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 As origens da capoeira
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Existem diversas versões a respeito da origem da Capoeira. A mais comum acredita que ela vem da dança
N'golo, ou dança da zebra. Na África, em Angola, segundo a descrição do Mestre Bola Sete (1997), "[...] existia
um ritual bastante violento chamado 'jogo da zebra' (N'golo), onde os negros lutavam aplicando cabeçadas e
pontapés e os vencedores tinham como prêmio as meninas da tribo que ficavam moças" (p. 19). Essa dança é
praticada em Angola por rapazes que se desafiam em uma competição atlética para ver quem fica com a jovem
que já atingiu a idade de casar. Rego (1968) ressalta que essa dança era praticada no Brasil como divertimento
entre os escravos em dias de domingo e feriados.

Outras manifestações que lembram a Capoeira podem ter origem em diversos movimentos de danças
distintas da África. Por exemplo, a Bassula, a Cabangula ou mesmo o Umundinhú (SOARES, 1995). Na
verdade, a Capoeira pode ter como ponto de partida muitas dessas manifestações; no entanto, é diferente
de todas elas. Capoeira (1986) afirma que: "Temos, agora, uma idéia de como nasceu, de quais as origens da
capoeira: síntese, mistura de danças, lutas e instrumentos musicais de diferentes culturas, de diferentes nações
africanas" (p. 13).

Da mesma maneira Conde (2003) afirma que: "[...] era consensual a idéia de ter sido criada no Brasil, a partir
de uma fusão de lutas e rituais de diversas tribos africanas que formaram, aqui, um caldeirão cultural" (p. 38). A
pluralidade de manifestações africanas pode ter sido, desta maneira, a origem da Capoeira.

A Capoeira praticada no Brasil não existe na África. A roda, com as músicas, os instrumentos, os golpes e
defesas. O que se pode afirmar é que a Capoeira foi criada por africanos no Brasil, ou seja, ela é uma
manifestação
afro-brasileira. Tal afirmação ressalta a importância dos negros na construção da cultura brasileira.

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TIPOS DE CAPOEIRA
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A Capoeira Angola é a Capoeira que era praticada pêlos escravos, só que com
algumas ressignificações, estas representadas pela inserção de instrumentos
musicais (durante o seu trajeto histórico), como o berimbau, o pandeiro, o agogô, o
reco-reco, e o uso da vestimenta branca.

Tem por características: a tradição dos mestres da antiga; a música mais lenta; a
formação da bateria, ou seja, a disposição dos instrumentos na roda com: três
berimbaus (Gunga, Médio e Viola), pandeiro, agogô, reco-reco e atabaque; a
movimentação rasteira; e a brincadeira, dissimulação e malícia.
continua

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TIPOS DE CAPOEIRA
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Capoeira angola

Na sua origem, a Capoeira de Angola era apenas chamada de Capoeira (que

também quer dizer, entre muitos significados propostos, mato rasteiro, em Tupi). A
Capoeira era realizada pêlos escravos em momentos de descanso. Também era utilizada
pêlos escravos que fugiam para o mato, e, quando o capitão do mato vinha pegá-los,
aplicavam-lhe um golpe e fugiam. Quando o capitão do mato voltava para a casa do
senhor de engenho, este perguntava: "E o escravo?" E o capitão do mato respondia:
Pegou-me na capoeira (mato rasteiro). Como muitos dos escravos vindos para o Brasil
eram de Angola (pelo menos é o que se pode evidenciar), Areias (1984) acredita que os
senhores de engenho chamavam aquela manifestação de dança de Angola, ou Capoeira
de Angola, por serem feitas por negros, supostamente, de Angola.

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TIPOS DE CAPOEIRA
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A Capoeira Regional, criada na década de 1930 por Mestre Bimba, tem outras
características: a incorporação de golpes de outras lutas (Jiu-jítsu, Karatê...),
a movimentação rápida, a criação de um método pedagógico de seqüências de
golpes, a formação da bateria (berimbau e pandeiro), a música mais rápida e a
combatividade (prenúncio da transformação em esporte).
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TIPOS DE CAPOEIRA
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Capoeira Regional

Em 1932, Getúlio Vargas, com a revolução "Nacionalista",libera a prática de

todos os tipos de manifestações populares, inclusive a Capoeira, para assim ter o
apoio das massas.Tal liberação pisava a produzir nas elites e no povo uma
convicção compartilhada de nacionalidade. Mas a elite intelectual brasileira tinha o
objetivo de embranquecer simbolicamente as manifestações negras.

