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Consultoria Jurídica junto ao

Ministério do Trabalho e
Emprego
OBJETO: Capítulos 5 e 6 do Livro de Pedro
Durão “Técnicas de Parecer – Como
fazer um Dictamen Jurídico”
- ANÁLISE ELABORATIVA
- INDEPENDÊNCIA E PAPEL
DO CONSULTOR PÚBLICO.

COMPONENTES: Drª NILDA OCAMPOS


LINHARES, DR. ALEXANDRE
GOMES MOURA, DR. JASSON
NUNES DINIZ e DR. MARCO
AURÉLIO CAIXETA
Após o bombardeamento de idéias e a identificação das teses
desdobradas da casuística apresentada, outra grande dificuldade é a
conexão dos parágrafos.
A título de exemplos, podemos citar alguns dos conectores que
ajudam a dar coerência ao texto. Vejamos:

Ademais.......Ainda, Assim........Ao ensejo da conclusão deste


item......Assinale-se que.........Como se verifica.........Consoante
noção cediça.........Convém ressaltar.........Cumpre observar........Daí,
por que...........De outro lado........Deveras.........É de verificar-
se..........É prudente afirmar........É, portanto,..........E,
ainda,.........Enfim,........Não quer isto dizer, entretanto,
que.........Ocorre que.......Outrossim........Por derradeiro.......Por
outro lado........Por outro prisma....... Registre-se, ainda,........Tenha-
se presente que.........Vale lembrar.........Verdade seja......
Sobre os principais elementos de coesão do discurso jurídico em busca da unidade conceitual
e coerência, colacionamos a síntese apresentada por Regina Toledo Damião e Antonio
Hernriques:

Realce Negação Afeto Exclusão


Inclusão Oposição Afirmação
Adição Igualdade
Além disso Embora Felizmente Só
Ainda Não obstante isso Infelizmente Somente
Demais Inobstante isso Ainda bem obviamente Sequer
Ademais De outra face Em verdade Exceto
Também Entretanto Realmente Senão
Vale lembrar No entanto Em realidade Apenas excluindo
Pois Ao contrário disso De igual forma Tão-somente
Outrossim Qual nada Do mesmo modo que Nota comum é encontrar
Agora Por ou lado Da mesma sorte o neologismo de
De modo geral Por outro enfoque De igual forma valor discutível
Por iguais razões Diferente disso No mesmo sentido “apenasmente”
Em rápidas pinceladas De outro lado Semelhante
Inclusive De outra parte Bom é
Até Contudo Interessante se faz
É certo De outro lado
É porque Diversamente disso
É inegável
Em outras palavras
Sobremais
Além desse fator
Enumeração Retificação Fecho
Distribuição Explicação Conclusão
Continuação
Em primeiro plano, lugar, Isto é Destarte
momento Por exemplo Dessarte
A princípio A saber Em suma
Em seguida De fato Em remate
Depois (depois de) Em verdade Por conseguinte
Finalmente Aliás Em análise última
Em linhas gerais Ou antes Concluindo
Neste passo (neste) Ou melhor Em derradeiro
Neste lanço (nesse) Melhor ainda Por fim
No geral Como se nota Por conseguinte
Aqui Como se viu Finalmente
Neste momento Como se observa Por tais razões
Desde logo Com efeito Do exposto
Em epliome Como vimos Pelo exposto
De resto Daí por que Por tudo isso
Em análise última Ao propósito Em razão disso
No caso em tela Por isso Em síntese
Por sua vez A nosso ver Enfim
A par disso De feito Posto isto (isso)
Outrossim Como vimos de ver Assim
Nessa vereda Portanto Conseqüentemente
Por seu turno É óbvio, pois
OBJETO: Capítulos III e IV “Técnica de Parecer:
Como fazer um Dictamen Jurídico”, do
Livro de Pedro Durão.

COMPONENTES: Drª MARIA SOCORRO BRAGA, Drª


MARENY GUERRA DE OLIVEIRA,
Drª GILDETE FERREIRA BORGES e
Dr. RUI MAGALHÃES PISCITELLI.
SUMÁRIO
1- APRESENTAÇÃO GERAL NORMATIVA.
2- FLUXOGRAMA JURÍDICO.
3- PLANO TEÓRICO DE FORMAÇÃO DE UMA
PEÇA.
4- PLANO PRÁTICO DE FORMAÇÃO DE UMA
PEÇA.
5- VÍCIOS MAIS COMUNS ENCONTRÁVEIS EM
MANIFESTAÇÕES JURÍDICAS.
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS.
LEI COMPLEMENTAR Nº
73/93
“Art. 11 - Às Consultorias Jurídicas, órgãos administrativamente
subordinados aos Ministros de Estado, ao Secretário-Geral e aos demais
titulares de Secretarias da Presidência da República e ao Chefe do Estado-
Maior das Forças Armadas, compete, especialmente:

I - assessorar as autoridades indicadas no caput deste artigo;


II - exercer a coordenação dos órgãos jurídicos dos respectivos órgãos
autônomos e entidades vinculadas;
III - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos tratados e dos
demais atos normativos a ser uniformemente seguida em suas áreas de
atuação e coordenação quando não houver orientação normativa do
Advogado-Geral da União;
IV - elaborar estudos e preparar informações, por solicitação
de autoridade indicada no caput deste artigo;
V - assistir a autoridade assessorada no controle interno da
legalidade administrativa dos atos a serem por ela praticados ou
já efetivados, e daqueles oriundos de órgão ou entidade sob sua
coordenação jurídica;
VI - examinar, prévia e conclusivamente, no âmbito do
Ministério, Secretaria e Estado-Maior das Forças Armadas:
a) os textos de edital de licitação, como os dos respectivos
contratos ou instrumentos congêneres, a serem publicados e
celebrados;
b) os atos pelos quais se vá reconhecer a inexigibilidade, ou
decidir a dispensa, de licitação.”
LEI Nº 8.666/93
”Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com
a abertura de processo administrativo, devidamente
autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização
respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso
próprio para a despesa, e ao qual serão juntados
oportunamente:
(...)
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação,
bem como as dos contratos, acordos, convênios
ou ajustes devem ser previamente examinadas e
aprovadas por assessoria jurídica da
Administração. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994)”
LEI FEDERAL Nº 9.784/99
“Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo,
o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo
norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.

