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IRRIGAÇÃO

JOSÉ ANTÔNIO FRIZZONE – frizzone@usp.br


IRRIGAÇÃO
CONCEITO CLÁSSICO
Aplicação artificial de água ao solo, em intervalos definidos e
em quantidade suficiente para fornecer às espécies vegetais
umidade ideal para seu pleno desenvolvimento

CONCEITO CONSERVACIONISTA
Aplicação artificial de água ao solo, através de métodos
capazes de atender da melhor forma possível as condições do
meio físico (demanda de água da cultura, condições
topográficas do terreno, capacidade de retenção de água do
solo ...) e aos objetivos desejados (maximizar a produtividade,
maximizar o lucro ...) com mínima degradação ambiental

OBS – sempre é possível compatibilizar desenvolvimento e


proteção ambiental
IRRIGAÇÃO

CONCEITO SOCIAL

Por uma perspectiva social, a irrigação deverá ser definida como


uma prática agrícola capaz de maximizar os benefícios totais,
incluindo, além dos benefícios financeiros, os benefícios não
monetários como a segurança alimentar, a geração de empregos, a
melhoria das condições sócio-econômicas das comunidades rurais,
a fixação do homem no campo e a proteção da qualidade da água.
OBJETIVOS DA IRRIGAÇÃO

 Objetivos financeiros - maximizar a relação


benefício/custo com o aumento da produção, quer em
quantidade, quer em qualidade, ou incorporar à
agricultura terrenos que, sem o uso da irrigação, não
poderiam ser cultivados.

 Objetivos sociais – há situações em que os aspectos


sociais são mais relevantes que os financeiros (projetos
públicos de desenvolvimento regional): segurança
alimentar; fixação do homem no campo, melhoria das
condições sócio-econômicas de comunidades rurais.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA IRRIGAÇÃO

 Aumenta a produtividade das culturas


 Aumenta o valor da propriedade e o lucro da agricultura
 Permite um programa de cultivos (escalonamento)
 Permite dois ou mais cultivos por ano na mesma área
 Permite e justifica a introdução de culturas mais nobres,
minimizando o risco do investimento
 Melhora as condições econômicas das comunidades rurais
 Aumenta a demanda de mão-de-obra e fixa o homem no
meio rural
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA IRRIGAÇÃO
SUPERFÍCIE AGRÍCOLA COLHIDA ANUALMENTE NO MUNDO

1,5 bilhões de hectares

não irrigada irrigada


18%
Superfície colhida 82% (1,125)
(0,275)

Produção colhida 58% 42%


PRINCIPAIS CUSTOS DA IRRIGAÇÃO
 Custos fixos – são custos iniciais investidos para materialização
do projeto de irrigação

 Custos diretos – necessários para a formação física do projeto


 Aquisição de equipamentos (bombas, motores, transformadores,
geradores, material elétrico, tubulações, equipamentos e acessórios de
irrigação, automação e controle, etc).
 Construção de obras civis e adequação das área à irrigação (estruturas
e instalação, valas para assentamento de tubulações, casa de bombas,
barragens e reservatórios, canais, estruturas de captação e controle de
água, sistematização de terrenos, etc).

 Custo indiretos
 Reconhecimento preliminar de campo; estudos em escritório, serviços
de consultoria, detalhamento do projeto, etc.
 Pagamento de empreiteiras para construção do projeto
 Depreciação, Remuneração do capital investido, juros pagos por
empréstimos, etc.
PRINCIPAIS CUSTOS DA IRRIGAÇÃO
 Custos variáveis – são custos anuais que ocorrerão durante a
operação do projeto.

 Custos de operação, manutenção e reposição – investidos para o


adequado funcionamento dos elementos do projeto
 De operação – necessários para estabelecer e cumprir a política
operacional adotada (energia, água, combustível, mão-de-obra temporária
para o serviço da irrigação, assistência técnica, etc.).
 De manutenção – conservação preventiva (óleos lubrificantes, graxas,
troca de pequenos acessórios, ajustes de mecanismos, pinturas,
recuperação de canais, reparos de tubulações, etc.).
 De reposição – substituição de elementos com avarias ou problemas
operacionais.