Assim, na mesma época, um mestre chamado Bimba resolve aproveitar a

onda nacionalista e cria a Luta Regional Baiana, considerada por ele a "evolução"
da Capoeira Angola, futura Capoeira Regional. Esta seria mais aceita pela
"sociedade branca" por possuir características diferentes da Capoeira Angola.
Mestre Bimba realizou uma revolução na Capoeira ao "inventar" a Capoeira
Regional, que tinha por objetivo tirar a Capoeira da marginalidade, a partir da
ressignificação parcial da Capoeira Angola.

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TIPOS DE CAPOEIRA
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Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, ou Mestre

Pastinha, começou a aprender capoeira aos 8
anos de idade com o africano Mestre Benedito.
Serviu a Marinha e, em 1910, tornou-se
professor de capoeira. Ao longo dos anos foi
organizando a arte do jogo, fundou sua própria
escola em 1941, estabeleceu um método de
ensino com base em antigas tradições trazidas
por africanos escravizados e escreveu o livro
"Capoeira Angola".
Mas não foi reconhecido como educador e
incentivador da cultura negra e chegou à velhice
em descaso e pobreza.
FOTOS continua
Mestre Pastinha
Angola

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FOTOS continua

Mestre Pastinha
Angola

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Mestre João Grande Mestre João Pequeno

Foram alunos de Mestre Pastinha

e são grandes expoentes da Capoeira Angola.

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Capoeira como luta

A Capoeira nos seus primórdios (durante a escravidão) e no período

logo após a libertação dos escravos apresentava algumas características
muito próximas da luta. Podemos utilizar como exemplos: a luta dos
escravos fugidos e dos Quilombos e os combates entre as maltas e a
polícia. Esse caráter combativo é característico especialmente do período
inicial da Capoeira.

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Capoeira como jogo

Araújo (1997) aponta que a Capoeira sofreu diversas transformações

e acredita que a atividade era guerreira primeiramente, passando a
agregar características lúdicas com o passar do tempo.

Essa transformação ocorre, sobretudo, na década de 1930, não

subitamente, mas gradualmente, veiculada ao processo de valorização
dá cultura brasileira. A Capoeira já não mais acontecia esporadicamente,
e sim em datas e locais estabelecidos, distantes da marginalidade e
conseqüentemente da violência contida na Capoeira-luta, agora mais
próximo da categoria Capoeira-jogo.

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Capoeira / dança / ritual religioso

No momento em que se toca no assunto música e gestualidade

corporal, a ligação com a dança aparece. Da dança podemos citar a
ginga como sendo um ponto que a aproxima da Capoeira. Reis (1993)
aponta para a aproximação da ginga com a dança quando afirma que:
"A ginga é ritmada pelo som do berimbau. Por intermédio dela, o corpo
dos capoeiristas descreve círculos no espaço circular da roda, o corpo dança,
aproximando a capoeira do lúdico (...)" (p. 129).

Marinho (1956) comenta que a Capoeira era originalmente uma dança

religiosa e que posteriormente, nas "rodas", o início da luta entre os
capoeiras "(...) é precedida de um verdadeiro ritual, com cânticos e
música de berimbaus, chocalhos e pandeiros.

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Capoeira / esporte

A esportivização da Capoeira é citada por Ribeiro (1992), que afirma que esta foi considerada
"(...) como modalidade esportiva, institucionalizada em 1972, pelo Conselho Nacional de Desportos,
ela mesma deverá ter um enfoque especial para a competição, estabelecendo-se treinamentos físicos,
técnicos e táticos" (p. 27-28). O modelo esportivo que impregnou a Educação Física também contagiou
a Capoeira, sobretudo a Capoeira Regional.

Essa característica da Capoeira enquanto esporte traz bastante discussão entre os adeptos dessa
transformação (presidentes de federações, donos de academias, promotores de eventos...) e os adeptos da
manutenção da tradição da Capoeira Angola que tentam se manter fora dessa atmosfera.