§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo


fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação,
responsabilizando-se quem der causa ao atraso.

§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no


prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com
sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no
atendimento”.
FLUXOGRAMA JURÍDICO
PLANO TEÓRICO DE FORMAÇÃO
DE UMA PEÇA
INTRODUÇÃO
O que o autor Pedro Durão chama de introdução (que para ele é a apresentação do
expediente e qualificação dos interessados) reclama, a nosso ver, uma consideração de
maior abrangência, levando-se em conta que há a necessidade de enquadramento do
relatório como um ato preparatório do desenvolvimento do parecer, uma introdução.

Ensina Horácio Augusto Mendes de Sousa[1] que

“De certa maneira, pode-se fazer uma comparação da estrutura do parecer jurídico com a
estrutura de uma sentença, pois que ambos devem possuir relatório, fundamentação e
conclusão.”
Com este norte, tem-se que o relatório é a descrição do assunto ou dos fatos que geraram o
processo e que vem a exame do parecerista.

No relatório, não pode haver emissão de juízo de valor, mas, tão-somente, a apresentação
do que irá ser analisado, uma descrição de todos os fatos/questões submetidos ao crivo do
parecerista e a menção dos documentos porventura existentes.

Por meio do relatório, tem-se a verificação de que o parecerista tomou ciência de tudo que
existe nos autos.
[1] Manual de Técnica de Parecer Jurídico, Editora Podium, 2ª. edição, p. 43.
DESENVOLVIMENTO
É nesta fase que o parecerista tece as suas considerações sobre
os fatos que chegaram, pelo processo, à sua análise e lança mão
das normas jurídicas existentes sobre o assunto de que se
ocupará, além de fazer uso de sua experiência profissional.

Mendes de Sousa (ob.cit.) chama essa fase de fundamentação.


É o ato contínuo ao relatório e é o momento adequado para que o
parecerista traga aos autos todas as razões que o levam a sugerir
o acolhimento ou a rejeição de tudo o que foi submetido ao seu
exame. Estas razões, obviamente, significam os motivos de fato e
de direito que autorizam a decisão administrativa.

Ato que precede a fundamentação, logicamente, é o plano desta.

[1] Manual de Técnica de Parecer Jurídico, Editora Podium, 2ª. edição, p. 43.
Plano de fundamentação, na lição de Pedro Durão, consiste no
trabalho de identificar as teses adequadas ao caso em concreto,
registrar as idéias, anotá-las, mesmo que, em um primeiro momento,
elas estejam desordenadas. Passo contínuo, tais idéias devem ser
selecionadas, oportunidade em que algumas serão descartadas e
outras adotadas.

A seleção que há de fazer o parecerista, no plano de fundamentação,


pode ser esboçada em um esquema, de que é exemplo o constante da
página 45 do livro de Pedro Durão:

Identificar teses

Plano de Fundamentação
Registrar idéias

Esquematizar idéias
Feito o esquema, o passo seguinte é escrever o parecer e, para
isto, o parecerista deve aliar a concatenação de suas idéias ao bom
vernáculo, além de evitar o uso de uma linguagem rebuscada
(equívoco cometido normalmente com o fito de mostrar erudição,
mas que atrapalha o bom entendimento do texto e se distancia da
clareza e objetividade que devem dirigir a redação desta peça
jurídica).

No desenvolvimento do parecer, o parecerista deve utilizar-se,


também, da doutrina, da legislação e da jurisprudência sobre o tema
posto ao seu escrutínio.
Interessante ressaltar o ponto de vista desenvolvido por Pedro
Durão sobre questão e argumento, quando distingue uma e outro:

“a questão é o ponto controvertido de fato e de direito. O argumento,


por sua vez, é o raciocínio expedido para convencer do acerto de
uma conclusão. Ao parecerista como ao magistrado, não se exige a
análise de argumento por argumento, mas não se exonera de
decidir e motivar todas as questões”
CONCLUSÃO

O objetivo da conclusão é encerrar o parecer, trazer a lume o


entendimento a que chegou o parecerista após o exame das
questões submetidas à sua análise.

A conclusão é o instrumento de que se vai utilizar o parecerista


para manifestar-se sobre a adequação dos fatos às normas
jurídicas, doutrina e jurisprudência, com o resumo de cada um dos
pontos relatados e a solução concebida para todos eles. Em
suma, é por intermédio da conclusão que o parecerista manifesta-
se sobre as questões que lhe foram trazidas.

A conclusão deve vir expressa com cristalina clareza. Em razão


disto, o parecerista há de dissertar com objetividade sobre cada
um dos tópicos (questões) apresentados no relatório, de modo
que o destinatário do parecer fique isento de quaisquer dúvidas e
não encontre contradições no texto que lhe é submetido pelo
parecerista.
O CASO: “Trata-se de análise requerida pela
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e
Administração, objetivando que esta CONJUR se
manifeste acerca da minuta de contrato a ser
celebrado com a ECT, na espécie de
inexigibilidade, visando ao fornecimento de ‘(...)
licenciamento da Base de dados comercial do
DNE – Diretório Nacional de Endereços.”
1 - QUE É ? (Conceito e natureza jurídica):

Distinção entre contratos e outros ajustes da Administração:

“Faz-se nítida a distinção entre convênio e contrato, pelo fato de se


reconhecer que este último objetiva realizar interesses diversos e
opostos entre os participantes: de um lado o objeto do contrato (o
serviço, obra ou fornecimento a serem executados) e, de outro, a
contraprestação correspondente, ou seja, o preço a ser pago.”

