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TRANSTORNOS DE

ANSIEDADE

Prof. Dr. Eduardo J. Legal


Psicologia – UNIVALI
Definição de Ansiedade

“É um sinal de alerta, que serve para avisar sobre um


perigo iminente e possibilita a tomada de medidas para
enfrentar a ameaça [...] sendo uma resposta a uma
ameaça desconhecida, interna, vaga ou de origem
conflituosa”
(KAPLAN; SADOCK; GREBB,1997, p. 545)
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Gera
sintomas

MEDO
de Humor
Principal sintoma Cognitivos
(primário): Somáticos
ANSIEDADE Motores
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
• Sintomas de Humor

 ansiedade, tensão, pânico, apreensão;

 sentimento de condenação e desastres eminentes causada


por um fato, objeto ou situação) ou algo desconhecido;

 depressão e irritabilidade (sintomas secundários)


TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

• Sintomas cognitivos:

 refletem a antecipação desastrosa dos


fatos;

 desatenção e distração (ocupada com suas


preocupações)

 prejuízo acadêmico (escolar) e social


TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
Sintomas Somáticos:
Imediatos (aumento na  Atrasados
estimulação do SNA):
 aumento da pressão
sanguínea cronificada
suor  dores de cabeça
boca seca
 fraqueza muscular
respiração curta 
hiperventilação  problemas intestinais (má
digestão, cólicas
pulso rápido
estomacais)
aumento P.A
 aumento da acidez
latejamento da cabeça estomacal  úlceras
tensão muscular pépticas
perda do sono
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

• Sintomas Motores:

- impaciência e inquietação;

- atividade motora sem objetivo;

- respostas de susto exagerados.


QUADROS DE ANSIEDADE
DSM-5
Caso clínico 1
 André, 10 anos, sexo masculino.

 Gosta de brincar com amigos, mas não se sente confortável se a


brincadeira envolve mais que uma criança

 Recusa-se a ir brincar na casa de um amigo, quando convidado.

 Queixa-se de não ter amigos

 Frequentar a escola também lhe causa sofrimento, sentindo mal-estar já no


caminho para a escola, com dores de estômago e vontade de vomitar.
Caso clínico 1
 Em locais públicos como lanchonetes, não consegue comer por
sentir-se nervoso perto de outras crianças – ele acha que vai
vomitar e que seus amigos rirão dele.

 Esse desconforto piorou a tal ponto, que André se recusa a ir


para a escola, comer em restaurantes, ou estar em qualquer
situação social, exceto quando acompanhado de seu pai ou
de sua mãe.

 Pai tem diagnóstico de Ansiedade Generalizada e mãe,


Transtorno Depressivo Maior.
Caso clínico 1
 Seus primeiros anos de desenvolvimento foram
normais, embora extremamente tímido desde seu
nascimento.

 Enfrentar situações novas sempre foi um problema


para ele.
Transtorno de Ansiedade de
Separação (309-21 – F93.0)
 Medo excessivo ou ansiedade relacionada a separação daquelas pessoas às quais
o indivíduo demonstra apego que é inapropriado para o desenvolvimento do
mesmo e é evidenciado por pelo menos 3 dos seguintes sintomas:

1. Estresse excessivo e recorrente quando antecipa ou experimenta separação da sua


casa ou das principais figuras de apego;
2. Preocupação excessiva e persistente sobre perder as figuras de apego ou sobre
possível risco para os mesmos como doenças, lesões, desastres ou morte;
3. Preocupação excessiva e persistente de que um evento desagradável ocorra (perder-
se, ser raptado, sofrer um acidente, ficar doente) e cause separação de suas figuras
de apego;
4. Relutância persistente ou recusa a sair para longe de casa, para a escola, para
trabalhar ou em qualquer lugar por causa do medo da separação;
5. Medo persistente e excessivo de ou relutância em ficar só, ou sem suas figuras de
apego em casa ou em outras situações;
6. Relutância persistente ou recusa em dormir fora de casa ou ir dormir sem uma figura
de apego;
7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema separação;
8. Relatos repetidos de sintomas físicos (dor de cabeça, no estômago, náusea, vômitos)
quando ocorre uma separação das figuras de apego ou é antecipada ao sujeito.
Transtorno de Ansiedade de
Separação (309-21 – F93.0)

