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Contratos administrativos

- Fiscalização dos contratos;


- Recebimento do objeto;
- Fiscalização nas terceirizações;
- Subcontratação;
- Inexecução contratual: rescisão unilateral e
aplicação de penalidades.

Lucas Rocha Furtado


1. Fiscalização de contratos
 Tratamento legal

Lei 8666/93, art. 67


Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, permitida a contratação de
terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição.
§ 1o O representante da Administração anotará em registro
próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução
do contrato, determinando o que for necessário à
regularização das faltas ou defeitos observados.
(...)
 Tratamento legal
Lei 8666/93, art. 68
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela
Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo
na execução do contrato.
Lei 8666/93, art. 70
Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados
diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua
culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou
reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o
acompanhamento pelo órgão interessado.

Decreto 2271/1997, art. 6º


Art . 6º A administração indicará um gestor do contrato, que
será responsável pelo acompanhamento e fiscalização da sua
execução, procedendo ao registro das ocorrências e adotando
as providências necessárias ao seu fiel cumprimento, tendo por
parâmetro os resultados previstos no contrato.
Acórdão n. 1632/2009 – Plenário
 o poder-dever de fiscalização dos contratos

“(...) vale registrar que a prerrogativa conferida à


Administração de fiscalizar a implementação da avença deve
ser interpretada também como uma obrigação. Por isso, fala-
se em um poder-dever, porquanto, em deferência ao princípio
do interesse público, não pode a Administração esperar o
término do contrato para verificar se o objeto fora de fato
concluído conforme o programado, uma vez que, no
momento do seu recebimento, muitos vícios podem já se
encontrar encobertos”. (Voto do Min. Marcos
Bemquerer)
Acórdão n. 994/2006 – Plenário
 responsabilidade do fiscal do contrato

Verifica-se do texto da Lei nº 8.666/93 (art. 67) que o


dever atribuído ao representante da administração
para o acompanhamento e fiscalização da execução do
contrato não deixa margem a que possa esse
representante sucumbir a pressões. É dele a
responsabilidade pelo fiel cumprimento de cláusulas
contratuais, cabendo-lhe, inclusive, adotar providências
no sentido da correção de falhas observadas. (Voto do
Ministro-Relator Ubiratan Aguiar).
Acórdão n. 1710/2006 – 1ª Câmara
 designação do fiscal do contrato

9.6. determinar à Universidade Federal da Paraíba que:


[...]
9.6.11. designe formalmente um servidor para acompanhar a
execução de cada contrato de prestação de serviço da UFPB,
sendo o dito servidor responsável pela observância do fiel
cumprimento de todas as cláusulas contratuais e tendo a
obrigação de comunicar aos setores de direito quando não
acontecer dessa forma, com o propósito de dar cabal
cumprimento ao art. 6º do Decreto nº 2.271, de 07/07/1997 e ao
art. 67 da Lei nº 8.666/1993;
Acórdão n. 2917/2010 – Plenário
 designação e possibilidade de recusa pelo servidor

5.7.6. (...) o TCU entende que devem ser designados servidores


públicos qualificados para a gestão dos contratos, de modo que
sejam responsáveis pela execução de atividades e/ou pela vigilância e
garantia da regularidade e adequação dos serviços (...)
5.7.7. O servidor designado para exercer o encargo de fiscal não
pode oferecer recusa, porquanto não se trata de ordem ilegal.
Entretanto, tem a opção de expor ao superior hierárquico as
deficiências e limitações que possam impedi-lo de cumprir
diligentemente suas obrigações. A opção que não se aceita é uma
atuação a esmo (com imprudência, negligência, omissão, ausência de
cautela e de zelo profissional), sob pena de configurar grave infração
à norma legal (...). (trecho do Relatório do acórdão. Ministro
Valmir Campelo)
Acórdão TCU n. 1930/2006 – Plenário
 fiscalização por terceiro contratado
“4. O art. 67 da Lei 8.666/1993 exige a designação, pela
Administração, de representante para acompanhar e fiscalizar a
execução, facultando-se a contratação de empresa supervisora para
assisti-lo. Assim, parece-me claro que o contrato de supervisão tem
natureza eminentemente assistencial ou subsidiária, no sentido de
que a responsabilidade última pela fiscalização da execução não se
altera com sua presença, permanecendo com a Administração
Pública. Apesar disso, em certos casos, esta Corte tem exigido a
contratação de supervisora quando a fiscalização reconhecidamente
não dispuser de condições para, com seus próprios meios,
desincumbir-se adequadamente de suas tarefas, seja pelo porte ou
complexidade do empreendimento, seja pelo quadro de carência de
recursos humanos e materiais que, não raro, prevalece no setor
público.” (Trecho do Voto da relatoria do Min. Augusto
Nardes)
Acórdão n. 767/2009 – Plenário
 caráter vinculado do registro de ocorrências