(LUCAS ROCHA FURTADO, no seu “Curso de Licitações e


Contratos Administrativos”, 2007, fls. 410-411)
2- QUEM (Legitimidade):

Contratos administrativos: contratante e


contratado. Contratante: Administração Pública
lato senso. Contratado: Administração Pública e
particulares em geral.
Convênios e outros ajustes:

(Decreto Federal nº 6.170/07)

“Art. 1º Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de


repasse e termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades
da administração pública federal com órgãos ou entidades públicas
ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de programas,
projetos e atividades de interesse recíproco que envolvam a
transferência de recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da
Seguridade Social da União”.
3- QUANDO (oportunidade):

DL 200/67:

“ Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos


seguintes princípios fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V – Controle”.
“Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal
deverá ser amplamente descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos
principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-
se claramente o nível de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas,
quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante
contratos ou concessões”.
4 – COMO (forma):

Lei nº 8.666/93:

“Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:

I - o objeto e seus elementos característicos;


II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e
periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega,
de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação
funcional programática e da categoria econômica.
Instrução Normativa MPOG nº 02/2008 (Contratação de
serviços, continuados ou não):

“Art. 14. A contratação de prestação de serviços será sempre


precedida da apresentação do Projeto Básico ou Termo de
Referência, que deverá ser preferencialmente elaborado por técnico
com qualificação profissional pertinente às especificidades do
serviço a ser contratado, devendo o Projeto ou o Termo ser
justificado e aprovado pela autoridade competente.
Art. 15. O Projeto Básico ou Termo de Referência deverá conter:
(...)”
Lei nº 8.666, de 1993

“Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por


esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de


interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do
art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese
da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais
pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato
administrativo”.
“Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e
entidades da Administração.

§ 1º A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades


da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano
de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no
mínimo, as seguintes informações:
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases de execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão
das etapas ou fases programadas;
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação
de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão
devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair
sobre a entidade ou órgão descentralizador.”
5 – POR QUÊ ? (Finalidade):

“O que realmente qualifica os convênios, diferenciando-os dos contratos,


é o fato de as partes, ou melhor, os partícipes celebrantes, além de
convergirem suas vontades, o que é necessário para a própria celebração
do negócio jurídico, têm também uma identidade de interesses em jogo.
Em outras palavras, nos contratos há uma convergência de vontades, mas
uma diferença de interesses, ao passo que nos convênios existe
convergência tanto nas vontades manifestadas quanto nos interesses dos
celebrantes. Daí, inclusive, por que são chamados de partícipes e não de
partes, uma vez que não são figuras parcializadas.”

(RAFAEL MAFFINI, no seu “Direito Administrativo”, 2006, p 153)


CONCLUSÃO: “Isto posto, em não havendo
interesses contrapostos, característica
essencial dos contratos, deve-se aplicar o
instrumento de Acordo de Cooperação
Técnica entre a União, neste ato representada
pelo MTE e a ECT (ressaltando-se que já se
celebrou, ao menos no âmbito de alguns
Estados da Federação, instrumento
contratual, conforme comprovação juntada em
anexo).”
VÍCIOS MAIS COMUNS
ENCONTRADOS EM
MANIFESTAÇÕES JURÍDICAS
Definição
Entende-se por “vício”:
defeito;
falha; e
imperfeição ou irregularidade.

Tipos
Vício material
Vício de forma
Vício Material
“error in procedendo”
= Ocorre no cumprimento das atividades do ofício;
= No curso do procedimento; ou
= Quando não se observa as normas que regulam as
modalidades da atividade.

Vício de Forma
Desatenção aos ritos prescritos necessários à validade
júridica da manifestação.
Sanabilidade dos Vícios
Os vícios, sejam materiais ou formais, são passíveis
de remoção ou suprimento, podendo ser sanados por
autoridade imediatamente superior, inclusive, por
despacho motivado retificador.

Referência:
DURÃO, Pedro, Técnica de Parecer – Como fazer um
Dictamen Jurídico. 2ª Reimpressão, 2009, págs. 49-50.
Vícios mais comuns em Pareceres

->Falta de:

Objetividade
Clareza
Fundamentação (legislação, doutrina e jurisprudência)
Concisão
Ordenamento das fases do parecer
Atendimento do pedido do autor

->Linguagem Rebuscada
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“ (...) é prudente fazer uma diferenciação entre a atividade
consultiva do parecerista e o trabalho do procurador ou advogado
de uma parte. Este é necessariamente parcial, pois tem o dever de
defender seu cliente, expondo com o maior vigor possível os
argumentos favoráveis ao seu constituinte, dentro dos limites da
ética e do bom-senso. O consultor tem um compromisso
fundamental com a ordem jurídica, com a verdade científica e com
a justiça; cumpridos esses compromissos, pode expor, até com
veemência, os elementos que o levaram a formar sua convicção.”

(FERRAZ, Sérgio e DALLARI, Adilson Abreu, Processo Administrativo. São Paulo:


Malheiros, 2001, p, Ed. Rideel, p. 142)
OBJETO: Capítulos VII e VIII “Conclusões Finais e
Modelos de Parecer”, do Livro de Pedro
Durão.

