Sei sulla pagina 1di 35

Transferência de Calor e

Massa II

Prof. Arlindo Lopes Faria


Mestre em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas
Engenheiro Metalurgista
Sumário

Unidade 1 | Ebulição, condensação e radiação


Unidade 2 | Trocas de radiação entre superfícies
Unidade 3 | Transferência de massa por convecção
Unidade 4 | Transferência de massa por difusão

2
Sumário

Unidade 2 | Trocas de radiação entre superfícies


Competência Conhecer e ser capaz de identificar e analisar os principais
Técnica conceitos relacionados às trocas de radiação entre superfícies

Seção 1 | Conceitos sobre fator de forma


Seção 2 | Trocas de radiação entre superfícies cinzas, difusas e opacas
Seção 3 | Trocas de radiação com meio participante

3
Sumário

Unidade 2 | Trocas de radiação entre superfícies


Competência Conhecer e ser capaz de identificar e analisar os principais
Técnica conceitos relacionados às trocas de radiação entre superfícies

Seção 1 | Conceitos sobre fator de forma


Seção 2 | Trocas de radiação entre superfícies cinzas, difusas e opacas
Seção 3 | Trocas de radiação com meio participante

4
Livros texto
Incropera:
CAPÍTULO 13. Troca de Radiação
Entre Superfícies
Seção 13.3: Troca de Radiação
entre Superfícies Cinzas, Difusas e
Opacas em uma Cavidade Fechada

Çengel:
CAPÍTULO 13: Transferência de
Calor por Radiação
Seção 13.4: Transferência de Calor
por radiaçÃo: superfícies difusa e
cinza

5
Troca de Radiação entre Superfícies Cinzas, Difusas e
Opacas em uma Cavidade Fechada
Em geral, radiação pode deixar uma superfície opaca
devido à reflexão e à emissão, e ao atingir uma segunda
superfície opaca experimenta reflexão assim como
absorção. Em uma cavidade fechada a radiação pode
passar por múltiplas reflexões em todas as superfícies,
com absorção parcial ocorrendo em cada uma delas.
Considerações:
1. Cada superfície da cavidade seja isotérmica;
2. Radiosidade uniforme;
3. Irradiação uniforme;
4. As superfícies são também supostas opacas ( = 0) e com emissividades (),
absortividades (α) e refletividades (ρ) independentes da direção (as superfícies
são difusas) e independentes do comprimento de onda (as superfícies são cinzas);
5.  =  (lei de Kirchhoff);
6. O meio no interior da cavidade é considerado não participante.
6
Troca de Radiação entre Superfícies Cinzas, Difusas e
Opacas em uma Cavidade Fechada
O problema é geralmente um no qual a temperatura Ti ou
o fluxo térmico radiante líquido 𝑞𝑖 " associado a cada uma
das superfícies é conhecido.
O objetivo é usar essa informação para determinar os
fluxos térmicos radiantes e as temperaturas
desconhecidas associadas a cada uma das superfícies.

7
Troca Radiante Líquida em uma Superfície
(1) Em uma cavidade fechada a radiação pode passar
por múltiplas reflexões em todas as superfícies, com
absorção parcial ocorrendo em cada uma delas.
(1)
No esquema ao lado, a troca de radiação ocorre em
superfícies cinzas e difusas com um meio não
participante em seu interior.

(2) Balanço de radiação:


O termo qi, que é a taxa líquida na qual a
radiação deixa a superfície i, representa o efeito
líquido das interações radiantes que ocorrem na
superfície. Ele representa a taxa na qual energia teria
que ser transferida para a superfície por outros meios
para mantê-la a uma temperatura constante. Ela é
igual à diferença entre a radiosidade da superfície e
sua irradiação e pode ser escrita na forma: (2)

𝑞𝑖 = 𝐴𝑖 𝐽𝑖 − 𝐺𝑖
8
Troca Radiante Líquida em uma Superfície
(3) Balanço de radiação:
Usando a definição de radiosidade, a transferência
radiante líquida na superfície também pode ser escrita
como: (1)
𝑞𝑖 = 𝐴𝑖 𝐸𝑖 − 𝛼𝑖 𝐺𝑖
na qual a relação αi = 1 – ρi para uma superfície opaca
foi utilizada. Observando que Ei = εi Ecni e
reconhecendo que ρi = 1 – αi = 1 – εi para uma
superfície cinza, difusa e opaca, a radiosidade também
pode ser representada por:
J i   i Ecni  1   i Gi
Explicitando Gi e substituindo na Equação qi=Ai(Jj-Gi)
tem-se que:
 J i   i Ecni  Ecni  J i (2) (3)
qi  Ai  J j   qi 
 1 i 
ou
1   i   i Ai
9
Troca Radiante Líquida em uma Superfície
(4) Resistência representando a transferência
líquida de radiação saindo de uma superfície.