O art. 67 determina que a execução do contrato deve ser


acompanhada e fiscalizada por representante da Administração, que
anotará, em registro próprio, todas as ocorrências pertinentes,
mantendo os superiores devidamente informados.
(...)
O registro da fiscalização, na forma prescrita em lei, não é ato
discricionário. É elemento essencial que autoriza as ações
subsequentes e informa os procedimentos de liquidação e
pagamento dos serviços. É controle fundamental que a
administração exerce sobre o contratado. Propiciará aos gestores
informações sobre o cumprimento do cronograma das obras e a
conformidade da quantidade e qualidade contratadas e executadas.
(Voto do Ministro-Relator Walton Alencar Rodrigues).
Acórdão n. 1731/2009 – Plenário
 registro de ocorrências

9.8. determinar à Superintendência Regional do Dnit no Estado


de Mato Grosso que:
(...)
9.8.3. exija dos fiscais a elaboração de diário de obras,
registrando tempestivamente as ocorrências relacionadas à
execução do contrato (materiais, equipamentos e mão-de-
obra utilizados, bem como a localização precisa dos serviços
executados etc.), em atenção ao § 1º do art. 67 da Lei nº
8.666/1993;
Acórdão n. 3641/2008 – 2ª Câmara
 fiscal do contrato e solidariedade pelo débito
9. Resta analisar a responsabilidade do fiscal do contrato [...]. Com base no
exame do conteúdo do laudo pericial [...], identifiquei a ocorrência de
conduta negligente do fiscal. A natureza das falhas de execução que
concorreram para o desabamento da estrutura metálica [...], notadamente
o erro básico assinalado pelo perito judicial relacionado à colocação da
maioria das terças fora dos nós da estrutura, permite inferir que
profissional qualificado [...], poderia identificá-las por meio do confronto
entre as plantas do projeto estrutural e o que foi efetivamente executado.
[...]
11. Assim, considerando que a negligência de fiscal da Administração na
fiscalização de obra atrai para si a responsabilidade por eventuais danos que
poderiam ser evitados, entendo que o Sr. [...] deve responder
solidariamente com a Construtora [...] pelo débito relacionado à má
execução da estrutura metálica e telhado do ginásio [...]. (Voto do
Ministro-Relator Ubiratan Aguiar)
Acórdão n. 767/2009 – Plenário
 fiscal do contrato e sujeição à multa
(Sumário)
1. É passível de multa responsável por fiscalização de obras que
não cumpra as atribuições previstas no parágrafo único do art.
67 da Lei 8.666/1993.
2. É formalidade essencial o registro de todas as ocorrências
pertinentes à execução da obra, mantendo os superiores
devidamente informados, pelo representante da Administração,
possibilitando o acompanhamento e fiscalização de todas as suas
etapas e impedindo o superdimensionamento dos quantitativos e
custos.
Acórdão 1885/2009 – Plenário
 designação do fiscal e moralidade

