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ESCOLA AGRÍCOLA DO PAJEÚ

PARASITOLOGIA

PROFESSOR RAFAEL QUESADO VIDAL


ENFERMEIRO

Curso Técnico de Enfermagem

SERRA TALHADA
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Introdução.
 É uma doença de caráter zoonótico (doenças de animais transmitida
ao homem) que acomete o homem e diversas espécies de animais
silvestres e domésticos, sendo conhecida no Brasil desde meados do
século XIX. Sua manifestação clínica é através de lesões cutâneas e
cutâneamucosa.

 Importância.
 Segundo a (OMS) a prevalência das diferentes formas de
Leishmaniose já ultrapassou 12 milhões de casos e pelo menos 350
milhões de pessoas vivem em locais de risco em todo o mundo.
Sendo que 600 mil casos novos são relatados todos os anos.
 Devido a alta incidência da doenças, com lesões incapacitastes,
desfigurastes e algumas vezes fatais como no caso da L. Visceral,
levaram a (OMS) a incluir esta doença dentre as seis mais
importantes do mundo.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Aspecto biológico.
 Agente etiológico: é uma doença causada por parasitos do gênero
Leishmania Ross. Este é um protozoário que tem seu ciclo biológico
realizado em dois hospedeiros, um vertebrado e um invertebrado
(heteroxeno).
 O repasto ocorre a noite, durante o dia permanecem em lugares
tranqüilos (tocas, arvores, currais);
 Os hospedeiros vertebrados incluem mamíferos (tatu, tamanduá,
preguiça, gambá, cães e o homem.
 Os hospedeiros invertebrados incluem insetos, família psyshodidade,
subfamília phlebotominae, gênero lutzomya.
 Reprodução: é feito por reprodução binária
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Ciclo biológico.
 As forma amastigotas são encontradas parasitando células do
sistema fagocitário (macrófagos) residentes da pele do hospedeiro
vertebrado. Nessa células elas sobrevivem e se multiplicam.
 As formas promastigotas são encontradas no tubo digestivo dos
flebotomíneos.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Ciclo no vetor.
 A infecção do inseto ocorre quando a fêmea pica o vertebrado para
exercer o repasto sanguíneo e juntamente com o sangue ingere
macrófagos parasitados pelas amastigotas. Ao chegarem ao
estômago, os macrófagos se rompem liberando as amastigotas.
Essas sofrem uma divisão binária e transformam-se em
promastigotas que se multiplicam, ficando livres. Em seguida
migram para o intestino onde se colonizam e posteriormente
migram para a faringe do inseto.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Ciclo no vertebrado.
 Durante o processo de alimentação do flebotomíneo é que ocorre a
transmissão do parasita. Na tentativa de se alimentar, as formas
promastigotas são introduzidas no local da picada. Dentro de
algumas horas as promastigotas serão fagocitadas pelos
macrófagos. Rapidamente as promastigotas se transformam em
amastigotas que iram se multiplicar por divisão binária. Devido a
sua multiplicação, com o tempo a membrana do macrófago ira
romper liberando as amastigotas que serão novamente fagocitadas,
iniciando um novo ciclo.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Mecanismo de
transmissão.
 Ocorre pela picada de insetos
hematófagos pertencentes ao
gênero Lutzomyia, conhecido no
Brasil como birigui e mosquito-
palha. Ao exercer o
hematofagismo, a fêmea do
flebotomíneo inocula as formas
promastigotas provenientes do
seu trato digestivo.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Período de incubação.
 Dura em média de duas semanas a três meses;