Assim, os praticantes de Capoeira que se adaptaram a esta nova visão procuram esportivizar a
Capoeira com a introdução de competições e regras. Esse movimento é defendido por alguns e criticado
por muitos, porque ocasiona, segundo os seus críticos, um grande desvio da Capoeira como instrumento de
manifestação e expressão do indivíduo.

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 Afinal, o que é capoeira?
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Talvez a principal conclusão é a de que a Capoeira tenha características

que se aproximam um pouco de cada manifestação (dança, luta, esporte,
jogo, ritual...) e depende muito do que se faz dela.

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O ritual do jogo da capoeira

A roda de Capoeira é composta de diversas características que podem ser explicadas, basicamente,
através de algumas "etapas". Nesta breve explanação, iremos caracterizar a roda de Capoeira Angola,
por ser mais minuciosa do que a Capoeira Regional.

De acordo com lório (2004), a roda começa com todos os tocadores a postos, e o restante dos
capoeiristas permanece em círculo a partir do Gunga e do Atabaque. Dois jogadores se posicionam
"no pé do Berimbau". Normalmente, quem fica no Gunga é o capoeirista mais "graduado", um Mestre
ou aluno mais antigo. O Gunga inicia tocando, depois o Médio, depois o Viola e depois o Pandeiro.
Os outros instrumentos não tocam, ainda. O tocador do Gunga puxa uma Ladainha. Quando ele termina
a Ladainha e começa a cantar "lê é hora é hora", ou "lê viva meu Deus", ou outras chamadas "louvações",
o resto da bateria começa a tocar.

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O jogo: Quando o cantador começa a cantar um canto corrido (depois da

Ladainha), os dois jogadores se cumprimentam e saem para o jogo. A partir daí, o
que se aprendeu se põe em prática, lembrando do respeito, da não-violência, da
música e da atenção no companheiro de jogo.

O fim de um jogo (quando a dupla sai para a entrada da próxima dupla): Podem
ocorrer dois tipos de fim de jogo. Um é quando um jogador se cansa ou não quer
mais jogar; este se agacha no pé do berimbau e chama o companheiro para
cumprimentá-lo pelo jogo. O outro fim é quando o tocador do Gunga acha que o
jogo deve acabar por algum motivo (tempo, violência, dar a oportunidade para os
próximos); este começa a tocar somente uma nota do Gunga, chamando os
jogadores para o Berimbau. Daí os próximos dois jogadores entram para jogar.

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O coro: É um elemento primordial na roda. Sem ele, a roda fica sem energia,
sem a música cantada e respondida. Quem está tocando ou assistindo deve,
sempre que possível, responder o coro. Quem puxa os cantos corridos pode
passar a vez para outro tocador da bateria, assim todos podem se expressar
com a música.

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O fim da roda: Quando o tocador do Gunga começa a cantar o corrido

"adeus, adeus... Boa viagem... eu vou me embora... Boa viagem...
eu vou com Deus... Boa viagem..." é que vai acabar a roda. A partir daí se espera
o lê do Mestre, e os instrumentos param de tocar.

Este ritual acontece na maioria das rodas de Capoeira Angola. Na Capoeira

Regional, mudam algumas características, como a ausência de alguns instrumentos,
como o Atabaque, o Reco-reco e o Agogô, além de não haver necessidade dos três
Berimbaus, basta um.

Outras diferenças acontecem durante os cantos, que são diferentes, as palmas são
permitidas o tempo todo da roda, os jogos duram menos tempo e a velocidade dos jogos é
mais rápida. Deve-se lembrar que, na Regional, também existe um ritual comum com início,
meio e fim. Na Capoeira Regional, esse ritual começa a diminuir quando começam a existir
o vínculo entre a Capoeira e a conceituação desta como esporte.

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As músicas na Capoeira são elementos fundamentais para o

acontecimento desta. Não se sabe ao certo quando essa ligação
ocorreu, porém, desde épocas remotas, em seu trajeto histórico,
a Capoeira e a música estão ligadas. As letras das músicas são
baseadas em histórias da escravidão, sobre a natureza, sobre o
jogo que está acontecendo, entre outros.

