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Manipulação de Informação em Processos de Edição

para TV

Monografia apresentada ao Curso de Comunicação


Social, da Faculdade de Filosofia de Campos (Centro
Universitário Fluminense), como exigência para a
obtenção do diploma de bacharel em Comunicação
Social, habilitação Jornalismo.

Orientador:
Professor Ms. Jorge Rocha Neto da Conceição

Campos dos Goytacazes, Novembro de 2005.


1 - Introdução

Monografia apresentada ao Curso de Comunicação


Social, da Faculdade de Filosofia de Campos (Centro
Universitário Fluminense), como exigência para a
obtenção do diploma de bacharel em Comunicação
Social, habilitação Jornalismo.

Orientador:
Professor Ms. Jorge Rocha Neto da Conceição

Campos dos Goytacazes, Novembro de 2005.


2 - Ideologia da
comunicação
2.1 – Quem define o que é
notícia
- Agenda setting

“tudo depende dos graus de percepção da relevância ou


importância do tema” (Hohlfeldt, 2001, p. 198).

• Atualidade;
• proximidade (particularmente a geográfica);
• conseqüência (eventos que mudam ou ameaçam mudar a vida das pessoas);
• interesse humano (evocando uma resposta emocional ou ilustrando uma verdade
universal);
• conflitual (o choque de interesses, na guerra, no esporte, na política);
• proeminência dos atores envolvidos.
2 - Ideologia da
comunicação
2.1 – Quem define o que é
notícia
- Newsmaking

A cultura profissional, nesta perspectiva, é um


emaranhado de retóricas e táticas, códigos, estereótipos
e símbolos relativos aos meios de comunicação de
massa, que criam e mantêm paradigmas profissionais e
auto-imagem. As convenções de organização deste
trabalho determinam e definem o que seja notícia e
legitimam o processo produtivo das mesmas, constituindo
o conceito de noticiabilidade, ou seja, a aptidão potencial
de um fato para se tornar notícia (HOHLFEIDT, 2001, p.
207/208)
2 - Ideologia da
comunicação
2.1 – Quem define o que é
notícia
- Newsmaking

A máquina informativa tem processos que são detonados


por jornalistas – associados aos seus próprios vícios
(clichês) e visões de mundo parciais e preconceituosas –,
produz, ela mesma, a desinformação através de diversos
procedimentos de intoxicação com informação e, além
disso, dá margem a processos livres, incontroláveis,
inadmissíveis de mistificação e desinformação (FILHO,
2002, p.113).
2 - Ideologia da
comunicação
2.2 – Interesses políticos e
econômicos
“O Código Brasileiro de Telecomunicações, aprovado pelo
Congresso em 27 de agosto de 1962, foi, na verdade, um projeto de
‘inspiração militar, paralelamente identificado com as teses de
integração nacional, segurança e envolvimento pregadas na ESG’ ’”
(Mattos, 2002, p 86).

O crescimento foi centrado na rápida industrialização, com


tecnologia e capital externos, baseados no tripé formado pelas
empresas estatais, empresas privadas nacionais e corporações
multinacionais. Os veículos de massa, principalmente a televisão,
passaram a exercer o papel de difusão não apenas da ideologia do
regime como também da produção de bens duráveis e não-duráveis
2 - Ideologia da
comunicação
2.2 – Interesses políticos e
econômicos
Em 1996, a partir do mês de março, mas principalmente em dezembro daquele ano
(um mês antes da votação que permitiu a reeleição presidencial) o governo, através
do Ministro Sérgio Motta, concedeu 102 outorgas a fundações educativas e 268 a
entidades ou empresas controladas por políticos – 19 deputados federais, 6
senadores, 2 governadores, 11 deputados estaduais, 7 prefeitos, 8 ex-prefeitos e
outros 23 políticos (COSTA e BRENER, 1997, p. 31)

Na Europa, na Ásia e na América, os mercados já desgastaram as soberanias


nacionais e deram origem a uma nova cultura: a cultura dos bancos internacionais,
das organizações comerciais, dos lobbies transnacionais como a Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP), dos serviços mundiais de informação
(CNN e BBC) e das empresas multinacionais. São os novos soberanos de um
mundo em que os Estados-nações não são mais capazes de gerar sua própria
economia e menos ainda de controlar os movimentos de capitais nos mercados
planetários . (BARBER, 2003, p. 42-43)
2 - Ideologia da
comunicação
2.2 – Interesses políticos e
econômicos