 O medo, ansiedade ou esquiva é persistente e dura


pelo menos 4 semanas em crianças e adolescentes
e mais de 6 meses em adultos.
Mutismo seletivo (312.23 – F94.0)
 fracasso persistente em falar em situações sociais específicas (por ex., escola, com
colegas de brincadeiras) onde seria esperado que falasse, apesar de falar em
outras situações (Critério A);

 interfere na realização escolar ou ocupacional ou na comunicação social (Critério


B);

 dura no mínimo 1 mês e não está limitada ao primeiro mês de escolarização


(Critério C);

 não se relaciona diretamente a falta de conhecimento ou desconforto com a língua


falada no contexto social (Critério D);

 não se deve a problemas do desenvolvimento da linguagem ou neuropsiquiátrico


(Critério E)
Fobia Específica (Fobia Simples)
• Caracteriza-se por ansiedade
clinicamente significativa
provocada por exposição a
objetos ou situações específicas
que muitas vezes levam o
indivíduo a fugir.

• NEM SEMPRE apresenta


consciência da irracionalidade
de seu medo.

• Duração: 6 meses ou mais.


Diferencia-se do medo normal por:

• Não ter razão objetiva;


• Não tem base na realidade concreta;
• O paciente pode não de dar conta de seus
sentimentos serem irracionais;
• Provoca aflição (ansiedade) desmedida;
• É acompanhado de sintomas físicos (falta de ar,
sudorese, etc)
Fobia Específica (300.29 –
F40.2xx)

• Subtipos (por ordem de ocorrência na população):


situacional, ambiente natural, animal, sangue-injeção,
outro.

• Co-ocorre (50-80%) com outros TA, TH e TUS.

• Prevalência: 4 - 8.8%, em mulheres mais que em homens


(2:1).
Transtorno de Ansiedade Social (300.23 –
F40.10)
• Medo persistente de situações sociais ou de
desempenho em que possa ocorrer embaraços,
podendo provocar fuga ou esquiva destas
situações.

• Eles acham que serão julgados como ineptos


(loucos, estúpidos, fracos) pelos outros.

• São hipersensíveis a crítica, auto-estima baixa,


problemas de assertividade.

• Pode estar ligado a outros TA, TH, TUS e Bulimia


(podendo precede-los).

• Prevalência: 3-13%, mais em mulheres. Em


amostras clínicas aparecem em igualdade ou mais
homens.
Transtorno do Pânico (300.01 – F41.0)

 Ataques inexplicados de ansiedade ou medo intenso que começam


subitamente, desenvolvem-se rapidamente e podem durar alguns minutos;

 Os ataques ocorrem com sintomas físicos como dor no peito, palpitações,


sensação de sufocação, “nó” no estômago, tontura, sensação de irrealidade
ou medo de perder o controle, ficar louco ou morrer do coração).

 Os ataques levam a medo de outro ataque ou a preocupações frequentes


sobre os ataques.

 Pode ser acompanhado de redução da mobilidade por medo de ocorrer


outro ataque e outros comportamentos evitativos.
Transtorno do Pânico – Ataque de
Pânico
 Um período discreto de medo intenso ou desconforto no qual quatro ou mais dos
seguintes sintomas desenvolve-se abruptamente e alcança seu pico em 10 minutos:
 (1) palpitações, pulsações fortes ou taxa de batimento cardíaco acelerada;
 (2) sudorese;
 (3) tremores;
 (4) sensações de falta de ar ou sufocamento;
 (5) sentimentos de estrangulamento;
 (6) dores no peito ou desconforto;
 (7) náusea ou angústia abdominal;
 (8) tontura, instabilidade, sentimento de perda de consciência ou desmaio;
 (9) derealização (sentimentos de irrealidade) ou despersonalização (fora de si mesmo);
 (10) medo de perder o controle ou tornar-se louco;
 (11) medo de morrer;
 (12) parestesias (paralisias ou formigações);
 (13) arrepios ou ruborizações.

Nota: sintomas como tinnitus, dor no pescoço, choro ou gritos incontroláveis, dor de cabeça
podem ser relatados também.
Agorafobia (300.22 – F40.00)

 Ansiedade ou medo quando está em lugares ou situações das quais


o escape pode ser difícil ou (embaraçoso, como quedas – no caso de
pessoas idosas, ou incontinência) ou no qual a ajuda pode não ser
encontrada no caso de ter um Ataque do Pânico predisposto
situacionalmente ou sintomas parecidos com pânico. O medo dos
agorafóbicos envolvem conglomerados característicos de situações
que incluem estar fora de casa sozinho, estar em aglomerações ou
numa fila, sobre pontes, e viajando em ônibus, trem ou automóvel.