 Custos financeiros – custos anuais que são financiados e pagos


durante a operação do sistema de irrigação.
QUESTÕES CLÁSSICAS DA IRRIGAÇÃO

 Como irrigar – trata da seleção do método de irrigação


mais adequado para atender aos objetivos almejados.

 Quanto irrigar – trata da definição da quantidade de


água a aplicar por irrigação para atingir os objetivos
almejados.

 Quando irrigar – trata da definição dos intervalos entre


aplicações de água e da época de paralisação das
irrigações, de forma a atingir os objetivos desejados.
IRRIGAÇÃO - PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Uma mudança fundamental deverá ocorrer nas práticas de irrigação nos


próximos anos, em decorrência das pressões econômicas sobre os
agricultores, da competição pelo uso da água e dos impactos ambientais da
irrigação. Esses fatores deverão motivar uma mudança de paradigma da
irrigação, focando mais a eficiência econômica do que a demanda de água
para máxima produtividade.

A irrigação ótima implica menores lâminas aplicadas do que a irrigação


plena, com consequente redução na produtividade da cultura, porém, com
algumas vantagens significativas: aumento da eficiência de uso de água;
redução dos custos da irrigação; aumento da receita líquida; mitigação dos
riscos associados aos impactos ambientais da irrigação plena.
OS MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO
ASPERSÃO
Convencionais
Mecanizados

MICROIRRIGAÇÃO
Gotejamento
Microaspersão

SUPERFÍCIE
Sulcos
Faixas
Inundação
ASPERSÃO

SISTEMAS CONVENCIONAIS
ASPERSÃO

SISTEMAS CONVENCIONAIS
• FIXOS PERMANENTES
Nestes sistemas todas as tubulações
(linhas principal, secundárias e
laterais) permanecem fixas nas
respectivas posições durante o
desenvolvimento das irrigações,
cobrindo toda a área. As tubulações
são enterradas e apenas as hastes
dos aspersores afloram à superfície.

São sistemas que apresentam baixo custo de


mão-de-obra, porém elevado custo inicial e, por
isso, justificam-se apenas para irrigação de
pequenas áreas, culturas de alto valor econômico,
como flores e produção de sementes, irrigação de
jardins e gramados, e em locais onde a mão-de-
obra é escassa e/ou cara.
ASPERSÃO

SISTEMAS CONVENCIONAIS
• FIXOS TEMPORÁRIOS
Possuem tubulações fixas, distribuídas
por toda área irrigada. Diferem dos
sistemas permanentes por apresentarem
as tubulações dispostas sobre toda a
superfície do terreno, durante todo o
ciclo de irrigação, após o que pode-se
removê-las para outra área irrigada
quando necessário.
ASPERSÃO

SISTEMAS CONVENCIONAIS
• SEMIFIXOS
As linhas principal e secundárias
permanecem fixas, enterradas ou não.
Apenas as laterais deslocam-se nas
diferentes posições para irrigar toda a
área. As tubulações são leves (aço
zincado, alumínio ou PVC), com
acoplamentos rápidos, para facilitar a
movimentação e montagem.

As laterais podem ser deslocadas


manualmente ou por trator quando
montadas sobre rodas.
ASPERSÃO

SISTEMAS CONVENCIONAIS
• PORTÁTEIS

Todas as tubulações e a motobomba são móveis. São casos típicos


em que se procura substituir custo inicial de aquisição por custo
operacional.
ASPERSÃO

SISTEMAS CONVENCIONAIS

PERSPECTIVAS PARA A ASPERSÃO CONVENCIONAL

A irrigação por aspersão convencional possui uma demanda fixa no


mercado, porém sem grandes expectativas de crescimento
significativo de demanda.

