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O Ensino e os desafios do Direito

Educacional Brasileiro
1. Apresentação
2. Avanços e retrocessos da educação brasileira
3. Origem, autonomia e conceito do Direito
Educacional
4. Contribuições de juristas e educadores
5. O Ensino do Direito Educacional e seus desafios
6. Considerações finais
APRESENTAÇÃO
Todos que atuam na área do direito e na
educação percebem a necessidade de juntarmos
esses dois elementos.
 O Direito Educacional como novo ramo da
ciência jurídica é a ponte para alcançarmos esse
objetivo. Aliás, a educação é uma área que deve
ser cultiva e protegida pelo Direito Educacional.
(Jurista e educadora Esther de Figueiredo
Ferraz).
 A história do Direito Educacional é, em parte, a
história da educação brasileira. Direito
Educacional e direito à educação são
expressões que se equivalem.
 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO DIREITO EDUCACIONAL NO
BRASIL
 1ª Perspectiva – Se entendemos o Direito Educacional como legislação de
ensino, ele surgiu nas primeiras legislações educacionais em 1549, com a
chegada ao Brasil dos primeiros jesuítas educadores, destacando-se o padre
Manoel da Nóbrega, edificador das bases de nossa educação colonial,
fundador da Escola da Bahia.
 2ª Perspectiva – Se entendermos o Direito Educacional como direito à
educação, ele teria surgido na Constituição de 1934, que foi a primeira
Constituição a incluir um capítulo específico sobre direito a educação, como
direito social e direito subjetivo.
 3ª Perspectiva – o Direito Educacional contemporâneo, como novo ramo
da ciência jurídica, surgiu no 1º seminário de Direito Educacional,
realizado na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em
1977. Outra contribuição a tese de Livre Docência de Renato Alberto
Teodoro Di Dio pela USP - Faculdade de Educação (1981) e seu livro
“Contribuição à Sistematização do Direito Educacional.” (1982). Consolidou-
se a partir da segunda metade década de 90, em razão do aumento da
demanda pela educação, aumento das instituições de ensino, conflitos nas
relações educacionais,. Seminários, Congressos, palestras, cursos sobre
Direito Educacional, bem como livros, revistas

Origem, autonomia e conceito

1. Em termos efetivos o Direito Educacional


têm origem no 1º Seminário de Direito
Educacional realizado na Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), nos dias
19 e 21 de outubro 1977. Esse 1º Seminário de
Direito Educacional representa um marco
significativo na evolução do pensamento
educacional brasileiro.
2. Numa perspectiva social, em razão do
aumento da demanda pela educação, aumento
das instituições de ensino, aumento dos
conflitos nas relações educacionais.
AUTONOMIA
 Renato Alberto Theodoro Di Dio iniciou a
construção e a autonomia do Direito
Educacional, através da sua tese de livre
docência “Contribuição à Sistematização
do Direito Educacional” (1981).
 Ele demonstrou que o Direito Educacional
atende a todos os requisitos para
caracterizar a autonomia.
 Pedro Sancho sustenta que o Direito
Educacional revela farto acervo para
pesquisas e estudos, que são exigências
dos demais ramos tradicionais da ciência
jurídica.
CONCEITO DE DIREITO
EDUCACIONAL
 Conceituar um ramo do conhecimento não é tarefa
fácil, mais ainda o Direito Educacional. Ele tem
natureza híbrida, interdisciplinar, com regras de
direito público e privada, disciplina as relações
educacionais das instituições de ensino pública e
privada, bem como todos os níveis de ensino.
 Direito Educacional é o conjunto de normas,
princípios, leis e regulamentos que versam sobre
as relações de alunos, professores,
administradores, especialistas e técnicos,
enquanto envolvidos, mediata ou imediatamente
no processo ensino-aprendizagem. (Renato
Teodoro. Dio Dio).
Sugestão para o conceito de Direito
Educacional
 Defendemos a existência de um direito misto,
interdisciplinar, que tutela interesses públicos e
privados.
 Conjunto de normas, princípios, institutos
juspedagógicos, procedimentos regulamentos, que
orientam e disciplinam as relações entre alunos
e/ou responsáveis, professores, administradores
e/ou gestores educacionais, diretores de escolas,
estabelecimento de ensino e o poder público,
enquanto envolvidos diretamente ou indiretamente
no processo ensino-aprendizagem, bem como
investiga as interfaces com outros ramos da
ciência jurídica e do conhecimento. ( JOAQUIM,
2015: p.67).)
Juristas e educadores
Na educação brasileira, não podemos
deixar de destacar a presença de quatro
juristas e/ou educadores, que de forma
direta e/ou indireta contribuíram para
construção do Direito Educacional:
Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda,
Anísio Teixeira, Renato Alberto Theodoro Di
Dio e Edivaldo Boaventura. Este membro do
Conselho Científico da ABRADE.
Paulo Freire (1921-1997).
 Não foi jurista propriamente dito, mas
chegou a concluir o curso de bacharel em
Direito na Faculdade de Recife.
 Trabalhou no Ministério da Educação no
governo João Goulart e no Conselho
Estadual de Educação e Secretário de
Educação (SP)
 Se tornou o pedagogo mais famoso em
diversos países. Entre muitas obras,
podemos destacar Pedagogia do Oprimido
e Educação como pratica da liberdade
(1967).com golpe militar de 1964, foi
cassado, preso e exilado.
Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda (1892-1979) –
O jurista, sociólogo e filósofo Pontes de Miranda foi
pioneiro na luta pelo reconhecimento jurídico do
direito à educação, publicou uma obra inédita e rara,
com o título “Direito à Educação”. Ele propõe os
novos cinco direitos do homem para um estado
socialista: direito à subsistência, direito ao trabalho,
direito à educação, direito à assistência e o direito ao
ideal. Direito à educação é a terceira pedra
fundamental do edifício: “Deem tudo, mas não

