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Eletricidade Aplicada à Automotiva

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco


Presidente
Jorge Wicks Côrte Real

Departamento Regional do SENAI de Pernambuco


Diretor Regional
Sérgio Gaudêncio Portela de Melo

Diretora Técnica
Ana Cristina Cerqueira Dias

Diretor Administrativo e Financeiro


Heinz Dieter Loges

Ficha Catalográfica

537 SENAI - DR/PE. Eletricidade Aplicada à Automotiva


S474e Recife, SENAI/DITEC/DET, 2010
1. ELETRICIDADE
2. CORRENTE ELÉTRICA
3. MATERIAIS
4. CIRCUITO ELÉTRICO
I. Título

Direitos autorais exclusivos do SENAI. Proibida a reprodução parcial ou total, fora do Sistema,
sem a expressa autorização do seu Departamento Regional.

SENAI - Departamento Regional de Pernambuco


Rua Frei Cassimiro, 88 - Santo Amaro
50100-260 - Recife - PE
Tel.: (81) 3202-9300
Fax: (81) 3222-3837
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................. 5
SEGURANÇA DO TRABALHO E NORMAS DA EMPRESA.......................... 6
ELETRICIDADE ............................................................................................. 7
 Eletricidade Estática............................................................................. 8
 Eletricidade Dinâmica ou corrente elétrica ........................................... 9
 Corrente Elétrica................................................................................... 9
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS .............................................................. 11
 Materiais condutores ............................................................................ 11
 Materiais Isolantes ............................................................................... 11
 Materiais semicondutores .................................................................... 12
GRANDEZAS ELÉTRICAS ............................................................................. 13
 1ª Grandeza elétrica ............................................................................ 13
✓ Múltiplos dos VOLT ........................................................................ 14
✓ Submúltiplos dos VOLT .................................................................. 14
 2ª Grandeza elétrica ............................................................................ 14
✓ Corrente elétrica.............................................................................. 14
✓ Múltiplos do AMPÈRE..................................................................... 15
✓ Submúltiplos do AMPÈRE............................................................... 16
 3ª Grandeza elétrica............................................................................. 16
✓ Múltiplos do OHM............................................................................ 18
 4ª Grandeza elétrica............................................................................. 18
✓ Múltiplos do WATT ......................................................................... 19
✓ submúltiplos do WATT .................................................................... 19
✓ Exercícios ...................................................................................... 20
✓ Tabela das principais grandezas, suas unidades, símbolos e
20
instrumentos ...................................................................................
LEI DE OHM ................................................................................................... 21
 Exercícios ............................................................................................... 23
CIRCUITO ELÉTRICO .................................................................................... 25
TIPOS DE CIRCUITO ..................................................................................... 27
MULTÍMETRO ................................................................................................ 32
SÍMBOLOS ..................................................................................................... 36
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 40
SENAI-PE

INTRODUÇÃO

Esta apostila foi elaborada com o objetivo de atender a todos os leitores, seja
conhecedor ou não dos assuntos aqui formulados, dando ênfase a eletricidade
do automóvel, que é uma atividade que vem a cada dia exigindo do profissional,
aquisição de informações atualizadas e específicas, para um melhor
desempenho de sua função.

A eletricidade do automóvel envolve conhecimentos sobre a matéria, tipos de


eletricidades, suas grandezas, componentes aplicados nos veículos, fusíveis,
lei de Ohm, cálculos de fios e queda de tensão, leitura de diagramas elétricos,
instrumentos de medição e montagem de circuitos (paralelo, série e misto).

Sua atualização consta de informações subtraídas das montadoras, Fiat, Ford,


GM e Volkswagen. Vale destacar, que em primeiro lugar, ressaltamos um alerta
sobre segurança do trabalho e algumas normas da escola.

Esses são alguns assuntos que abordaremos nesta apostila, visando contribuir
para melhorar seus conhecimentos sobre a eletricidade veicular e
conseqüentemente seu desempenho prático e profissional.

