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BIBLIOLOGIA

Os manuscritos
INTRODUÇÃO
• Os escritores do Novo Testamento com certeza não tinham
em mente a estrutura que mais tarde veio agrupar as
Escrituras gregas
• Os livros originais também não teriam duração eterna, mas
era intenção de Deus preservar a sua Palavra revelada
nessas 66 obras
• Assim, ao longo dos séculos, as cópias foram se sucedendo
até que todas se completassem e fossem reunidas em uma
estrutura ideal
INTRODUÇÃO
• Por ser um processo humano, a transmissão dos originais,
que não apresentavam qualquer erro, após sucessivas
cópias, ficou sujeita a pequenos equívocos por parte dos
copistas, mas isso não impediu que Deus realizasse o seu
propósito
• Todo o material da Bíblia foi transmitido e está preservado
em manuscritos de papiro e pergaminho, que embora não
isentos de pequenos erros são um testemunho fiel e visível
de que a Palavra inspirada de Deus um dia foi comunicada ao
ser humano
1. O MATERIAL
• Os textos do Antigo Testamento e do Novo Testamento
foram-nos transmitidos por meio de cópias manuais
• Pelo fato de serem anteriores à invenção do papel, os livros
da Bíblia foram escritos e copiados sobre três tipos de
material: o papiro, o pergaminho e o velino
• Embora o papel tenha sido inventado pelos chineses no
início do século II, ele só se popularizou no século XV, com a
invenção da imprensa
1.1. O papiro
• O material de escrita mais utilizado na Antiguidade era o
papiro, planta aquática que podia ser encontrada junto aos
rios, lagos de banhados da Fenícia, da Palestina e do Egito
• Se fosse mantido seco, um rolo de papiro podia durar
séculos
• Boa parte do conhecimento da Antiguidade foi preservada
em documentos escritos em papiro
• São de papiro os manuscritos mais antigos do Novo
Testamento
1.1. O papiro
• A tinta utilizada para escrever em papiro era uma mistura de
fuligem, goma e água, aplicada por meio de uma cana
(planta egípcia)
• O papiro é mencionado na Bíblia em Jó 8.11 e Isaías 18.2
(ARA; “junco”, na ARC)
• No ano 641, os árabes conquistaram o Egito, e a partir de
então esse material deixou de ser utilizado, pois o seu
comércio se tornou inviável. Foi o papiro que deu origem à
palavra “papel”
1.2. O pergaminho
• O pergaminho era feito de pele de ovelha ou de carneiro
curtida e polida
• Já era utilizado no século XVIII a.C., mas somente do século
IV de nossa era, com a elevação do custo e o rareamento do
papiro, o pergaminho conseguiu superá-lo
• Por ser um material muito caro, às vezes uma obra escrita
era apagada — raspada, na verdade — para dar lugar a outro
texto (palimpsesto)
1.2. O pergaminho
• Para se escrever neles, eram utilizadas penas de bronze e de
cobre, que depois foram substituídas por penas de ganso
• A tinta era um composto de substâncias minerais e vegetais
As cores mais comuns eram o preto e o vermelho, mas
também havia tinta dourada e prateada
• Esse tipo de material também é mencionado na Bíblia,
quando Paulo pede a Timóteo: “Quando vieres, traze a capa
que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros,
principalmente os pergaminhos” (2Tm 4.13)
1.3. O velino
• O velino é uma espécie de pergaminho preparado com pele
de bezerro ou de antílope
• Era um material de excelente qualidade, mais fino e liso que
o pergaminho comum, e podia ser escrito de ambos os lados
• Quase todos os manuscritos que hoje conhecemos são em
velino
Para guardar e não esquecer
Os textos da Bíblia foram escritos originalmente em:

PAPIRO
PERGAMINHO
VELINO
2. A FORMA DOS MANUSCRITOS
• Os documentos antigos de pequeno tamanho, como as
cartas, eram escritos em folhas avulsas
• Já os textos maiores, como os livros da Bíblia, apresentam-se
sob duas formas: o rolo e o códice
2.1. Rolo
• Os rolos eram feitos de folhas de papiro coladas lado a lado
• O seu manuseio era difícil, porque o leitor precisava usar as
duas mãos ao mesmo tempo: uma para enrolar e outra para
desenrolar (esse trabalho era facilitado por dois cabos de
madeira presos a cada extremidade do rolo)
• Cada livro em geral correspondia a um rolo
• O comprimento médio de um rolo bíblico variava entre nove
e onze metros
2.2. Códice
• Devido à dificuldade de manuseio, o rolo foi aos poucos
sendo substituído pelo códice, “que tem essencialmente a
mesma forma dos livros modernos — com todas as páginas
coladas num único lado
• Era possível colocar num códice uma quantidade muito
maior de folhas do que caberiam (pelo menos, de modo
prático) num rolo”
• Com esse novo formato, foi possível colocar todo o Novo
Testamento em um único códice
Para guardar e não esquecer
Os livros da Bíblia foram escritos originalmente em duas
formas:

