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8- A NATUREZA E A NECESSIDADE DAS

REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS
•Kuhn afirma que REVOLUÇÃO CIENTÍFICA são aqueles episódios de desenvolvimento
não-cumulativo, nos quais um paradigma mais antigo é total ou parcialmente substituído
por um novo, sendo este incompatível com o anterior, ainda destacando que algumas
revoluções científicas parecem revolucionárias somente para aqueles cujos paradigmas
sejam afetados por elas.

•Para Kuhn (2006, p. 227) uma revolução é uma espécie de mudança envolvendo um
certo tipo de reconstrução dos compromissos de grupo. Mas não necessita ser uma
grande mudança, nem precisa parecer revolucionária para os pesquisadores que não
participam da comunidade em questão. Ainda reforça que as mudanças localizadas em
comunidades específicas acontecem regularmente, porém não são discutidas pela
filosofia da ciência, mas que a mudança revolucionária assim se caracteriza quando
oposta à mudanças cumulativas.
•A escolha entre paradigmas em competição demonstra ser uma escolha entre modos
incompatíveis de vida comunitária, não podendo ser determinada pelos procedimentos de
avaliação característicos da ciência normal, pois estes dependem de um paradigma determinado
e este paradigma, por sua vez esta em questão.

• Este debate, então, torna-se circular, já que cada grupo utiliza seu próprio paradigma para
argumentar, em favor deste mesmo paradigma, ou seja, a lógica da discussão apontada por cada
um; é a partir de padrões, valores, regras, normas e metodologias defendidas por cada um – cria-
se um “debate de surdos” (pg.154). E utilizando técnicas de argumentação persuasiva,
apontando, também, a natureza e a lógica da questão, conquista o consentimento da
comunidade científica relevante sobre o que será o novo paradigma aceito.

Concebem-se várias relações compatíveis entre teorias velhas e novas que permitem alterações
no desenvolvimento da ciência normal, como (p.129):

CUMULATIVO – Novos tipos de fenômenos simplesmente revelariam a ordem existente em


algum aspecto da natureza, quando este ainda não fora descoberta. Abram-se caminhos para
novas aplicações da teoria dominante. Os cientistas selecionam fenômenos que podem ser
solucionados, através de técnicas conceituais e instrumentais semelhantes às existentes.

EVOLUTIVO – Os novos conhecimentos substituiriam a ignorância, evoluindo o paradigma


através de novas articulações entre teoria e prática. A evolução da ciência normal deve-se à luta
do cientista em buscar respostas não somente a sua volta. O homem sabe o que quer alcançar,
concebe seus instrumentos e dirige seus pensamentos, conforme seus objetivos;

SUSBTITUTIVO – Os novos conhecimentos substituem outros conhecimentos de tipos distintos e


incompatíveis. Revelam-se diferenças substantivas e não-substantivas entre o paradigma
dominante e o novo.
Existem, segundo Kuhn, três tipos de fenômenos que podem servir de base para o surgimento
de novas teorias (p.131):

1- Fenômenos já bem explicados pelos paradigmas existentes e se o fazem raramente serão


aceitos pela comunidade científica exatamente pela natureza não fornecer base para a
discriminação entre as concorrentes;
2- Fenômenos cuja natureza é fornecida pelo paradigma dominante, mas os detalhes
precisam ser explicados por novas articulações da teoria, o que provoca uma evolução do
paradigma existente e não sua substituição;
3- Anomalias reconhecidas pela academia, que não conseguem ser explicada pelo paradigma
dominante. Este sim dará origem ao estado de crise da ciência normal e a possível
substituição do paradigma aceito.
Kuhn alerta para a dificuldade que a comunidade científica tem em perceber e aceitar a
substituição de um paradigma que não oferece respostas a anomalias recorrentes. A esfera da
aplicabilidade do positivismo lógico, aceita ainda pela academia, posiciona-se de maneira, a
restringir o alcance e o sentido de uma teoria admitida, de tal modo que ela não poderia de
modo algum conflitar com qualquer teoria posterior que realizasse predições sobre alguns dos
mesmos fenômenos naturais por ela considerados (pg.132), ou seja, teoria nenhuma pode
entrar em conflito com seus casos especiais. E as gamas de aplicações de uma teoria deverão
restringir-se àqueles fenômenos e à precisão de observações de que tratam as provas
experimentais disponíveis. Mas, como se pode então permitir a ciência a se desenvolver se não
experimentar fenômenos não alinhados com as teorias testadas e aceitas? Sem o
compromisso com um paradigma não há ciência normal, incluindo compromisso com área e
graus de precisão e a busca de soluções para quebra-cabeças determinados. Mas então não
pode haver anomalias, surpresas e crises, sem que cessem o funcionamento do mecanismo da
ciência normal que protege o seu próprio funcionamento.
“… visto que nenhum paradigma consegue resolver todos os problemas que define e posto que
não existem dois paradigmas que deixem sem solução exatamente os mesmos problemas, os
debates entre paradigmas sempre envolvem a seguinte questão: quais são os problemas que é
mais significativo ter resolvido?” (KUHN. 2006. p.145).
Kuhn apresenta as características essenciais das comunidades científicas, ou, pelo menos,
explora os diversos requisitos para tornar-se membro de um grupo científico profissional
retiradas da prática da ciência normal (p.212):

•O cientista precisa estar preocupado com a resolução de problemas relativos ao


comportamento da natureza:
•Mesmo que sua preocupação tenha amplitude global, os problemas nos quais trabalha devem
ser de detalhes;
•As soluções que o satisfazem não podem ser meramente pessoais, mas devem ser aceitas
por muitos;
•O grupo que partilha seu trabalho são pares profissionais, mas também cientistas;
•Os membros do grupo devem ser vistos como únicos conhecedores das regras do jogo ou de
algum critério equivalente para julgamentos inequívocos durante debates sobre paradigmas.

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