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Curso de licenciatura em Química

Formação Integrada na Educação Básica e Tecnológica

4º período

Prof. Rodrigo de Freitas Amorim

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O que a palavra
trabalho significa?
UM PASSEIO LINGUÍSTICO SEMÂNTICO
SOBRE O SIGNIFICADO DE TRABALHO

• Grego = “fabricação” e “esforço”; “pena” e “fadiga”;


• Latim = “labor (laborare)” e “obra (operare)”;
• Francês = “trabalho (travailler)” e “tarefa (tâche)”;
• Italiano = “lavorare” e “operare”;
• Espanhol = “trabajar” e “obrar”;
• Inglês = “labour” e “work”;
• Alemão = “arbeit (vem de arvum = terreno arável)” que
significa esforço e cansaço, e “werk” = trabalho criativo;
• Português = “labor” e “trabalho”.

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Parece existir uma tensão

TRABALHO = obra
TRABALHO =
ou fabricação de
esforço rotineiro e
cotidiano com
aspectos de enfado e
cansaço.
X algo que
proporciona o
prazer e a satisfação
humana.

No meio desta tensão temos variados


significados…

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“O artesão trabalhou durante toda a semana para terminar seu
trabalho.”
[esforço aplicado à produção de utilidades ou obras de arte]

“No trabalho de hoje a assembleia legislativa decidiu…”


[conjunto de discussões e deliberações]

“O secretário do fisco: ‘tenho que terminar um trabalho importante


para a arrecadação dos impostos.”
[serviço de uma repartição burocrática]

“O professor passou vários trabalhos para os alunos.”


[deveres escolares]

“A mulher entrou em trabalho de parto…”


[processo de nascimento da criança]

“A última enchente deu muito trabalho.”


[dificuldade e incômodo]
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O tripalium

O tripalium era inicialmente No latim, a palavra


um instrumento, uma designava um instrumento
ferramenta utilizada por de tortura. Talvez, daí,
camponeses para desfiar o advenha o significado
trigo, o milho e outras negativo da palavra
culturas. trabalho.
O verbo tripaliare, da
mesma raiz de tripalium,
significa “torturar”.
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Dicionário filosófico
• “[…] o homem trabalha quando põe em atividade suas
forças espirituais ou corporais, tendo em mira um fim
sério que deve ser realizado ou alcançado.”
(ALBORNOZ, 1994, p. 11)
• Surge a distinção entre trabalho intelectual e trabalho
corporal ou manual;
• Não é uma distinção simples, pois o trabalho intelectual
exige o gasto de energias físicas, bem como o trabalho
corporal requer a inteligência de quem o executa.
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“O trabalho do homem aparece cada vez mais nítido
quanto mais clara for a intenção e a direção do seu
esforço. Trabalho neste sentido possui o significado ativo
de um esforço afirmado e desejado, para a realização de
objetivos; onde até mesmo o objetivo realizado, a obra,
passa a ser chamado trabalho. Trabalho é o esforço e
também o seu resultado: a construção enquanto processo
e ação, e o edifício pronto.”
(ALBORNOZ, 1998, p. 11-12)

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Homens e animais trabalham?
SIM
Qual a diferença?
INTENCIONALIDADE

LIBERDADE

CRIAÇÃO DE CULTURA
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Conclusão
No cotidiano pode-se não dar muita importância para o
sentido do trabalho, mas nas ciências sim, pois cada área
do saber utilizará esta palavra de forma bem definida.

Por exemplo:

• Na física, trabalho é o produto entre força e deslocamento que um


corpo em movimento realiza no tempo.
• Na fisiologia, trabalho traduz a ação de um músculo.
• Na sociologia, o trabalho reflete sua divisão social na sociedade
capitalista.

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Discussão

Qual a importância de compreendermos o trabalho


numa dimensão mais ampla?

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O QUE O TRABALHO TEM SIDO
Trabalho primitivo

o Esforço complementar ao da natureza;


o Extrativista;
o Sem excedente;
o Próprio para subsistência;
o Nomadismo.

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Trabalho agrícola
- A agricultura permitiu a fixação das
pessoas em determinados locais;
- Possibilitou a criação de rebanhos
e a construção de moradias fixas;
- Permitiu o desenvolvimento de
instrumentos de trabalho mais
sofisticados;
- As mulheres podem ter sido
responsáveis por tal evolução, pois
em muitas culturas elas é que são
responsáveis pelo cultivo da terra;
- Colaborou com o desenvolvimento
do trabalho pastoril ;

Evolução da sociedade nômade para pastoril e agrícola.

