45, CC] – inicia a existência legal da fundação como pessoa jurídica.