COMPONENTES: Dr. ÉRICO FERRARI NOGUEIRA e


Drª JÂNUA C. O. ANDRADE
Duas perspectivas sobre o
tecnicismo para elaboração de um
parecer:
a) convencimento jurídico; e
b) maneira adequada.
Recomendação:

Cuidados na utilização do
vernáculo.
Deveres:

Eficiência e Imparcialidade.
Relatório

Divisão do Parecer Fundamentação

Conclusão
Relatório:
Motivos internos e externos.
Fundamentação:
Normas: regras e princípios
Ausência de normas?
O Advogado Público pode se eximir
de proferir um parecer alegando que
não há normas específicas que
resolvam a consulta ou o caso
concreto?
CPC, art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou
despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei.
No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as
normas legais; não as havendo, recorrerá à
analogia, aos costumes e aos princípios gerais de
direito.
LICC, art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá
o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito.
Além das normas (se houver) + doutrina e
jurisprudência.
PARECER é considerado ato administrativo?

Quatro correntes doutrinárias:

1- parecer não é considerado uma manifestação de vontade da


Administração;

2- são atos administrativos, mas apenas atos em sentido formal;

3- é ato administrativo, sendo classificado como ato enunciativo;

4- é ato administrativo, classificado como ato enunciativo, que


necessita de outro ato que decida, homologue ou adote.
Requisitos do ato administrativo:

a) ato praticado por agente público;


b) conteúdo visa produzir efeitos jurídicos com finalidade
pública; e
c) regido pelo direito público.

OBS: Conclusão do Autor - PARECER é ato administrativo.

Aplicação dos incisos do artigo 50 da Lei nº 9.784, de


1999 – são voltados para o procurador ou para o
administrador?
Artigo 50 da Lei nº 9.784, de 1999:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação
dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;


II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo


consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores
pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão
parte integrante do ato.
CONCLUSÃO – É a parte final do parecer, na qual se
resumirá os pontos mais importantes descritos na peça.

Indagação: para quem serve o parecer jurídico?

a) É para o advogado?
b) É para o Coordenador?
c) É para o consultor?
Conclusão da CONCLUSÃO – tem que
ser direta e objetiva.
EXEMPLO: Conclusão do PARECER/EFN/CONJUR/MTE/042/2007

41. Lembre-se, ainda, que o próprio § 2º, do artigo 1º, da IN STN 01, de 1997,
estabelece que a descentralização da execução mediante convênio somente se
efetivará para entes que disponham de condições para consecução do seu objeto,
o que deduz, s.m.j., que a utilização de despesas de capital seja, pelo menos,
reduzida.

CONCLUSÃO
42. Em face do acima exposto, conclui-se que:

(i) é possível, ainda, celebrar convênios com entes privados não integrantes da
Administração Pública;
(ii) a interpretação firmada anteriormente por este Ministério é a de que era
possível repassar contribuições classificadas como despesa de capital, ante ao
entendimento de que, como a Lei nº 10.748, de 2003 (PNPE) previa a celebração
de convênios com ONGs, tal previsão permitia realização de despesas de capital;
(iii) atualmente, não obstante a análise individual de cada caso específico, o
entendimento desta CONJUR é o de que, pelo menos em tese, é necessária
criação de lei especial anterior para regular a matéria, tratando especificamente
sobre contribuição de capital;
(iv) tal fato, por si só, não inviabiliza a realização de descentralização de
execução do Programa com ONGs, vez que as verbas destinadas à efetivação dos
convênios podem também ser custeadas por intermédio de contribuição corrente,
desde que respeitados os ditames legais;
(v) recomendar a inclusão, na Medida Provisória a ser editada para criação do
“Programa Projovem Trabalhador”, a ser lançado no próximo exercício, de
dispositivo autorizando o repasse de contribuição de capital e corrente para
ONGs, no intuito de dirimir dúvidas sobre o tema e possibilitar adequação aos
termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias, em que pese, especificamente, para
as contribuições correntes a Lei não ser taxativa quanto à existência de
previsão em lei específica, facultando a seleção da entidade para execução do
programa; e,

(vi) por fim, a despeito do entendimento desta CONJUR, e considerando a


controvérsia sobre a matéria, propõe-se a sujeição da presente manifestação à
Advocacia-Geral da União, em atenção ao disposto nos incisos X e XI do art. 4º
da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, visando a orientação a
esta Pasta quanto à postura a ser adotada em relação à celebração de
convênios com ONGs, bem como sobre a necessidade de lei especial para tratar
especificamente da matéria, para aplicação de investimento (contribuição de
capital) aos convênios firmados no âmbito do PNPE.

São estas as considerações que se submete à apreciação superior.


Convém relembrar que o artigo 5º, inciso
II, da Constituição Federal, dispõe que
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar
de fazer alguma coisa senão em virtude
lei”. Assim sendo, todo ato administrativo
submetido à apreciação da Consultoria
Jurídica merece apreciação em
conformidade com os fatos jurídicos
citados nos autos e com o conseqüente
cumprimento das regras previstas.
Pelos ensinamentos do emérito doutrinador e
professor Diógenes Gasparini, “parecer é a
fórmula segundo a qual certo órgão ou
agente consultivo expede,
fundamentadamente, opinião técnica sobre
matéria submetida à sua apreciação”.

Em continuidade: “O parecer é comumente


individual, ou seja, destina-se tão-só ao caso
que o ensejou, mas pode tornar-se de caráter
normativo.”
Dado seu caráter meramente opinativo, o parecer nos processos licitatórios
são obrigatórios, de acordo com o caput do artigo 38 e Parágrafo único da
Lei nº 8.666, de 1993, abaixo disposto:

“Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de


processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado,
contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do
recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
(...)
VI- pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou
inexigibilidade.

Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos


contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas
e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.”
Assim, a aprovação ou ratificação de termo
de convênio e aditivos, a teor do citado
artigo 38, diferentemente do que ocorre
com a emissão de um simples parecer
opinativo, possibilita a responsabilização
solidária, já que o Administrador decide
apoiado na manifestação do setor técnico
competente. Procedimento sem o qual não
poderia o Administrador ordenar a
contratação.
Dentre os vários comentários de pareceres
abordados neste momento, resta-me tecer
algumas considerações sobre a peça
apresentada no item 8.2 do livro de “Técnica de
Parecer”, de Pedro Durão, bastante utilizado na
Administração Pública. Esse parecer contém
abordagem superficial tanto no relatório quanto
na fundamentação, sem citação doutrinária
nem jurisprudencial, mas dá plena e perfeita
conclusão legal ao pedido.
8.2 – PARECER DE PROCURADOR
FEDERAL – RECOMPOSIÇÃO DE
PREÇOS EM CONTRATO
ADMINISTRATIVO

(peça simples e corriqueira sem citação


doutrinária)
Esse é um parecer simples que
contém descrição dos fatos
(recomposição contratual de preços),
breve fundamentação e resumida
conclusão. Entende-se que ele atende
às disposições da Lei nº 8.666, de
1993.
8.3 – PARECER DE PROCURADOR DO
ESTADO – CONSULTA DE CONCESSÃO
DE FÉRIAS NÃO GOZADAS DE
MILITARES ESTADUAIS

(peça complexa com citação doutrinária,


merecedora de estudo e pesquisa específica)
8.4 – PARECER DE PROCURADOR
AUTÁRQUICO – APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ

(peça de média complexidade sem citação


doutrinária e sem ementa, merecedora de
estudo específico)
OBJETO: Capítulos I e II “Técnica de Parecer:
Como fazer um Dictamen Jurídico”,
do Livro de Pedro Durão.

COMPONENTES: Dr. GUSTAVO NABUCO


MACHADO, ROMMEL
MADEIRO DE M. CARNEIRO e
LOURIVAL LOPES BATISTA
1) NATUREZA DO PARECER JURÍDICO
Segundo Pedro Durão, “o parecer é ato administrativo”, o qual visa
“esclarecer, como elemento auxiliar e preparatório, os atos e as atividades
da administração pública”. De acordo com o mencionado autor:

“Embora o parecer se distinga do ato praticado pelos órgãos ativos ou de


controle e, em si não participe destes, já que tem vida autônoma, integra-
os no procedimento administrativo, por conseqüência afeta o ato
conclusivo, se levado a efeito em seus termos. Por vezes, o órgão ativo,
ou de controle, se reporta a ele. Então, as conclusões do parecer e até
seus fundamentos se relacionam com o ato do órgão ativo ou de controle,
bem como os particulares por ele atingidos”.

A este respeito, cumpre inicialmente consignar que não parece adequado


classificar o parecer jurídico como um mero ato administrativo, distinto
dos atos praticados pelo que Durão denomina “órgãos ativos ou de
controle”.
Primeiramente, insta ressaltar que a Advocacia-Geral da União,
assim como os Procuradores de Estado e do Distrito Federal,
vêm tratados no Capítulo constitucional destinado às Funções
Essenciais à Justiça. Estas são previstas, pela Constituição de
1988, de modo apartado em relação ao tradicional Poder
Executivo do Estado.
Em verdade, faz-se necessário bem delimitar doutrinariamente o tema,
nos seguintes moldes:

a) situando a Advocacia do Estado como função essencial à justiça;


b) entendendo a atribuição de consultoria jurídica como verdadeira
função de controle, à luz da doutrina de Loewenstein. Trata-se daquilo
que Bruce Ackerman denomina integrity branch;
c) sendo função de controle, distinta da função administrativa, a
consultoria jurídica não é nem mera opinião emitida pelos Advogados
Públicos, nem um ato de aprovação de atos administrativos em geral.
Esse controle é composto pelo exercício de duas atribuições:

c.1) orientação do administrador na formulação de políticas públicas;


c.2) responsabilização do administrador tanto na esfera administrativa,
como também perante as demais instâncias de controle (Tribunal de
Contas, Ministério Público e, principalmente, os órgãos de atuação
judicial da Advocacia-Geral da União).
Por fim, cumpre observar que Comissão de Juristas designada pela
Portaria MP nº 426/2007 elaborou Anteprojeto de Lei Orgânica da
Administração Pública Federal e Entes de Colaboração, o que
representa sensível avanço no trato da questão, na medida em que:

a) distingue consultoria de assessoramento jurídico;


b) caracteriza a função de consultoria jurídica da Administração
como “controle prévio de legalidade”, destinado a prestar
“orientação jurídica” (vide art. 54, caput). Vejamos:

Art. 54. Os órgãos de consultoria jurídica da administração,


independentemente de sua função de assessoria, devem, no
exercício do controle prévio de legalidade, prestar orientação
jurídica quanto à adoção de medidas aptas a permitir a efetividade
da ação administrativa, em conformidade com os preceitos legais.
2 – CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
De acordo com a doutrina clássica de Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, encampada,
também, por Pedro Durão e Diogo de Figueiredo Moreira Neto, o Parecer Jurídico tem a
seguinte classificação:

a) Parecer facultativo: é o que a Administração solicita sem imposição normativa,


legislativa ou regulamentar que a obrigue, e, pois, apenas se funda na oportunidade,
discricionariamente valorada, de ouvir a opinião do órgão consultivo. Nem mesmo existe
dever de a Administração ater-se ao conteúdo do parecer, ao contrário, de regra, é
destituído de qualquer relevância jurídica, no âmbito externo.