9.3. determinar à Superintendência Regional do INCRA


no Estado do Amapá que:
[...]
9.3.6. não designe parentes ou cônjuges de proprietários
ou sócios de entidades contratadas como responsáveis
pela fiscalização, gestão, ou qualquer função que envolva o
controle da execução do respectivo contrato;
Acórdão n. 140/2007 – Plenário
 designação do fiscal e segregação de funções
Não faz sentido que o órgão executor e fiscalizador sejam o
mesmo. Com fundamento no princípio da segregação de
funções, como garantia da independência da fiscalização, é
fundamental que o agente fiscalizador não seja ao mesmo
tempo executor. Mais ainda, é essencial que o agente que
fiscaliza detenha independência e não tenha compromissos ou
relações com o órgão executor. Atribuir a execução e
fiscalização a um mesmo agente seria ir contra todos esses
princípios. (trecho do Relatório. Ministro Marcos Vilaça)
Acórdão n. 319/2010 - Plenário
 responsabilidade solidária daquele que
designa o fiscal do contrato e não lhe dá os
meios necessários para o exercício das suas
atribuições
“As falhas detectadas no processo de seleção e contratação
das entidades, bem como as irregularidades verificadas na
execução dos contratos, apontam para quadro de descalabro
administrativo, o qual decorreu, em grande parte, da conduta
omissiva do então titular da Seter, que não forneceu a seus
subordinados os meios materiais e o treinamento necessário
ao fiel desempenho das atribuições daqueles servidores, nem
deu cumprimento às seguidas determinações exaradas pelo
Tribunal de Contas do Distrito Federal.” (Voto do Ministro-
Relator Walton Alencar Rodrigues).
Acórdão n. 839/2011 - Plenário
No Voto que conduziu o acórdão em epígrafe, chegou-se à conclusão
de que o fiscal do contrato não pode ser responsabilizado, caso
demonstrado nos autos que a responsável pela fiscalização do
contrato tinha condições precárias para realizar seu trabalho,
elidindo-se sua responsabilidade.

“em média, o executor técnico fica responsável pelo acompanhamento


de 10.000 treinados, o que equivale a, aproximadamente, 400 salas de
aulas funcionando simultaneamente em locais diversos, o que leva a
afirmar, sem exagero, que é humanamente impossível cumprir a
legislação com os mecanismos de controle atualmente existentes”

Há elementos nos autos que indicam não serem exequíveis as funções


de executor técnico haja vista ser perceptível a impossibilidade de uma
única pessoa cumprir todas as funções que lhe foram atribuídas,
considerando-se a magnitude dos contratos referentes ao Planfor.
Além das falhas de concepção do Planfor, faltaram treinamento e
acompanhamento dos próprios executores técnicos, bem como houve
o acúmulo de funções (trecho do Relatório do acórdão).
2. Subcontratação e Sub-rogação
 Tratamento legal
Lei n. 8.666/93
Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo
das responsabilidades contratuais e legais, poderá
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o
limite admitido, em cada caso, pela Administração.

 Somente é admitida a subcontratação parcial quando


prevista no edital e no contrato, estando neles estabelecidos
os limites admissíveis e sendo responsabilidade da
subcontratante o cumprimento integral do contrato.
Acórdão n. 265/2010 – Plenário
 Subcontratação e necessidade de previsão no edital e
no contrato

9.1. determinar à Caixa Econômica Federal - CEF


que:
[...]
9.1.5. disponha adequadamente sobre a possibilidade
de subcontratação no edital e no contrato, definindo
claramente seus parâmetros quando desejável, ou
vedando sua ocorrência quando indesejável, nos
termos dos arts. 72 e 78, inciso VI, da Lei nº 8.666/93;
Acórdão n. 1529/2006 – Plenário
 subcontratada e regularidade fiscal

» Determinação ao Dnit que inclua cláusula


estabelecendo que as empresas subcontratadas também
devem comprovar, perante a Autarquia, que estão em
situação regular fiscal e previdenciária (...).
Acórdão n. 554/2005 – Plenário
 vedação à Sub-rogação

9.3.5. não inclua, nos editais das licitações e nos


contratos celebrados, cláusulas prevendo:
9.3.5.1 a hipótese de sub-rogação da figura da
contratada ou a divisão das responsabilidades por ela
assumidas, ainda que de forma solidária, a exemplo da
sub-empreitada, uma vez que a partir da Decisão nº
420/2002 - Plenário, o TCU passou a considerar ilegal
e inconstitucional tal procedimento;
Acórdão n. 1561/2009 – Plenário
 subcontratação e contração direita
9.3. determinar ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba/TRE/PB que:
9.3.4. não permita a subcontratação do objeto ajustado, em qualquer
caso de contratação direta com base no art. 24, inciso XIII, da Lei n.
8.666/1993;

É dispensável a licitação (art. 24):


XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento
institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do
preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação
ético-profissional e não tenha fins lucrativos.
3. Recebimento do objeto
 Tratamento legal

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:


I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e
fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas
partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do
contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela
autoridade competente, mediante termo circunstanciado,
assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação,
ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos
contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;
 Tratamento legal
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
II - em se tratando de compras ou de locação de
equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da
conformidade do material com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade
do material e conseqüente aceitação.