(1)
Ecni  J i
A Equação qi  fornece uma representação
1   i   i Ai
conveniente para a taxa de transferência de calor
radiante líquida em uma superfície. Essa transferência,
representada em (4), está associada ao potencial
motriz (Ecni – Ji) e a uma resistência radiante
superficial com a forma (1 – εi)/(εiAi). Assim, se o
poder emissivo que a superfície teria caso ela fosse
negra excede sua radiosidade, há uma transferência
de calor líquida por radiação saindo da superfície; se o
inverso for verdadeiro, a transferência líquida se dá (2) (3) (4)
para a superfície.

10
Abordagem da Rede de Radiação

qi   Ai Fij J i  J j    qij
N N

j 1 j 1

N J  J 
Ecni  J i

i j

1   i   i Ai j 1 Ai Fij 1


𝑞𝑖 =

Ecni

Nó correspondente à
superfície i
Representação da rede de troca radiante entre a superfície i e as superfícies
restantes de uma cavidade fechada.
A Cavidade com Duas Superfícies
O exemplo mais simples de uma
cavidade é aquele formado por
duas superfícies que trocam
radiação somente entre si. Como
há somente duas superfícies, a
taxa de transferência de radiação
líquida saindo da superfície 1, q1,
deve ser igual à taxa de
transferência de radiação Ecn1 Ecn2
líquida para a superfície 2, –q2, e -q2
as duas grandezas devem ser Ecn1 Ecn2
iguais à taxa líquida na qual a
radiação é trocada entre 1 e 2.
Consequentemente,
A cavidade fechada com duas superfícies.
(a) Esquema. (b) Representação como uma rede.
A Cavidade com Duas Superfícies
A troca radiante líquida entre as
superfícies pode ser representada
por:
 T1  T2
4 4

q12  q1  q2 
1  1 1 1 2
 
1 A1 A1 F12  2 A2

Este resultado pode ser usado


Ecn1 Ecn2
para quaisquer duas superfícies -q2
cinza e difusas que formem uma
cavidade fechada e cada uma Ecn1 Ecn2
seja caracterizada por
radiosidades e irradiações
uniformes. Alguns casos A cavidade fechada com duas superfícies.
particulares importantes estão (a) Esquema. (b) Representação como uma rede.
resumidos a seguir?
A Cavidade com Duas Superfícies
Grandes Placas Cilindros Concêntricos Pequeno Objeto Convexo
Esferas Concêntricas
Paralelas (Infinitas) Longos (Infinitos) em uma Grande Cavidade

A1  A2  A A1 r12
A1 r1
  2 A1
F12  1 A2 r2 A2 r2 0
A2
F12  1 F12  1
F12  1

A T  T 4 4
 
A1 T14  T24  A1 T  T
4 4

q12  1 2
q12  q12  1 2

1 1   2  r1   
2
1 1 1 1   2  r1 
 1      q12  A1 1 T14  T24
1 2 
1  2  r2  1  2  r2 
Barreiras de Radiação
Barreiras de radiação construídas com materiais de baixa emissividade (elevada
refletividade) podem ser usadas para reduzir a transferência radiante líquida entre duas
superfícies. Considere a colocação de uma barreira de radiação, superfície 3, entre os
dois grandes planos paralelos da figura abaixo (a).

Blindagem de radiação Sem a barreira de radiação, a taxa de


transferência de radiação líquida entre
as superfícies 1 e 2 é dada pela
Equação:

q12 

A T14  T24 
1 1
 1
1 2
Barreiras de Radiação
Entretanto, com a barreira de radiação, estão presentes resistências adicionais, como
mostrado na figura abaixo (b), e a taxa de transferência de calor é reduzida. Note que a
emissividade associada a um dos lados da barreira (ε3,1) pode ser diferente daquela
associada ao lado oposto (ε3,2) e que as radiosidades serão sempre diferentes.
Somando as resistências e reconhecendo que F13 = F32 = 1, tem-se que:
Blindagem de radiação
Ecn1 Ecn3 Ecn2

𝐴1 𝜎 𝑇1 4 − 𝑇2 4
𝑞12 =
1 1 1 − 𝜀3,1 1 − 𝜀3,2
+ + +
𝜀1 𝜀2 𝜀3,1 𝜀3,2
Barreiras de Radiação
Entretanto, com a barreira de radiação, estão presentes resistências adicionais, como
mostrado na figura abaixo (b), e a taxa de transferência de calor é reduzida. Note que a
emissividade associada a um dos lados da barreira (ε3,1) pode ser diferente daquela
associada ao lado oposto (ε3,2) e que as radiosidades serão sempre diferentes.
Somando as resistências e reconhecendo que F13 = F32 = 1, tem-se que:
Blindagem de radiação
Ecn1 Ecn3 Ecn2