b) Parecer obrigatório: é o que a norma jurídica dispõe seja solicitado, em certos casos,
a determinados órgãos consultivos. A consulta constitui fase do procedimento
administrativo preordenado à edição de determinado ato. Obrigatória, porém, somente a
solicitação do parecer; tal omissão influi sobre a validade do ato final, mas não há dever
da administração de agir em conformidade com a opinião do órgão consultivo,
respeitadas as questões de legalidade e validade.

c) Parecer vinculante: ou como costumam dizer alguns, parecer conforme. É uma


espécie de parecer obrigatório em que a “administração está obrigada não só a solicitá-la,
mas deve agir segundo nele se recomenda”, como orienta Landi Potenza.
3 - MODELAGEM DO PARECER JURÍDICO

A estrutura do parecer jurídico pode ser assim delineada:

a) Preâmbulo
b) Ementa
c) Relatório
d) Fundamentação
e) Conclusão
f) Fecho

A seguir, analisaremos cada uma das divisões estruturais de um


parecer jurídico.
A) PREÂMBULO

No preâmbulo, indicam-se:

I) o número da peça jurídica;


II) o número do respectivo processo administrativo; e
III) o nome do interessado (quando a demanda administrativa provier de
um particular – seja pessoa física ou jurídica – ou ainda de outro órgão
ou entidade pública).

B) EMENTA
Segundo Pedro Durão, a ementa se traduz no resumo dos fatos, teses
apontadas e os princípios expostos no parecer.
Insta registrar que, no âmbito da Consultoria Jurídica junto ao MTE, foi publicada
a ORDEM DE SERVIÇO/CONJUR/MTE/Nº 001, de 23 de julho de 2009, que
estabelece as diretrizes básicas para elaboração e padronização das ementas dos
pareceres:

Art. 2º A estruturação da ementa deverá contemplar a seqüência abaixo:

I – ramo ou ramos do Direito, iniciando-se sempre, pelo Direito Constitucional,


quando for o caso;
II – tema, ou seja, uma breve citação do assunto genericamente tratado;
III – situação fática, que diz respeito à síntese do caso concreto trazido a exame;
IV – entendimento do parecerista, que compreende a forma resumida da tese
defendida; e
V – argumento, que constitui a fundamentação constitucional, legal e infralegal,
jurisprudencial ou doutrinária do parecer.

Exemplo de Ementa segundo as regras do mencionado ato normativo:


EMENTA: Direito Constitucional e do Trabalho. Minuta de Medida Provisória.
Adicional de insalubridade. Salário básico do trabalhador como base de
incidência. Pela ausência de óbice jurídico. Vedação de indexação do salário-
mínimo (art. 7º, IV, CF). Súmula Vinculante nº 04/STF.
C) RELATÓRIO

Segundo Horácio Augusto Mendes de Sousa, relatório é a descrição


objetiva dos fatos documentados nos autos da consulta formulada ao
parecerista. O parecerista não emite juízo de valor sobre a matéria que
está relatando. É a descrição imparcial dos fatos submetidos ao seu
exame. Deve ele conter o nome dos interessados e sua qualificação, o
resumo do pedido e as suas fundamentações e as principais ocorrências
havidas no andamento do processo.

D) FUNDAMENTAÇÃO

Visa demonstrar a tese, com os argumentos necessários para a condução à


sua conclusão, firmando a discussão dos pontos controvertidos, a
adequação dos fatos às normas aplicadas e a necessidade do pleno
convencimento. Dessa forma, apresentam-se as razões de fato e de direito
que autorizam a decisão administrativa num ou noutro sentido.
E) CONCLUSÃO

Consiste no acolhimento ou não de teses jurídicas discutidas ao longo do


parecer. Decorre, portanto, do raciocínio desenvolvido na motivação. A
conclusão deve ser clara, sucinta e objetiva.

F) FECHO

Eis a mais tradicional forma de se encerrar o parecer jurídico: “É o


parecer. À consideração superior”.
Há, todavia, inúmeras outras formas de encerramento, a fim de se
submeter a peça jurídica à superior instância.
Portaria nº 1.399, de 05 de outubro de 2009, da Advocacia-
Geral da União

Sobre o tema, vale a pena consignar ainda que a Portaria nº


1.399, de 05 de outubro de 2009, da Advocacia-Geral da União,
dispõe sobre as manifestações jurídicas dos órgãos de direção
superior e de execução da AGU e de seus órgãos vinculados.
Referido ato normativo determina que tais manifestações devem
observar as formas constantes do Anexo I a V. A estruturação do
parecer consta do Anexo II da mencionada Portaria.
OBJETO: Distinção entre Parecer, Informação e Nota