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PARA VER AS LETRAS

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 Navio Negreiro
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Navio negreiro,
de Angola chegou
cheio de Nego
Trazendo o Rei Nagô.

Coro: Navio negreiro,

de Angola chegou
Cheio de Nego
Trazendo o Rei Nagô.

Quando eu for à Bahia

Na senzala do Senhô
Eu vou lá em Cachoeira
Só pró ver o Rei Nagô.

Coro:Nayio negreiro,
de Angola chegou
Cheio de Nego
Trazendo o Rei Nagô...

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MUSICAS
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Berimbau
Berimbau, berimbau, berimbau

Coro: A cabaça o arame e um pedaço de pau.

Olha como é gostoso tocar berimbau.

Coro: A cabaça o arame e um pedaço de pau.

O que é o berimbau

Coro: A cabaça o arame e um pedaço de pau.

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 Cativeiro INICIO
No tempo do cativeiro
Quando o Sinhô me batia
Eu rezava pró Nossa Senhora, ai meu Deus
Como a pancada doía.

Coro: No tempo do cativeiro

Quando o Sinhô me batia
Eu rezava pró Nossa Senhora, aí meu Deus
Como a pancada doía.

Por favor não machuque esse nego

Esse nego foi que me ensinou
Esse nego da calca rasgada
Camisa furada, ele é meu professor.

Coro: No tempo do cativeiro

Quando o Sinhô me batia
Eu rezava pró Nossa Senhora, ai meu Deus
Como a pancada doía..."

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 Instrumentos musicais utilizados na capoeira
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O ritual da roda é a manifestação da Capoeira mais importante.
Mas, para o ritual da roda acontecer, são necessários alguns
elementos primordiais. Antigamente, as rodas dependiam apenas
de ter pelo menos um berimbau e um pandeiro como instrumentos,
mas se houvesse três berimbaus, um pandeiro, um atabaque ,
um reco-reco e um agogô, ficava melhor.
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O berimbau é o principal instrumento da Capoeira. É talvez um dos instrumentos musicais

mais primitivos de que se tem informação. Considerado instrumento de corda e encontrado em
várias culturas do mundo, inclusive no Novo México (EUA), Patagônia, África Central, África do Sul
e Brasil.

Em geral, o berimbau é constituído de um pedaço de madeira roliço (pau-pereira, mamoninha,

bambu, beriba etc.), tencionado por um arame de aço (retirado de pneu de carro) bem esticado,
que lhe dá a forma de um arco; contém um tipo de caixa de ressonância que, na verdade, é uma
cabaça, cortada no fundo e raspada por dentro para ficar oca, adquirindo um som bem puro. Mais
vaqueta (baqueta), caxixi e dobrão (moeda antiga de cobre).

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COMO CONSTRUIR
UM BERIMBAU

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INSTRUMENTOS
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No Brasil, o berimbau chegou pelas mãos dos escravos

africanos que vieram para cá traficados para serviços pesados
nos engenhos, isto por volta do ano de 1538, século XVI, portanto.

O berimbau que conhecemos mais popularmente é normalmente

feito de beriba ou bambu e é composto de seis partes distintas, ou
seja: verga (madeira), cabaça, arame, caxixi, dobrão, baqueta
(chamada de "vaqueta" pêlos mestres mais antigos). Na Capoeira,
existem três tipos de Berimbau: um Gunga ou Berra Boi — berimbau
de cabaça grande e som grave, cuja função é marcar o toque base
de todos os instrumentos, além de coordenar o ritmo da bateria e do
jogo dos capoeiras. Seu toque é o toque de Angola; um Médio ou
Berimbau — berimbau de cabaça de tamanho médio, pouco menor
que a do Gunga. Produz som médio grave e tem o toque inverso do
toque do Gunga. Seu toque é o São Bento Pequeno; um Viola —
berimbau de cabaça menor, produz som agudo e tem a função de
solo e improviso. Seu toque é o de São Bento Grande.