 Há esquiva das situações (as viagens são restringidas, por exemplo)


ou são marcadas por angústia ou ansiedade por poder ocorrer um
Ataque do Pânico ou sintomas parecidos com pânico, ou requisitam a
presença de companhia.
Dados epidemiológicos
 Afeta cerca de 2-3% dos adultos e adolescentes americanos;
 Na América Latina a prevalência é menor; cerca de 0,1 a 0,8%;
 Mais mulheres afetadas do que homens (2:1);
 Idade de início: 20-24 anos (pouco provável após os 45 anos);
 Possui comorbidade com depressão, outros Transt. Ansiedade, uso de
substâncias;
 Pacientes podem relatar histórico de abuso físico, negligência ou
ansiedade de separação na infância, uso de substâncias ilícitas ou
medicação psicotrópica, sensibilidade a estressores ambientais,
distúrbios respiratórios como asma e eventos estressantes nos meses ou
semanas que precedem o primeiro ataque.
 Em nossa cultura esses sintomas podem ser relatados como “ataque de
nervos”.
Transtorno de Ansiedade Generalizada
(300.02 – F41.1)
• Ansiedade persistente ou preocupação (não realista) na
maior parte dos dias da semana, por pelo menos 6 meses,
associada a vários eventos ou atividades (tais como o
desempenho no trabalho ou escola);

• O paciente relata que é difícil controlar a preocupação em


pelo menos 3 dos seguintes sintomas:
• - inquietação, tensão ou nervosismo;
• - ficar fatigado;
• - dificuldade de concentração ou “brancos”;
• - irritabilidade;
• - tensão muscular;
• - distúrbios de sono (má qualidade de sono)

• É mais prolongada e menos intensa que um ataque de


pânico.
Dados associados do TAG
• O indivíduo com TAG pode apresentar:
• Tensão motora;
• Hiperatividade autonômica;
• Náusea, sudorese e diarreia;
• Vigilância extrema.

• Epidemiologia:
• final da adolescência, início da vida adulta com maior prevalência
entre a população de meia idade (cerca de 30 anos);
• Maior proporção em mulheres (2:1);
• Pode atingir 0,3-3,6% da população.
• Inibição comportamental, afeto negativo e esquiva;
• Comorbidade com depressão é mais comum do que outros TM´s.
Caso clínico 2
 Ana, mulher, 39 anos, casada, três filhos, do lar, reside no
interior de uma cidade com cerca de 8.000 habitantes e com
economia baseada na agricultura.

 Relata um constante estado de ansiedade aliado a uma


depressão leve.

 Relata também apresentar um quadro de medo advindo de


eventuais episódios de sensação de morte e uma grande
preocupação com a família, embora não saiba definir em
relação a que essa preocupação se apresentava.
Caso Clínico 2
 Há 9 anos, apresentou um quadro de depressão diagnosticado por um
médico clínico geral da cidade onde morava, e realizou tratamento com
antidepressivos por 3 anos, apresentando um relativo alívio dos sintomas.

 Passou a utilizar um antidepressivo natural chamado Ipérico, porém este


também ocasionava apenas a supressão temporária dos sintomas, tendo de
ser consumido com bastante regularidade.

 Durante as crises, a paciente relatou que ficava extremamente sensível,


com sensação de peso no corpo e na cabeça, afirmando sentir mais os
sintomas no período noturno, principalmente antes de dormir
Caso clínico 2
 Sentia pressão no peito, com dificuldade para respirar.

 Ficava agitada mentalmente, ao mesmo tempo em que


apresentava apatia para realizar as atividades do cotidiano
e sem capacidade de traçar perspectivas para o futuro.

 A ocorrência dos sintomas era constante (todos os dias), e


eram aliviados apenas com o uso da medicação;

 Ressaltou que existia uma pequena acentuação dos sintomas


pela manhã, quando acordava, e à noite, quando ia dormir.
Caso clínico 2
 informou que os sintomas surgiram quando tinha
aproximadamente 13 anos; o pai, que tinha câncer, estava
sempre doente, e a paciente ficava constantemente com medo
de sua morte.