deem educação, não deram nada”. Sem ele


nada feito.
Anísio Teixeira (1900/1971) – Chamado de
estadista da educação, filósofo, pedagogo, bacharel
em Direito, educador, administrador público,
pensador e político da educação. Em 1930 Anísio
Teixeira liderou o Movimento dos Pioneiros da
Escola Nova, cuja atuação foi decisiva na
formulação da política educacional. Reitor da
Universidade de Brasília, afastado pelo golpe militar
de 1964. Duas obras importantes: Educação é um
direito (1957), Educação não é privilégio (1968). Ele
era um pensador crítico e prático a serviço da
educação popular do País.
Renato Alberto Teodoro Di Dio

 Pouco se escreveu sobre a bibliografia e


contribuições de Renato Alberto Teodoro Di
Dio. Jurista e educador iniciou as bases e
os alicerces do Direito Educacional, através
da tese de livre docência “Contribuição à
sistematização do Direito Educacional”
 Pesquisador, filósofo, educador, jurista,
Conselheiro Estadual de Educação.
Possuidor de sólida cultura, pensador com
notável capacidade de argumentação.
Edivaldo Boaventura
Jurista e educador contemporâneo, escritor,
Doutor em direito, mestre e Ph.d em Educação
(USA) e professor Emérito da Universidade
Federal da Bahia. Segundo ele o Direito
Educacional não pode ser visto e estudado tão
somente dentro dos limites da legislação.
Edivaldo Boaventura foi um dos primeiros
brasileiros a publicar um livro de Direito
Educacional: “A educação Brasileira e o Direito”
ç
(1997). Uma referência para minha dissertação
de mestrado e publicação do meu livro.
Acervo doutrinário para o ensino do
Direito Educacional (1)
 Elias de Oliveira Motta (Direito Educacional e
Educação no século XXI;
 Paulo Nathanael Pereira (LDB e educação
superior: estrutura e funcionamento);
 Célio Muller (Guia jurídico do Mantenedor
Educacional);
 Augusta Isabel Junqueira Fagundes
(Responsabilidade Civil nas Instituições
Educacionais):
 A opinião doutrinária dos pareceres emanados dos
Conselhos de Educação.
Acervo doutrinário para o ensino do
Direito Educacional (2)
 Damares Ferreira (Direito Educacional em
Debate);
 Jean Carlos Lima (Direito Educacional: perguntas
e resposta do cotidiano acadêmico)
 Aurélio Wander Bastos (O Ensino Jurídico no
Brasil);
 Eduardo C. Bittar ( Direito e Ensino Jurídico);
 Regina Maria Fonseca Diniz ( Direito à Educação);
 José Augusto Peres (Introdução ao Direito
Educacional);
 Nelson Joaquim (Direito Educacional Brasileiro –
História, Teoria e Prática).
Ensino do Direito Educacional (1)
 A partir da década de 90 diretores de escolas,
coordenadores pedagógicos, supervisores
educacionais, gestores de ensino e/ou
educacionais, assistentes educacionais,
secretários da educação passaram a sentir a
necessidade do ensino do Direito Educacional.
 O Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação
(IPAE) tomou a iniciativa de realizar seminários,
congressos, fórum de debates, palestras e cursos
sobre Direito Educacional, Revistas do Direito
Educacional. (impressa).
 Criação da ABRADE – Fundada em 10 de
dezembro de 1996, tendo como diretor Presidente
Dr. João Roberto Moreira Alves.
Ensino do Direito Educacional (2)
 O V Congresso Brasileiro de Direito Educacional