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INSTRUMENTOS
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O pandeiro: Instrumento de percussão, de origem indiana, feito de

couro de cabra e madeira, de forma arredondada, foi introduzido no
Brasil pêlos portugueses, que o usavam para acompanhar as suas
procissões religiosas. E o som cadenciado do pandeiro que acompanha
o som do caxixi do berimbau, dando "molejo" ao som da roda.

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O atabaque: Instrumento de origem árabe, que foi introduzido na África por

mercadores que entravam no continente através dos países do norte, como
o Egito. É geralmente feito de madeira de lei, como o jacarandá, cedro ou
mogno, cortada em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro
de diferentes diâmetros que, de baixo para cima, dão forma ao instrumento;
na parte superior, a mais larga, são colocadas "travas" que prendem um
pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado.

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INSTRUMENTOS PRÓXIMO
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O caxixi: Faz parte do berimbau. Serve para dar o compasso da

batida dos outros instrumentos, além do efeito sonoro muito bonito.
Instrumento em forma de pequena cesta de vime com alça, usado
como chocalho pelo tocador de berimbau, o qual segura a peça com a
mão direita, juntamente com a vaqueta, executando o toque e
marcando o ritmo.

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A vaqueta (baqueta): Serve para bater

no arame do berimbau, e produz o
som deste. E feita do mesmo material
da verga de madeira do berimbau .

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INSTRUMENTOS
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O agogô. Instrumento de origem africana composto de um pequeno

arco, uma alça de metal com um cone metálico em cada uma das
pontas; estes cones são de tamanhos diferentes, portanto produzindo
sons diferentes, com o auxílio de um pedaço de ferro ou madeira, que é
batido nos cones.

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O reco-reco: Instrumento de percussão composto de uma espécie de

cano de madeira serrilhado que é friccionado por um "palito" comprido de
madeira ou um ferrinho para produzir o som.

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O procedimento da construção do berimbau pode ser explicado de maneira simplificada.

a) O arame é retirado das bordas internas do pneu de carro. Basta descascar a borracha e retirar em
torno de l ,5 m de arame. Depois, lixa-se o arame com uma lixa para aço. Por fim, faz-se a "voltinha"
nas duas pontas do arame para prender a cordinha em uma extremidade e o "pé do berimbau" na outra.

b) A cabaça pode ser encontrada em feiras, "Casa do Nordeste", ou casa de música. Basta cortar o bico
(extremidade superior) da cabaça, limpar por dentro, lixar e fazer dois furos para prender a cordinha
que a une ao berimbau.

c) A madeira pode ser comprada em lojas de instrumentos musicais, ou pode ser cortada. Os tipos de
madeira variam. Deve ser feita a retirada da casca da madeira. Depois, passa-se um caco de vidro na
madeira para "alisar" e, por fim, a lixa. Deve-se fazer um "pé" no berimbau (como um pedaço mais fino
do que a madeira) para afixação do arame. Também se deve colocar um pedaço de couro para fixar na
ponta do berimbau, no local onde passa o arame.

d) A vaqueta é feita da mesma madeira do berimbau.

e) O dobrão pode ser uma chapa de cobre, uma moeda grande, ou uma pedra de rio (arredondada).

f) O caxixi é feito com uma técnica de trançado. Normalmente, os mestres de Capoeira conhecem tal
técnica.

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gravura "Jogar capoeira ou dança da guerra" do pintor Rugendas, publicada em 1835

Ilustração: reprodução - Johann Moritz Rugendas. Viagem pitoresca

através do Brasil. São Paulo, Livraria Martins, 1940.

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Mestre Pastinha com seus alunos

do Centro Esportivo de Capoeira Angola, em Salvador, Bahia

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TRABALHO PARA A DISCIPLINA: CULTURA DO MOVIMENTO DA CAPOEIRA

Público alvo: Alunos do Ensino Médio
Objetivo: Aprender Conteúdo Conceitual Sobre Capoeira

Educação física na escola : implicações para a prática pedagógica / coordenação Suraya

Cristina Darido, Irene Conceição Andrade Rangel. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan,
2005 il.;. - (Educação física no ensino superior)
( Laércio Schwantes Iório – Suraya Cristina Darido )

WWW.INSTITUTO NZINGA DE CAPOEIRA ANGOLA

Data do acesso 01/11/2006

Carlos Jorge

4º a

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