EM Química Ligações Químicas

Física: calor, ondas e
eletromagnetismo
Física: calor, ondas e eletromagnetismo
O calor
DELFIM MARTINS / PULSAR IMAGENS

• Você sabe o que acontece com
as partículas de um corpo
quando sua temperatura
aumenta?
• Qual a relação do calor com a subida

do nível do mercúrio no termômetro
ou o derretimento
de um pedaço de gelo?
2
Toda matéria é constituída de partículas (átomos e moléculas) em constante
agitação. Quanto mais quente estiver um corpo, maior a agitação de suas
partículas.
Um aumento na temperatura de um corpo indica que houve um aumento na energia
cinética média das partículas que o formam.
A soma das energias cinéticas dos átomos constituintes de um corpo é
chamada de energia interna.
fluxo de energia fluxo de energia

(calor) (calor)
TEMPO & ARTE / ARQUIVO DA EDITORA

3
Calor é a quantidade de energia transferida de um corpo para outro quando há
uma diferença de temperatura entre eles.
KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA
partículas
de um gás à
temperatura
partículas de um
mais alta
gás à baixa
temperatura
O calor passa sempre do corpo mais quente para o corpo mais frio. No momento em
que ambos ficam à mesma temperatura, dizemos que o conjunto formado por esses
corpos atingiu o equilíbrio térmico.
4
Medindo a temperatura
Em geral, os corpos dilatam quando sua temperatura aumenta. Isso
acontece porque as partículas se movem mais rapidamente e se afastam
umas das outras.
DAVE KING / DORLING KINDERSLEY / GETTY IMAGEES

Isso explica o funcionamento de alguns tipos de termômetros.
5
Em contato com o corpo, o termômetro clínico recebe calor e, à medida que
sua temperatura aumenta, o mercúrio dilata e sobe pelo tubo. Quanto maior for
a temperatura, mais a coluna de mercúrio subirá.
ADILSON SECCO / ARQUIVO DA EDITORA
A temperatura aumenta.
Os números no termômetro indicam a temperatura em graus Celsius, uma

unidade de medida representada por ºC.
6
Na escala Celsius, o 0º representa a temperatura de
fusão do gelo e o 100º corresponde à temperatura da 100 ºC
água em ebulição (medidas feitas ao nível do mar). O
intervalo entre esses valores é dividido em 100 partes
iguais, cada uma correspondendo a 1 ºC.
variação
O zero absoluto, ou seja, a temperatura em que a de 1 ºC
agitação das moléculas é a mínima possível,
corresponde a ‒273 ºC.

A escala Kelvin é uma escala cujo zero corresponde
ao zero absoluto.
T = tc + 273
0 ºC
7
Nos Estados Unidos utiliza-se a escala Fahrenheit, que atribui 32 ºF para a
temperatura de fusão do gelo e 212 ºF para a temperatura da água em
ebulição à pressão atmosférica.
O intervalo entre esses valores é dividido em
100 ºC 180 partes iguais. Portanto, a conversão de
Celsius em Fahrenheit é feita da seguinte
forma:

0 ºC
água em
ebulição
fusão do gelo
8
A caloria
A caloria é uma unidade de medida de calor. Uma caloria é a quantidade de calor
necessária para elevar em 1 ºC a temperatura de 1 grama de água.
1 caloria = 4,18 joules e 1 joule = 0,24 caloria
A caloria é utilizada para medir
DIVULGAÇÃO / ARQUIVO DA EDITORA

a quantidade de energia que os
alimentos fornecem ao nosso
organismo. É costume usar a
quilocaloria (kcal), que
equivale a 100 calorias.
9
O calor específico
A quantidade de energia necessária para aumentar a temperatura de um corpo
depende da massa e da variação da temperatura, e também da composição química
da substância aquecida.
Para elevar a temperatura de 1g de água em
1 ºC, é necessária 1 caloria. Dizemos que
esses valores correspondem ao calor
específico (c) da água.
KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA Massas idênticas de água e óleo de

soja sofrem variações diferentes de
temperatura quando recebem a
mesma quantidade de calor, pois o
calor específico do óleo de soja é
menor do que o da água!
10
É possível calcular a quantidade de calor absorvida ou cedida por um corpo
quando sua temperatura varia com a fórmula:
Q = m . C . (t2 ‒ t1)
Compare a quantidade de calor necessária para elevar 0,5 kg de água e 0,5 kg

