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Argumentação e lógica
formal
1.1. Distinção validade – verdade
2. A Filosofia na cidade
1.1.1. A definição de lógica
Raciocínio ou inferência
Comunicar o raciocínio
Argumento
Existência de discordâncias:
não há uma verdade única.
Podemos discordar desta conclusão, mas temos Ainda que consideremos a conclusão verdadeira,
de reconhecer que a forma como ela é obtida é não faz sentido aceitá-la a partir das razões em
consistente, razoável e válida. que ela se baseia.
Podemos aceitar ou rejeitar a correção de uma forma de raciocínio, sem que isso implique
aceitar ou rejeitar o conteúdo das crenças de que se parte e das crenças a que se chega.
LÓGICA
Disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos corretos (ou válidos) e
incorretos (ou inválidos), mediante a identificação das condições necessárias à operação
que conduz da verdade de certas crenças à verdade de outras.
Analisa
Analisa a validade essencialmente a
dos argumentos validade dos
dedutivos. argumentos não
dedutivos.
1.1.2. O argumento
ARGUMENTO
Conjunto de proposições
devidamente articuladas
Conclusão
Premissa(s)
(tese)
Indicador de
Nexo lógico
conclusão
Exemplo
Um argumento tem subjacente uma
Os rapazes são giros.
inferência ou raciocínio, uma operação
As cerejas fazem bem à saúde.
que efetua a transição lógica entre
Logo, as férias devem continuar.
proposições.
PROPOSIÇÕES FRASES
Só as frases declarativas.
PROPOSIÇÃO
Uma vez que é uma atividade física, o Proposição 1 – O desporto é atividade física.
desporto é saudável. Como se sabe, a Proposição 2 – O desporto é saudável.
atividade física é saudável. Proposição 3 – A atividade física é saudável.
Indicador de conclusão
Indicadores de premissa e de conclusão
(continuação)
Indicador de conclusão
O ENTIMEMA
ENTIMEMA
Indicador de conclusão
Porque… Logo…
Pois… Então…
Admitindo que… Por conseguinte…
Pressupondo que… Portanto…
Considerando que… Por isso…
Partindo do princípio de que… Consequentemente…
Sabendo que… Segue-se que…
Dado que… Infere-se que…
Uma vez que… Conclui-se que…
Devido a… É por essa razão que…
Como… Daí que…
Ora… Assim…
Em virtude de… Isso prova que…
1.1.3. A verdade e a validade
PROPOSIÇÕES
VERDADE FALSIDADE
VALIDADE INVALIDADE
ARGUMENTOS
Estes argumentos
preservam a verdade.
Exemplo Exemplo
Falácias Falácias
cometidas cometidas
involuntariamente intencionalmente
Paralogismo Sofisma
Falácias formais Falácias informais
Resultam de
Decorrem apenas aspetos que vão
da forma lógica do para lá da forma
argumento. lógica do
argumento.
ARGUMENTOS NÃO
DEDUTIVOS
INDUTIVOS OUTROS
Alguns estudantes copiam nos testes. Até hoje, todos os cavalos nasceram quadrúpedes.
Logo, todos os estudantes copiam nos testes. Logo, o próximo cavalo a nascer será quadrúpede.
Argumento Argumento
Argumento indutivo inválido Argumento indutivo válido forte
fraco
2. A Filosofia na cidade
1.2.1. Lógica silogística
Estrutura das proposições categóricas
SéP
Exemplos Proposições afirmativas
Proposições negativas
Nota:
UNIVERSAIS EXISTENCIAL há outros
quantificadores
com idêntico
significado –
«TODOS» «NENHUM» «ALGUM» por exemplo,
«Qualquer»
equivale a
«Todos».
Exemplos:
1. Todos os seres humanos são bípedes.
2. Alguns seres humanos não são altos.
COMPREENSÃO
EXTENSÃO
(INTENSÃO)
É o sentido ou a
significação de um Exemplo:
É o conjunto de conceito / termo, propriedades
seres, objetos, isto é, a propriedade comuns aos cães -
Exemplo: todos os
membros ou o conjunto de animal, mamífero,
cães.
abrangidos por um propriedades que vertebrado,
conceito / termo. determinam a quadrúpede,
extensão do ladrador, etc.
conceito.
Exemplos: Exemplos:
Os gatos vivem. Todos os gatos são viventes.
