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CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

PROF. LUDMILA DEFACI


CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO

positiva negativa

DE DAR DE FAZER DE NÃO FAZER

coisa certa

coisa incerta
OBRIGAÇÃO DE DAR
“As obrigações de dar, que têm por objeto
prestações de coisas, consistem na atividade de
dar (transferindo-se a propriedade da coisa),
entregar (transferindo-se a posse ou a detenção
da coisa) ou restituir (quando o credor recupera
a posse ou a detenção da coisa entregue ao
devedor).”

GAGLIANO, Stolze, P. Novo curso de direito civil, volume 2 : obrigações. [Minha


Biblioteca]. Retirado
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553172788/
Entrega: de propriedade ou posse
ou
Restituição: posse ou detenção

TRADIÇÃO
A obrigação de dar é “aquela em virtude da qual
o devedor fica jungido a promover, em benefício
do credor, a tradição da coisa (móvel ou imóvel),
já com o fim de outorgar um novo direito, já com
o de restituir a mesma ao seu dono”.

Rubens Limongi França citado por GONÇALVES, Roberto, C. Direito civil brasileiro,
volume 2 : teoria geral das obrigações. [Minha Biblioteca]. Retirado
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547229061/
Obrigação De Dar Coisa Certa
• artigos 233 ao 242 do Código Civil;
• Coisa certa = coisa individualizada, específica,
certa, determinada, que se distingue das
demais por características próprias;
• móvel ou imóvel;
FONTE: https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/porsche-panamera-chega-as-lojas-do-
pais/
FONTE: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT113187-16642,00.html
• não há liberação da obrigação se entregar ao
credor bem diverso do especificado:

artigo 313, CC:


“O credor não é obrigado a receber prestação
diversa da que lhe é devida, ainda que mais
valiosa.”

• A entrega de coisa diversa da prometida importa


modificação da obrigação, denominada novação
objetiva, que só pode ocorrer havendo
consentimento de ambas as partes.
• princípio acessorium sequitur principale = o
acessório segue o principal:

artigo 233, CC:


“A obrigação de dar coisa certa abrange os
acessórios dela embora não mencionados,
salvo se o contrário resultar do título ou das
circunstâncias do caso.”
SUCESSOS DA COISA CERTA (Fabio Ulhoa Coelho)
• Podem comprometer, em parte ou
totalmente, a prestação.
• É disciplinado por duas variáveis:
– propriedade do bem; e
– responsabilidade do possuidor pelo evento.
• 3 eventos:
– perda
– deterioração
– melhoramento
• PERDA ou PERECIMENTO = prejuízo total
• PERDA SEM CULPA DO DEVEDOR: da
entrega
da coisa
artigo 234, 1ª parte, CC:
“Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se
perder, sem culpa do devedor, antes da tradição,
ou pendente a condição suspensiva, fica
resolvida a obrigação para ambas as partes;
(...)”
Retorna-se
ao status
• AUSÊNCIA DE CULPA: quo ante o negócio encontra-
se subordinado a um
– CASO FORTUITO; acontecimento futuro
e incerto: o
– FORÇA MAIOR; e casamento do
devedor, por exemplo
– FATO DO PRÍNCIPE.
• Caso fortuito e força maio:
fatos ou eventos
imprevisíveis ou de difícil
previsão, que não podem ser
evitados, mas que provocam
consequências ou efeitos
para outras pessoas, porém,
não geram responsabilidade
do devedor.
Fato do príncipe

• Quando em decorrência
de normas emanadas de
órgãos do Estado, as partes ficam impedidas,
juridicamente, de cumprir as cláusulas do
contrato que firmaram.

(NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro: 2004. p.