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SENAI-PE

SEGURANÇA DO TRABALHO E NORMAS DA EMPRESA

É proibido fumar nas salas de aulas e nas oficinas.

Em caso de incêndio:

Identifique o extintor mais próximo, leia as instruções impressas e aplique


quando necessário. Em caso de incêndio ligue para 193-corpo de bombeiro.

Emergência:

Em caso de emergência dirija-se ao pátio conforme orientação do instrutor.

Primeiros socorros:

Em caso de ferimentos ou mal estar, informe ao seu instrutor. Em caso de


acidente telefone para o samu: 192.

Evite acidentes:

 Mantenha as mãos longe de peças giratórias;


 Ligue o equipamento de teste somente com o motor parado e a ignição
desligada;
 Só funcione o motor de combustão em local ventilado ou com aspiração
de gases de escape conectada.

Limpeza:

Jogue panos de limpeza e similares nos coletores apropriados. Limpe


imediatamente gasolina derramada, óleo ou similares, com produto adequado.

Normas da empresa:

É proibido transportar arma de fogo ou armas brancas para a sala de aula.


Equipamentos e ferramentas só poderão entrar na dependência da empresa
com autorização por escrito pelo pessoal da portaria.

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SENAI-PE

ELETRICIDADE

Por se tratar de uma força invisível, o princípio básico de eletricidade é


explicado na Teoria Atômica. Torna-se difícil visualizar a natureza da força
elétrica, mas é facilmente notável os seus efeitos. A eletricidade produz
resultados e efeitos perfeitamente previsíveis.

Para que possamos compreender a eletricidade, observemos as seguintes


definições:

Matéria ⇒ É toda a substância, sólida, líquida ou gasosa que ocupa lugar no


espaço.
Molécula ⇒ É a menor partícula, a qual podemos dividir uma matéria, sem que
esta perca suas propriedades básicas.
Ex.: Quando dividimos um pó de giz até o momento em que ele ainda
conserve suas propriedades de pó de giz, tornando-se invisível a olho
nu, mas visível com microscópios, temos então uma molécula.
Átomo ⇒ Ao construirmos um carro, estamos usando diversos materiais: aço,
borracha, vidro, polímeros e outros. Cada um destes materiais é
compostos de moléculas que juntas o compõem. Ao ampliarmos uma
molécula vamos notar que a mesma é composta de vários átomos.
Assim podemos dizer que toda matéria é composta de moléculas que
são compostas de uma combinação de átomo.

Figura 1 - Átomo

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SENAI-PE

O núcleo é constituído de Prótons e Nêutrons, convencionando-se a Prótons


com carga elétrica positiva (+) e os Nêutrons com carga elétrica nula (0).

As partículas que giram ao redor do núcleo são denominadas Elétrons, com


carga elétrica negativa (-).

Podemos admitir que um átomo, na condição de equilíbrio, o número de


prótons é igual ao número de elétrons. Se ele perde um elétron torna-se
eletricamente positivo (íon positivo), se ele ganha um elétron torna-se negativo
(íon negativo). A este desequilíbrio é que chamamos “carga elétrica”. O
conjunto dos fenômenos que envolvem estas “cargas elétricas” é que foi
definido como eletricidade. A eletricidade se apresenta de duas maneiras.

Eletricidade Estática

É o tipo de eletricidade que envolve cargas elétricas paradas. É gerada por


atrito, pela perda de elétrons durante a fricção. Por exemplo um bastão de vidro
e lã de carneiro, choque ao descer de um veículo, etc.

Figura 2 - Perda de elétrons por fricção

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SENAI-PE

Eletricidade Dinâmica ou Corrente Elétrica

É o fluxo de cargas elétricas que se deslocam através de um condutor. Desta


forma como a eletricidade se apresenta, é que nos interessa estudar. E para
que este fenômeno ocorra é necessário, no mínimo, uma fonte de energia, um
consumidor e condutores fechando o circuito.

