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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Campus de Marília

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

COMÉRCIO INTERNACIONAL

4º ANO – 2011

Prof. Luís Antonio Paulino


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Campus de Marília

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Aula 2

Internacionalização: modelos e
dimensões teóricas
Tópicos
1. Evolução do campo teórico

2. A internacionalização da produção

3. A natureza das multinacionais

4. Abordagens teóricas
Evolução do campo teórico de NI e GI
• Predomino de estudos focados em IDE e EMNs.

• Insuficiência dos paradigmas construídos.

• Duas correntes de estudo:

• Adicionar a dimensão internacional aos estudos de


negócios domésticos.

• Tratar das consequências econômicas nos países


de origem e destino.


Evolução do campo teórico de NI e GI
• Três âmbitos específicos:

• problemas que as empresas enfrentam nas conduções de trocas


• problemas que gerentes enfrentam para controlar uma rede
internacional
• práticas de negócios no exterior

• Três tópicos principais

• Explicação dos fluxos de IDE (pós-II Guerra)


• Existência, estratégia e organização das EMNs (1970-1990)
• Desenvolvimento da internacionalização da firma (1980-2000)

• A fase atual caracteriza-se pela ausência de uma grande questão empírica

• F&A
• Gestão do conhecimento
• Conceito de globalização
• Papel das ONGs
• Estudos de determinados países (China, Índia)
Evolução do campo teórico de NI e GI
Três paradigmas

• Extensão
• Considera negócios internacionais como extensão da atividade da firma através
de fronteiras nacionais.

• O foco é ajustamento e adaptação das atividades em virtude das diferenças


entre os ambientes dos países de origem e destino das EMNs.

• Enfatiza as limitações culturais dos negócios em outros ambientes (cultura,


econômico, legal e político)

• A firma é o objeto de análise

• As questão que orienta a pesquisa são as da firma doméstica, como finanças e


marketing
Evolução do campo teórico de NI e GI
Três paradigmas

• Gestão transfronteiras
• Está centrado nos problemas causados pelos movimentos de produtos e capitais
através de fronteiras nacionais e pela necessidade de monitorar, coordenar e
integrar operações e atividades existentes em mais de um país.

• Apresenta negócios internacionais com distintos de negócios nacionais

• Aborda o desafio das enfrentado pelas organizações quando operam em


diversos países ao mesmo tempo.

• Sugere que a firma como unidade central de análise deve ser substituída por
uma visão hierárquica, com múltiplos níveis de análise.

• O fundamental é alterar o foco da investigação da firma para os processos de


negócios.
Evolução do campo teórico de NI e GI
Três paradigmas

• Interação emergente
• NI é apresentado como um processo hierárquico, com múltiplos níveis de
análise, resultante da interação de dois ou mais processos de negócios de
múltiplos e que estão socialmente enraizados.

• Segundo essa abordagem tanto a disciplina da economia quanto a


antropologia, história, economia política e sociologia podem contribuir para a
compreensão do fenômeno dos negócios internacionais e também dos processos
nacionais de negócios.

• Implicações:
• intensifica a natureza multidisciplinar de NI
• refuta a visão econômica de negócios separados da sociedade
• modifica a relação de NI com outros campos de multidisciplinar para
interdisciplinar
• envolve múltiplos níveis de análise (suprasocietal, societal, indústrias,
firmas, grupos, indivíduos)
Abordagens Teóricas
• Internacionalização da produção pode ocorrer por
meio de:

• Comércio internacional
Internalização
da produção
• Investimento Externo Direto
Externalização
• Relação contratual da produção

• Deslocamento pessoal dos consumidores e


produtores (pessoa natural).
Internacionalização da produção
A natureza das multinacionais

1. Definição: empresas oligopolísticas cuja


propriedade, administração, produção e
atividade de comercialização se estendem por
várias jurisdições nacionais.

2. Objetivo principal: garantir a produção ao


menor custo de bens destinados aos
mercados locais/mundiais, baseando-se na
existência de alguma vantagem competitiva
com relação às empresas locais.
A natureza das multinacionais

1. Outros objetivos:

 Preempção de mercados
 Acesso a mercados em expansão e relativamente
fechados
 Acesso a fontes de matérias-primas estratégicas (petróleo,
minérios)
 Acesso a novas tecnologias
 Explorar economias de escala/escopo
A natureza das multinacionais

1. Estratégia de localização: aquisição dos locais


mais eficientes para suas instalações
produtivas ou mediante concessões tributárias
dos países hospedeiros.