 A paciente não acredita que os seus sintomas atuais tenham


ligação direta com o pai, que morreu quando ela tinha 22
anos. Afirmou, porém, que os mesmos começaram a surgir com
intensidade, quando tinha 27 anos e depois que um tio, que
era muito parecido com o pai, também morreu. De acordo
com a paciente: “estávamos enterrando o pai pela segunda
vez”.
Outros T. Ansiedade
 Transtorno de Ansiedade induzida por
Substância/Medicamento

 Transtorno de Ansiedade devido a Outra Condição Médica


(293.84 – F06.4)

 Transtorno de Ansiedade com Outra Especificação (300.09 –


F41.8)

 Transtorno de Ansiedade Não Especificado (300.00 – F41.9)


TRANSTORNOS
OBSESSIVO-
COMPULSIVOS E
RELACIONADOS
Caso clínico
 Paciente masculino, 24 anos, solteiro, estudante universitário, mora com seu
pai, madrasta e seus dois irmãos.

 Na infância após separação dos pais morou com sua mãe, padrasto e mais
dois irmãos (por parte de mãe), até os 17 anos, nesse período relata que
passou por muitas dificuldades com seu padrasto, pois o mesmo era
agressivo e muito nervoso, e que sempre dizia para seus filhos não serem
igual a ele.

 Desde esta época tinha suas manias de assimetria e de conferir a maioria


das coisas que fazia.

 Foi um período muito complicado, pois seu tio o cobrava que o mesmo
morava de favor, ele sentia incômodo; seus primos tinham de tudo, e por
isso ele se sentia inferior a eles, e isso o marcou.
Caso clínico
 Mais tarde ele e seu pai vieram morar em Itajaí com sua avó paterna, a
mesma era depressiva, e seu pai começou a ingerir bebida alcoólica
diariamente.

 Nesse período ganhou a bolsa do Prouni e ingressou na universidade.

 Relata que tinha que cuidar da sua avó, e que ficava muito nervoso e triste
por não ter dinheiro para pagar a condução para ir as aulas.

 nesse período seus problemas se agravaram começou a ficar agressivo, se


auto agredia, ficava ansioso, angustiado, agitado, e suas compulsões por
assimetria e por conferir as atividades que realizava aumentaram ficando
incontroláveis.
Caso clínico
 Começou a faltar as aulas, se dizia sem condições emocionais e financeiras;
reprovou e perdeu sua bolsa.

 Foi atendido no CAPs em 2009 iniciando tratamento intensivo.

 Em 2011 prestou ENEM e ganhou bolsa novamente e voltou a estudar.

 Atualmente relata ter dificuldades para dormir, tem sensibilidade à luz


principalmente à noite.

 continua com suas compulsões e obsessões por verificar e deixar tudo


assimétrico se sente envergonhado por essas ações.
Transtorno Obsessivo-Compulsivo – 300.3 –
F42)

• Pensamentos, imagens ou impulsos


intrusivos (egodistônicos)

• Obsessões mais comuns: contaminação,


dúvidas repetitivas, necessidade de
organização, impulsos agressivos e
monstruosos.
• Medo de perder o controle.
• Em 50% dos casos o indivíduo possui mais de
uma obsessão.

• Compulsões mais comuns: limpar e checar


(para neutralizar ou prevenir algo).
Características Epidemiológicas do TOC

• Atinge 1,1 a 1,8% da população, sendo levemente mais provável em homens


do que em mulheres durante a infância e o contrário na vida adulta.

• Inicia, normalmente, no final da adolescência ou no começo da adultez.

• Sintomas, geralmente tem início insidioso aumentando com o tempo (raramente


tem início agudo) e os pacientes podem (mas não necessariamente) relatar
história de abuso, doenças infecciosas e síndromes auto-imunes pós-infecciosas.

• Tem aporte genético (2x mais parentes com TOC); taxa de herdabilidade para
imrãos gêmeos cega a cerca de 0.57 para MZ e 0,22 para DZ.

• Geralmente possuem inteligência superior.

• Pouco comum em afro-americanos


Características Epidemiológicas do TOC

• Pode ser uma tentativa de estabelecer algum controle


pessoal em resposta ao estresse.

• Problemas dermatológicos (associados a lavação).

• Apresenta padrão familial.