Figura 3 - Circuito elétrico

Corrente Elétrica (AC)

Observação: A corrente elétrica pode se apresentar de duas maneiras:

Alternada

Na corrente alternada a tensão varia continuamente num intervalo bem definido.


A representação gráfica para a corrente ( AC ) é uma onda tipo Senoidal. Uma
onda Senoidal pode representar a corrente ou tensão. Existem dois eixos. O
vertical representa a polaridade ou direção e a amplitude da corrente e tensão.
O eixo horizontal representa o tempo.

Figura 4 - Corrente alternada

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SENAI-PE

Contínua

Quando o fluxo de elétrons mantém constante o seu sentido ao longo do


tempo. Os sistemas elétricos dos automóveis utilizam corrente contínua para
luzes, acessórios, etc., por este motivo voltaremos nossa atenção para corrente
contínua.

I (A)

Figura 5 - Corrente contínua


T ( seg. )

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SENAI-PE

CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Os materiais são classificados em três classes: condutores, isolantes e


semicondutores.

Materiais Condutores

Uma corrente elétrica é produzida quando ocorre movimento de elétrons livres


de um átomo até o próximo. Materiais que permitem a movimentação de
elétrons com facilidade são chamados condutores. O cobre, a prata, o zinco, o
ferro e outros metais em geral são considerados bons condutores. O cobre é o
material mais utilizado por ser um metal de excelente condutividade elétrica,
tem ótima flexibilidade e apresenta baixas perdas de energia.

Figura 6 - Material condutor

Materiais Isolantes

São materiais com baixa movimentação de elétrons livres. Materiais como


plástico, borracha, vidro, mica, ar seco e cerâmica são bons materiais
Isolantes.

Figura 7 - Material Isolante

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SENAI-PE

Exemplo:

Um fio elétrico é um exemplo de como condutores e isolantes são usados. O fio


de cobre que permite o fluxo de elétrons que irão alimentar um rádio, luminária,
motor de partida e ignição, tem uma capa de borracha ou plástico ( PVC ) que
mantém o condutor isolado evitando choque elétricos.

Figura 8 - Fio condutor

Materiais semicondutores

Materiais semicondutores, como silício, são usados em dispositivos que têm


características de materiais condutores e isolantes ao mesmo tempo. Alguns
dispositivos semicondutores agem como condutores quando uma força é
aplicada em uma direção e como isolantes quando a força é aplicada em
direção oposta.

Transistores, diodos e outros dispositivos eletrônicos utilizam esta propriedade


dos materiais semicondutores.

Figura 9 - Materiais semicondutores

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SENAI-PE

GRANDEZAS ELÉTRICAS

Grandezas ⇒ É tudo aquilo que pode ser medido.

Ex.: Comprimento (metro, quilômetro)


Área (metro quadrado, quilômetro quadrado)
Volume ( metro cúbico, centímetro cúbico)

Grandezas Elétricas
São grandezas que provocam ou são provocadas por efeitos, ou ainda que
contribuem ou interferem nestes efeitos.

1a Grandeza elétrica

Tensão Elétrica ⇒ É a força que movimenta os elétrons. Também é chamada


de diferença de potencial (d.d.p.).

A unidade de medida da d.d.p. é Volt, abreviado pela letra “V”.

O instrumento utilizado para medir a tensão elétrica é o VOLTÍMETRO e sua


ligação é feita em paralelo.

Figura 10 - Medição de tensão


Figura 11 - Multímetro na função voltímetro

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SENAI-PE

Múltiplos dos VOLT:

➢ KILOVOLT, abreviada por KV ⇒ Um kilovolt equivale a 1000V.