2. Financiamento: Investimento Direto


Estrangeiro (IDE) e/ou financiamento do país
hospedeiro.
A natureza das multinacionais

Variáveis que afetam as opções de localização (positiva ou


negativamente)

• Recursos específicos do país


• Qualidade e preço dos insumos
• Qualidade das infra-estruturas e externalidades (P&D, etc.)
• Custos de transporte e de comunicação
• Distância psicológica (língua, cultura, etc.)
• Política comercial (barreiras tarifárias e não-tarifárias,
contingenciamento)
• Ameaças protecionistas
• Política industrial, tecnológica, social
• Subvenções e incentivos para atrair as companhias
A natureza das multinacionais

1. Tipos mais comuns de IDE:


 Investimentos industriais
 Investimentos nas indústrias extrativas
 Investimentos no setor de serviços

2. Fatores de expansão:
 Compressão do tempo e do espaço em razão dos
aperfeiçoamentos nos transportes e comunicações.
 Políticas governamentais favoráveis às multinacionais e
ambiente internacional propício.
A natureza das multinacionais

Fonte: L’Altas – Le Monde Diplomatique (2006)


A natureza das multinacionais

Fonte: L’Altas – Le Monde Diplomatique (2006)


Abordagens Teóricas
 Abordagem econômica
 enfoca a organização da produção, do investimento e
comércio internacional
 se concentra em agregados macroeconômicos,
organização industrial e fenômenos microeconômicos
considerados altamente objetivos
 Abordagem organizacional
 enfoca o comportamento organizacional dentro da firma
para enfrentar o mercado internacional.
 o comportamento organizacional e o tomador de decisão
constituem o enfoque de uma teoria que lida com variáveis
mais subjetivas
Abordagens Teóricas
 Há um crescente esforço de integração entre as duas
visões:

• a abordagem do comportamento organizacional desenvolve-


se com grande sucesso, mas carece de uma visão
“internacionalista”.
 “A função do carteiro é entregar cartas, qualquer que seja a cor
de seu uniforme”

• o teóricos das teorias econômicas de negócios internacionais


percebem a importância de aspectos institucionais e culturais
relacionados a práticas gerenciais/operativas para o sucesso
do processo de internacionalização da empresa.
Abordagens econômicas
 Teoria do Investimento em Portfólio (a visão
neoclássica).
 Teoria do Ciclo do Produto – Raymond Vernon
(1966, 1979).
 Teoria do Poder de Mercado – Stephen Hymer
(1976).
 Teoria da internalização – Buckley & Casson
com base em Coase (1937) e Willianson
(1975).
 O quadro de referência eclético OLI de
Dunning.
Teoria do Investimento de Portfólio
• Movimentos internacionais de capitais são
determinados pelos diferenciais de taxas de
juros e rentabilidade.

• Comércio internacional responde a diferenças


nos preços relativos dos bens entre países.

• Movimentos internacionais de fatores é


determinado por diferenças absolutas nos
preços dos fatores.
Teoria do Investimento de Portfólio

• O capital que se movimenta o faz como


resposta a diferenças absolutas nas taxas
de juros ou de rentabilidade

• Investimento internacional é função


direta do diferencial de taxas de
remuneração do capital entre os países.
Teoria do Ciclo do Produto

• Investimentos horizontalmente integrados


• produção do mesmo produto em diversos locais

• Todo produto se desenvolve em três fases:


1. fase de introdução
2. fase do desenvolvimento
3. fase madura, da padronização
Teoria do Ciclo do Produto
1. fase de introdução

 produção tende a localizar-se nos países mais avançados


industrialmente em razão do grande mercado interno (a
demanda) e dos recursos devotados à inovação (oferta).

 as empresas tendem a gozar de uma posição


monopolística, decorrente da tecnologia que detêm.
Teoria do Ciclo do Produto
2. fase de desenvolvimento

 com o tempo, o crescimento dessa demanda, a difusão da


tecnologia utilizada por competidores tornam factível e
mesmo necessário produzir no exterior.

 nessa segunda fase, os processos de manufatura


continuam a ser aperfeiçoados, o locus da produção tende
a deslocar-se para outros países industrializados.
Teoria do Ciclo do Produto
3. fase de padronização

 a padronização do processo industrial possibilita o


deslocamento da produção para os países menos
desenvolvidos, cuja vantagem comparativa é representada
pelo menor custo da mão-de-obra.