de ferro de 25 ºC a 90 ºC:
• Para a água (c = 1 cal/g . ºC)
Q = 500 . 0,11 . (90 ‒ 25) = 3 575 cal
• Para o ferro (c = 0,11 cal/g . ºC)
Q = 500 . 1 . (90 ‒ 25) = 32 500 cal
11
O calor e as mudanças de estado físico
Quando uma substância recebe ou cede energia na forma de calor, ela pode mudar de
estado físico.
A energia recebida durante

o derretimento do gelo, por
exemplo, aumenta a vibração das

moléculas, que começam
a se mover mais livremente,
até que a água atinja o
estado líquido.
12
Quanto maior for a massa de uma substância, maior a quantidade de energia
necessária para a mudança de estado. Essa quantidade de energia é
chamada de calor latente, e pode ser de fusão ou de vaporização.
Temperatura
O calor latente (L) varia de uma
substância para outra e a
gasoso quantidade de calor necessária
vaporização para fazer uma substância
mudar de estado é dada por:
líquido Q=m.L
fusão
Energia Energia
13
O aumento da temperatura provoca o aumento das dimensões de um corpo.
Esse fenômeno é chamado de dilatação térmica.
Sólidos
A dilatação de um sólido depende de seu

tamanho, da variação de temperatura e
do material que ele é feito, expresso pelo
coeficiente de dilatação do material.

partículas de um sólido em
temperatura mais alta
partículas de
um sólido em
temperatura
mais baixa
14
Líquidos
A densidade do gelo é menor do que a da água, pois no estado sólido as moléculas de
água estão mais afastadas do que no estado líquido. Isso acontece porque no gelo há
ligações químicas que mantêm as moléculas afastadas umas das outras.
O derretimento faz as moléculas se aproximarem. Quando a temperatura

chega a 4 ºC, a organização das moléculas é a mais compacta possível.
Acima de 4 ºC, a água comporta-se como outros líquidos.
Volume (cm3)
1000,30
1000,20
1000,10
Temperatura (ºC)
1000,00
2 4 6 8 10
15
Gases
Quando aquecemos um gás, sua pressão e seu volume tendem a aumentar. Se o
volume do recipiente não muda, então a pressão do gás aumenta com a temperatura.
Se o volume puder variar, o aquecimento do gás vai fazê-lo

aumentar de volume.
DAVID TAYLOR / SCIENCE PHOTO LIBRARY

16
A transmissão do calor
Link para
ambiente online
Para cozinhar e não queimar as mãos é melhor usar uma colher de cabo de
madeira ou uma colher inteira de metal?
• Qual é a principal forma de

transmissão de energia nos metais,
nos gases e nos líquidos?
NORPH / SHUTTERSTOCK / GLOW

• Como o calor do Sol chega até a
IMAGES Terra?
17
Condução
Quando uma parte de um metal é aquecida, seus átomos e elétrons livres começam a
vibrar mais rapidamente. Essa vibração é transmitida para os átomos vizinhos.
A condução de calor, portanto, é a transferência
CLÁUDIO CHIYO / ARQUIVO DA EDITORA

de energia entre átomos.
DA EDITORA
ADILSON SECCO / ARQUIVO
18
Veja o exemplo:
O ladrilho e o tapete estão à mesma
KLN ARTES GRÁFICAS /

ARQUIVO DA EDITORA
temperatura, mas a transferência de energia
do nosso pé para o ladrilho ocorre mais
facilmente do que para o tapete. Essa perda
mais rápida de calor é que nos dá a
sensação maior de frio.
Há materiais que são bons condutores de calor, como os metais, e outros que
não conduzem bem o calor, como a madeira, os plásticos, a borracha e o
isopor. Os materiais que conduzem mal o calor são chamados de isolantes
térmicos.
19
Convecção
É o principal processo de transmissão de calor nos líquidos e gases. A camada de água
no fundo da panela recebe calor por condução e se expande, ficando menos densa
que a água mais fria da parte de cima. Essa água mais fria desce e substitui a água já
aquecida, que sobe.
Esse processo se repete e a água fica circulando pela panela, formando as
correntes de convecção. Isso permite que toda a água da panela seja
aquecida.
MARTYN F. CHILLMAID / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