322)
• PERDA COM CULPA DO DEVEDOR:

artigo 234, 2ª parte, CC:


“(...) se a perda resultar de culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente e mais perdas e
danos.”
Valor do
objeto
• DOLO; e
• CULPA:
– NEGLIGÊNCIA;
– IMPRUDÊNCIA ; e
– IMPERÍCIA.
• IMPRUDÊNCIA: ação precipitada, sem cautela.
• NEGLIGÊNCIA: não ter uma conduta esperada
para a situação ou deixar de tomar uma
atitude esperada.
• IMPERÍCIA: não ter qualificação técnica, teórica
ou prática. Falta de conhecimentos, de aptidão,
de conhecimento elementares de uma profissão.

https://biomedicinaestetica.com.br/mulher-hospital-festa-botox/

https://acordocoletivo.org/2012/10/07/negligencia-imprudencia-impericia/
• DETERIORAÇÃO ou prejuízo parcial
• DETERIORAÇÃO SEM CULPA DO DEVEDOR:

artigo 235, CC:


“Deteriorada a coisa, não sendo o devedor
culpado, poderá o credor resolver a obrigação,
ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor
que perdeu.”
• DETERIORAÇÃO COM CULPA DO DEVEDOR:

Artigo 236, CC:


“Sendo culpado o devedor, poderá o credor
exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no
estado em que se acha, com direito a reclamar,
em um ou em outro caso, indenização das
perdas e danos.”
MELHORAMENTO
valorização da prestação, é
tudo quanto opera mudança
para melhor, em valor, em
utilidade, em comodidade,
na condição e no estado
físico da coisa.
• ACRESCIDO é tudo que se
ajunta, que se acrescenta
à coisa, aumentando-a.
FRUTOS
são as utilidades que uma
coisa periodicamente
produz. Nascem e renascem
da coisa, sem acarretar-lhe a
destruição no todo ou em
parte
artigo 237, CC:

“Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com


os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais
poderá exigir aumento no preço; se o credor não
anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.

Parágrafo único. Os frutos percebidos são do


devedor, cabendo ao credor os pendentes.”
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR COISA CERTA
• Na obrigação de dar, consistente em restituir
coisa certa, dono é o credor, com direito à
devolução.
• coisa alheia em poder do devedor, a quem
cumpre devolvê-la ao dono.
• Exemplos:
– Locação (artigo 565 ao 578, CC);
– Comodato (artigos 579 a 585, CC); e
– Depósito( artigos 627 a 652, CC).
• PERDA SEM CULPA DO DEVEDOR:

artigo 238, CC:


“Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta,
sem culpa do devedor, se perder antes da
tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação
se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia
da perda.”

Ex.: animal objeto de comodato, por exemplo, não


puder ser restituído, por ter perecido devido a um
raio.
(GONÇALVES, Roberto, C. Direito civil brasileiro, volume 2 : teoria geral das obrigações. [Minha
Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547229061/)
artigo 238, CC:
“Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta,
sem culpa do devedor, se perder antes da tradição,
sofrerá o credor a perda, e a obrigação se
resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da
perda.”

Exemplo: Por conseguinte, se a coisa emprestada,


verbi gratia, gerou frutos, naturais ou civis (como os
aluguéis), sem despesa ou trabalho do
comodatário, terá aquele direito sobre eles (CC, art.
241).
(GONÇALVES, Roberto, C. Direito civil brasileiro, volume 2 : teoria geral das obrigações. [Minha
Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547229061/)
• PERDA COM CULPA DO DEVEDOR:

artigo 239, CC:


“Se a coisa se perder por culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente, mais perdas e
danos.”
Valor do
objeto
• DETERIORAÇÃO SEM CULPA DO DEVEDOR:

artigo 240, 1ª parte CC:


“Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa
do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se
ache, sem direito a indenização; (...).”
• DETERIORAÇÃO COM CULPA DO DEVEDOR:

Artigo 240, 2ª parte CC:


“(...) se por culpa do devedor, observar-se-á o
disposto no art. 239.”

artigo 239, CC:


“Se a coisa se perder por culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente, mais perdas e
danos.”
• MELHORAMENTO:

artigo 241, CC:


“Se, no caso do art. 238, sobrevier
melhoramento ou acréscimo à coisa, sem
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o
credor, desobrigado de indenização.”