1 KV = 1000 V

 Para converter kilovolt em volt, deve-se multiplicar o valor em kilovolt por


1000 (mil), o resultado desta multiplicação será dado em volts;
Exemplo: Converter 13,8 KV em volts (V)
13,8 x 1000 = 13800V
 Para converter volts (V) em kilovolts (KV), deve-se dividir o valor dado
em volts por mil.

Submúltiplos do VOLT:

➢ MILIVOLT, abreviada por mV ⇒ Um milivolt equivale a 0,001V.

1mV = 0,001V

 Para converter milivolts em volts deve-se dividir o valor dado em


milivolts (mV) por 1000 (mil), o resultado desta divisão será dado em
volts;
Exemplo: Converter 400mV em V
400 / 1000 = 0,4V
 Para converter volts em milivolts deve-se multiplicar o valor dado em
volts (V) por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será dado em
milivolts.
Exemplo: Converter 2V em mV
2 x 1000V = 2000V

2a Grandeza elétrica

Corrente Elétrica ⇒ É o movimento ordenado de elétrons dentro de um


material condutor. A unidade da corrente elétrica é o ampère, abreviado pela
letra “A”.

O instrumento que se utiliza para medir a corrente elétrica é o AMPERÍMETRO


e sua ligação é em série.

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SENAI-PE

Observação: Para medir corrente elétrica, devemos interromper a ligação do


consumidor à ser medido e interpor, ou seja, ligar o instrumento em série com o
consumidor onde foi interrompido.

Figura 12 - Medição de corrente

Figura 13 - Multímetro na função amperímetro

Múltiplos do AMPÈRE:

➢ KILOAMPÈRE, abreviado pela letra KA ⇒ Um kiloampère é igual a 1000A


1KA = 1000A

 Para converter KA para AMPÈRE (A), segue-se o seguinte processo:


✓Encontrado o valor em KA, multiplica-se por 1000 (mil), o resultado desta
multiplicação será em AMPÈRE.

Exemplos:
a) Converte-se 2,5 KA para ampère.
2,5 x 1000 = 2500A

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SENAI-PE

b) Converter 5,5 KA para ampère.


5,5 x 1000 = 5500A

 Para converter AMPÈRE para KA. Divide o valor em AMPÈRE por 1000
(mil).
Exemplo: Converter 2000 ampere em KA
2000 / 1000 = 2 KA

Submúltiplos do AMPÈRE

➢ MILIAMPÈRE, abreviado pelas letras mA ⇒ Um miliampère equivale a


0,001A
1mA = 0.001A

 Para converter miliampères (mA) em ampères deve-se dividir o valor


dado em miliampères por 1000 (mil), o resultado desta divisão será em
ampères.

Exemplo: Converter 2000 mA em ampères


2000 / 1000 = 2A

3a Grandeza elétrica

Resistência Elétrica ⇒ É a dificuldade oferecida à passagem da corrente


elétrica por um material condutor de eletricidade. Sua unidade é o Ohm,
simbolizado pela letra grega “ômega” .

O instrumento utilizado para medir a resistência elétrica é o OHMÍMETRO. Para


se medir a resistência de um dispositivo, ele deve estar desligado do circuito.

Figura 14 - Multímetro na função ohmímetro 16


SENAI-PE

Observações: Para medir resistência elétrica, devemos observar o seguinte:

 O circuito deve estar desligado, porque a grandeza tem alimentação


própria do instrumento;
 Um dos lados do componente a ser medido deve está desligado do
circuito;
 Por maior segurança, o componente a ser medido deve ser retirado do
circuito.

Observações: A resistência elétrica varia de acordo com:

1. A natureza do material: todo condutor elétrico tem um coeficiente de


condutividade elétrica diferente um do outro.

2. Comprimento do material: quanto maior for o comprimento do material


maior será a resistência elétrica e quanto menor for o comprimento do
material menor será a resistência elétrica.

3. Área do material: quanto menor for a área do material maior será a


resistência elétrica e quanto maior for a área do material menor será a
resistência elétrica.

