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• São Paulo diz aos Coríntios em sua primeira carta que: “o templo
de Deus é santo e esse templo sois vós”, desse modo temos a
Santa Igreja, nesses termos os fieis, dessa congregação se
tornam santos.
• Para se tornar santo temos 4 motivos, quais sejam:
1. Por ocasião de sua consagração.
Os fieis são lavados pelo sangue de Cristo (Ap. 1, 15).
2. Pela unção.
Os fieis são ungidos para serem consagrados espiritualmente, ‘Cristo’
significa ‘Ungido’.
“Aquele que nos consolida em Cristo e nos dá a Unção é Deus”. (2 Cor
1, 21).
• Pergunta-se:
Com que professamos estar unidos, do que, e de quem
professamos ser participantes?
O termo sanctorum tem significado neutro, as sancta, ou de
um masculino, os sancti (não se exclui as sanctae).
As explicações favorecem o sentido de “santo”, as
comunidades dos bem-aventurados antecipada na Igreja
Católica ou, mais precisamente dos mártires. Mais tarde
falou-se da participação nas coisas santas (sancta), nos
sacramentos, na Eucaristia.
No Símbolo Niceno-constantinopolitano encontramos o
Batismo, neste Símbolo dos Apóstolos fala sobre a
comunhão dos santos. Na realidade o termo grego e bíblico
koinonia traduz o latim communio obriga a ver as coisas
assim, trata-se do direito de participar dos bens da
comunidade de salvação, solidariamente com os membros
dessa comunidade.
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•Também os papas trataram o tema com
relevante apreço:
• Nos últimos séculos o Espírito Santo este em
evidência por mais de uma vez em diversas
Encíclicas: desde Leão XIII, que publicou a
Carta Encíclica Divinum illud munus (a. 1897),
inteiramente dedicada ao Espírito Santo, a Pio
XII, que na Encíclica Mystici Corporis (a.
1943) se referiu de novo ao Espírito Santo
como sendo princípio vital da Igreja.
•Já o Concílio Vaticano II, fez notar a
necessidade de uma redescoberta do
Espírito Santo, como acentuava o Papa
Paulo VI: «À cristologia e especialmente
à eclesiologia do Concílio deve seguir-se
um estudo renovado e um culto
renovado do Espírito Santo, precisamente
como complemento indispensável do
ensino conciliar» (Insegnamenti di Paolo VI, XI (1973), P. 477).
•Quais seriam as fontes para o
redescobrimento do Espírito
Santo?
•Fonte 1: Sagrada Escritura
•Fonte 2: Tradição
•Fonte 3: Magistério
1. Sagrada Escritura
•No Antigo Testamento, o conceito de
três pessoas em um Deus, Pai, Filho e
Espírito Santo, ainda não havia sido
revelado.
•Quanto ao TERMO Espírito
•Utilizamos o termo Espírito, para traduzir
o termo grego πνεῦμα (pneuma), que
significa sopro, vento e está relacionado
com πνοή (pnoé), que tem o significado de
brisa suave, ou sopro.
•Na Sagrada Escritura, a tradução
da LXX traduz com o termo
πνεῦμα a palavra hebraica ַרּוח
(rúah – 264 vezes). Sendo que ַרּוח
(geralmente feminino), aparece no
Antigo Testamento 389 vezes.
•Seu significado basilar é vento e
alento, se tratando, evidentemente, do
ar em movimento. O aspecto do
sopro foi adotado quando a LXX
traduziu a palavra hebraica ַרּוחpelo
termo grego πνεῦμα e as versões
latinas por spiritus, das quais passou
para as línguas modernas.
Novo Testamento: O Espírito
Santo na vida de Jesus
O Espírito Santo no
Evangelho de São Lucas
• Os primeiros capítulos apresentam de modo marcante a ação
do Espírito Santo: 1,15: Sua presença com João Batista é
prometida a Zacarias;
• 1,35: O anjo Gabriel anuncia a Maria o nascimento de Jesus
que somente será possível através do Espírito Santo;
• 1,41: Isabel cheia do Espírito Santo saúda Maria;
• 1,67: Zacarias profetiza através do Espírito Santo;
• 2,25-27: Simeão vai ao Templo movido pelo Espírito Santo;
• 3,16: João anuncia o Batismo no Espírito Santo através de
Jesus;
• 3,22: O Espírito Santo em forma corpórea desce sobre Jesus
no Batismo;
• 4,1: Jesus cheio do Espírito Santo é levado para o deserto;
• 4,14: Jesus é levado para a Galiléia pelo Espírito Santo;
• 4,18: Na Sinagoga, Jesus anuncia a sua missão pela força do
Espírito Santo;
• 23,46: Jesus entrega seu Espírito a Deus antes de morrer;
• 24,49: Promessa de Jesus sobre a presença do Espírito Santo
junto aos discípulos.