Lei 4320/64
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.
Acórdão n. 1182/2004 – Plenário
 recebimento do objeto do contrato

9.3. determinar à Companhia de Eletricidade do Acre -


Eletroacre que:
9.3.1.14. [efetue] o recebimento, mediante termo
circunstanciado, de compras ou de prestações de serviços
de informática, conforme exigem os arts. 73 a 76, todos da
Lei 8.666/93, realizando criteriosa verificação da qualidade e
quantidade do material ou serviço e a conseqüente
aceitação; fazendo constar dos processos de pagamentos as
respectivas portarias designando empregado ou comissão
para proceder ao recebimento provisório ou definitivo das
aquisições de bens e serviços de informática;
Acórdão n. 1330/2008 – Plenário
 liquidação da despesa e pagamento
9.4. Determine à Secretaria da Receita Federal do Brasil que:
[...]
9.4.17. somente pague serviços prestados na totalidade, mediante
evidência documental da realização dos serviços contratados, de
acordo com a qualidade prevista no edital da licitação e após o efetivo
controle dos fiscais do contrato, conforme disposto no art. 3º da Lei nº
8.666/1993;
[...]
9.4.19. nos contratos de prestação de serviço, em que haja
disponibilização de mão-de-obra para o Ministério, exerça um controle
efetivo da freqüência e das horas trabalhadas, exija dos fiscais desses
contratos exames detalhados prévios ao atesto das informações
contidas nos controles de freqüência exercidos pelas empresas e
somente efetue os pagamentos dos períodos efetivamente trabalhados;
Acórdão n. 1121/2010 – Plenário
 pagamento antecipado e multa ao gestor
38. As questões tratadas no item 9.3.1 dizem respeito à assinatura do
termo de aceite em data anterior ao recebimento dos
equipamentos/componentes previstos no contrato firmado com a
empresa [contratada], (...), em desacordo com o estabelecido na alínea
"a" do inciso I do artigo 73 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, o
que permitiu o posterior pagamento antecipado ao fornecedor.
(...)
51. Dessa forma, ficou demonstrado que o responsável não observou
preceitos de ordem legal previstos na Lei nº 4.320, de 1964, que tratam
da liquidação das despesas públicas como condição para realização do
pagamento. E, assim, tenho como pertinente a proposta de aplicação de
multa ao responsável, nos termos consignados pela unidade instrutiva
(Voto do Ministro-Relator André Luis de Carvalho)
4. Fiscalização nos contratos de terceirização
 Tratamento legal
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução do contrato.
§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à
Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento,
nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante
o Registro de Imóveis.
§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com
o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da
execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991.
Enunciado da Súmula TST 331
(O STF julgou procedente a ADC n. 16, para declarar a
constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93)