 Dessas plataformas de exportação o produto acabado ou


os seus componentes são exportados pra os mercados
mundiais.

 Esse comércio intra-firma passou a ser uma característica


importante da economia mundial contemporânea.
Teoria do Ciclo do Produto
Aspectos importantes que a teoria do ciclo
do produto ajuda a explicar

 o peso das empresas multinacionais e da competição


oligopolista.
 O papel do desenvolvimento e da difusão da tecnologia
industrial como fatores importantes do comércio e da
localização global das atividades econômicas.
 Integração do comércio e da produção no exterior na
estratégia das empresas.
Teoria do Ciclo do Produto
Mudanças ocorridas que alteram o ciclo do
produto:

 aceleração das taxas de inovação e difusão tecnológicas


 aumento da importância competitiva da inovação
 produção internacional tornou-se elemento importante das
estratégias empresariais
 combinação de produtos e técnicas de produção
altamente padronizados com a existência de mão-de-obra
relativamente barata fez com as novas economias em
desenvolvimento (os chamados mercados emergentes)
passassem a ser fonte significativa de produtos industriais
e seus componentes.
Teoria do Ciclo do Produto
• Limitações da teoria do ciclo do produto
levaram a um esforço para desenvolver uma
teoria das multinacionais e do investimento
direto externo direto mais ampla e
abrangente: a Teoria do Poder de Mercado

• O trabalho pioneiro a tese de doutorado de


Stephen Hymer no MIT em 1960 (publicada
apenas em 1976)
Teoria do Poder de Mercado
 “Fazer negócios no exterior” implica outros
custos para a firma além de simplesmente a
exportação a partir das suas fábricas
instaladas no país.

 Por isso a firma precisa ter alguma “vantagem


compensatória específica”, tal como o
desenvolvimento da sua capacitação
tecnológica ou gerencial ou economias de
escala, que lhe permitam obter “renda de
monopólio” com as operações no exterior.
Teoria do Poder de Mercado
• Segundo Hymer, as empresas engajam-se em
operações externas por três razões:

• Vantagens que as firmas do país receptor não


têm (vantagem específica).

• Antecipar-se à competição (investimento


defensivo)

• Reduzir riscos por meio da diversificação em


termos de número de mercados em que a firma
tem atividades (diversificação geográfica de risco)
Teoria do Poder de Mercado
• Enquanto para a teoria do investimento em portfólio
o investimento internacional é determinado pelo
diferencial das taxas de retorno, para Hymer, a
determinação teórica do investimento externo deve ser
tratada não somente em termos de diferenças de
atributos entre países (fatores de produção e,
portanto, remuneração), mas também, e
principalmente, das diferenças existentes entre as
empresas dos diferentes países.

• fatores locacionais (fatores produtivos)

• fatores específicos à propriedade (tecnologia,


escala, etc.)
Teoria do Poder de Mercado
 A expansão da forma vertical de empresa
multinacional implicam:

• internalização ou integração vertical das várias


fases do negócio, para reduzir custos de transação.

• produção e exploração do conhecimento técnico.

• oportunidade de expandir-se no exterior viabilizada


pela melhoria das comunicações e dos transportes.
Teoria do Poder de Mercado

O resultado da internacionalização do
processo produtivo tem sido a rápida
expansão do comércio intra-firma.
Teoria da Internalização
 O limite de expansão da firma é quando os
custos de estruturar mais uma transação
dentro da firma se tornam iguais se tornam
iguais ao custo de usar as trocas de mercado.

 Se os custos de mercado são maiores do que


o custo de organizar outra firma, a escolha
para expansão da firma é organizar uma nova
firma.
Teoria da Internalização
 Um elemento importante da teoria é a questão
da integração vertical e horizontal:

• A firma procura a integração vertical para vencer


barreiras de entrada e evita incertezas de mercado,
e esta é uma reação a preços não-competitivos.

• Ela também procura a integração horizontal para


usar economias de escala para gerar novos
conhecimentos.
Teoria da Internalização
 A firma (em oposição ao mercado):

• ajuda a controlar os custos envolvidos no


mecanismo de preços (preços de transferência).
• diminui a incerteza dominante no sistema
econômico.
• permite a divisão do trabalho por meio da
supervisão qualificada.
• melhora os resultados da experimentação e da
tentativa e erro.
Teoria da Internalização
 A idéia fundamental dessa teoria é que a troca
administrada pelo grupo (empresa) envolve
custos de transação menores do que a troca
de mercado, incrementando a eficiência do
grupo.

