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Transdisciplinaridade em
Organizações de Pesquisa na
América Latina
Sérgio Luís Boeira
Resumo de capítulo publicado no livro Práticas da
Interdisciplinaridade no Ensino e Pesquisa (2015),
prêmio Jabuti em educação.
Início da pesquisa: 2010
Tema:
Objetivo:
Sujeito Objeto
Alma Corpo
Espírito Matéria
Qualidade Quantidade
Finalidade Causalidade
Sentimento Razão
Liberdade Determinismo
Existência Essência
Complexidades
Há “três gerações da complexidade” ao longo da história da
ciência e duas “perspectivas” ou “tradições” (anglo-saxônica
e latina) que disputam a hegemonia no mundo (Alhadeff-
Jones, 2008).
A primeira geração (entre as décadas de 1940 e 1960) está
marcada pela teoria dos sistemas, pela cibernética, pela
noção de complexidade organizada. Destacam-se
matemáticos, engenheiros e físicos, secundados por
bioquímicos, fisiologistas e psicólogos.
A segunda geração (entre as décadas de 1960 e 1980) está
marcada pela teoria dos sistemas, pela ciência da
computação, engenharia e ciências da gestão, inteligência
artificial, auto-organização e biologia evolutiva (estruturas
dissipativas, catástrofe, caos e fractais). Biólogos, fisiólogos
e psicólogos ganham espaço. Instrumentalismo versus
construtivismo.
Duas perspectivas da complexidade
na terceira geração
Na terceira geração (especialmente a partir da década de
1980), duas perspectivas, uma em países de língua inglesa e
outra em países de línguas latinas, emergem em disputa no
campo dos estudos sobre a complexidade. Há uma grande
quantidade de pesquisas que cruzam e mesclam as
contribuições dessas duas perspectivas, que podem ser
assim identificadas:
a) Perspectiva dos estudos sobre sistemas complexos
adaptativos, com destaque para o Santa Fe Institute
(Estados Unidos), criado em 1984.
b) Perspectiva dos estudos sobre a inteligência da
complexidade, com destaque para a obra de Edgar Morin
(especialmente difundida na Europa e na América Latina),
desde meados da década de 1970.
Três perspectivas da cultura
organizacional
Martin e Frost (2001) distinguem e articulam três conjuntos
de estudos sobre cultura organizacional:
a) Integração (funcionalismo, gerencialismo; consenso)
b) Diferenciação (int. simb., antrop. interp.; subculturas)
c) Fragmentação (antropologia interpretativa; ambiguidade)
Noologia: sistemas de
ideias
Espírito/cérebro: Cultura/sociedade:
condições condições
bioantropológicas socioculturais do
do conhecimento conhecimento
Lógica
Paradigmatologia
Tipos de Complexidade na Perspectiva de Edgar Morin
Tendência à Baixa Complexidade (BC) Tendência à Alta Complexidade (AC)
Centralização. Pluralismo.
Hiperespecialização. Policentrismo e acentrismo.
Integração rígida e repressiva, liberdades reduzidas, Integração comportando múltiplas comunicações,
múltiplos controles, etiqueta, rituais. especializações e policompetências.
Forte coerção. Fraca coerção.
Fraca comunicação entre os grupos e Intensa comunicação entre grupos e indivíduos.
entre indivíduos. Predominância da estratégia sobre o programa,
Predominância do programa sobre a estratégia. espontaneidade, criatividade, riscos, liberdades.
Fraca autonomia dos indivíduos. Grande autonomia dos indivíduos.
Otimização simplificadora (funcionalidade, Otimização complexa (incertezas, liberdades, desordens,
racionalização). antagonismos e concorrências).
Tendência à Complexidade Restrita (CR) Tendência à Complexidade Ampla (CA)
Relações cérebro/espírito, com subordinação do Unidualidade entre cérebro/espírito, sem subordinação
primeiro ao segundo ou vice-versa. do primeiro ao segundo ou vice-versa.
Relações cérebro/espírito desvinculadas da Unidualidade entre cérebro/espírito vinculada à
cultura/sociedade. unidualidade entre cultura/sociedade.
Sistemas complexos adaptativos e sistemas muito Abordagem epistemológica além de teórica
complicados não são distinguidos entre si. Sistemas complexos como sistemas autoeco-
Noção de ciências da complexidade; ausência de organizados; destaque para a noção de organização.
contribuição epistemológica Noção de pensamento complexo.
Modelizações úteis para o avanço da ciência. Complexidade é concebida como presente em todas as
Quando se volta para definições de leis da formas de organização, não se limitando a sistemas
complexidade, limita-se à ciência clássica. complicados.
Tende a superar a noção de lei científica.
Organização País Início
1
Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM) Brasil 1994
Complexidade
(COMPLEXUS)
Complejo
(IIPC)
4
Centro de Educação Transdisciplinar Brasil 1998
(CETRANS)
Antropocaos - Antropología, complejidad y caos Argentina 1999
5
Complexidade e da Culturalidade
(NIIC)
7
Instituto de Estudos Avançados Brasil 1999
Transdisciplinares
(IAT)
8
Comunidad del Pensamiento Complejo Argentina 2002
(CPC)
Transdisciplinares
(LEPTRANS)
10
Instituto de Estudos da Complexidade Brasil 2003
(IEC)
Instituto de Sistemas Complejos de Valparaíso Chile 2004
11
(ISCV)
Multiversidad Mundo Real Edgar Morin México 2006
12
Brasil Oito organizações: sete com tendência aos tipos GRECOM, COMPLEXUS,
AC/CA e uma com tendências ambivalentes CETRANS, IAT, LEPTRANS,
entre AC/CA e BC/CR. NIIC, IEC e ECOTRANSD