(...)
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços
quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais
da prestadora de serviço como empregadora. A aludida
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas
as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação
laboral.
Acórdão n. 1009/2011 – Plenário
 condicionar pagamentos devidos à quitação de
crédito previdenciários e trabalhistas
9.4. determinar ao Ministério da Integração Nacional que , no prazo de
30 (trinta) dias, a contar da ciência desta deliberação, promova
alterações do Contrato nº 34/2009-MI, bem como inclua naquele que o
suceder, se for o caso, de forma a:
[...]
9.4.3. condicionar o pagamento dos serviços contratados à
apresentação de documento comprobatório do recolhimento mensal
do INSS e do FGTS a cargo da empresa contratada, gerado pelo SEFIP -
Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à
Previdência Social (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP; Guia de
Recolhimento do FGTS - GRF ou documento equivalente), de acordo
com a legislação e os padrões estabelecidos pela Previdência Social e
pela Caixa Econômica Federal;
Acórdão n. 1782/2010 - Plenário
9.6. determinar à Companhia Docas do Espírito Santo - Codesa que,
doravante:
[...]
9.6.2. realize a verificação, previamente à autorização de pagamento, da
regularidade da empresa contratada em relação ao recolhimento das
contribuições previdenciárias (INSS), bem como quanto ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, mesmo nos casos de
contratação por dispensa ou inexigibilidade de licitação, haja vista a
vedação constante do § 3º do art. 195 da Constituição Federal e do art.
2º da Lei nº 9.012/1995;
Acórdão n. 446/2011 – Plenário
 fiscalização no pagamento de créditos previdenciários
e trabalhistas
A omissão no dever de fiscalizar e acompanhar os contratos por
parte da contratada faz surgir a possibilidade de
responsabilização solidária da Administração pelos encargos
previdenciários resultantes da execução contratual, como
estabelece o §2º, do art. 7º, da Lei nº 8.666/93, bem como de
responsabilidade subsidiária atribuída à Administração quanto
aos encargos trabalhistas, no caso o FGTS, conforme
jurisprudência firmada no Tribunal Superior do Trabalho, por
meio da Súmula nº 331. (Voto do Ministro-Relator Ubiratan
Aguiar).
Acórdão n. 2254/2008 - Plenário
9.8. determinar à Prefeitura de Barbacena e ao Departamento
Municipal de Saúde Pública que:
9.8.4. fiscalizem os contratos de prestação de serviços, em
especial no que diz respeito à regularidade fiscal e à
obrigatoriedade de a contratada arcar com todas as despesas
decorrentes das obrigações trabalhistas relativas a seus
empregados, devendo constar, ainda, dos respectivos processos
de pagamento, os comprovantes de recolhimento dos
correspondentes encargos sociais (INSS e FGTS), de modo a
evitar a responsabilização subsidiária dos entes públicos;
Acórdão n. 3495/2010 – 1ª Câmara
 terceirização e desvio de função
O superintendente do Dnit permitiu que funcionárias de empresas
contratadas para supervisionar e gerenciar obras executassem atividades
administrativas da autarquia, contrariando o disposto no art. 117, inciso
XVII, da Lei 8.112/1990.
O ato é também irregular à luz da Lei 8.666/1993, porque impôs às
contratadas encargo diverso do avençado (art. 66). Descabida a alegação
de que o edital de licitação permitiria a alocação de secretárias da
contratada para prestar serviços à autarquia. Os profissionais indicados
no edital devem incumbir-se da execução do produto contratado, pelo
qual a empresa é remunerada, não se admitindo a abdução deles para o
Dnit.
A prática viola os princípios constitucionais da impessoalidade e da
moralidade, e revela a promiscuidade no relacionamento ente a
Superintendência e a contratada.
5. Rescisão do contrato administrativo
 Espécies (LLC, art. 79):

a) Rescisão unilateral ou admistrativa;


(LLC, art. 78, incisos I a XII e XVII)
- Inadimplemento contratual, lentidão, atraso,
paralisações, subcontração não autorizada,
interesse público, entre outros motivos.
b) Rescisão amigável;
(quando for conveniente para a Administração)
c) Rescisão Judicial.
Efeitos da rescisão unilateral (LLC, art. 80):

I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado


e local em que se encontrar, por ato próprio da
Administração;
II - ocupação e utilização do local, instalações,
equipamentos, material e pessoal empregados na execução
do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do
inciso V do art. 58 desta Lei;
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento
da Administração, e dos valores das multas e indenizações a
ela devidos;
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o
limite dos prejuízos causados à Administração.
Súmula TCU 205