ADILSON SECCO / ARQUIVO DA
EDITORA
20
As correntes de convecção que se
FRANS LANTING / LATINSTOCK

formam na atmosfera possibilitam o
voo planado de aves de grande
porte, como as águias.
ar mais
frio
desce
A convecção acontece também nas
geladeiras. Como o congelador fica na
ar mais
parte superior, o ar nessa região esfria,
quente fica mais denso e desce. O ar da parte
sobe inferior, mais quente, sobe e é resfriado

pelo congelador. O processo se repete,
formando correntes de convecção dentro
da geladeira.
21
Irradiação
A radiação infravermelha é um tipo de
SPL DC / LATINSTOCK
radiação ou onda eletromagnética. Esse
tipo de radiação é capaz de se propagar no
vácuo e transmitir energia. Não podemos
vê-la, mas podemos senti-la em nossa pele
como calor.
A transmissão de calor por ondas

eletromagnéticas é chamada de
irradiação. Um corpo pode emitir
vários tipos de radiação
dependendo da temperatura em
que ele se encontra.
22
Das radiações que incidem sobre um corpo, uma parte é refletida e a outra é
absorvida.
Em uma estufa, o vidro deixa passar a luz do Sol, que é absorvida
pelas plantas. Estas se aquecem e emitem raios infravermelhos, que
não atravessam tão bem o vidro como a luz. Isso mantém a estufa
aquecida e ajuda na sobrevivência das plantas.
Sol luz do Sol
calor
LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA

23
O efeito estufa
As radiações do Sol passam pela atmosfera (como passam pelo vidro da estufa) e
esquentam a superfície do planeta, que emite raios infravermelhos. Uma parte desses
raios atravessa a atmosfera e vai para o espaço, e a outra é absorvida.
Esse processo é chamado de efeito estufa e mantém a temperatura média da

Terra em torno de 15 ºC. Sem ele, o planeta ficaria coberto por uma camada
de gelo, com uma temperatura em torno de -18 ºC.
radiação solar Parte do calor escapa
para o espaço.
Parte do calor é
atmosfera retida na Terra.

24
O problema é que fábricas, veículos e queimadas nas florestas lançam na
atmosfera bilhões de toneladas de gás carbônico por ano. Esse aumento na
concentração de gás carbônico intensifica o efeito estufa, o que resulta em um
aumento da temperatura média do planeta: é o aquecimento global.
As mudanças climáticas decorrentes desse aquecimento podem trazer graves
consequências para o homem e para a vida no planeta.
Concentração de CO2 na atmosfera (ppm) Temperatura média global (1880-2005)
Temperatura (ºC)
400 15,0
14,8
380 14,6
14,4
360 14,2
14,0
340 13,8
13,6
320 13,4
13,2
300 13,0
1960 1970 1980 1990 2000 2010 1380 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 Ano
Ano Fonte: GISS (Nasa).
25
As ondas e o som
As ondas sonoras são ondas

mecânicas que se propagam em um
meio material. A acústica é a parte da
Física que estuda as ondas sonoras.
PAULO NILSON / ARQUIVO DA EDITORA
• Som agudo, som grave, som fraco, som

forte. Como a Física explica essas
diferenças?
26
ILUSTRAÇÕES: ALEX ARGOZINO / ARQUIVO DA EDITORA

Uma onda é uma perturbação que se
propaga em um meio sólido, líquido ou
gasoso, ou até mesmo no vácuo
(espaço vazio).
Você pode produzir uma onda usando uma

corda presa a um objeto fixo: sacudindo a
ponta solta da corda para cima e para baixo, a
corda se deforma. A deformação se desloca ao
longo da corda e é chamada de pulso.
O que faz cada ponto da corda oscilar é a

energia transmitida pela onda.
27
As características de uma onda
Todas as ondas propagam energia sem deslocar matéria, têm velocidade,

amplitude, frequência e comprimento de onda.

Amplitude e comprimento
de onda
A distância entre uma crista ou um

vale em relação à posição de
equilíbrio é chamada de
amplitude. A distância percorrida
por uma onda até que ela comece
a se repetir (distância entre duas
cristas ou dois vales) é chamada de
comprimento de onda (λ).
28
Frequência e período
Cada ponto da corda sacudida fica oscilando. Frequência da onda produzida é o
número de oscilações completas que cada ponto realiza por unidade de tempo. A
unidade de frequência é o hertz (Hz).

O tempo gasto para realizar
uma oscilação completa é
chamado de período (T). O
período é o inverso da
frequência, e vice-versa.
1 1
f= ou T =
T f
29
Velocidade
Cada tipo de onda tem uma velocidade de propagação diferente. Como a velocidade é
a relação entre o espaço percorrido e o tempo gasto para percorrê-lo, utilizamos o
período (T) e o comprimento de onda (λ) para calcular a velocidade de propagação de
uma onda, que é constante:
comprimento da
onda
λ
comprimento da v= ou v = λ · f
onda T
30
Ondas transversais e longitudinais
Uma mola pode ser sacudida verticalmente, como foi feito com a corda, ou sua
extremidade pode ser puxada e comprimida.
No primeiro caso, cada ponto da mola oscila em uma direção que é perpendicular à
direção de propagação do pulso. Trata-se, portanto, de uma onda transversal.