•Como podemos observar, no início do
Evangelho a presença do Espírito Santo é
intensa. A partir do anúncio da missão de
Jesus em Nazaré, Lucas não fala mais sobre
a presença do Espírito Santo, somente no
final, mesmo assim como promessa aos
discípulos. Dando a entender que todas as
ações de Jesus, neste intervalo, se dão no
Espírito.
Tradição
•O Papa emérito, Bento XVI, afirma: “O Espírito
Santo tem sido, de variadas maneiras, a Pessoa
esquecida da Santíssima Trindade. Por isso
quando, jovem sacerdote, fui encarregado de
ensinar teologia, decidi estudar as testemunhas
eminentes do Espírito na história da Igreja. E foi
ao longo deste itinerário que dei comigo a ler,
entre outros, o grande Santo Agostinho”.
Santo Agostinho e a doutrina sobre o
Espírito
O Grande doutor da Igreja apresenta 3
intuições particulares relativas ao Espírito
Santo enquanto vínculo de unidade no seio
da Santíssima Trindade:
1.Unidade como comunhão,
2.Unidade como amor duradouro,
3.Unidade como dador e dom.
•1. Amor como comunhão:
Agostinho conclui: a qualidade peculiar do
Espírito é a unidade. Uma unidade de
comunhão existencial: uma unidade de pessoas
em recíproca relação de dom constante; o Pai e
o Filho que Se dão um ao outro. Quão
iluminadora pode ser esta compreensão do
Espírito Santo como unidade, como comunhão.
•2. Unidade como amor duradouro
•A segunda intuição de Agostinho – o
Espírito Santo como amor que permanece
– deriva do estudo que ele fez da Primeira
Carta de São João, no ponto onde o autor
nos diz que «Deus é amor» (1 Jo 4, 16).
•O amor é o sinal da presença do Espírito
Santo. As ideias ou as palavras que carecem
de amor – ainda que se apresentem
sofisticadas ou sagazes – não podem ser «do
Espírito». Além disso, o amor apresenta um
traço particular: longe de ser permissivo ou
volúvel, tem uma missão ou um objetivo a
realizar que é o de permanecer. Por sua
natureza, o amor é duradouro.
•3. O Espírito Santo como Dom
•Aqui Agostinho deduz o Espírito como Dom
do diálogo de Cristo com a samaritana. Aqui
Jesus revela-Se como o dador de água viva
(cf. Jo 4, 10), que em seguida será
especificada como sendo o Espírito (cf. Jo 7,
39; 1 Cor 12, 13). O Espírito é «o dom de
Deus» (Jo 4, 10) – a fonte interior (cf. Jo 4,
14) – que sacia verdadeiramente a nossa
sede mais profunda e nos conduz ao Pai.
REDESCOBRINDO A MISSÃO DO
ESPÍRITO SANTO
•1. CONTINUAR A MISSÃO DE CRISTO;
•2. OPERAR A SANTIDADE (O NOME
DO ESPÍRITO SANTO);
•3. DOADOR DE DONS (Sabedoria,
Inteligência, Conselho, Fortaleza,
Ciência, Piedade, Temor de Deus).
Espírito e a Igreja
•Lumen Gentium n.4: O Espírito
Santo é o Amor e unidade para a
Igreja ser sinal visível.
•Houve, numa das sessões do
Concilio, um padre do Oriente que
se levantou e disse que Na Igreja do
Ocidente o Espírito Santo é o
grande desconhecido.
•Atenágoras (1948-1972), Patriarca
ortodoxo de Constantinopla, diz
assim: “Sem o Espírito Santo: Deus
está longe, O Cristo permanece no
passado, O Evangelho é letra morta,
A Igreja é uma simples organização,
A autoridade é uma dominação, A
missão é propaganda, O culto é uma
velharia e O agir cristão uma obra de
escravos.
•Mas, no Espírito Santo: O cosmos é
enobrecido pela geração do Reino, O
homem está em combate contra a
carne, O Cristo ressuscitado torna-se
presente, O Evangelho se faz poder e
vida, A Igreja realiza a comunhão
trinitária, A autoridade se transforma
em serviço que liberta, A missão é um
Pentecostes, A liturgia é memorial e
antecipação, O agir humano é
deificado”.