 Nessa teoria, o arranjo institucional adequado


de cooperação entre as partes envolvidas na
troca comercial/industrial é o da estrutura
organizacional das multinacionais globalmente
integradas na qual o controle é centralizado e
hierárquico.
Teoria da Internalização
Vantagens decorrentes da internalização

• Economia de transação na aquisição dos insumos


(inclusive tecnologia)
• Redução da incerteza
• Maior proteção da tecnologia
• Acesso à sinergias próprias das atividades
independentes
• Controle das iniciativas
• Possibilidade de evitar ou explorar medidas
governamentais (especialmente fiscais)
• Possibilidade de praticar manipulação de preços de
transferência, fixação de preços predatórios, etc.
O quadro de referência eclético de Dunning

 O conceito de paradigma eclético foi


desenvolvido na década de 1970 por John
Dunning, que tinha por objetivo delinear uma
explicação ampla para a teoria da produção
internacional da firma, com o auxílio de
diversos ramos da teoria econômica.
O quadro de referência eclético de Dunning

 Basicamente, o paradigma eclético explica que a


firma, quando decide iniciar uma produção
internacional, deve possuir alguma vantagem
diferencial sobre seus competidores.

 De posse dessa vantagem, a firma ira internalizar a


produção se perceber que essa é a melhor solução,
em vez de ceder seus direitos a outras firmas.

 Finalmente, deve haver um interesse econômico em


localizar a produção em mercados estrangeiros, de
modo a capturar os benefícios econômicos existentes
em diferentes localidades.
O quadro de referência eclético de Dunning

 Essas são as três colunas do paradigma


eclético (OLI):

• vantagem específica do proprietário (ownership-


specific advantage – O)

• variáveis específicas de localização (location-


specific variables – L)

• internalização (internalization – I)
O quadro de referência eclético de Dunning

• A idéia subjacente ao modelo OLI


(ownership, localization, internalization ) é
que a decisão de produção no exterior
exercida por um empresa tem sentido em
função das economias de localização no
exterior e das diferenças entre as empresas
estrangeiras e domésticas, havidas antes do
investimento.
O quadro de referência eclético de Dunning

Variáveis que afetam as opções de localização (positiva ou


negativamente)

• Recursos específicos do país


• Qualidade e preço dos insumos
• Qualidade das infra-estruturas e externalidades (P&D, etc.)
• Custos de transporte e de comunicação
• Distância psicológica (língua, cultura, etc.)
• Política comercial (barreiras tarifárias e não-tarifárias,
contingenciamento)
• Ameaças protecionistas
• Política industrial, tecnológica, social
• Subvenções e incentivos para atrair as companhias
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)

 A escola de Uppsala preconiza que as


empresas tendem a internacionalizar para
países psiquicamente próximos ao seu país de
origem e a adotar uma seqüência de estágios
em que vão gradualmente aumentando
gradualmente o comprometimento de
recursos, isto é, o volume e a irreversibilidade
no exterior.
Abordagem organizacional (a escola de Uppsala)

Fonte: Hemais, 2004, V.I, p.84


Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)

 Esse modelo enfatiza o aumento da


internacionalização por meio da aquisição,
integração e uso do conhecimento de
mercados externos.

 A firma internacional é uma organização


caracterizada por processos baseados em
aprendizagem e apresenta uma complexa e
difusa estrutura quanto a recursos,
competências e influências.
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)

 O limite de crescimento da firma está


associado aos seus recursos humanos e à
aquisição de conhecimento coletivo, que seria
um processo evolutivo, conseqüência da
experiência direta dos funcionários.

 Uma das idéias centrais da teoria


comportamental da firma ampliada para os
estudos de internacionalização da firma, é a de
que os gerentes evitam riscos e não tomam
decisões arriscadas voluntariamente.
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)

 Quanto mais longe da matriz, maior é a


incerteza.

 Essa distância não se mede somente em


quilômetros, mas também pelas diferenças
culturais, econômicas, tecnológicas e
educacionais entre os países de origem e os
de operação.

 Essa diferença é chamada de psíquica e


quanto maior essa diferença, maior a
incerteza.
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)

 O processo de internacionalização da firma se dá em


duas etapas:

 A primeira ocorre por meio de operações no exterior


iniciadas em países próximos; a expansão da
operação ocorre de forma gradual para regiões mais
distantes.