Os americanos cantam. Todos os americanos são cantores.
Os gatos que brincam na minha rua descobrem ratos nos locais mais obscuros das casas silenciosas»
equivale a «Todos os gatos que brincam na minha rua são descobridores de ratos nos locais mais
obscuros das casas silenciosas.
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
QUALIDADE QUANTIDADE
Uma proposição é
negativa quando ela
Uma proposição é nos indica – nuns Uma proposição é
Uma proposição é
afirmativa quando ela casos através da considerada
considerada universal
nos indica – através cópula, noutros particular quando o
quando o sujeito é
da cópula – que o através de sujeito é tomado
tomado em toda a
predicado convém ao quantificadores como apenas numa parte
sua extensão.
sujeito. «Nenhum» – que o da sua extensão.
predicado não
convém ao sujeito.
A CONTRÁRIAS
E
SUBALTERNAS CONTRADITÓRIAS SUBALTERNAS
I SUBCONTRÁRIAS
O
Exemplo: Alguns papéis Exemplo: Alguns papéis
são brancos. não são brancos.
Proposições categóricas na sua forma-padrão ou forma
canónica e outras expressões das mesmas
Isto significa que todos os deuses Isto significa que todos os anjos
são alguns dos benfeitores. se encontram excluídos da classe
dos seres humanos.
Proposições de tipo I Proposições de tipo O
– particulares afirmativas – particulares negativas
Alguns desportistas não são
Alguns loucos são inteligentes. ricos.
Termos
extremos
S P Logo, todos os S
CONSEQUENTE Conclusão são P.
Logo, todos os biólogos são sábios.
64 modos
Modo Tipo de proposições (A, E, I, O)
possíveis
4
Posição do termo médio (nas
Figura premissas) figuras
possíveis
AS QUATRO FIGURAS DO SILOGISMO
Primeira figura: o termo médio é sujeito na Segunda figura: o termo médio é predicado nas
premissa maior e predicado na premissa menor. duas premissas.
Terceira figura: o termo médio é sujeito nas duas Quarta figura: o termo médio é predicado na
premissas. premissa maior e sujeito na premissa menor.
Primeira figura
Modo: AAA
Antecedente Consequente
Exemplo
Premissa maior Se há vida após a morte, então a existência tem sentido.
Premissa menor Há vida após a morte.
Conclusão Logo, a existência tem sentido.
Expressões alternativas de proposições condicionais
•A existência não tem sentido, a menos que haja vida após a morte.
Modos válidos
Se P, então Q.
Se compro a casa, então gasto muito dinheiro.
P.
Compro a casa.
Logo, Q. Logo, gasto muito dinheiro.
Se não chove, então não fico em casa. Se não chove, então não fico em casa.
Não fico em casa. Chove.
Logo, não chove. Logo, fico em casa.
Silogismo disjuntivo
Exemplo
Premissa maior Ou sou inocente ou sou culpado.
Premissa menor Sou inocente.
Conclusão Logo, não sou culpado.
Silogismo disjuntivo
(disjunção exclusiva)
Modos válidos
Ou P ou Q.
Ou penso ou sinto.
P.
Penso.
Logo, não Q.
Logo, não sinto.
OU:
Ou não estou desconcentrado ou estou cansado.
Ou P ou Q. Estou cansado.
Q. Logo, estou desconcentrado.
Logo, não P.
Modus tollendo ponens
Ou P ou Q.
Não P. Ou chove ou faz sol.
Não chove.
Logo, Q.
Logo, faz sol.
OU:
Ou não fico em casa ou não vou para a rua.
Ou P ou Q. Vou para a rua.
Não Q. Logo, não fico em casa.
Logo, P.
Proposições disjuntivas
Disjunção completa ou
Disjunção inclusiva.
exclusiva.
Exemplo: Exemplo:
Ou danço ou estou quieto. Escrevo ou sorrio.
Falácia no silogismo disjuntivo Modus tollendo ponens
A premissa maior é uma disjunção inclusiva, a Modo cuja premissa maior é uma disjunção
premissa menor apresenta a afirmação de inclusiva, cuja premissa menor apresenta a
uma das alternativas (que não se excluem) e a negação de uma das alternativas (que não se
conclusão nega a outra. excluem) e cuja conclusão afirma a outra.