O mercado de demanda desses sistemas está concentrado em


irrigantes iniciantes, arrendatários de terra, irrigação de jardins,
produtores de batata e hortaliças nos cinturões verdes dos grandes
centros urbanos e em algumas áreas de perímetros irrigados no
Nordeste.
ASPERSÃO

SISTEMAS MECANIZADOS
ASPERSÃO

SISTEMAS MECANIZADOS
• SISTEMA COM DESLOCAMENTO RADIAL - PIVO CENTRAL
ASPERSÃO

SISTEMAS MECANIZADOS
• SISTEMA COM DESLOCAMENTO RADIAL - PIVO CENTRAL
ASPERSÃO

SISTEMAS MECANIZADOS
• SISTEMA COM DESLOCAMENTO RADIAL - PIVO CENTRAL
O sistema pivô central possibilita
elevada eficiência de irrigação,
principalmente quando se utilizam os
emissores LEPA e os de baixa deriva
e evaporação, sendo menos sensíveis
aos problemas de qualidade da água
do que os sistemas de microirrigação.

PERSPECTIVAS
No Brasil, ainda haverá espaço para aumento da área irrigada por sistema pivô
central por muitos anos, principalmente nas novas áreas de cultivos com boa
disponibilidade de recursos hídricos e agricultura empresarial.
ASPERSÃO

SISTEMAS MECANIZADOS
• SISTEMA COM DESLOCAMENTO LINEAR – LINEAR MÓVEL
Possui deslocamento linear e todas as
torres deslocam à mesma velocidade. A
lâmina de irrigação aplicada é função da
velocidade do sistema.
O suprimento de água à linha de aspersores
é realizada através de mangueiras flexíveis
conectadas a hidrantes, ou a canais
dispostos às margens ou ao centro da área
ASPERSÃO

SISTEMAS MECANIZADOS
• SISTEMA COM DESLOCAMENTO LINEAR – ROLAMENTO LATERAL
É um sistema com movimento intermitente,
constituído por uma linha lateral contendo os
arpersores, operando como um eixo com rodas
metálicas regularmente espaçadas. Na parte
intermediária dessa tubulação suportada por
rodas, encontra-se a unidade propulsora (motor
a gasolina com potência entre 4 e 7 CV) um
sistema redutor através de engrenagens, e um
sistema de transmissão através de correntes.

Uma mangueira flexível conecta a extremidade


da linha lateral a um hidrante. O sistema
permanece estacionado durante o período de
aplicação de água.

É um sistema que irriga áreas de até 40 ha, e


apresenta grande dependência da altura das
plantas, da geometria da área e da
regularidade topográfica, podendo ser
utilizado somente em culturas de pequeno
porte e em área retangulares.
ASPERSÃO

SISTEMAS MECANIZADOS
• ASPESOR AUTOPROPELIDO

Empresas Nacionais:
Irrigabrasil
Irrigabras
Krebsfer
Metal Lavras

PERSPECTIVAS:
O equipamento autopropelido, embora apresenta
grande consumo de energia e opera com vazão
elevada, continuará a ser utilizado com sucesso no
Brasil, nas culturas de cana-de-açúcar (aplicação de
vinhaça), citrus e café, principalmente por agricultores
com maior aversão a riscos na atividade, em áreas
com boa disponibilidade hídrica.
MICROIRRIGAÇÃO (LOCALIZADA)
MICROIRRIGAÇÃO GOTEJAMENTO

Os Israelenses foram os que mais se


dedicaram ao desenvolvimento e
divulgação da microirrigação no mundo.

A indústria de microirrigação é o setor


mais promissor da irrigação, sendo que
apresenta atualmente a maior taxa de
crescimento no setor.

O crescimento da indústria de microirrigação está ocorrendo com


base na conversão de sistemas de irrigação por superfície, visando
otimizar o uso dos recursos hídricos disponíveis, por exigências de
políticas de gerenciamento (outorgas) .
MICROIRRIGAÇÃO GOTEJAMENTO

As indústrias de microirrigação possuem


grande capacidade de internacionali-
zação de suas atividades, com base nas
comunidades Israelenses distribuídas
pelo mundo e que atuam com escritórios
e fábricas em diferentes países.