(Rio) nos dias 18, 19 e 20 de outubro de 2000, sob
a coordenação da ABRADE marcou importante
momento, coroada de êxito reuniu especialista de
todo o Brasil definindo os rumos do Direito
Educacional.
 Hoje o Direito Educacional está consolidado em
nível de Pós-graduação “Lato sensu”, em especial
nos Cursos de Pós-Graduação de Direito
Educacional (presencial ou a distância); Cursos de
Gestão Educacional, Docência do Ensino Superior,
Supervisão e Coordenação Pedagógica. Além dos
curso de extensão, atualização ou formação
continuada. Como disciplina carga horária de
30horas.
Ensino do Direito Educacional (3)
Nos Cursos de graduação em Direito, a disciplina
Direito Educacional está presente em algumas
grades curriculares. Como recentemente na
Faculdade Nacional de Direito da Universidade
Federal do Brasil (UFRJ), que aprovou como
referência bibliográfica e adotou o livro Direito
Educacional Brasileiro História, Teoria e Prática,
Editora Freitas Bastos, 2015. Aprovação e indicação
do responsável pela Cátedra de Direito Educacional
Doutor Angelo Luis Vargas.
Faculdades de Direito que incluíram o Direito
Educacional em suas grades curriculares

 Curso de Direito da Faculdade 2 de julho em


Salvador, por indicação do professor Pedro
Sancho da Silva, titular da disciplina.

 Universidade de Brasília (UNB);

 Universidade Salgado de Oliveira – Universo.


Campus Receife
Os desafios do ensino do Direito
Educacional
 O Direito Educacional tem natureza híbrida,
interdisciplinar com regras de direito
público e privada, disciplina relações
educacionais nas instituições públicas e
privadas em todos os níveis.
 Isso é um complicador para elaboração do
Programa da disciplina, com as suas
respectivas Ementa, objetivos gerais e
específicos, conteúdo programático,
procedimentos metodológicos, avaliação,
bibliografia básica e complementar. Que
deve atender o Projeto político pedagógica
Os desafios do ensino do Direito
Educacional (2)
 Para que estudar Direito Educacional?
 Quem é público alvo do curso ou da
disciplina de Direito Educacional?
 Quem são os destinatários do ensino
do Direito Educacional? Qual o nível
de ensino?
 No caso de uma formação continuada
o público alvo do curso são gestores
educacionais (ensino) ou apenas
professores? Ou outros?
Dependendo dos objetivos já formulados,
sugestão para o conteúdo programático
 a) Introdução ao Direito Educacional; b) Direito à
educação; c) Fontes do Direito Educacional; c)
Estrutura e funcionamento da educação básica /ou
superior; d) Legislação básica do Direito
Educacional; e) Direito Educacional na
Constituição; f) Direito empresarial aplicado à
educação; g) Contrato e responsabilidade civil dos
estabelecimentos de ensino; h) Direito do
Consumidor na educação; i) Direito Educacional
na gestão escolar; j) Políticas públicas na
educação; l) Interfaces do Direito Educacional com
outras ramos da ciência jurídica; m) Metodologia
da Pesquisa; n) Trabalho de conclusão de curso.
CONVITE PARA REFLEXÃO E BUSCA
CONTINUA DO CONHECIMENTO

Nelson Joaquim
E-mail: nelson.joaquim@uol.com.br
Site: www.direitoeducacional.com.br
Tel. (21) 996259242
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