No segundo caso, cada ponto
da mola oscila para a frente e
para trás, na mesma direção
da propagação de energia. Onda transversal propagando-se ao longo da mola.
Esse tipo de onda é chamado

de onda longitudinal.
Onda longitudinal propagando-se ao longo da mola.

Veja no detalhe: as partes escuras são as regiões
em que a mola está mais comprimida.
31
Ondas sonoras
São ondas longitudinais originadas a partir da

vibração de corpos materiais.

Elas se propagam pela vibração das partículas
do ar ou de outro meio material.
Quando realizamos a experiência vista na

figura ao lado, a vibração da régua faz
oscilar as moléculas do ar que estão
próximas. Essas moléculas interagem com
as moléculas vizinhas, fazendo-as oscilar
também. Formam-se regiões onde o ar
está mais comprimido (regiões de
compressão) e regiões onde as moléculas
oscilam com maior amplitude e ficam mais
afastadas (regiões de rarefação).
32
Uma onda longitudinal é formada por uma sequência de compressões e
rarefações propagando-se pelo ar.
A distância que separa duas compressões (ou duas rarefações) corresponde ao

comprimento de onda.

ALEX ARGOZINO / ARQUIVO DA EDITORA
região de compressão
região de rarefação
Comprimento de onda
compressão Detalhe das regiões de

Uma lâmina de aço oscilando
rarefação compressão (com
pode produzir ondas sonoras.
pressão
partículas mais
Quanto maior a amplitude da
próximas entre si) e de
oscilação, maior a intensidade
rarefação (com
do som.
Outra maneira de representar a onda partículas mais
indicando a variação da pressão do ar ao afastadas entre si).
longo da onda.
33
A velocidade do som
A onda sonora pode se propagar por qualquer meio material: sólido, líquido ou
gasoso.
A velocidade do som depende do meio em que a onda se desloca.
velocidade (m/s)
Quanto mais elástico e mais denso for um meio, maior a velocidade do som.
34
A frequência do som
A característica que nos permite distinguir sons agudos e sons graves
é a altura do som, que está relacionada com a frequência da onda sonora:
quanto maior a frequência, maior a altura, ou seja, mais
agudo é o som.
comprimento de onda
maior frequência
menor comprimento de onda
som mais agudo

comprimento de onda
comprimento de onda
menor frequência
maior comprimento de onda
som mais grave
A orelha humana capta sons que vão de 20 Hz, que correspondem a sons
muito graves, até 20 kHz (quilo-hertz), que são sons muito agudos.
35
A intensidade do som
Quando pedimos a uma pessoa para falar mais alto ou mais baixo, na realidade,
queremos que ela fale com maior ou menor intensidade.
A intensidade do som depende da amplitude da vibração das partículas por onde a
onda sonora passa: maior amplitude significa maior intensidade.
Situação inicial Desfecho
Tique-taque de relógio, cochicho, respiração normal 10 dB
Conversa em tom normal (a 1 m) 60 dB
Aspirador de pó 70 dB
Rua com tráfego intenso 80 dB
Liquidificador à velocidade máxima 90 dB
Britadeira (a 1 m), buzina, carro com escapamento aberto, danceteria 90 dB
Avião a jato a 100 m de distância, show de “rock pesado” 120 dB
A unidade usada para medir o nível de intensidade sonora é o decibel (dB).

36
O timbre
As notas musicais diferem entre si por sua frequência. Mas a mesma nota emitida por
instrumentos diferentes é percebida por nós de forma diferente porque cada
instrumento emite notas com um timbre característico.
pressão do
ar
Cada instrumento musical
nota de ou cada voz humana

guitarra
produz vibrações que
originam uma onda com
uma forma
nota de
violino característica de cada
um, isto é, de seu timbre.
37
O eco
Quando uma onda sonora atinge uma superfície, uma parte é absorvida e outra é
refletida. Mas nós só podemos distinguir um som de outro se houver entre ambos um
intervalo de tempo de pelo menos um décimo de segundo.