 A segunda define a entrada no mercado estrangeiro


por meio de exportação, raramente começando o
processo de internacionalização com a firma
implantando unidades de venda no exterior ou
subsidiárias. Em geral, o investimento em
subsidiárias só ocorre depois de anos exportando
para o mesmo local.
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)

O pensamento da Escola de Uppsala


evoluiu até chegar na questão de redes
de relacionamento (networks), seja na
esfera industrial ou no relacionamento
existente entre firmas e mercados
internacionais.
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)

 Há uma diferença entre o modelo tradicional e esse


processo evolutivo de redes de relacionamento: o
padrão heterogêneo de oportunidade de entrada.

 modelo tradicional: padronização do modo e dos motivos de


internacionalização das firmas.

 modelo evolutivo: a heterogeneidade motivaria a firma a escolher


mercados e estratégias de entrada que poderiam ser diferentes
do modelo tradicional, e os relacionamentos (pessoais ou de
negócios) poderiam ser usados como pontes para entrada em
outras networks.
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)

 Nesse modelo, o processo de internacionalização


aceita múltiplos modos de entrada, com exportação,
licenciamento, subsidiárias de vendas, subsidiárias de
produção, instalação de fábricas, gestão de contratos
e joint-venture. (heterarquia organizacional).

 As multinacionais organizam suas atividades para


influenciar atores políticos nos países estrangeiros (os
legisladores, por exemplo), incorporando assim a
gestão desses atores externos à network dos
negócios.
Abordagem Cultural
 Cultura é um mecanismo de diferenciação e
integração.

 O caráter multinacional das corporações cria uma


complexidade cultural, ocasionando conflitos e
confusões que fazem parte da interação entre
indivíduos e grupos, e estes não possuem os mesmo
códigos culturais.

 A diversidade cultural também pode ser uma


vantagem para a corporação.
Abordagem Cultural
 A multinacionais possuem uma marca cultural, que se refere à
sociedade de origem.

 Quanto maior o poder econômico dessa sociedade, mais óbvia é a


marca.

 Corporações com sede em países menores são menos


etnocêntricas, e o fluxo de integração cultural pode ser mais
simétrico e recíproco.

 Os dois modelos – homogeneização e resistência cultural – se


interpenetram.

 Um organização com cultura própria pode inspirar lealdade e tender


à homogeneização das subsidiárias
Abordagem da Barganha
 A área de Negociações Internacionais (que é uma sub-
área das Relações Internacionais) dedica-se a estudar
atividades de negócios que atravessam fronteiras
nacionais e, por essa razão, se preocupa com as
firmas que realizam esses negócios e com as
regulações dos governos nacionais, bem como as
regulações internacionais no âmbito de organizações
supra-nacionais como a OMC

 Em Negociações Internacionais a intervenção do


governo deve ser a questão central e, portanto, a
relação entre governos e firmas multinacionais.
Vantagens para o país hospedeiro
• Acesso a tecnologias e técnicas de gerenciamento
superiores
• Aumento da produção local e geração de empregos
• Demanda de insumos locais
• Economias que possuem grandes mercados locais,
um oferta abundante de mão-de-obra qualificada, boa
infra-estrutura de comunicações e recursos naturais
valiosos e abundantes (como petróleo, por exemplo)
estão em melhor condição de barganhar e maximizar
as concessões dos investidores estrangeiros do que
aquelas cuja única vantagem comparativa é a
existência de mão-de-obra barata.
Desvantagens para o país hospedeiro
• Possibilidade de se beneficiar por possuir alguma vantagem
diferencial sobre as empresas competidoras locais:

• Superioridade tecnológica, gerencial e de marketing


• Acesso privilegiado a informações
• Acesso privilegiado a determinados insumos sobre os
quais tenha domínio na cadeia produtiva mundial
• Acesso a maiores volumes de capital

• Falta de interesse em transferir para as empresas locais


conhecimentos e capacitação tecnológica.

• Falta de interesse em localizar fora dos países de origem as


atividades que exijam tecnologia e capacidade gerencial mais
avançadas.
Vantagens para o país de origem

• Aumento do lucro de matrizes, que podem ser utilizados


para expandir o investimento doméstico em atividades que
gerem alto valor agregado e sejam intensivas em
tecnologia e capacidade gerencial.

• Acesso a novas tecnologias.