É inadmissível, em princípio, a inclusão, nos contratos


administrativos, de cláusula que preveja, para o Poder
Público, multa ou indenização, em caso de rescisão.
Acórdão n. 265/2010 – Plenário
9.1. determinar à Caixa Econômica Federal - CEF que:
[...]
9.1.10. descreva objetivamente, em cláusula da minuta
contratual, os motivos que ensejarão a rescisão do
contrato, de forma a evitar descrições genéricas
(e.g., descumprimento parcial das obrigações e
responsabilidades), em atenção ao disposto no art. 55,
incisos VIII e IX, da Lei nº 8.666/93, e aos princípios da
prudência, proporcionalidade e razoabilidade (item 3.72);
Acórdão n. 1679/2008 - Plenário
9.1. determinar ao Instituto Nacional de Pesquisa
Tecnológica em São José dos Santos [Campos] - INPE que:
(...)
9.1.2.3. exija da contratada a comprovação do recolhimento
das obrigações sociais e trabalhistas, conforme prevê o
artigo 34 da IN MPOG nº 2, de 2008, informando-lhe que o
descumprimento total ou parcial das responsabilidades
assumidas, sobretudo quanto às obrigações de encargos
sociais e trabalhistas, ensejará a aplicação de sanções
administrativas, previstas no instrumento convocatório e na
legislação vigente, podendo culminar em rescisão
contratual, conforme disposto nos artigos 77 e 87 da Lei
nº 8.666, de 21 de junho de 1993;
Acórdão n. 1679/2008 - Plenário

9.2. determinar à Diretoria Geral do Departamento Nacional


de Infraestrutura de Transportes - DNIT que:
[...]
9.2.3. envide esforços com vistas a evitar atrasos
superiores a noventa dias nos pagamentos das medições de
serviços de conservação e manutenção de estradas, nos
casos em que a etapa da liquidação das despesas
correspondentes estiver regularmente cumprida, dado que
isso pode ensejar a rescisão unilateral dos contratos por
parte das empresas, ocasionando o agravamento das
condições das rodovias federais;
Acórdão 634/2007 – Plenário
“CONSULTA. POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO SUBJETIVA DE
CONTRATO CUJA CONTRATADA PASSOU POR CISÃO,
INCORPORAÇÃO OU FUSÃO. DESNECESSIDADE DE PREVISÃO
EM EDITAL, MANTIDAS AS DEMAIS CONDIÇÕES PREVISTAS NO
ACÓRDÃO 1.108/2003-PLENÁRIO. CONHECIMENTO. RESPOSTA
AFIRMATIVA. COMUNICAÇÃO. ARQUIVAMENTO.

(...) se não há expressa regulamentação no edital e no termo de


contrato dispondo de modo diferente, é possível, para atendimento
ao interesse público, manter vigentes contratos cujas contratadas
tenham passado por processo de cisão, incorporação ou fusão, ou
celebrar contrato com licitante que tenha passado pelo mesmo
processo, desde que: (1) sejam observados pela nova pessoa jurídica
todos os requisitos de habilitação exigidos na licitação original; (2)
sejam mantidas as demais cláusulas e condições do contrato; (3) não
haja prejuízo à execução do objeto pactuado; e (4) haja a anuência
expressa da Administração à continuidade do contrato.
Acórdão n. 1317/2006 – Plenário
9.4. determinar à Companhia Brasileira de Trens Urbanos -
CBTU que:
(...)
9.4.6. nos casos de rescisão contratual, assegure ao contratado
o contraditório e a ampla defesa, em cumprimento ao
inciso LV do art. 5º da CF e ao parágrafo único do art. 78 da
Lei nº 8.666/93;
6. Penalidades (Lei 8666/93)
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao
contratado as seguintes sanções:

I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no
contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e
impedimento de contratar com a Administração, por prazo não
superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação
perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será
concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração
pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção
aplicada com base no inciso anterior.
Penalidades – pregão (Lei 10.520/2002)
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua
proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou
apresentar documentação falsa exigida para o certame,
ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não
mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do
contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude
fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União,
Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será
descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento
de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta
Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das
multas previstas em edital e no contrato e das demais
cominações legais.
Acórdão n. 265/2010 - Plenário
9.1. determinar à Caixa Econômica Federal - CEF que:
(...)
9.1.9. descreva objetiva e exaustivamente, em
cláusula da minuta contratual, os motivos que
ensejarão a aplicação de cada um dos tipos de
penalidade administrativa previsto, evitando-se
descrições genéricas (e.g., descumprimento parcial de
obrigação contratual), em atenção ao disposto no art.
55, incisos VII e IX, da Lei nº 8.666/93, e aos princípios
da proporcionalidade e da razoabilidade;
Acórdão n. 1597/2010 – Plenário