Imagine que você dê um grito e o som se
choque contra um obstáculo. Para que o eco
aconteça, é preciso que haja uma distância
mínima entre você e o obstáculo, de forma
que o seu grito e o som refletido sejam
percebidos como dois sons distintos.
obstáculo
38
A natureza da luz
Essa é a casa onde nasceu Isaac Newton. O arco-íris é mais um fenômeno estudado
por ele.
ROY L. BISHOP / AMERICAN INSTITUTE OF PHYSICS / SCIENCE

• Ondas de rádio, raios X,
luz visível... O que esses
fenômenos têm em
comum?
• O que o arco-íris indica sobre a

natureza da luz branca?
39
As ondas eletromagnéticas
A luz, as ondas de rádio e televisão, micro-ondas, os raios X e os raios infravermelhos
são ondas eletromagnéticas. No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas se propagam
com a mesma velocidade: 300.000 km/s.
ARQUIVO DA EDITORA
ROBERTO LOFIEL / ARQUIVO DA EDITORA

ARQUIVO DA EDITORA
MARCELO KURA /
REPRODUÇÃO / ARQUIVO DA EDITORA
MARCELO KURA / ARQUIVO DA EDITORA
40
As ondas de rádio, usadas na transmissão de rádio e televisão, têm um
comprimento de onda mais longo do que as micro-ondas.
Micro-ondas são usadas na transmissão por satélite de televisão e telefone,

nos radares e nos fornos de micro-ondas.
ADAPTADO DE: MÁXIMO, ANTÔNIO; ALVARENGA, BEATRIZ. CURSO DE

FÍSICA. SÃO PAULO: SCIPIONE. VOL. 3. P. 294. / ARQUIVO DA EDITORA
Um feixe de micro-ondas, proveniente de uma fonte, é distribuído
em várias direções por um ventilador metálico.
A porta do forno possui uma tela metálica que reflete

as micro-ondas, impedindo que saiam dispositivo especial,
do forno. Além disso, um dispositivo de segurança gerador de micro-ondas
desliga o forno quando a porta é aberta. (fonte de micro-ondas)
CORBIS / CORBIS (DC) / LATINSTOCK
SCIENTIFICA/VISUALS UNLIMITED /
O prato giratório permite que se

obtenha um cozimento mais
uniforme do alimento.
Os raios infravermelhos são emitidos pelos corpos

aquecidos e são usados em satélites de previsão do
tempo, controles remotos, sensores de alarmes, etc.
41
DAVID PARKER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / SPL DC / LATINSTOCK

A luz visível é a parte do espectro
eletromagnético em que estão as
Link para
ondas capazes de produzir a visão. Ambiente
online
Cada frequência dentro do espectro visível é

percebida como uma cor diferente, variando
do vermelho ao violeta.
Acima da luz visível estão os raios

ultravioleta, que são emitidos pelo Sol e
atuam na produção de vitamina D,
necessária à formação dos ossos. A
exposição excessiva aos raios UV
aumenta os riscos de câncer de pele, além
de provocar o envelhecimento precoce
da pele.
42
LESTER V. BERGMAN / CORBIS / LATINSTOCK

Os raios X são muito úteis à Medicina, pois
servem para detectar fraturas e problemas
nos ossos. Eles são absorvidos pelos ossos,
mas atravessam tecidos menos densos, o
que permite a formação de imagens
chamadas de radiografias.
Os raios gama são as ondas com frequência mais alta
ARQUIVO DA EDITORA
produzidas por materiais radioativos. Podem ser utilizados
para destruir tumores (radioterapia), para esterilizar
materiais cirúrgicos e para conservar alimentos.
43
As propriedades da luz
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Nós só conseguimos enxergar os objetos que
enviam luz até os nossos olhos. Ao incidir
sobre um corpo, a luz pode ser refletida,
absorvida ou atravessar o corpo.
Corpos opacos são aqueles

que nenhuma luz consegue
atravessar, como uma parede
KLAUS TIEDGE / CORBIS / CORBIS (RF) / LATINSTOCK
branca. A luz atravessa bem
corpos transparentes, como o
vidro.
Corpos translúcidos permitem a

passagem de uma parte da luz.
44
Luz e sombras
A luz se propaga em linha reta, o que possibilita a formação de sombras. A sombra se

forma nos locais que não são atingidos diretamente por nenhum raio luminoso. A
penumbra é uma sombra parcial.
raios luminosos penumbra
ILUSTRAÇÕES: KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA

lâmpada
sombra
45
Em 1666, Isaac Newton realizou um experimento de decomposição da luz
branca utilizando um prisma: quando a luz passa de um meio para o outro, ela
pode mudar de direção (fenômeno chamado de refração).
MATTHIAS KULKA / CORBIS / CORBIS (DC) / LATINSTOCK