Os maiores órgãos de imprensa são empresas enormes


que integram conglomerados ainda maiores. São
estreitamente integrados com o nexo Estado-privado que
domina a vida econômica e política. Como outras
empresas, vendem um produto a um mercado. Seu
mercado é composto por outras empresas (anunciantes).
O “produto” que vendem é a audiência: no caso da mídia
de elite, que estabelece a agenda para as outras, são
audiências privilegiadas. (...) O esquema geral consiste
em incentivar o debate, mas dentro de um quadro estreito
de pressupostos que constituem uma espécie de doutrina
“oficial” (CHOMSKY, 1997)
2 - Ideologia da
comunicação
2.3 – Informação versus Contra-informação

A veiculação de informações está interligada a venda de


outros produtos, formatação do pensar coletivo,
estabelecimento de um senso comum em torno das
questões sociais, sendo que este consenso deve ser
superficial e nada crítico. Em suma, “a indústria cultural
sufoca a produção local, impõe gostos, sanciona e dá
visibilidade a jornalistas e intelectuais que sustentam a
idéia de que ‘o mercado’ é o melhor e o mais adequado
(talvez único) juiz de valor” (Arbex Jr., 2003, p. 398).
2 - Ideologia da
comunicação
2.3 – Informação versus Contra-informação

Porém, pode-se encontrar resistências ao quadro desenhado


pelo discurso midiático contemporâneo. Operando no
sentido da contra-informação, Deleuze (1999) caracteriza
que:

uma informação é um conjunto de palavras de ordem.


Quando nos informa nos dizem o que julgam que devemos
crer... Em países sob ditadura cerrada, em condições
particularmente duras e cruéis, existe a contra-informação...
A contra-informação só se efetiva quando se torna um ato de
resistência (DELEUZE, 1999, p. 4-5).
2 - Ideologia da
comunicação
2.3 – Informação versus Contra-informação

Essa democracia dos meios mais a resultante liberdade de expressão e produção de


informação, para uma sociedade mais justa e inteligente, todos estes objetivos, quem
procura cumprí-los, com todo o talento e usando todas as mídias que lhe caem nas mãos,
são justamente os novos movimentos sociais, uma espécie de ativismo global que está
juntando forças. Eles estão fazendo comunicação horizontal, eles estão criando uma
Poética da Comunicação com seus atos comunicativos inteligentes (DUDUS, 2004, p. 83).
- CMI
Durante os protestos em Seattle, não apenas os jornalistas utilizaram o site. Os
manifestantes, eles mesmos, publicaram diretamente seus relatos, entrevistas, fotos e
vídeos, dispensando a mediação do jornalista. As pessoas envolvidas no projeto foram
suficientemente sensíveis pra perceber essa apropriação e transformaram isso em base
para um novo conceito de contra-informação. Não se tratava apenas de combater a
hierarquia da redação jornalística, nem o caráter industrial e capitalista da produção de
notícia; tratava-se de abolir o próprio papel de mediador do jornalista, criando um sistema
participativo de publicação aberta (DUDUS, 2004, p.92).
2 - Ideologia da
comunicação
2.3 – Informação versus Contra-informação

Assim, atores sociais ativos, produtores de contra-


informação, “lutam” contra a “tipificação das identidades e
das comunidades interpretativas em função do consumo
e da datavigilância” (Ford, 1999, p. 298), através da
multiplicidade dos pontos de vista. Assim, dando
visibilidade a uma mobilização em defesa da igualdade e
respeito às diferenças.
3 – Os mitos da imparcialidade, do distanciamento e do
jornalismo objetivo

3.1 – Neutralidade e distanciamento

Mantendo nosso foco voltado à percepção dos


acontecimentos cotidianos, chamamos atenção para o fato
de os produtores de informação serem seres humanos,
percebendo o mundo sob seus pontos de vista, de acordo
com suas cargas subjetivas. Para um determinado
observador, algo somente chamará atenção como possível
fato noticiável mediante seu modo de observar os
acontecimentos. Pensar diferente “nos conduziria ao erro de
considerarmos as produções sígnicas como simples
expressões ou ilustrações de uma dada sociedade, como
mera simbolizações refletidas” (Santaella, 1989, p. 38).
3 – Os mitos da imparcialidade, do distanciamento e do
jornalismo objetivo

3.1 – Neutralidade e distanciamento

-Agenda setting;

- Newsmaking;

- Vínculos políticos e econômicos.


3 – Os mitos da imparcialidade, do distanciamento e do
jornalismo objetivo

3.1 – Jornalismo Objetivo

Acredita-se que o conceito de objetividade no jornalismo


está ligado à fidelidade com que se retrata a realidade.
Porém, sabemos que na prática, não passa de um
mecanismo de síntese, sendo que a “objetividade se
converteu em sinônimo de verdade absoluta e é vendida
como ingrediente para camuflar a tendenciosidade que
existe no cotidiano dos veículos de comunicação” (Melo,
1985, p. 7/9).

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