9.2. determinar ao Ministério do Esporte [...] que, nas futuras


contratações de serviços de tecnologia da informação:
[...]
9.2.9. em atenção ao art. 55, incisos VII,VIII e IX, da Lei
8.666/1993, preveja, tanto no edital quanto no respectivo
contrato, situações claras de aplicação das penalidades,
estabelecendo gradações entre as sanções de acordo com o
potencial de lesão que poderá advir de cada conduta a ser
penalizada [...] .
Acórdão n. 597/2008 - Plenário
9.1. sugerir ao Senado Federal, caso deseje publicar o Edital de
Concorrência das Obras de Construção do Prédio Anexo III,
que:
9.1.21. reformule os Parágrafos Quinto e Sexto da Cláusula
Décima Segunda da minuta de contrato, estabelecendo
prioritariamente, nos casos de atraso injustificado na execução
do contrato, desconto da respectiva multa da garantia do
contratado e, caso seja esta insuficiente, desconto dos
pagamentos eventualmente devidos pela Administração,
de modo a ajustar os referidos dispositivos aos ditames do Art.
86 da Lei nº 8.666/93;
Efeitos “ex-tunc” da declaração de
inidoneidade (STJ)
A declaração de inidoneidade só produz efeitos para o futuro (ex
nunc). Ela não interfere nos contratos preexistentes e em
andamento. Dessa forma, esse efeito da sanção inibe a sociedade
empresarial de licitar ou contratar com a Administração Pública (art.
87 da Lei n. 8.666/1993), sem, contudo, acarretar, automaticamente, a
rescisão de contratos administrativos já aperfeiçoados juridicamente
e em curso de execução, notadamente os celebrados diante de
órgãos administrativos não vinculados à autoridade coatora ou de
outros entes da Federação. Contudo, a falta de efeito rescisório
automático não inibe a Administração de promover medidas
administrativas específicas tendentes a rescindir os contratos nos
casos autorizados, observadas as formalidades contidas nos arts. de
77 a 80 da referida lei. Precedente citado: MS 13.101-DF, DJe
9/12/2008. MS 14.002-DF, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em
28/10/2009.
Alcance da penalidades suspensão temporária
e declaração de inidoneidade.
Segundo a jurisprudência do TCU, a suspensão
temporária restringe-se à entidade ou órgão que a
aplicou, enquanto a declaração de inidoneidade
atingiria a Administração como um todo, nos termos do
art. 6º, incisos XI e XII, da Lei das Licitações (Acórdão
1539/2010 – Plenário, Acórdão nº 1727/2006 - 1ª
Câmara e Acórdão nº 3858/2009 - 2ª Câmara).
Julgado da Primeira Câmara do TCU contrário
a sua jurisprudência.
(mudança de posicionamento ?)
No julgamento do TC-025.430/2009-5, na Sessão de
12.04.2011, a Primeira Câmara do TCU modificou a
orientação até então pacificada na Corte de Contas sobre
o assunto, entendendo, na linha do Superior Tribunal
de Justiça, que seria irrelevante a distinção entre os
termos Administração Pública e Administração, uma vez
que tanto a sanção de declaração de inidoneidade quanto a
de suspensão temporária inabilitariam o sujeito para
participar de licitação e contratar com qualquer órgão da
Administração Pública (Acórdão n.º 2218/2011-1ª
Câmara).
Superior Tribunal de Justiça
"É irrelevante a distinção entre os termos Administração Pública e
Administração, por isso que ambas as figuras (suspensão
temporária de participar em licitação (inc. III) e declaração de
inidoneidade (inc. IV) acarretam ao licitante a não-
participação em licitações e contratações futuras.
A Administração Pública é una, sendo descentralizadas as
suas funções, para melhor atender ao bem comum.
A limitação dos efeitos da 'suspensão de participação de licitação'
não pode ficar restrita a um órgão do poder público, pois os
efeitos do desvio de conduta que inabilita o sujeito para contratar
com a Administração se estendem a qualquer órgão da
Administração Pública"
(REsp 151.567 / RJ, Relator: Ministro Peçanha Martins).

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