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SENAI-PE

4. Temperatura do material: quanto maior for a temperatura do material


condutor maior será a resistência elétrica e quanto menor for a temperatura
do material menor será a resistência elétrica.

Múltiplos do OHM:

➢ KILOOHM, abreviada por K ⇒ onde um kiloohm eqüivale a 1000 ohms.

1K = 1000

 Para transformar kiloohm em ohms, deve-se multiplicar o valor em


kiloohms por mil, o resultado será em ohms.
Exemplo: Transformar 2K em ohms.
2 x 1000 = 2000 ohms

4a Grandeza elétrica

Potência Elétrica ⇒ É a capacidade dos elétrons de realizar trabalho. Sua


unidade de medida é o Watt.

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SENAI-PE

O instrumento utilizado para medir a potência elétrica é o WATTÍMETRO e sua


ligação é em série e paralelo.

Figura 15 - Circuito elétrico

Observação: No nosso estudo dificilmente vamos medir potência elétrica,


porque existe normas que obrigam os fabricantes de componentes elétricos a
especificar a tensão de trabalho e a potência.
Ex.: Lâmpada de 12V-21W.

Múltiplos do WATT:

➢ KILOWATT, abreviado por KW ⇒ onde um kilowatt equivale a 1000W.

1KW = 1000W

➢ MEGAWATT, abreviado por MW ⇒ onde 1 megawatt equivale a


1000.000W.

1MW = 1000 000W

Submúltiplos do WATT:

➢ MILIWATT, abreviado por mW ⇒ onde 1mW equivale a 0,001W.

1mW = 0,001W

Regra prática:
X 1000
MÚLTIPLOS UNIDADE SUBMÚLTIPLOS
/ 1000
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SENAI-PE

EXERCÍCIOS:

Transformar as grandezas:

De Para
10 KΩ Ω
5000 Ω KΩ
2000 V KV
13,8 KV V
150 mA A
0,002 KA A
50 KW W
5000mW W

Tabela das principais grandezas, suas unidades, símbolos e instrumentos

Símbolo da
Símbolo da Unidadede Múltiplo e Instrumento
Grandeza unidade de
Grandeza Medida Submúltiplo Equivalência de medição
Medida
kilovolt
(kV) 1000V
Tensão E Volt V Voltímetro
Milivolt 0,001V
(mV)
kiloampère
(kA) 1000A
Corrente I Ampère A Amperímetro
Miliampère 0,001A
(kA)
kiloohm
(kΩ) 1000Ω
Resistência R Ohm Ω Miliohm Ohmímetro
0,001Ω
(mΩ)
kilowatt
(kW) 1000W
Potência P Watt w Miliwatt Wattímetro
0,001W
(mW)
Tabela 1 - Principaisgrandezas

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SENAI-PE

LEI DE OHM

O físico alemão George Simon Ohm, realizou vários estudos sobre as


grandezas elétricas e estabeleceu uma relação matemática entre elas,
chamada Lei de Ohm, que é fundamental para o eletricista, conhecê-la e aplicá-
la.

Tensão ⇒ representada pela letra E


Corrente ⇒ representada pela letra I
Potência ⇒ representada pela letra P
Resistência ⇒ representada pela letra R

Temos as fórmulas:

E=RxI P=ExI
E P
R= E=
I I
E
I= P
R I=
E

A lei de ohm é uma lei que relaciona as três grandezas elétricas básicas entre
si. E é expressa pelo seguinte enunciado:

A corrente elétrica num circuito é diretamente proporcional a tensão elétrica


aplicada e inversamente proporcional a resistência elétrica dos elementos que
compõem o circuito.