Exemplos Exemplos
As casas são brancas. As casas são amarelas. As casas são brancas ou as casas são amarelas.
Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.
Deus existe. O mundo foi criado por Deus. Se Deus existe, então o mundo foi criado por ele.
Eu sou jogador de futebol. Eu não sou jogador de futebol.
Proposições
Simples Complexas
verdadeira
Operadores Proposicionais
Operadores
verofuncionais
(operadores lógicos
ou conetivas
Proposição complexa função de verdade proposicionais).
Operadores que nos permitem, uma vez conhecidos os valores de verdade das
proposições simples, determinar, apenas com base nessa informação, o valor de
verdade da proposição resultante.
Variáveis Letras P: Deus existe.
proposicionais proposicionais Q: A vida tem sentido.
Operador singular,
Aplica-se apenas a uma proposição. «Não».
unário ou monádico
Disjuntas
Disjunção
Q: Locke era empirista. disjunção inclusiva
inclusiva
P Q PQ
P Q (P ou Q) V V V
Descartes era racionalista ou V F V
Locke era empirista. F V V
F F F
A disjunção inclusiva é uma proposição com a forma «P ou Q», simbolizando-se por «P Q», a qual será
sempre verdadeira, exceto quando P e Q forem simultaneamente falsas.
Tabela de verdade da
Disjunção P: Vou ao cinema. disjunção exclusiva
exclusiva Q: Fico em casa. P Q PQ
V V F
P Q (Ou P ou Q)
V F V
Ou vou ao cinema ou fico em F V V
casa. F F F
A disjunção exclusiva é uma proposição com a forma «Ou P ou Q», simbolizando-se por «P Q», a qual é
verdadeira se P e Q possuem valores lógicos distintos e falsa se P e Q possuem o mesmo valor lógico.
Tabela de verdade da
Condicional P: Marco golos. condicional
(implicação Q: Sou desportista.
P Q P→Q
material)
P → Q (Se P, então Q) V V V
Se marco golos, então sou V F F
desportista. F V V
F F V
Expressões
Antecedente É uma condição suficiente
alternativas
(P) para o consequente.
Sou desportista, se marco golos.
Sou desportista, caso marque golos. Consequente É uma condição necessária
Desde que eu marque golos, sou desportista. (Q) para o antecedente.
Ser desportista é condição necessária para eu
A condicional é uma proposição
marcar golos.
composta com a forma «Se P, então
Marcar golos é condição suficiente para eu ser
Q», simbolizando-se por «P → Q», a
desportista.
qual só é falsa se P – o antecedente
Se marco golos, sou desportista.
– é verdadeira e Q – o consequente
Não sou desportista, a menos que marque golos.
– é falsa. Em todas as restantes
situações, a nova proposição é
verdadeira.
Tabela de verdade da
Bicondicional P: Sou escritor. bicondicional
(equivalência Q: Publico livros.
material) P Q P↔Q
P ↔ Q (Se, e só se) V V V
Sou escritor se, e só se, publico V F F
livros. F V F
F F V
Expressões
alternativas
Sou escritor se, e somente se, publico livros. A bicondicional é uma proposição
Sou escritor se, e apenas se, publico livros. composta com a forma «P se, e só
Publicar livros é condição necessária e suficiente se, Q», simbolizando-se por «P ↔ Q»,
para eu ser escritor. a qual é verdadeira se ambas as
Se sou escritor, publico livros e vice-versa. proposições tiverem o mesmo valor
lógico e falsa se as proposições
tiverem valores lógicos distintos.
Formas proposicionais e operadores verofuncionais
Proposições
Disjunção
simples
Negação Conjunção Condicional Bicondicional
inclusiva exclusiva
Exemplo: Não sou bom aluno a Filosofia, a não ser que estude lógica.
Exemplo: O ser humano não é feliz, a não ser que o dizer-se que Deus não existe e
a vida é absurda constitua uma falsidade.
1. P Q (P → Q) 2. P Q (P → Q)
Desenhar a tabela, Colocar na tabela
colocando aí as os valores de V V
verdade das
letras
proposições
V F
proposicionais e a
proposição simples, esgotando F V
complexa. as possibilidades.