 Evolução.
 Inicialmente a lesão pode regredir espontaneamente, pode
permanecer estacionada ou evoluir para um nódulo dérmico
chamado “histiocitoma,” localizado sempre no local da picada. Como
resultado, forma-se no local uma reação inflamatória do tipo
tuberculóide. Ocorre necrose resultante da desintegração da
epiderme que culmina com a formação de uma lesão úlcero-
crostosa. Após a saída da crosta, forma-se uma típica ulcera
leishmaniótica de configuração circular, bordas altas, cujo fundo é
granuloso de cor vermelha intensa. Seguido-se o tratamento, forma-
se uma cicatriz com depressão na pele.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Formas clínicas.
 Leishmania cutânea: é
caracterizada pela formação de
ulceras únicas ou múltiplas
confinadas na derme, com
epiderme ulcerada. A
leishmania cutânea-
disseminada geralmente está
associada com pacientes
imunocomprometidos (AIDS).
No Brasil as espécies que tem
sido encontradas parasitando o
homem são: L. brasiliensis, L.
guyanesis, L. amazonensis, L.
laisonsi.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Formas clínicas.
 Leishmania cutaneomucosa: a
forma clínica é conhecida como
nariz de anta, o agente
etiológico é a L. brasiliensis.
 Um aspecto típico são suas
lesões secundarias que ocorrem
após anos envolvendo mucosas
e cartilagens, os locais mais
atingidos são o nariz, faringe,
boca e laringe. Trata-se de um
processo lento, de curso
crônico.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Formas clínicas.
 Leishmania cutânea difusa:
caracteriza-se por lesões não
ulceradas por toda a pele, essa
forma é provocada no Brasil pela
L. amazonensis. Inicialmente há
formação de uma única ulcera,
entretanto 40% dos infectados
acabam desenvolvendo a forma
disseminada. Isso ocorre
provavelmente pela disseminação
de metástases através de vasos
linfáticos ou migração de linfócitos
parasitados. Não há resposta ao
tratamento convencional.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Distribuição geográfica.
 Distribuição de leishmania cutânea e cutâneamucosa causadas por
espécies do subgênero Vianna no Brasil.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Distribuição geográfica.
 Distribuição da leishmania cutânea e cutaneadifusa causada por
espécie do gênero L. amazonensis.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Diagnóstico.
 Clínico: pode ser feito com base nas características da lesão que o
paciente apresenta e com base nos dados epidemiológicos.
 Laboratorial: através de exames diretos de esfregaços da biópsia da
ferida e do exame histopatologico.
 Imunológicos: pode ser realizado o teste de Montenegro,
inoculando-se 0,1 ml de antígenos na face interna do braço e depois
espera-se 72 horas onde poderá surgir um nódulo ou pápula e em
reações muito intensas, até mesmo necrose local, confirmando a
positividade do teste.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Tratamento.
 Glucantime: dose de 17 mg/kg, via IM por dia, durante 10 dias. Em
seguida faz-se um intervalo de 10 dias e novamente inicia-se o
tratamento por mais 10 dias. Recomenda-se a continuação das
séries de tratamento até a completa cicatrização da úlcera. Esta
medicação está contra-indicada em caso de paciente cardíacos e
grávidas (aborto).
 Para evitar contaminação secundária as feridas devem ser lavadas
com água corrente e sabão e se possível compressas KMnO4
(permanganato de potássio).
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Profilaxia.
 Construção de casas a uma distância de 500 metros da mata;
 Militares, pescadores, engenheiros, biólogos e outros profissionais
que possa vir a passar determinado período na floresta, devem
tomar remédios de profilaxia (glucantime).
 Controle de cães abandonados (sacrifício).
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Introdução.
 A leishrnaniose visceral é uma doença causada por
parasitas do complexo Leishmania donovani. A doença
é crônica, grave, de alta letalidade se não tratada,
e apresenta aspectos clínicos e epidemiológicos.
 A leishmaniose visceral é endêmica em 62 países nos
quatro continentes, cerca de 90% dos casos mundiais
estão concentrados na India, Bangladesh, Nepal, Sudão
e Brasil.
 Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença
incluem a desnutrição, o uso de drogas
imunossupressoras e a co-infecção com HIV.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Agente etiológico.
 A leishmaniose visceral é causada, em todo o mundo,
por parasitos do complexo L. donovani que inclui três
espécies de Leishmania :
 Leishmania (Leishmania) donovani;
 Leishmania (Leishmania) infantum;
 Leishmania (Leishmania) chagas.
 Nas Américas, Leishmania (Leishmania) chagasi é a
espécie responsável pelas formas clínicas da
leishmaniose visceral.
LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Ciclo biológico.
 O mesmo ciclo da leishmania anterior.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Mecanismo de transmissão.
 O principal mecanismo de transmissão da L. chagasi nas
condições naturais e de importância epidemiológica
universal ocorre normalmente através da picada da
fêmea de L. chagasi;
 Uso de drogas injetáveis;
 Transfusão sanguínea;
 Transmissão congênita.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Patogenia.
 A L. chagasi é um parasito de células do SMF,
principalmente do baço, fígado, linfonodo e medula
óssea. Entretanto, no curso da infecção outros órgãos e
tecidos podem ser afetados, como intestino, sangue,
