provocam um estado de alteração no funcionamento do sistema nervoso central, aumentando ou diminuindo ou distorcendo sua atividade.
DROGA: é toda substância que não é produzida pelo
organismo e que, quando consumida, produz alterações em qualquer sistema do corpo. A dependência da droga é uma condição pela qual a pessoa não consegue sentir prazer sem fazer uso da substância, mas tem prejuizos por usá-las.
Abuso de drogas é quando o indivíduo consome
uma determinada substância em grande quantidade, trazendo prejuizos a si mesmo e a terceiros. Há dois tipos de drogas: lícitas e ilicítas.
Entre as primeiras, as de uso mais frequente
são alcool, tabaco e medicamentos psicotrópicos.
Entre as drogas ilicítas as mais comuns são a
maconha e o crack, que é a cocaína modificada. O individuo em uso ou abstinente de fármacos psicoativos pode apresentar os mais variados quadros clínicos, desde como até quadros psicóticos mais evidentes. DEPENDÊNCIA PSÍQUICA: quando há o sentimento de satisfação e o impulso psíquico que exige a administração contínua da droga para produzir prazer e evitar o mal- estar causado pela ausência dela.
DEPENDÊNCIA FÍSICA: manifestação da síndrome
de abstinência, com o aparecimento de grandes transtornos físicos (insônia, ansiedade profunda, convulsões e delírios). O alcool é um depressor do sistema nervoso central (SNC).
Em doses mínimas tem efeito estimulante, provoca
a euforia e loquacidade. A inibição diminui e individuo tente a falar e agir de modo mais expansivo, em comparação ao seu comportamento habitual. O alcoolismo é uma doença de natureza complexa, na qual o alcool atua como fator determinante sobre causas psicossomáticas preexistentes.
A sintomatologia apresentada pelos alcoólatras é
constituída de mal- estar geral, insônia, cansaço, apatia, faces congestas, vasos salientes, reflexos motores diminuídos, entre outros. O delirium tremens é a reação tóxica que ataca o indivíduo provocada pelo uso excessivo de álcool por tempo prolongado.
Nesse estado surge inquietude motora,
alucinações visuais, sudorese, taquicardia, febre e tremores. O tratamento do alcoolismo crônico tem duas fases: a de desintoxicação e a profilática.
A primeira consiste na supressão da
ingestação do alcool, administração de complexos vitamínicos (ácido fólico, complexo B e tiamina). Além do uso de benzodiazepínicos.
A segunda fase consiste em manter o paciente
longe de bebida alcoólica. O comportamento pode estar afetado e o paciente pode apresentar quadro de ansiedade, impulsividade, torna-se agressivo e tentar fugir quando lhe falta a droga.
É fundamental a participação da família no
tratamento, bem como acompanhamento pela equipe terapêutica Tanto a cocaína como o crack, são grandes estimulantes do SNC.
A cocaína pode ser inalada ou injetada por via
intravenosa.
O crack é derivado da cocaína, seus efeitos são
menos intensos. Após um curto período de uso a pessoa torna-se intensamente dependente. Em doses excessivas (overdose), pode provocar a morte.
A cocaína é um estimulante. O seu consumo
provoca aceleração da velocidade do pensamento, inquietação psicomotora (dificuldade para permanecer parado, até quadros mais sérios de agitação), aumento do estado de alerta e inibição do apetite. Alterações do humor são passíveis de grande variabilidade, indo da euforia (desinibição, fala solta) a sintomas de mal-estar psíquico (medo, ansiedade e inibição da fala).
A duração do efeito depende da via de
administração escolhida: cerca de 30 minutos quando cheirada e menos de 10 minutos quando fumada ou injetada . Ao final o usuário geralmente fica 'fissurado', isto é, com vontade de consumir mais. Quadro 1: Principais sintomas decorrentes do consumo de cocaína
Sintomas psíquicos Sintomas físicos
Aceleração do pensamento Aumento da freqüência cardíaca
Inquietação psicomotora Aumento da temperatura corpórea Aumento do estado de alerta Aumento da freqüência respiratória Inibição do apetite Aumento da transpiração Labilidade do humor, variando da euforia ao mal-estar Tremor leve de extremidades Contrações musculares involuntárias (especialmente língua e mandíbula) Tiques Dilatação da pupila (midríase A cocaína pode causar dependência; Durante o consumo pode levar a problemas cardíacos, como o infarto do coração; O consumo de grandes quantidades pode causar convulsão; Consumir com frequência durante vários meses pode levar a depressão, ansiedade, deixar a pessoa irritada, impulsiva e cansada. pode danificar o interior do nariz Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses.
Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o
crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem- estar, descritas como o estalo, um relâmpago, o "tuim", na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte. Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro.
Outros sinais importantes são euforia, desinibição,
agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. Após tornar-se dependente, sem a droga o usuário entra em depressão e sente um grande cansaço, além de sentir a “fissura”, que é a compulsão para usar a droga, que no caso do crack é avassaladora. O uso contínuo de grandes quantidades de crack leva o usuário a tornar-se extremamente agressivo, chegando a ficar paranóico, daí a gíria “nóia”, como referência ao usuário de crack.