COMPONENTES: Dr. MARCO AURÉLIO CAIXETA


Art. 1º ......
Parecer .....
Será dada a forma de parecer, preferencialmente, aos
pronunciamentos jurídicos, ressalvadas as hipóteses
previstas no item II da presente Ordem de Serviço (...)
(ORDEM DE SERVIÇO CONJUR/MTE Nº
01/2004, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004)
II - Informação ou Nota ......
Tratando-se de matéria anteriormente examinada
pela Consultoria, bem como nos casos de simples
análises que não exijam maior fundamentação, é
admissível pronunciamento simplificado, sob o
título de “Informação” ou “Nota”, com dispensa
total ou parcial dos requisitos das alíneas do item
anterior.
(OS nº 01/2004)
Art. 3º O parecer deverá ser elaborado como
resultado de estudos e análises jurídicas de
natureza complexa que exijam
aprofundamento, como também para responder
consultas que exijam a demonstração do
raciocínio jurídico e o seu desenvolvimento.
Art. 4º A manifestação jurídica será elaborada sob
a forma de nota quando se tratar de hipótese
anteriormente examinada e nos casos de
menor complexidade jurídica, admitindo
pronunciamento simplificado.
“Art. 5º A informação será produzida quando se
tratar da prestação de subsídios solicitados
para a defesa judicial da União ou de
autoridades públicas.”
“Art. 6º Quando se tratar de resposta a diligência
ou a requisição, que não exija fundamentação
jurídica expressa, ou de complementação da
instrução de processo, será cabível a adoção da
cota, impressa ou lançada à mão, no próprio
expediente, assinada pelo autor.
Art. 7º O parecer, a nota e a informação serão
submetidos ao superior hierárquico do subscritor
para apreciação, que se formalizará mediante
despacho e, somente após aprovados, assumirão o
caráter de manifestação jurídica da AGU.”
• PORTARIA AGU Nº 1.399, DE 5 DE OUTUBRO DE 2009
• Dispõe sobre as manifestações jurídicas dos órgãos de direção superior e de execução da Advocacia-Geral da União e de seus órgãos vinculados.
• O Advogado-Geral da União Interino, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I, XIV e XVIII da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, resolve:
• Art. 1º As manifestações jurídicas da Advocacia-Geral da União e de seus órgãos vinculados, nas atividades de consultoria e assessoramento jurídico de que trata o parágrafo único do
art. 1º da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, passam a reger-se por esta Portaria.
• CAPÍTULO I
• DAS MANIFESTAÇÕES JURÍDICAS DA AGU E DE SEUS ÓRGÃOS VINCULADOS
• Art. 2º As manifestações jurídicas da Advocacia-Geral da União e de seus órgãos vinculados serão formalizadas por meio de:
• I - parecer;
• II - nota;
• III - informação;
• IV - cota; e
• V - despacho.
• § 1º Na elaboração das manifestações jurídicas:
• I - os parágrafos deverão ser numerados; e
• II - os trechos em língua estrangeira serão traduzidos em nota de rodapé, salvo quando se tratar de expressão breve de uso corrente.
• § 2º A manifestação jurídica indicará, expressamente, os atos e as manifestações anteriores que sejam, por meio dela, alterados ou revisados.
• Do Parecer
• Art. 3º O parecer deverá ser elaborado como resultado de estudos e análises jurídicas de natureza complexa que exijam aprofundamento, como também para responder consultas que
exijam a demonstração do raciocínio jurídico e o seu desenvolvimento.
• § 1º Os pareceres adotados ou aprovados pelo Advogado-Geral da União terão numeração seqüencial e exclusiva.
• § 2º Os pareceres emitidos pelo Consultor-Geral da União e pelos Consultores da União terão numeração sequencial e exclusiva, reiniciada a cada ano.
• § 3º Os demais pareceres emitidos pelos órgãos da AGU terão numeração sequencial única, reiniciada a cada ano.
• Da Nota
• Art. 4º A manifestação jurídica será elaborada sob a forma de nota quando se tratar de hipótese anteriormente examinada e nos casos de menor complexidade jurídica, admitindo
pronunciamento simplificado.
• § 1º A nota dispensa a descrição da consulta, o histórico dos fatos, o sumário das questões a elucidar e a demonstração do raciocínio jurídico desenvolvido.
• § 2º Do embasamento jurídico da nota deverá constar simples referência aos dispositivos da legislação aplicável, ao parecer respectivo, à obra doutrinária consultada e à fonte
jurisprudencial.
• Da Informação
• Art. 5º A informação será produzida quando se tratar da prestação de subsídios solicitados para a defesa judicial da União ou de autoridades públicas.
• Da Cota
• Art. 6º Quando se tratar de resposta a diligência ou a requisição, que não exija fundamentação jurídica expressa, ou de complementação da instrução de processo, será cabível a
adoção da cota, impressa ou lançada à mão, no próprio expediente, assinada pelo autor.
• Do Despacho
• Art. 7º O parecer, a nota e a informação serão submetidos ao superior hierárquico do subscritor para apreciação, que se formalizará mediante despacho e, somente após aprovados
assumirão o caráter de manifestação jurídica da AGU.
• Art. 8º O despacho será lançado sequencialmente à manifestação jurídica, ou, caso necessário, em documento à parte, podendo
apresentar o seguinte conteúdo:
• I - aprovação, quando a manifestação jurídica for aprovada na sua totalidade, podendo acrescer informações pertinente ao conteúdo
relevante da manifestação;
• II - aprovação parcial, quando o responsável pelo despacho discordar de parte da manifestação jurídica, caso em que deverá indicá-la
expressamente e resolver a questão jurídica objeto da divergência; e
• III - rejeição, quando a manifestação jurídica não for aprovada.
• Parágrafo único. O despacho poderá conter, ainda, informações complementares ao parecer, à nota, à informação ou à cota, inclusive
com as instruções sobre o encaminhamento do assunto, bem como a revisão ou a menção a manifestações anteriores.
• CAPÍTULO II
• DAS MANIFESTAÇÕES JURÍDICAS NÃO APROVADAS
• Art. 9º Caso o superior hierárquico não aprove a manifestação jurídica emitida, poderá solicitar o seu reexame ou emitir manifestação
própria.
• § 1º Quando, após o reexame, for constatada a insuficiência da manifestação jurídica suplementar, a matéria poderá ser redistribuída a
outro profissional da área jurídica da Unidade hierarquicamente subordinada à autoridade.
• § 2º Considera-se insuficiente a manifestação jurídica que:
• I - não aborde integralmente o tema objeto da consulta;
• II - careça de fundamentação jurídica bastante a respaldar as suas conclusões;
• III - apresente incongruência entre as conclusões e os fundamentos jurídicos manejados; e
• IV - contenha obscuridades que impeçam a sua perfeita compreensão.
• Art. 10. A manifestação jurídica não aprovada integrará os autos, mediante a consignação da sua não aprovação.
• CAPÍTULO III
• DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
• Art. 11. Os processos e expedientes enviados ao Advogado-Geral da União e à Consultoria-Geral da União com solicitação de exame
devem estar instruídos com as manifestações jurídicas dos órgãos ou entidades solicitantes, inclusive daqueles divergentes quando for o
caso.
• Art. 12. As manifestações jurídicas observarão a forma constante dos Anexos I a V desta Portaria, publicados no Boletim de Serviço
Extraordinário nº 29 da Advocacia-Geral da União, de 13 de outubro de 2009.
• Art. 13. As regras estabelecidas nesta Portaria aplicam-se, no que couber, às manifestações jurídicas do procedimento contencioso.
• Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
• EVANDRO COSTA GAMA
OBJETO: Capítulos IX e X do Livro Técnicas de
Parecer, do autor Pedro Durão.
Considerações práticas sobre a elaboração
de um texto.
Obviedades.
Capítulo V “Análise Elaborativa”