Para 3,1 = 3,2 = 3: Sem blindagem:


𝐴1 𝜎 𝑇1 4 − 𝑇2 4
q12 

A T14  T24 
𝑞12 = 1 1
1 1 2  1
+ + −2 1 2
𝜀1 𝜀2 𝜀3
A Superfície Rerradiante
A superfície rerradiante é comum em muitas aplicações industriais.
A superfície é caracterizada por uma transferência radiante líquida igual a zero (qi = 0).
Ela é bem aproximada por superfícies reais que são isoladas termicamente em um
lado e no lado oposto (radiante) os efeitos convectivos podem ser desprezados.
Como qi = 0, tem-se:

qi  Ai J j  Gi  Gi  J j
Gi  J i  Ecni
Ecni  J i
qi  J i  Ecni
1   i   i Ai
Desse modo, se a radiosidade da superfície rerradiante for conhecida, sua temperatura
é facilmente determinada. Em uma cavidade, a temperatura de equilíbrio de uma
superfície rerradiante é determinada pelas suas interações com as outras superfícies e
é independente da emissividade da superfície rerradiante.
A Superfície Rerradiante
(a) Uma cavidade com três superfícies, na qual a superfície R é rerradiante e;
(b) rede correspondente.
Considera-se que a superfície R seja isolada termicamente e que os efeitos convectivos
sejam desprezíveis. Assim, com qR = 0, a transferência de radiação líquida a partir da
superfície 1 deve ser igual à transferência de radiação líquida para a superfície 2.

(a) (b)
EcnR

Ecn1 Ecn2

Superfícies rerradiantes: adiabáticas – refratárias – qi = 0


A Superfície Rerradiante
A rede é um arranjo simples série–paralelo, e com base em sua análise pode ser
mostrado facilmente que:

Ecn1  Ecn 2
q1  q2 
1  1 1 1 2
 
 1 A1  1   1 
1
 2 A2 EcnR
A1 F12      
 A1 F1R   A2 F2 R 

Ecn1 Ecn2
Barreiras de Radiação (Exemplo 1)
Um fluido criogênico escoa através de um longo tubo com 20 mm de diâmetro, cuja
superfície externa é difusa e cinza, com ε1 = 0,02 e T1 = 77 K. Esse tubo é concêntrico
a um tubo maior, com diâmetro de 50 mm, cuja superfície interna é difusa e cinza,
com ε2 = 0,05 e T2 = 300 K. Há vácuo no espaço compreendido entre as superfícies.
Calcule o calor recebido pelo fluido criogênico por unidade de comprimento dos tubos.
Se uma barreira de radiação delgada com 35 mm de diâmetro e ε3 = 0,02 (nos dois
lados) for inserida entre as superfícies interna e externa no meio da distância entre
elas, calcule a variação (percentual) no ganho de calor pelo fluido por unidade de
comprimento dos tubos.
Barreiras de Radiação (Exemplo 1)
SOLUÇÃO
Dados: Arranjo de tubos concêntricos com superfícies cinza e difusas, com diferentes
emissividades e temperaturas.

Pede-se:
1. Ganho de calor pelo fluido criogênico que escoa no tubo interno.
2. Variação percentual no ganho de calor com a inserção de uma barreira de radiação
no meio da distância entre os tubos interno e externo.

Considerações:
1. Superfícies difusas e cinzas, sendo caracterizadas por irradiação e radiosidade
uniformes.
2. Vácuo no espaço entre os tubos.
3. Resistência condutiva na barreira de radiação desprezível.
4. Tubos concêntricos formam uma cavidade com duas superfícies (efeitos das
extremidades desprezíveis).
Barreiras de Radiação (Exemplo 1)
Esquema

Barreira

Sem barreira, sb Com barreira, cb


Barreiras de Radiação (Exemplo 1)
1. A representação em rede do sistema sem a barreira está mostrada abaixo:

A taxa de transferência de calor pode ser obtida com a Equação para cilindros longos
concêntricos:
A1 T14  T24 
q12 
1 1   2  r1 
  
1  2  r2 
Barreiras de Radiação (Exemplo 1)

 D1 L T14  T24 


q
1 1   2  D1 
  
1  2  D2 

q
5,67 x10 8 W
m 2 .K 4
x 0,02 m 
 77 K 4
 300 K 4

q 
'

L 1 1  0,05  0,02m 
  
0,02 0,05  0,05m 

q W
q   0,50
'

L m
Barreiras de Radiação (Exemplo 1)
2. A representação em rede do sistema com a barreira está mostrada abaixo:

A taxa de transferência de calor é agora:

q

Ecn1  Ecn 2  T14  T24


Rtot Rtot
Sendo a Rtot:
1  1 1  1 3  1 1 2
Rtot    2  
 1 D1 L  D1 L F13   3 D3 L   D3 L F23  2 D2 L 
Barreiras de Radiação (Exemplo 1)

1  1  0,02 1  1  0,02  1 1  0,05 


Rtot     2    
L  0,02x0,02m  x0,02m 1  0,02x0,035m   x0,035m 1 0,05x0,05m  

1817  1 
Rtot  779,0  15,9  891,3  9,1  121,0  
1
 2
L L m 

Então:

 T  T
4 4
 q
5,67 x10
m
W
8
2
.K 4
 
77 K 4
 300 K4
W
q 1 2
 q  
'
 q  0,25
'

Rtot L 1 m
1817 
m
Barreiras de Radiação (Exemplo 1)
A variação percentual no ganho de calor é, portanto, de:

 W  W
  0,25     0,50 
qcb  qsb
' '
 m  m
'
x100  x100  50%
qsb W
 0,50
m
A Superfície Rerradiante (Exemplo 2)
Um forno de recozimento de tintas é constituído por um longo duto triangular, no qual
uma superfície aquecida é mantida a 1200 K e outra superfície encontra-se
termicamente isolada. Painéis pintados, que são mantidos a 500 K, ocupam a terceira
superfície. Os lados do triângulo têm dimensão de W = 1 m e as superfícies aquecidas e
isoladas têm uma emissividade de 0,8. A emissividade dos painéis é igual a 0,4.
Durante a operação em regime estacionário, qual taxa de energia deve ser fornecida à
superfície aquecida, por unidade de comprimento do duto, para manter sua temperatura
a 1200 K? Qual é a temperatura da superfície isolada?
A Superfície Rerradiante (Exemplo 2)
SOLUÇÃO
Dados: Propriedades das superfícies de um longo duto triangular que tem uma
superfície isolada, uma aquecida e a outra resfriada.

Pede-se:
1. Taxa na qual o calor deve ser fornecido por unidade de comprimento do duto.
2. Temperatura da superfície isolada.

Considerações:
1. Condições de regime estacionário.
2. Todas superfícies opacas, difusas e cinzas, com radiosidade e irradiação uniformes.
3. Efeitos convectivos desprezíveis.
4. Superfície R rerradiante.
5. Efeitos de extremidade desprezíveis.
A Superfície Rerradiante (Exemplo 2)
Esquema:
A Superfície Rerradiante (Exemplo 2)
1. O sistema pode ser modelado como uma cavidade fechada com três
superfícies, sendo uma rerradiante. A taxa na qual energia deve ser
fornecida à superfície aquecida pode, então, ser obtida pela Equação:
Ecn1  Ecn 2
q1 
1  1 1 1 2
 
 1 A1  1   1 
1
 2 A2
A1 F12      
 A1 F1R   A2 F2 R 

Por simetria, F12 = F1R = F2R = 0,5. Também, A1 = A2 = W · L, sendo L o


comprimento do duto. Assim,

q1
5,67 x 10
m
W
2
.K 4
8
1200 4
 500 
4
K 4
 kW
q1  
'
 q1  37
'
 q2'
L 1  0,8 1 1  0,4 m
 
0,8 x 1 m 1 m x 0,5  2  2 1 m 0,4 x 1 m
A Superfície Rerradiante (Exemplo 2)
2. A temperatura da superfície isolada Entretanto, para usar essa expressão
pode ser obtida a partir da exigência de J1 e J2 devem ser conhecidos. Aplicando o
que JR = EcnR, com JR podendo ser obtida balanço de energia superficial nas
através da Equação: superfícies 1 e 2 utilizando a Equação:
J1  J R JR  J2 Ecni  J i
 0 qi 
1 A1F1R  1 A2 F2 R  1   i   i Ai

1  1 ' 1  0,8
J1  Ecn1  q1  J1  5,67 x 10 8 W
1200 K  
4
x37.000
W W
 J1  108.323 2
 1W 2
m .K 4
0,8 x 1 m m m

1 2 ' 1  0,4
J 2  Ecn 2  q2  J 2  5,67 x 10 8 W
500 K  
4
x37.000
W W
 J 2  59.043 2
 2W 2
m .K 4
0,4 x 1 m m m
A Superfície Rerradiante (Exemplo 2)
O balanço de energia na superfície rerradiante pode ser obtido pela Equação:

J1  J R JR  J2
 0
1 A1F1R  1 A2 F2 R 

108.323  J R J R  59.043
14

 0  W 
 83.683 2 
1 1
TR   m 
WxLx0,5 WxLx0,5  5,67 x 10 8 W 
 
 m 2 .K 4 
W
J R  83.683 2  EcnR  TR4 TR  1102 K
m

Potrebbero piacerti anche