Como a luz branca é formada
por uma mistura de ondas,
quando atravessa o prisma,
cada onda sofre um desvio
diferente. As ondas se
separam e várias cores
podem ser percebidas.
Esse fenômeno explica a formação do arco-íris: as gotas de chuva funcionam

como prismas, desviando a trajetória das ondas que formam a luz branca.
46
PAULO NILSON / ARQUIVO DA EDITORA

A cor de um objeto opaco depende então das luzes que
ele absorve e reflete. Se um objeto reflete mais a cor
vermelha e absorve bem as outras cores, ele será
percebido como vermelho.
A luz que ilumina um objeto também interfere em sua cor: quando uma bola
verde e uma vermelha são iluminadas por uma luz vermelha, por exemplo, a
bola verde parece preta e a bola vermelha continua vermelha.
FOTOS: MOURA / FOTO ARQUIVO

47
Espelhos e lentes
DAVID PARKER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / STOCK PHOTOS

• Que instrumentos e objetos do
cotidiano são aplicações da
reflexão da luz?
• E da refração da luz?
48
A reflexão da luz
Quando um feixe de luz incide sobre uma superfície plana e polida, o ângulo de
incidência é igual ao ângulo de reflexão. Esse tipo de reflexão chama-se reflexão
regular ou especular.
ARQUIVO DA EDITORA
reta normal
raio incidente raio refletido
ângulo de
ângulo de reflexão Superfície irregular:
incidência (folha de papel)
Em superfícies irregulares,
ocorre a reflexão difusa: um
feixe de raios paralelos se
espelho reflete em várias direções.
49
Em um espelho plano, as imagens parecem estar atrás do espelho. Isso
acontece porque os olhos e o cérebro captam as imagens a partir dos raios
luminosos que chegam até nós.

A imagem do objeto é vista no ponto
de encontro dos prolongamentos dos
raios refletidos.
objeto espelho Imagem virtual
50
CORDELIA MOLLOY / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Espelhos esféricos
Os espelhos convexos fornecem um campo de
visão maior que os espelhos planos. São usados
no retrovisor
externo de veículos, em saídas de
estacionamentos, em lojas, etc.
MARK THOMAS / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Os espelhos côncavos fornecem
imagens ampliadas de objetos
próximos. Por isso, são utilizados pelos
dentistas, em espelhos de maquiagem,
entre outras aplicações.
51
A refração da luz
Quando um raio de luz passa do ar para a água, ou do ar para um vidro, ele diminui de
velocidade. Se incidir obliquamente, ele muda também de direção.
A mudança de velocidade quando a luz passa de um meio para outro é chamada de

refração.
GIPHOTOSTOCK / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK

52
Lentes
Link para
ambiente online
As lentes são feitas de vidro, plástico ou outros materiais transparentes e
formam, por refração, imagens dos objetos.
As lentes convergentes
raios incidentes
fazem raios paralelos
raios refratados convergirem para um único

ponto depois de as
atravessarem.
eixo
F F Lupas e óculos para
hipermetropia são lentes desse
tipo.
53
Nas lentes divergentes, os raios que incidem paralelos ao eixo principal da
lente se afastam uns dos outros. É o prolongamento dos raios refratados que
converge para o foco.
raios
refratados
raios incidentes

As lentes de óculos para
miopia e o olho mágico eixo
instalado nas portas são F F
lentes divergentes.
As lentes possuem duas faces: uma delas é uma superfície curva; a outra
pode ser curva ou plana.
54
Instrumentos ópticos
Máquina fotográfica
A luz entra por uma abertura que pode ser controlada pelo diafragma. A objetiva é
formada por um sistema de lentes que funciona como uma lente convergente. Aciona-
se o obturador para fotografar um objeto.
obturador
prisma (controla o tempo de
diafragma
obturador filme exposição à luz)
(controla a
lentes

abertura)

visor
diafragma imagem
invertida
luz
objeto
objetiva sensor
espelho móvel
55
Microscópios ópticos
Lentes (a ocular)
ampliam a imagem

Fornecem imagens ampliadas de objetos formada pela objetiva. Lentes
pequenos. A luz emitida por uma lâmpada (a objetiva)
atravessa o objeto e passa pela objetiva. A A luz atravessa o
maioria dos microscópios possui um conjunto objeto observado.
de 3 objetivas com capacidade de aumento
diferentes.
luz
luz Lunetas e telescópios

lentes
Fornecem imagens aumentadas de objetos
distantes. Possuem sistemas de lentes convergentes
reunidos em uma objetiva e uma ocular (nos
telescópios refletores, usa-se um espelho côncavo).
56
Eletricidade e magnetismo
O âmbar, uma resina produzida pelos pinheiros, é capaz de atrair objetos leves depois
de ser esfregado na pele de animais.
PHOTORESEARCHERS / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK

• Como um corpo pode ficar
carregado com eletricidade?
• O que é uma corrente elétrica?
• Quais as propriedades
de um ímã?
57
A eletricidade estática
O átomo é eletricamente neutro, mas, em certas situações, elétrons podem passar de
um corpo para outro, resultando em corpos com carga total negativa e corpos com
carga total positiva.
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

Uma maneira de remover
elétrons de um corpo consiste
em friccioná-lo em outro
material diferente. Veja as
figuras ao lado.
O balão e a flanela ficaram eletrizados e
ARQUIVO DA EDITORA
aproximaram-se porque cargas elétricas de
sinais diferentes se atraem (e cargas
elétricas de
mesmo sinal se repelem).
58
Materiais como vidro, plástico, tecidos, papel, madeira e borracha são
chamados de isolantes térmicos. Podem perder ou ganhar elétrons de Link para
ambiente online
outros corpos por atrito, mas os elétrons não se movem bem entre seus
próprios átomos.
fio condutor fio condutor

Os materiais em que os elétrons
material material podem se mover com bastante
isolante isolante
facilidade entre os átomos são
fluxo de fluxo de chamados de condutores
elétrons elétrons elétricos. É o caso da maioria
dos metais.
Terra Terra
Cuidado com a eletricidade estática!

Além de pequenos choques, ela pode causar problemas sérios, como explosões e
incêndios.
59
A indução eletrostática
A atração dos pedaços de alumínio pelo balão é explicada pela indução eletrostática:
a proximidade do balão carregado negativamente repele as cargas negativas do
alumínio. Suas cargas positivas, então, ficam mais próximas do balão e os pedaços de
alumínio movem-se em direção ao balão.
Lei de Coulomb: se o valor de uma

ARQUIVO DA EDITORA
das cargas for duplicado, o valor da
força de atração também duplicará. papel-alumínio
Essa separação de cargas elétricas num

corpo provocada pela proximidade de um
corpo carregado é chamada de indução
eletrostática.
60
A corrente elétrica
A lâmpada acende porque uma corrente elétrica está passando pelos fios,
pela pilha e pela lâmpada.
lâmpada de
Os elétrons dos metais normalmente movem-se de forma 1,5 volt
desorganizada. Quando ligamos os fios metálicos a uma pilha, o
movimento fica mais organizado.
chave para abrir ou fechar o
O fluxo ordenado de

circuito
elétrons forma a corrente
elétrica. O conjunto
formado pela pilha, pelos
fios e pela lâmpada forma
um circuito elétrico. pilha de lanterna
fio elétrico encapado
61
Corrente contínua: o fluxo de elétrons se dá em um único sentido.
Corrente alternada: os elétrons oscilam no interior do condutor, invertendo

periodicamente o sentido da corrente.
sentido convencional A intensidade de uma corrente é a

quantidade de carga elétrica que
movimento dos elétrons passa por uma seção transversal do
condutor num intervalo de tempo.
A intensidade é medida em
ampère (A). A unidade de carga
elétrica é o coulomb (C), mas
geralmente utiliza-se o
microcoulomb (μC).
62
As cargas elétricas se deslocam por causa da cargas totais
diferença de potencial elétrico, também diferentes
chamada de tensão elétrica ou voltagem.
É a diferença de potencial entre os polos de uma

pilha que mantém uma corrente elétrica quando material
isolante
eles são unidos por um fio.
Unidade de medida de tensão elétrica = volt (V)

cargas totais
iguais
O grau de dificuldade que um condutor oferece à
passagem da corrente é chamado de resistência
fluxo de cargas
elétrica e depende do material de que é feito o
condutor. A resistência é medida em ohms (Ω) e
pode ser calculada pela fórmula:
U=R·i
63
Potência elétrica
A potência indica o consumo de energia elétrica em cada unidade de tempo. Ela é
medida em watts (W).
Energia
P=
t
A potência elétrica de um aparelho está relacionada com a intensidade (i) de

corrente elétrica que passa em cada trecho do circuito e também com a
voltagem (U):
P=U·i
64
Efeito Joule
JACEK / KINO.COM.BR
A energia que passa por um condutor se
transforma, em parte, em calor. Por isso
lâmpadas e aparelhos elétricos se
aquecem quando estão funcionando. Esse
efeito é conhecido como
Efeito Joule.
Nas lâmpadas incandescentes, a