Dados associados

 Tem alta correlação com depressão (63%),


pensamentos suicidas, transtornos de ansiedade
(76%) e transtornos de Tic (mais de 30%)
Um modelo para o TOC
Caso clínico - TOC
A paciente apresentava fobia de produtos químicos -vários produtos-, principalmente
alvejante. Há um ano usava medicamento para o tratamento de transtorno de
ansiedade e TOC. Lavava as mãos e ficava um bom tempo enxaguando-as para tirar o
sabonete. Ela só usava sabonete líquido, pois temia que os resíduos dos sabonetes
em pedra ficassem em suas unhas. Apresentava também compulsão demonstrada
pela necessidade de limpar várias vezes o apartamento onde morava. Quando
quebrava um copo, tinha que sair do apartamento por achar que o pó dos cacos de
vidro ficava no ar.
Ao tomar banho - ficava em média uma hora no chuveiro -, esfregava o seu corpo com
sabonete líquido inúmeras vezes. Apresentava preocupação marcante com o número
quatro - não comprava nenhum produto no supermercado que tivesse esse número na
embalagem -, e nas quartas-feiras sentia (sem entender o motivo), necessidade de
descansar, não trabalhar.
Ela relatou que havia passado por uma cirurgia no ombro esquerdo por sofrer de
tendinite, além de artrite e artrose, sofrendo de constantes dores em seu corpo. Queria
entender também por que, por qualquer motivo, era tomada de uma culpa muito
grande.
Transtorno dismórfico corporal
(300.7 – F45.22)
 Preocupação com defeitos corporais percebidos ou defeitos na aparência
física que não são observáveis ou apenas sutis para os outros;
 Demonstram em algum momento comportamentos repetitivos como se olhar
no espelho, arrumar-se excessivamente, procurar protuberâncias na pele,
comparar sua aparência com a de outras pessoas, em resposta a
preocupação com a aparência.
 Esta preocupação causa ansiedade significativa e limitações nas atividades
sociais e pessoais.
 Deve se especificar se a preocupação é com:
 Dismorfia muscular
 Com bom ou pleno insight
 Com pobre insight
 Com insight ausente/crenças delirantes
Questões importantes na entrevista
Dados associados
 Apresentam alta ansiedade, esquiva de situações sociais, humor
deprimido, neuroticismo e perfeccionismo, bem como baixa
extroversão e auto-estima.
 Procuram especialidades médicas ou não ligadas a cirurgia ou
modificações estéticas;
 Estão sempre insatisfeitos com os resultados médicos ou de
tratamento;
 Podem apresentar disfunções executivas e anormalidades no
processamento visual com tendência a enfatização de detalhes mais
do que a observação da configuração holística.
 Atinge cerca de 2% da população e entre 16-17 anos com sintomas
iniciando entre 12-13 anos.
 Tem alto risco de suicídio, histórico de abuso físico e negligência.
Um caso
Transtorno de acumulação (300.3 –
F42)
 Dificuldade persistente para descartar ou se
separar de possessões, a despeito do seu real
valor.
 Alegam necessidade de salvar os itens e sentem-se
ansiosos ou descarta-los.
 Essa dificuldade gera a acumulação destes itens
que congestionam e limitam as áreas de vivência e
comprometem seu uso.
 Especificar se
 Com aquisição excessiva
 Com bom/claro, pobre ou ausente insight
Características associadas
 Indecisão, perfeccionismo, esquiva, procrastinação, dificuldade
de planejar e organizar tarefas, distraibilidade.
 Podem viver em condições insalubres por conta do acúmulo de
itens.
 Atinge cerca de 2-6% da população, com leve
preponderância de homens, e mais em pessoas mais velhas
(acima de 55 anos)
 Geralmente relatam eventos estressantes e traumáticos antes
do início dos sintomas ou ligados a sua exacerbação
 Tem alta herdabilidade (0,5)
 Apresenta alta comorbidade com depressão (50%)
Tricotilomania (312.39 – F63.3)
 Impulso incontrolável para arrancar os próprios
cabelos ou pelos do corpo.
 Atos ocorrem normalmente em períodos de
relaxamento, porém, também podem ocorrer
durante períodos de estresse, mas geralmente
não são seguidos de dor.
 Pode ocorrer também associado a tricofagia,
roer unhas, coceiras e escoriações.
 Alopecia (calvície), problemas nutricionais,
gástricos e urológicos.
 Mais comum em mulheres (10:1)
Tricotilomania
Transtorno de Escoriação (698.4 –
L98.1)
 Escoriação da pele resultando em lesões;
 Repetidas tentativas fracassadas de diminuir ou parar.