F F
3. P Q (P → Q) 4. P Q (P → Q)
Calcular os valores
de verdade das V V V Calcular os valores V V F V
proposições, de verdade da
excetuando os
V F F proposição relativa
V F V F
daquela que é F V V ao operador F V F V
relativa ao principal.
operador principal. F F V F F F V
Para duas variáveis, são necessárias quatro filas; para
três, oito; para quatro, dezasseis, etc.
P Q R [R (P Q)] ↔ (R Q)
Determinamos primeiro os valores
V V V V V V V de verdade da conjunção «P Q» e
V V F V V V V da disjunção «R Q» (a ordem neste
V F V V F V V caso é irrelevante). De seguida,
V F F F F V F determinamos os valores da
F V V V F V V disjunção «R (P Q)». Por fim,
determinamos os valores da
F V F F F F V
bicondicional a partir dos valores
F F V V F V V obtidos para as duas disjunções.
F F F F F V F
Tautologias ou
verdades lógicas
P Q (P Q) → P
V V V V
V F F V
F V F V
F F F V
Contradições ou
falsidades lógicas
P Q ( P Q) ↔ (P Q)
V V F F F F V
V F F V V F F
F V V V F F F
F F V V V F F
Contingências ou proposições indeterminadas
P Q R (P Q) → R
V V V V V
V V F V F
V F V V V
V F F V F
F V V V V
F V F V F
F F V F V
F F F F V
Equivalências lógicas
Bicondicional ou equivalência
Equivalência lógica
material
Exemplo: P Q (P → Q) (Q → P)
Se trabalho, então tenho saúde e,
se tenho saúde, então trabalho. V V V V V
Forma lógica
V F F F V
F V V F F
(P → Q) (Q → P) F F V V V
P Q (P ↔ Q) ↔ [(P → Q) (Q → P)]
V V V V V V V
V F F V F F V
F V F V V F F
F F V V V V V
Tautologia
P ↔ Q (P → Q) (Q → P)
ALGUMAS EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Símbolo de
equivalência P → Q (P Q)
lógica P→QPQ
P Q ( P Q)
P Q ( P Q)
PP
P↔QQ↔P
Tautologias e formas de inferência válida
P Q [(P → Q) P] → Q
V V V V V
V F F F V
F V V F V
F F V F V
P Q R P → Q, Q→R P→R
V V V V V V
Estamos perante um argumento
V V F V F F
válido, pois nas circunstâncias
V F V F V V em que ambas as premissas
V F F F V F são verdadeiras, a conclusão
F V V V V V também o é.
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V
Algumas Modus ponens: Exemplo Formalização
afirmação do
formas antecedente na
de segunda Se está sol, então vou à praia. P→Q
premissa e do Está sol. P
inferência consequente na Logo, vou à praia. Q
válida conclusão.
Modus tollens: Exemplo Formalização
negação do
consequente na Se está sol, então vou à praia. P→Q
segunda Não vou à praia. Q
premissa e do
Logo, não está sol. P
antecedente na
conclusão.
Exemplo Formalização
Exemplo Formalização
Se viajar, então aprendo novas coisas.
Silogismo Se aprendo novas coisas, então torno- P→Q
hipotético me melhor pessoa. Q→R
Logo, se viajar, então torno-me melhor P → R
pessoa.
Exemplo Formalização
Leis de De
Morgan: Não é verdade que fumo e que tenho
indicam-nos (P Q)
saúde.
P Q
que de uma Negação Logo, não fumo ou não tenho saúde.
conjunção da
conjunção Exemplo Formalização
negativa
podemos Não fumo ou não tenho saúde.
inferir uma PQ
Logo, não é verdade que fumo e que
(P Q)
disjunção tenho saúde..
de
negações, e Exemplo Formalização
que de uma
disjunção Não é verdade que há sol ou chuva. (P Q)
negativa Logo, não há sol e não há chuva. P Q
Negação
podemos da
inferir uma disjunção Exemplo Formalização
conjunção
Não há sol e não há chuva.
de PQ
Logo, não é verdade que há sol ou
negações. (P Q)
chuva.
Formas argumentativas inválidas
Exemplo Formalização
Falácia da
afirmação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q
consequente Dizes-me sempre a verdade. Q
Logo, és meu amigo. P
Exemplo Formalização
Falácia da
negação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→Q
antecedente Não és meu amigo. P
Logo, não me dizes sempre a verdade. Q
Exemplo 2 Formalização
Exemplo 2 Formalização
OU A→BB→A OU (A B) A B