pulmões, rins e pele.
 A pele é a porta de entrada para a infecção. A
inoculação das formas infectantes é acompanhada da
saliva do inseto vetor, que é rica em substâncias com
atividade inflamatória.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Patogenia.
 O processo pode evoluir para a cura espontânea ou, a
partir da pele, ocorrer a migração dos parasitos,
principalmente para os linfonodos, seguida da migração
para as vísceras.
 Nas vísceras, os parasitos induzem uma infiltração focal
ou difusa de macrófagos não-parasitados, além de
infiltrado de linfócitos e células plasmáticas.
 As alterações mais particulares são descritas nos tecidos
esplênico, hepático, sanguíneo, pulmonar e renal.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Patogenia.
 Alterações esplênicas.
 Esplenomegalia é o achado mais importante e freqüente
no calazar. Na fase inicial da doença, a esplenomegalia
pode não ocorrer ou ser pouco acentuada. Porem na
doença crônica torna-se muito presente.
 Alterações hepáticas.
 Hepatomegalia é outra característica marcante no
calazar. O órgão mantém consistência firme e
ocasionalmente mostra congestão passiva.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Patogenia.
 Alteração no tecido hemocitopoético.
 A medula óssea é em geral encontrada com hiperplasia e
densamente parasitada. A eritropoese é normal no início
do processo infeccioso. Durante as fases mais
adiantadas da infecção, ocorre desregulação da
hamatopoese, caracterizada pela diminuição da
produção celular.
 A anemia assim como a leucocitose é o achado mais
frequente nos indivíduos doentes.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Patogenia.
 Alterações renais.
 A principal alteração que ocorre nos rins está relacionada
com a presença de imunocomplexos circulantes. Em
muitos casos ocorre glomerolonefrite.
 Alterações pulmonares.
 Nos pulmões ocorre, com relativa frequência,
pneumonite.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Quadro clínico.
 Forma assintomática.
 Os indivíduos podem desenvolver sintomatologias pouco
específica que se manifestam por febre baixa recorrente,
tosse seca, diarréia, sudorese, prostração e apresentar
cura espontânea ou manter o parasito, sem nenhuma
evolução clínica por toda a vida.
 O equilíbrio apresentado por estes indivíduos pode,
entretanto, ser rompido pela desnutrição ou por um
estado imunessupressivo, como na AIDS ou decorrente
do uso de fármacos pós-transplante.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Quadro clínico.
 Forma aguda.
 Corresponde ao período inicial da doença. Observam-se
febre alta, palidez de mucosas e hepatoesplenomegalia
discretas. A evolução em geral não ultrapassa dois
meses. Muitas vezes o paciente apresenta tosse e
diarréia.
 O parasitismo é mais frequente no fígado e no baço e
em menor número na medula.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Quadro clínico.
 Forma sintomática crônica ou calazar clássico.
 Forma de evolução prolongada, caracterizada por febre
irregular e associada ao contínuo agravamento dos
sintomas. O emagrecimento é progressivo e conduz o
paciente para desnutrição protéico-calórica, caquexia
acentuada, mesmo com apetite preservado. A
hepatoesplenomegalia, associada à ascite determinam o
aumento do abdome. É comum edema generalizado,
dispnéia, cefaléia, dores musculares, perturbações
digestivas, epistaxes e retardo da puberdade.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Quadro clínico.
 Uma vez que o calazar é uma doença de caráter
debilitante e imunodepressivo, as infecções bacterianas
são especialmente importantes na determinação do
óbito. São infecções comuns:
 Pneumonia;
 Tuberculose;
 Diarréia e disenteria crônica;
 Otite média, gengivite.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Diagnóstico.
 Pesquisa do parasita.
 O diagnóstico parasitológico baseia-se na observação
direta do parasito em preparações de material obtido de
aspirado de medula óssea, baço, fígado e linfonodo,
através de esfregaços em lâmina de vidro.
 ELISA.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Tratamento.
 Quimioterapia.
 No Brasil, a droga de escolha é o Glucantimea, que é de
distribuição gratuita na rede de saúde pública.
 Tratamento inespecífico para os casos de desnutrição,
anemia, hemorragias e outras situações. E dar solução
oportuna as infecções secundárias e/ou concomitantes.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Reservatórios.
 As raposas são reservatórios silvestres primitivos. A
espécie descrita por Deane e Deane como D. vetulus é
encontrada mais frequentemente nas Regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Nordeste, onde é vista com freqüência,
no peridomicílio de áreas rurais. A raça canina também é
um importante fonte de elo domestico entre a cadeia de
transmissão da doença.
LEISHMANIOSE VISCERAL
AMERICANA
 Profilaxia.
 A profilaxia do calazar humano, desde a década de
1960, quando se estabeleceu o papel do cão como
reservatório doméstico e de Lutzumyia longipalpis como
vetor, tem como base a tríade:
 diagnóstico e tratamento dos doentes;
 eliminação dos cães com sorologia positiva;
 combate às formas adultas do inseto vetor.
REFERÊNCIA
 NEVES D. P. Parasitologia Humana. 11ª edição. Editora
Atheneu. 2004.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. PROFAE. Parasitologia e
Microbiologia. Módulo 1. Brasília – DF, 2003.

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