energia elétrica é usada para aquecer
um filamento de tungstênio. Quando o
filamento atinge uma temperatura
próxima dos 2 600 ºC, ele passa a
emitir luz. Porém, boa parte da energia
é transformada em calor, o que diminui
muito o rendimento desse tipo
de lâmpada.
65
Cuidado com as instalações elétricas!
• Se um aparelho for ligado a uma tensão (110, 127 ou 220V) maior do que a
especificada pelo fabricante, ele pode ser danificado. Se for ligado a uma tensão
menor, não funciona ou funciona mal.
JACEK / KINO.COM.BR
• Para diminuir as chances de
JACEK / KINO.COM.BR
choque e proteger alguns

aparelhos, é feita uma “ligação
terra”, que permite que o excesso
de cargas escoe
para a Terra.
• Enrolar um fio em outro para fazer emendas pode

provocar curtos-circuitos. Os fusíveis e disjuntores
protegem as instalações elétricas dos efeitos de curtos-
circuitos e de eventuais aumentos de corrente elétrica.
66
O magnetismo
Com ímãs você pode atrair certos materiais, como alguns metais, chamados
de materiais ferromagnéticos.
CORDELIA MOLLOY / SCIENCE PHOTO LIBRARY

A. PARRAMÓN / AP PHOTO
O poder de atração de um
ímã é maior em suas
extremidades, isto é, em
seus polos. Há dois polos
magnéticos em um ímã: o
polo norte e o polo sul.
Polos diferentes se atraem e
polos iguais se repelem.
Há um campo magnético ao redor do ímã, ou seja, um ímã

é capaz de exercer seus efeitos a distância.
67
A bússola
A bússola magnética consiste em uma agulha imantada que pode girar livremente,
voltando-se sempre para a direção norte-sul do planeta.
MARK GARLICK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / SPL DC / LATINSTOCK

A agulha aponta sempre
nessa direção porque a
Terra apresenta um
magnetismo natural
resultante do núcleo com
ferro em seu interior. Os
polos magnéticos do
planeta localizam-se
próximos aos polos
geográficos.
68
circuito elétrico aberto
O eletromagnetismo
Por meio da eletricidade podemos gerar magnetismo e
por meio do magnetismo podemos gerar eletricidade.
Observe a figura ao lado. fio sobre a

bússola
Quando uma corrente elétrica passa pelo circuito, a

agulha da bússola muda de direção. Isso significa que a
corrente elétrica é capaz de produzir campos circuito elétrico fechado
magnéticos e funcionar como um ímã.
Quando duas cargas estão em movimento, há entre elas

uma força magnética, além de uma força elétrica.
69
Eletroímãs
Observe o experimento mostrado na figura abaixo. Ele mostra um prego se

magnetizando quando uma corrente elétrica passa por um fio enrolado ao redor dele.
PHOTO RESEARCHERS / LATINSTOCK

Os ímãs produzidos por corrente
elétrica são chamados de
eletroímãs. São utilizados em
telefones, alto-falantes, microfones,
televisores, computadores,
guindastes eletromagnéticos, entre
outras aplicações.
70
Indução eletromagnética
A imagem abaixo nos mostra que, quando um ímã é movimentado para dentro e para
fora das espiras de um fio, a agulha da bússola se movimenta.
cerca de 30 m de fio encapado
imã

bússola
fio enrolado 20 a 30 vezes ao redor da
bússola e do imã
Isso significa que um campo magnético variável gera corrente elétrica em

um condutor. Esse fenômeno é chamado de indução eletromagnética.
71
Nas usinas hidrelétricas, as turbinas que giram impulsionadas pela
queda-d’água fazem fios condutores se movimentarem entre os polos de
eletroímãs. Isso gera uma corrente elétrica. Desse modo, a energia Link para
mecânica da queda-d’água é transformada em energia elétrica. ambiente online

Esquema simplificado de gerador
eletroímã
reservatório
gerador
eixo
eletroímã circuito com

espiras turbina
O mesmo princípio é utilizado nas usinas termoelétricas, eólicas e

nucleares, e também nos dínamos usados em bicicletas.
72
Motores elétricos
Cargas elétricas em movimento ou fios que conduzem corrente elétrica podem sofrer
a ação de forças quando colocados num campo eletromagnético.
Esse efeito é utilizado nos motores elétricos ímãs

furadeira
presentes em geladeiras, ventiladores,
liquidificadores, furadeiras e máquinas

de lavar roupa.
Nesses aparelhos, as espiras de um fio

próximo a um ímã ou eletroímã ficam
fio enrolado em
submetidas à ação de uma força e espiras
começam a girar.
fio que leva corrente

elétrica para o motor
73

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