 Pode ser engatilhada por ansiedade ou tédio, precedida por


aumento de tensão e levar a gratificação, prazer ou de
redução da tensão depois que arranca a pele.
 Não é rotineiro relatarem dor e geralmente não ocorre na
presença de estranhos.
 Afeta cerca de 1,4% da população cerca de 75% dos casos
são femininos, iniciando-se na adolescência (coincidindo com a
ocorrência de acne)
Outros TOC e relacionados
 Transtorno Obsessivo-Compulsivo e relacionados induzidos por
substâncias/medicamentos

 Transtorno Obsessivo-Compulsivo e relacionados devido a


condições médicas

 Transtorno Obsessivo-Compulsivo e relacionados com outra


especificação

 Transtorno Obsessivo-Compulsivo e relacionados sem outra


especificação
TRANSTORNOS
RELACIONADOS A
TRAUMA E ESTRESSE
313.89 (F94.1) – Transtorno de Apego
Reativo
 Inibição e retraimento em relação ao cuidador adulto que se manifesta
por:
 Rara ou mínima resposta de busca de conforto quando aflita
 Rara ou mínima resposta de consolo quando aflita
 Responsividade social ou emocional mínima à outras pessoas
 Diminuído afeto positivo
 Episódios de irritabilidade tristeza ou temor nas interações com cuidadores
adultos
 Vivenciou padrão extremo de cuidado insuficiente (negligência, privação
social, mudanças repetidas de cuidadores, criação em ambientes que
limitam gravemente a formação de vínculos)
 Não preenche critérios para TEA e está presente antes dos 5 anos.
Transtorno de Interação Social
Desinibida
 Caracterizado por um padrão de comportamento que envolve
uma conduta excessivamente familiar e culturalmente
inapropriada com pessoas estranhas, apresentando
desinibição e comportamentos externalizantes (quebrar regras
e comportamento agressivo).
 Ocorre em crianças a partir de 2 anos de idade até a
adolescência, de forma que a apresentação clínica está
relacionada com a faixa etária do desenvolvimento.
 Vivenciou padrão extremo de cuidado insuficiente
(negligência, privação social, mudanças repetidas de
cuidadores, criação em ambientes que limitam gravemente a
formação de vínculos)
Transtorno do Estresse Pós Traumático (TEPT)

• Reexperiência de um evento traumático (memórias dolorosas


recorrentes, sonhos e pesadelos, flashbacks).

• Geralmente ocorrem após desastres (naturais, acidentais ou deliberados),


vividos diretamente ou não.
• Dura de minutos até horas.
• Muitas vezes há entorpecimento da responsividade geral

• Comumente se manifestam dentro dos primeiros três meses depois do


trauma, embora possa haver um atraso de meses, ou até anos.

• Tem 3 apresentações clínicas: aguda (1 a 3 meses); crônica (>3 meses);


de expressão ou manifestação tardia (após 6 meses do ET)
Transtorno do Estresse Pós Traumático (TEPT)

• Sofrem de uma estimulação geral


continuada que promove:

• Aumento no estado de alerta;


• Perda do sono;
• Culpa;
• Diminuição da concentração e atenção;
• Esquiva de atividades, objetos ou situações
que lembrem o ET.

• Ocorrem alterações negativas em cognições


e no humor associadas ao evento
traumático começando ou piorando depois
do evento (incluindo depressão).
Transtorno de Estresse Agudo
• Exposição a evento traumático
direto (passou por ou testemunhou)
ou indireto (pode ter conhecimento
da ocorrência do evento
traumático com algum familiar ou
amigo próximo, além de ser
exposto a detalhes aversivos do
trauma) que acarretou em
sintomas como:
• Ausência de responsividade
emocional;
• Redução da consciência de si e do
ambiente;
• Desrealização;
• Despersonalização;
• Amnésia dissociativa

• Os sintomas não duram mais de


um mês
Transtorno de Adaptação

Reação de Estresse
REFERÊNCIAS
• CAMARGO, D.A. de. Transtornos ansiosos. In: SOUZA, J.C.; GUIMARÃES,
L.A.M. e BALLONE, G.J. (Orgs.). Psicopatologia e psiquiatria básicas. São
Paulo: Vetor Editora, 2004.

• HOLMES, D. Psicologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes


Médicas, 1997.

• KAPLAN, H.; SADOCK, e GREBB, . Compêndio de Psiquiatria. Porto


Alegre: Artes Médicas, 1997.

• KAY, J.; TASMAN, A. Psiquiatria: ciência comportamental e fundamentos


clínicos. Barueri: Manole.

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