Rolo
Códice
3. A CALIGRAFIA DOS MANUSCRITOS
• Os manuscritos bíblicos são divididos em duas categorias
quanto à caligrafia utilizada: unciais e cursivos
• Os manuscritos unciais não apresentam separação entre as
palavras, e os caracteres equivalem às nossas letras
maiúsculas. Esses manuscritos surgiram no século IV e foram
utilizados até o século IX
• Os caracteres dos manuscritos cursivos equivalem às nossas
minúsculas e apresentam separação entre as palavras.
Surgiram no século IX e duraram até a invenção da
imprensa, no século XV
4. OS ORIGINAIS DA BÍBLIA
• Hoje são conhecidos mais de 5 mil manuscritos da Bíblia,
entre livros completos e partes deles
• Quanto aos manuscritos originais, ou seja, aqueles saídos
das mãos dos escritores sagrados, nenhum deles existe mais
4. OS ORIGINAIS DA BÍBLIA
• Pelo menos quatro fatores contribuíram para a destruição dos
originais:
O hábito dos judeus de enterrar os manuscritos danificados pelo
uso, pela umidade ou por qualquer outro motivo a fim de evitar
que alguém os adulterasse
A provável destruição dos livros sagrados ordenada por reis
ímpios de Israel (cf. Jr 36.20-26)
A destruição das cópias das Escrituras ordenadas por Antíoco
Epifânio, o cruel rei da Síria que dominou a Palestina de 175 a
164 a.C. e que tinha como objetivo destruir a religião judaica
A perseguição promovida pelo imperador romano Diocleciano
(284-305) aos cristãos, que resultou em uma destruição
sistemática dos Livros Sagrados por todo o império.
5. OS PRINCIPAIS MANUSCRITOS
• VEREMOS os principais manuscritos do Antigo e do Novo
Testamento, um testemunho palpável da Palavra inspirada
de Deus
5.1. O papiro Nash
• Esse manuscrito, descoberto em 1902, contém três porções
do Pentateuco: Êxodo 20.2-17 (os Dez Mandamentos)
• Infelizmente um trecho deteriorado, e duas passagens de
Deuteronômio (5.6-21; 6.4-9)
• Até a descoberta dos rolos do mar Morto era o texto mais
antigo das Escrituras (c. de 100 a.C.)
5.1. O papiro Nash
5.2. Os fragmentos da genizah do Cairo
• No final do século XIX, cerca de 200 mil fragmentos de
manuscritos foram encontrados dentro da genizah de uma
antiga sinagoga do Cairo, capital do Egito
• A genizah era uma espécie de depósito, em que eram
guardados os manuscritos muito usados ou defeituosos até
que lhes fosse dado um destino definitivo
• Muitos dos fragmentos encontrados eram de textos bíblicos
em hebraico e aramaico datados do século V
5.2. Os fragmentos da genizah do Cairo
5.3. O Códice Alepo
• Datado de cerca de 930, é uma cópia do Antigo Testamento,
iniciando em Deuteronômio 28.7.
• Contém sinais vocálicos, colocados pelo renomado
massoreta Moisés ben Aser
5.3. O Códice Alepo
5.4. O Códice Alexandrino
• Foi escrito no século V em Alexandria, no Egito, daí o nome.
• Contém a Bíblia inteira, com exceção de alguns fragmentos e
duas obras não canônicas (Epístolas de Clemente e Salmos
de Salomão)
5.4. O Códice Alexandrino
5.5. O Códice dos Primeiros e Últimos Profetas
• Esse manuscrito é datado do ano 895
• Escrito por Moisés ben Aser, contém — de acordo com a
organização do cânon hebraico — os chamados Primeiros
Profetas (Josué, Juízes, 1 e 2Samuel e 1 e 2Reis) e os Últimos
Profetas (Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Profetas Menores)
5.6. O Códice Petropolitano
• Esse códice contém os Últimos Profetas e foi escrito em 916.
Encontra-se na Biblioteca de Leningrado, cidade da Rússia,
que antes se chamava Petrogrado, que deu nome ao
manuscrito
5.6. O Códice Petropolitano
5.7. O Códice Sinaítico
• Foi descoberto por L. F. K. von Tischendorf, no Mosteiro de
Santa Catarina, ao pé do monte Sinai
5.7. O Códice Sinaítico
5.8. O Códice Vaticano
• Esse códice é um manuscrito uncial e data do ano 325
• Trata-se de uma cópia da Septuaginta, com os apócrifos em
separado
• Contém ainda o Novo Testamento, do qual estão faltando
alguns fragmentos. Pertence à Biblioteca do Vaticano
5.8. O Códice Vaticano
5.9. Os papiros de Oxirrinco
• Em 1898, foram descobertos milhares de fragmentos de
papiro na cidade de Oxirrinco, no Egito
• Consistia de uma variedade de escritos antigos, que incluíam
desde literatura secular a contratos comerciais, entre eles, 35