Valorização
de terreno
Artigo 242, CC:
“Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o
devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará
pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias
realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.”

artigo 1.219, CC:


“O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto
às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-
las, quando o puder sem detrimento da coisa, e
poderá exercer o direito de retenção pelo valor das
benfeitorias necessárias e úteis.”
• Necessárias: Escoramento
com vigas

https://www.aecwe
b.com.br/prod/e/es
coramento-com-
vigas-
btm_1120_11649

• Úteis:
• Voluptuárias:
artigo 1.220, CC:

“Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas


somente as benfeitorias necessárias; não lhe
assiste o direito de retenção pela importância
destas, nem o de levantar as voluptuárias.”
artigo 242, § único, CC:

“(...)
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos,
observar-se-á, do mesmo modo, o disposto
neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou
de má-fé.”
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA OU
GENÉRICAS

“(...) cuja prestação consiste na entrega de


coisa especificada apenas pela espécie e
quantidade. É o que ocorre quando o sujeito se
obriga a dar duas sacas de café, por exemplo,
sem determinar a qualidade (tipo A ou B).”

(GAGLIANO, Stolze, P. Novo curso de direito civil, volume 2 : obrigações. [Minha Biblioteca].
Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553172788/ )
https://www.portalsyngenta.com.br/
noticias-do-campo/Produtores-
colhem-mais-sacas-de-cafe-apos-uso-
de-tecnologias

http://cavalos.mundoentrepatas.com/c
avalos-mustang.htm
artigo 243, CC:
“A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo
gênero e pela quantidade.”

“Não pode ser objeto de prestação, por


exemplo, a de “entregar sacas de café”, por
faltar a quantidade, bem como a de entregar
“dez sacas”, por faltar o gênero.”
GONÇALVES, Roberto, C. Direito civil brasileiro, volume 2 : teoria geral das obrigações. [Minha
Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547229061/
• indeterminabilidade é
relativa;
• a prestação genérica
deverá se converter em
prestação determinada,
quando o devedor ou o
credor escolher o tipo
de produto a ser
entregue, no momento
do pagamento.

– Ex.: 10 sacas de café –


10 sacas de café torra
tipo city.
• ESCOLHA = CONCENTRAÇÃO
Essa operação, por meio da qual se especifica a
prestação, convertendo a obrigação genérica em
determinada, denomina-se “concentração do
débito” ou “concentração da prestação devida”.
GAGLIANO, Stolze, P. Novo curso de direito civil, volume 2 : obrigações. [Minha Biblioteca]. Retirado
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553172788/

A determinação da qualidade da coisa incerta


perfaz-se pela escolha. Feita esta, e cientificado o
credor, acaba a incerteza, e a coisa torna-se certa,
vigorando, então, as normas da seção anterior do
Código Civil, que tratam das obrigações de dar coisa
certa.(...) O ato unilateral de escolha denomina-se
concentração.
GONÇALVES, Roberto, C. Direito civil brasileiro, volume 2 : teoria geral das obrigações. [Minha
Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547229061/
Exemplo prático

DEVEDOR CREDORA
Quem escolhe qual obrigação vai ser
entregue/cumprida???

Art. 244. Nas coisas


determinadas pelo gênero e
pela quantidade, a escolha
pertence ao devedor, se o
contrário não resultar do
título da obrigação; (...)
DEVEDOR
DEVEDOR CREDORA
Art. 245. Cientificado da
escolha o credor, vigorará o
disposto na Seção antecedente.
• Limites ao direito de escolha do devedor:
artigo 244 , 2ª PARTE, CC:

Nas coisas determinadas pelo gênero e pela


quantidade, a escolha pertence ao devedor, se
o contrário não resultar do título da obrigação;
mas não poderá dar a coisa pior, nem será
obrigado a prestar a melhor.
artigo 246, CC:
Antes da escolha, não poderá o devedor alegar
perda ou deterioração da coisa, ainda que por
força maior ou caso fortuito.

PERDA DETERIORAÇÃO MELHORAMENTO

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