Os sistemas de microirrigação são considerados os de maior interesse


comercial atualmente, porém existem evidências suficientes de que esses
sistemas podem ser muito ineficientes, como resultado de problemas
técnicos associados à qualidade da água, ao manejo inadequado da
irrigação e à grande exigência de manutenção dos sistemas.
MICROIRRIGAÇÃO GOTEJAMENTO

Outros pontos a serem destacados


em favorecimento à microirrigação:
Forte apoio jornalístico como solução
técnica para otimização dos recursos
hídricos na agricultura.

Forte apoio político de consulados e


embaixadas israelenses em
proximidades ao governo federal.

Forte poder intuitivo do método em


disseminar a idéia de alta eficiência
para o público leigo em geral.

Aptidão natural das empresas


israelenses em coordenar e difundir
atividades de assistência técnica e
extensão rural.
MICOIRRIGAÇÃO MICROASPERSÃO

Sistemas de irrigação muito flexíveis


adaptando-se a diferentes condições
topográficas e geométricas das áreas, e
a culturas perenes já implantadas.

Observa-se, em termos de legislação de


recursos hídricos, uma preferência
intuitiva pelos sistemas de microirrigação
em detrimento a outros sistemas de
irrigação.
Tecnicamente, essa preferência
generalizada pode ser contestada por
especialistas da área de irrigação.
MICOIRRIGAÇÃO MICROASPERSÃO

Observação importante:
Por mais que um sistema de
microirrigação possa ser bem
operado e bem mantido, a eficiência
de irrigação nem sempre pode
superar a eficiência alcançada por
todos os outros sistemas de irrigação
pressurizados.
IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE
IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE
IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE
SULCOS

LIMITAÇÕES:
Exige áreas com superfícies planas e
uniformes, com declividade inferior a 2%;
Exige alta disponibilidade de água, (vazão
e volume);
Exige solos profundos, com textura média
ou fina.
Apresenta alto potencial para perdas de
água
IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE
FAIXAS

APLICAÇÕES: Pastagens, arroz, pomares e capineiras.


LIMITAÇÕES:
Exige terrenos sistematizados, com declividade inferior a 1%;
Exige solos profundos, com textura média ou fina
Exige alta disponibilidade de água.
IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE
INUNDAÇÃO

MANEJO DA IRRIGAÇÃO: inundação contínua ou intermitente


APLICAÇÕES: irrigação de arroz, pomares, cereais e
pastagens.

LIMITAÇÕES: Exige terrenos planos, em geral sistematizados,


grande disponibilidade de água e solos de baixa capacidade de
infiltração
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

RECURSOS HÍDRICOS
POTENCIAL HÍDRICO
SITUAÇÃO TOPOGRÁFICA
QUALIDADE DA ÁGUA
CUSTO DA ÁGUA
TOPOGRAFIA
DIMENSÕES E FORMA DA ÁREA
UNIFORMIDADE TOPOGRÁFICA
ACIDENTES TOPOGRÁFICOS
SOLO
CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA
CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
PROFUNDIDADE DO SOLO
CLIMA
PRECIPITAÇÃO
VENTO
TEMPERATURA
PODER EVAPORANTE DO AR
SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

CULTURA
SISTEMA E DENSIDADE DE PLANTIO
PROFUNDIDADE DO SISTEMA RADICULAR
ALTURA DAS PLANTAS
EXIGÊNCIAS FITOSSANITÁRIAS SISTEMÁTICAS
VALOR ECONÔMICO DAS CULTURAS
ASPECTOS ECONÔMICOS
CUSTOS DO CAPITAL (INVESTIMENTO INICIAL)
CUSTOS ANUAIS (OPERAÇÃO, MANUTENÇÃO, REPAROS, M.O)
FATORES HUMANOS
HÁBITOS
PREFERÊNCIAS
TRADIÇÕES
PRECONCEITOS
NÍVEL EDUCACIONAL

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