Esta lei é expressa matematicamente desta forma:

E
E=RxI → I=
R

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SENAI-PE

Ex.: Calcular a corrente elétrica do circuito abaixo:

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SENAI-PE

EXERCÍCIOS:

1.A tensão de um circuito é de 12V com a potência elétrica de 0,3 KW, a


corrente é de:

A( ) 250 mA
B( ) 0,0250 KA
C( ) 2,5 A
D( ) 2500 mA

2.A corrente elétrica de um componente cuja tensão é 36 V e a resistência


0,004 KΩ, é de:

A( )9W
B( ) 9 KA
C( ) 9A D
( ) 144A

3.A resistência de um circuito elétrico é de 0,4 Ω com uma corrente de 3 A, a


tensão desse circuito é de:

A( ) 12 V
B( ) 12 m
C( ) 1,2 V
D( ) 1,2 W

4.Sabendo que a tensão de alimentação de um circuito é de 24 V e a corrente


de 4 A, o valor da resistência desse circuito é de:

A( )3Ω
B ( ) 6000 mΩ
C ( ) 6000 mV
D ( ) 6 KW

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SENAI-PE

5. Um circuito com resistência R, possui a tensão constante E, com a corrente


I. se diminuir a resistência do circuito, a corrente I:

A( ) diminuirá
B( ) aumentará
C( ) permanecerá igual
D( ) irá alterar dependendo da potência elétrica.

6. Se aumentar o comprimento de um circuito mantendo a mesma tensão


elétrica, a:

A( ) potência elétrica e a corrente aumentarão


B( ) resistência aumentará e a corrente diminuirá
C( ) resistência e a corrente aumentarão
D( ) potência elétrica diminuirá

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SENAI-PE

CIRCUITO ELÉTRICO

O circuito elétrico é um caminho fechado pelo qual circula corrente elétrica.

Assim, são exemplos de circuitos elétricos: uma lanterna, uma instalação


elétrica de uma residência, uma instalação elétrica de um automóvel.

Todo e qualquer circuito elétrico é composto de quatro componentes, sendo três


fundamentais e um auxiliar:

Figura 16 - Circuito elétrico

a) Fonte geradora de energia


É ela que fornece a força para impulsionar os elétrons, através da
transformação de outro tipo de energia em energia elétrica.

Observação:
SEM FONTE GERADORA NÃO TEREMOS CORRENTE ELÉTRICA.

São exemplos: pilha, bateria, gerador.

A bateria é fonte geradora no automóvel enquanto o gerador não estiver


funcionando.

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SENAI-PE

b) Aparelho consumidor de energia


Recebe energia elétrica da fonte geradora e a transforma em outro tipo de
energia.

São exemplos:
A televisão: transforma energia elétrica em energia luminosa, sonora e
térmica.

A lâmpada: transforma energia elétrica em energia térmica e luminosa.


O motor elétrico: transforma energia elétrica em energia cinética (mecânica).

c) Condutor elétrico
É o meio de ligação entre o aparelho consumidor e a fonte geradora, sem
condutor não teremos caminho fechado para a corrente elétrica.

Os condutores podem ser: isolados ou nus, rígidos ou flexíveis entre outros.

d) Dispositivo de manobra
A função do dispositivo de manobra é desligar ou ligar o circuito elétrico,
sendo um meio de interrupção da corrente elétrica.

Os dispositivos de manobra agem como ponte, fechando ou abrindo o


caminho para a corrente elétrica.

São exemplos:
O platinado do automóvel, o botão do limpador de pára-brisa, a chave de
ligação dos faróis, dentre outros.

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SENAI-PE

TIPOS DE CIRCUITOS

Normalmente são ligadas mais de uma carga em um circuito elétrico.

Existem três maneiras de associá-las:

1. Circuito Série
2. Circuito Paralelo
3. Circuito Misto

1. CircuitoSérie

Definição: é um circuito que apresenta um único caminho para a passagem da


corrente elétrica.

Figura 17 - Circuito em série

Resumo:
 A corrente tem apenas um caminho;
 As cargas são ligadas uma após outra;
 O funcionamento de uma carga depende da outra;
 A corrente é igual em qualquer ponto do circuito;
 A soma das tensões dos consumidores é igual a da fonte.