• Em uma economia globalizada, empresas multinacionais


domésticas podem ser os únicos agentes capazes de
sustentar a competição local e internacional na produção
de bens de alto valor agregado e conteúdo tecnológico,
tanto no mercado externo, quanto no mercado local.
Desvantagens para o país de origem

• Capacidade de mover-se, dentro de certos


limites, para locais onde o custo de produção lhes
seja mais favorável, o que pode implicar em
fechamento de fábricas e dispensa de
trabalhadores.

• As desvantagens para os países de origem são


muito relativas.
Relações governo-empresa
multinacional e diplomacia triangular
• As mudanças na economia global aumentaram a
interdependência econômica e alteraram o relacionamento
entre Estados e empresas multinacionais:

• mudança tecnológica nos transportes e


comunicações, permitindo a organização e o
gerenciamento global dos sistemas industriais e de
distribuição, reduzindo significativamente os custos da
globalização dos serviços e dos setores de produção.

• desregulamentação dos mercados financeiros e


outros serviços, facilitando o IDE.
Relações governo-empresa
multinacional e diplomacia triangular
• mudanças nos métodos de produção e de organização
industrial, “fordismo” para o “toytismo” facilitam o
operação das empresas em escala global, por meio de
redes de alianças corporativas, como as joint-ventures,
sub-contratações, licenciamento e os acordos de produção
(terceirização da produção).

• num contexto onde a mudança tecnológica se acelerou e


os recursos financeiros são mais voláteis, os ativos que
atraíam IED para os países em desenvolvimento ( matéria-
prima e mão-de-obra) vão perdendo seu valor.
Relações governo-empresa
multinacional e diplomacia triangular
• A maioria dos governos dos países em desenvolvimento
entende que, sem atrair IED, será muito difícil obter
acesso a capital, tecnologia e mercado internacional.

• Na relação de barganha que se estabelece entre as


multinacionais e os governos nacionais, cada lado tenta
extrair o máximo de vantagens e concessões da outra
parte.

• Há um padrão de negociação chamado “padrão de


barganha obsolescente”, em que a empresa se encontra
em posição mais forte antes de investir e consegue extrair
o máximo de concessões, mas perde esse poder depois do
investimento ter sido feito na economia hospedeira.
Relações governo-empresa
multinacional e diplomacia triangular
• Estados competem mais por geração de riqueza dentro do próprio
território do que por poder no sistema internacional.

• O surgimento de novas formas de competição global influencia a


forma como os Estados nacionais competem por riqueza.

• Países pequenos e menos desenvolvidos enfrentam barreiras para


ter acesso às indústrias sujeitas à competição global.

• As mudanças anteriores deram origem à “diplomacia triangular”:


estados e multinacionais passam a negociar entre si.

• As novas dimensões diplomáticas ampliaram as opções políticas e


administrativas tanto dos governos quanto das firmas.

• Tais mudanças mudaram os resultados da nova diplomacia.


Relações governo-empresa
multinacional e diplomacia triangular

Fonte: Guedes, A. L. 2007, p.85


Políticas Nacionais e Estratégias das
Multinacionais

• Estratégias industriais são planos do governo


para alocar recursos, com a intenção de atingir
objetivos econômicos nacionais a longo prazo,
inclusive crescimento e competitividade
internacional.

• A estratégia industrial afeta a estratégia das


multinacionais quando faz com que firmas se
desviem dos seus critérios estratégicos pré-
estabelecidos.
Políticas Nacionais e Estratégias das
Multinacionais

• Os parâmetros que norteiam as estratégias do


governo e das multinacionais são:

• a especificidade dos instrumentos utilizados pelos


estado (políticas horizontais e verticais)

• os graus de liberdade que os governos têm para


introduzir políticas consistentes com seus objetivos.

• as escolhas estratégicas das firmas dadas as


capacidades do Estado.
Bibliografia
CHESNAIS, F. A Mundialização do Capital. São Paulo: Editora Xama, 1996.

GILPIN, R. A Economia Política das Relações Internacionais. Brasília:


Editora UNB, 2002.

GUEDES, A. L. Negócios Internacionais. São Paulo: Thomson Learning,


2007.

GUEDES, A. L. Negócios intenacionais e gestão internacional:evolução do


campo teórico. In OLIVEIRA JÚNIOR, M. A. (ORG.) Multinacionais
Brasileiras. Internacionalização, Inovação e Estratégia Global . Porto
Alegre: Bookman, 2010. p. 21-38.

HEMAIS, C. (org). O Desafio dos Mercados Externos. Rio de Janeiro:


Mauad, 2005.

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