COMPONENTES: Dr. F. MOACIR BARROS, DRª JULIANA


MOREIRA BATISTA, DRª INGRID
PEQUENO DE SÁ GIRÃO e DRª GINA
DE OLIVEIRA MELLO.
Elementos essenciais para
formação de um texto

• Compreensão do princípio do livre


convencimento motivado (Art. 131, do CPC);
• Forma fixa: introdução (relatório),
desenvolvimento (fundamentação) e
conclusão (parte dispositiva) – encadeamento
lógico-conclusivo.
A Coleta de Dados

• Aprimorar técnica de pesquisa de dados


alusivos à matéria (lei, doutrina,
jurisprudência e demais fontes imediatas e
mediatas do Direito);
• Conhecer o Processo (os fatos) -
desenvolvimento de técnicas de análise dos
autos: celeridade, verticalidade, compreensão,
etc...
A finalidade do texto

• A formação do convencimento pessoal do


parecerista relativamente à matéria - condição básica
para convencer o leitor (destinatário do texto);
• Permitir a avaliação da qualidade do texto, da leitura
e da interpretação (clareza, inteligibilidade, concisão,
etc...);
• A dialeticidade - Qualquer tese bem fundamentada é
válida. Não há voz uníssona; a disparidade é a regra
(várias teses).
Linearidade textual!

• “O objeto primordial da fundamentação é


demonstrar a tese com os argumentos
necessários para a condução à sua
conclusão, firmando a discussão dos
pontos controvertidos, a adequação dos
fatos às normas aplicadas e a necessidade
do pleno convencimento” – Pedro Durão.
• No STF não se conhece de RE se não existe a
defesa expressa de uma tese.
Metáfora: a elaboração de um
texto é uma jornada
• “Da perspectiva abordada, observa-se que o
assunto não se esgota neste compacto estudo.” –
Pág. 67, Pedro Durão;
• Distância entre teoria (conhecimento) e prática
(produção do Parecer) - unicidade;
• O surgimento da escrita no Egito 4.000 aC;
• A subjetividade permeia a produção de um texto – é
resultante da essência do ser;
• Definição dos contornos das partes do texto
(PLANO DE TEXTO);
Necessidade de continuar a
aprimorar um texto
• “Em últimas palavras, emerge a
necessidade de aprimoramento do
tecnicismo jurídico aplicado à consultoria
pública, apoiado nos princípios setoriais e
no regime legal da matéria” (p. 68 – Pedro
Durão)
• Veleidades,... (Ex. Min. Sepúlveda Pertence –
lendo e escrevendo).
Ponderações sobre um Parecer
Jurídico
• “O passo mais difícil de uma caminhada é o primeiro.” –
Ghandi;
• Terceiros sempre formarão um juízo sobre um texto
jurídico alheio;
• Em tese, o que foi escrito é para sempre (daí a
importância da qualidade textual) – o texto fala por
si mesmo, autonomia;
• Senso crítico quanto à qualidade do texto (aspecto
evolutivo) – desenvolver, caminhar.
Síntese do conteúdo do Parecer

• “Caberá ao parecer jurídico indicar a


norma, verificar a existência dos
documentos que fundamentaram os
autos e indicar a doutrina e a
jurisprudência, se houver, para
assegurar a razoabilidade da tese que
abraça.” JACOBY FERNANDES, in
revista Capital Público.
Vale o que está escrito

• (Provérbio carioca sobre as


anotações do jogo do bicho – é
coisa séria). Os próprios
contraventores são os primeiros a
fazer valer esse provérbio.
TÉCNICAS REDACIONAIS

1. Idéias ordenadas no texto e nos parágrafos


2. Parágrafos ordenados no texto
3. Frases na ordem direta
4. Frases afirmativas
5. Vocabulário simples
6. Objetividade
7. Concisão
8. Correção gramatical

Fonte: Boletim de Serviço da AGU. Edição


Extraordinária nº 29, de 13 de outubro de 2009.
“Ouviram, do Ipiranga
as margens plácidas,
de um povo heróico o
brado retumbante...”
“As margens plácidas do
Ipiranga ouviram o
brado retumbante de um
povo heróico”.
Evite:

Colisão: sons de letras ou sílabas iguais ou semelhantes no


início de palavras seguidas ou perto uma da(s) outra(s).
Exemplo: a seca severa segue castigando o povo;

Cacofonia: duas palavras seguidas formando uma terceira de


significado inconveniente ou desagradável.
Exemplo: por cada, vi ela;

Eco: sons sucessivos e iguais ou semelhantes no final de


palavra(s) próxima(s).
Exemplo: aplicação de sanção em razão...
FINALMENTE ...

Muito obrigado
pela atenção !

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