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2. Circuito Paralelo

Definição: é um circuito que apresenta vários caminhos para a passagem da


corrente elétrica.

Figura 18 - Circuito em paralelo

Resumo:
 A corrente tem mais de um caminho;
 As cargas são ligadas uma ao lado da outra;
 As cargas têm funcionamento independente;
 Haverá diferentes correntes para diferentes consumidores;
 A tensão é igual em qualquer ponto do circuito.

Observação: Nas instalações elétricas, sejam prediais ou automotivas as


cargas (lâmpadas, eletrodomésticos, motores, etc) são ligadas à rede de
alimentação (fonte geradora de eletricidade), em PARALELO.

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2. CircuitoMisto

Definição: é um circuito que apresenta características do circuito série e


paralelo ao mesmo tempo.

Exemplo:

Figura 19 - Circuito misto

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EXERCÍCIOS

1. Analise os circuitos a baixo e registre se são circuitos em série, paralelo


ou mistos.

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MULTÍMETRO

O multímetro é um instrumento que inclui pelo menos voltímetro, amperímetro e


ohmímetro, sendo uma ferramenta indispensável ao eletricista, que o permite
diagnosticar defeitos de maneira direta.
Funções mínima de um multímetro

Figura 20 - Multímetro

Até algum tempo atrás, os mostradores dos multímetros eram somente


analógicos (ponteiro), com a evolução eletrônica foram incorporados
mostradores digitais (display). As vantagens dos aparelhos digitais sobre os
analógicos são: a precisão, a facilidade de leitura e a proteção de seu circuito
interno.

Figura 21 - Multímetro Analógico Figura 22 - Multímetro Digital

Atenção: Antes de iniciarmos qualquer medição, devemos conhecer O QUÊ


vamos medir e qual a GRANDEZA da medida.

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SENAI-PE

Para medir tensão

No caso da utilização do multímetro na condição de voltímetro (para medição


de tensão) devemos saber se trata de Tensão Alternada (AC) ou Tensão
Contínua (DC). Em alguns multímetros existe somente uma posição para se
conectar o terminal de prova vermelho (independente de se tratar de alternada
ou contínua). O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o componente a ser
medido.

Figura 23 - Medição de tensão

Para Medir Corrente (A)

Quando desejamos conhecer o consumo de corrente no circuito, inserimos em


série, nosso multímetro na condição de amperímetro. As mesmas precauções
adotadas nas medidas anteriores devem ser tomadas na medição de corrente.
Devemos conhecer se a corrente que circula é contínua (DC) ou alternada (AC).
Devemos então selecionar os terminais de prova (Preto e Vermelho) e o
seletor de escala nas posições
devidas, de forma que o valor a ser
medido não ultrapasse o maior valor
da escala selecionada. Os multímetros
analógicos, geralmente só oferecem
condições de se medir corrente DC
(contínua) e possuem um borne extra
para medir correntes maiores (10A,
20A, etc.). A ligação do amperímetro
deve ser feita em série no circuito.
Figura 24 - Medição de corrente

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SENAI-PE

Uma utilização eficaz do amperímetro é o diagnóstico de “fuga de corrente”


(dispersão). Isto ocorre quando todo o circuito está desligado (chave de ignição
fora do contanto) e a bateria se descarrega rapidamente. A causa desta
anormalidade é algum contato anormal que faz circular uma corrente. Para
verificar a intensidade da dispersão (fuga) devemos inserir o nosso multímetro
na condição de amperímetro, em série com o circuito, com o terminal positivo
(vermelho) no pólo positivo da bateria e o terminal negativo (preto) no cabo
desligado do pólo positivo da bateria.

Deve-se selecionar o amperímetro para corrente máxima (DC) e adaptar a


escala depois de conhecer, aproximadamente, o valor da corrente de
dispersão.