porções do Novo Testamento
• Alguns desses manuscritos são bem conhecidos dos
estudiosos da Bíblia: o P1 (Mt 1), o P5 (Jo 1 e 16), o P13 (Hb
2—5; 10—12) e o P22 (Jo 15 e 16)
5.9. Os papiros de Oxirrinco
5.10. Os papiros de Chesser Beatty
• Esses manuscritos receberam o nome de seu proprietário,
que os comprou de um negociante do Egito na década de
1930. Consistem de três manuscritos
• O primeiro (P45) pertence ao século II e contém porções dos
quatro Evangelhos e de Atos
• O segundo (P46), data do final do séculoI ou início do século
II e contém quase todas as epístolas de Paulo e a carta aos
Hebreus. O terceiro (P47) foi escrito no século III e contém o
texto de Apocalipse 9—17
5.10. Os papiros de Chesser Beatty
5.11. Os papiros de Bodmer
• Esses manuscritos, a exemplo dos citados anteriormente,
também levam o nome de seu proprietário e foram
igualmente comprados no Egito, nas décadas de 1950 e1960
• Consiste de uma coleção da qual se destacam três papiros: o
P66 (c. 175), que contém grande parte do Evangelho de João;
o P72 (séc. III), que contém 1 e 2Pedro e Judas; o P75 (c.200),
que contém grandes porções de texto de Lucas 3 a João 15
5.11. Os papiros de Bodmer
5.12. Os manuscritos do mar Morto
• A descoberta dos manuscritos (ou rolos) do mar Morto foi
sem dúvida o fato arqueológico mais importante do século
XX
• E o mais interessante é que tão importante acontecimento
não foi resultado do trabalho de nenhum arqueólogo, e sim
obra do acaso
5.12. Os manuscritos do mar Morto
• A descoberta dos manuscritos (ou rolos) do mar Morto foi
sem dúvida o fato arqueológico mais importante do século
XX
• E o mais interessante é que tão importante acontecimento
não foi resultado do trabalho de nenhum arqueólogo, e sim
obra do acaso
• Dentre os vários manuscritos que interessam aos estudiosos
da Bíblia, os livros mais representados são Gênesis, Êxodo,
Deuteronômio, Salmos e Isaías. O texto mais antigo é um
fragmento de Êxodo, cuja data é de cerca de 250 a.C.
5.12. Os manuscritos do mar Morto
5.12. Os manuscritos do mar Morto
• O achado mais importante de todos, porém, é o Rolo de
Isaías, escrito em hebraico e datado de 100 a.C. Antes de sua
descoberta, o manuscrito mais antigo nesse idioma era o
Códice Alepo (c. 930). Isso corresponde a uma diferença de
mil anos
5.12. Os manuscritos do mar Morto
6. O TEXTO MASSORÉTICO
• Nos tempos antigos, a escrita hebraica empregava apenas as
consoantes, ou seja, não havia vogais nos manuscritos
• Isso era causa de diversos enganos, pois às vezes palavras
diferentes tinham as mesmas consoantes e nem sempre era
possível decifrá-la pelo sentido da frase
• Exemplo: “Ele buscava cr”. O que está sendo buscado aqui?
Cura? Cera? Couro?
6. O TEXTO MASSORÉTICO
• Por isso os massoretas, no século IV, acrescentaram um
sistema de pontinhos e traços embaixo, acima e na lateral
das consoantes para garantir que o texto fosse lido
corretamente
• É chamado massorético porque foi baseado na Massora, a
tradição textual dos eruditos judeus conhecidos como os
massoretas de Tiberíades (local dessa comunidade, no mar
da Galileia)
7. A INERRÂNCIA DA BÍBLIA E OS ERROS DOS ORIGINAIS
• Como já vimos, não temos mais à disposição os manuscritos
originais da Bíblia
• Tudo que temos hoje são cópias sucessivas, elaboradas por
escribas humanos — como os massoretas, que até criaram
recursos para melhorar o seu entendimento
• Embora esses copistas tenham sido extremamente
cuidadosos e reverentes para com o texto sagrado, nem
mesmo os melhores e mais antigos manuscritos que
possuímos deixam de estar totalmente livres de erros de
transmissão
7. A INERRÂNCIA DA BÍBLIA E OS ERROS DOS ORIGINAIS

• Pode-se dizer que até mesmo os melhores documentos do


Antigo Testamento hebraico e aramaico e do Novo
Testamento grego não estão totalmente isentos de erro
• Precisamos estar cientes dessa verdade com relação aos
manuscritos a fim de que possamos entender como se deu o
processo de seleção dos textos que serviram de base para as
traduções da Bíblia que hoje temos à disposição e que será
o assunto do próximo capítulo

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