Para Medir Resistência ()

Quando desejamos conhecer o valor da resistência ôhmica de um componente


qualquer (ex.: bobina, rotor, etc.) devemos:

Introduzir os terminais de prova, preta no ( - ) e vermelho na posição (+) e


posicionar o seletor na função ().

Figura 25 - Medição de resistência

Para medir a resistência, devem ser seguidos os seguintes passos:

1. Desligar o circuito;
2. Retirar a resistência do circuito;
3. Medir a resistência.

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SENAI-PE

Observações:

Após selecionarmos a escala, no caso do multímetro analógico, é necessário


ajustar o ponteiro antes de ler a medida. O ajuste é feito através de um botão
de ajuste de zero com os terminais de prova curto-circuitados.

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SENAI-PE

SÍMBOLOS

➢ De identificação dos instrumentos e controles do painel

No painel de instrumentos, bem como nas teclas de acionamento, existem


símbolos para identificar o componente que está sendo usado ou para alertar
sobre eventuais problemas.

Indicador de Luz de
Lanterna Luz baixa Luz alta Luz interna
direção advertência

Pressão do Sistema de Temperatura Limpador do


Combustível óleo de motor carga Afogador
do motor para-brisa

Desembaçador Sistema Lavador do Acendedor Ventilador


do vidro traseiro de cigarros interno
de freio para-brisa Desembaçador
do para-brisa

Figura 26 – Símbolos do painel de instrumentos

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SENAI-PE

➢ Utilizados nos esquemas elétricos

Nos esquemas elétricos aparecem vários símbolos que representam


componentes que fazem parte dos mesmos.
Apresentamos a seguir a simbologia usada em nossos esquemas, para facilitar
seu trabalho, quando da consulta do Manual de Reparações:

Comando
Bateria Eletrônico
Alternador com
regulador de
tensão incorporado

Bobina de
Ignição Motor do Limpador
De pára-brisa
M

Motor de Partida

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SENAI-PE

Alto-falante Interruptor Manual


Distribuidor Eletrônico

Relé Temporizador Eletrônico Condensador Acendedor de Cigarros

Antena Mecânica

Buzina Reostato

Interruptor
Térmico Acionamento Interrupto de Interruptor
manual pressão mecânico

Resistor Relógio
Relógio eletrônico digital
mecânico

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SENAI-PE

Indicador de Válvula
Consumo Solenóide Relé Motor

Vidro Traseiro com


desembaçador Medidor de Combustível Indicador Sensor

Lâmpada de
Lâmpada duplo filamento
Conector Conector Led Lâmpada lanternas

Lâmpada de duplo
filamento farol Terminal Lâmpada do
Fusível Diodo interior

2,5
Secção transversal do Fio elétrico ou Ligação de fios
fio ou condutor Ligação de fios
condutor desconectáveis
Por ponto de solda

Cruzamento de
fios Antena elétrica

39
SENAI-PE

REFERÊNCIAS

 Informações Técnicas - Bosch.


 Informações Técnicas - Mercedes Benz do Brasil S.A
 SENAI-DR/PE - Mecânico de Automóveis I. Recife 1998.
 Informações Técnicas - GM ( CD de Treinamento de Eletrônica )
 Informações Técnicas - FIAT da apostila de Sistemas Elétricos
 Informações técnicas de catálogo de instrumento da Minipa
(www.minipa.com.br)

 Informações técnicas do site www.webmecauto.com.br

40
CRÉDITOS

Elaboração
 Inaldo Caetano de Farias - ETS - Santo Amaro

Atualização - 2010
 Anderson César - ETS Caruaru
 Moisés Souza de Santana - ETS - Santo Amaro
 Paulo Roberto A. Santa - ETS Petrolina

Digitação / Diagramação
 Danielle Ribeiro de Souza - DET

Diagramação - Versão 2010


 Lindalva Maria da Silva - DET

Editoração
Divisão de Educação Profissional e Tecnológica - DET.

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