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Mudanças nas atividades de trabalho

Organização social da aldeia => primórdio das cidades


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Estabelecimento de comunidades em faixas de terras

Noção de propriedade e excedente


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• O trabalho trouxe a noção de propriedade. Por exemplo:
se o trabalho produz o alimento que sustenta a família, por
meio do cultivo da terra habitada, então, a terra e tudo o
que ela produz por meio do trabalho, é propriedade de
quem trabalha;
• A sobra ou excedente do trabalho pode ser trocada com
o vizinho, mas se o vizinho possui uma família maior e
ocupa maiores terras, então, suas sobras serão maiores,
gerando uma desigualdade;
• O que possui as maiores sobras passa a ter o poder de
trocar com mais vizinhos e, assim, termina por impor-se
como “senhor” dos demais;
• A propriedade que antes tinha o sentido de proporcionar a
sobrevivência material do homem passa a ter o sentido de
dominação de uns sobre outros.
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O excedente e o comércio
• Na Antiguidade  os fenícios praticavam o
comércio;
• Já existia a moeda como forma de troca;
• Na Idade Média  conflitos e retrocessos
políticos, porém avanço da economia;
• O excedente propicia o comércio e a terra vai aos
poucos deixando de significar a riqueza;
• O comércio se desenvolve em pequenas cidades
(burgos) e seus mercadores vão se constituindo
como uma nova classe – a burguesia.
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Do trabalho agrícola ao feudal
• Do excedente e da propriedade da terra surgem as
riquezas e o comércio mediado por uma moeda;
• Senhores feudais, feudos, burgos, vassalos e escravos;
• Idade Média = feudalismo.

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Estrutura social - feudalismo

Obs.: Em relação ao trabalho, apresentava dois grandes grupos:


dos que não trabalhavam (Rei, nobreza e o clero) e dos que
trabalhavam (camponeses).

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Comercialização do
excedente

Surgimento dos burgos

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• Burguês = comerciante da época;
• Burguesia = classe social em ascensão no
período de declínio do feudalismo;
• Desenvolvimento do mercado e da
valorização da moeda;
• A riqueza já não estará mais relacionada à
propriedade da terra, mas à propriedade do
dinheiro;
• Surgimento dos centros urbanos;
• Com tempo ocioso há o fortalecimento das
Artes e das Ciências.
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Do trabalho no contexto do capitalismo
o Da aplicação da Ciência na prática produtiva por meio
de novas tecnologias surge a Revolução Industrial;

o Início da Idade Moderna (XVII-XVIII);

o Consolidação do capitalismo enquanto modo de


produção econômica;

o Estágios de desenvolvimento da tecnologia:


• Invenção da máquina a vapor (XVIII);
• Uso da eletricidade (XIX);
• Automação (XX);
• Tecnologias de informação e comunicação (XX-XXI);

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Paradoxos
• A tecnologia que poderia aliviar o trabalho
humano e disponibilizar maior tempo para
atividades prazerosas, produz a guerra e as
bombas de destruição em massa;
• O ócio é privilégio de poucos...
• O trabalho alienado:
• O produto é alienado ao produtor;
• O trabalho é transformado em mercadoria;
• O trabalho é visto como labor, esforço e cansaço.

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Para reflexão
1) Diante dos paradoxos que assumiu o trabalho no
contexto da sociedade capitalista, qual seria o papel da
educação? Formar os trabalhadores para manutenção do
sistema exploratório do homem e da natureza? Ou
conscientizar o ser humano mostrando-lhe as contradições
de suas próprias ações?

2) Leia e comente: “O indivíduo moderno encontra


dificuldade em dar sentido à sua vida se não for pelo
trabalho.” (ALBORNOZ, 1998, p.24)

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O QUE O TRABALHO ESTÁ SENDO

• O que é o trabalho, hoje?


• Nas sociedades primitivas => trabalho
significou subsistência;
• Nas sociedades agrícolas e pastoris =>
trabalho significou subsistência + propriedade +
excedente;
• Na sociedade feudal => trabalho significou
subsistência + propriedade + excedente +
comércio + burguesia.

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O que é o trabalho na
sociedade capitalista?
SOBREVIVÊNCIA DIVISÃO SOCIAL
DO TRABALHO
PROPRIEDADE
PRODUÇÃO EM
SÉRIE
EXPLORAÇÃO DO
EXCEDENTE
TRABALHADOR
ENRIQUECIMENTO
DOS QUE NÃO
COMÉRCIO TRABALHAM ESFORÇO,
CANSEIRA E
MAIS VALIA SOFRIMENTO
BURGUESIA

ALIENADO!
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Fenômenos da sociedade
moderna e o trabalho
• O processo moderno de industrialização está
intimamente relacionado com as formas de exploração
do trabalho e sua divisão social;
• O mundo industrial dita as normas para a organização
social do trabalho;
• A expansão do capitalismo através do processo de
industrialização das economias emergentes (Terceiro
Mundo) é uma necessidade vital para sua subsistência e
manutenção;
• Alguns fenômenos podem ser relacionados com esta
expansão do capital (ora como causa ou consequência).

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Crescimento demográfico e
urbanização
• Do sec. XIX para cá a população cresceu
exponencialmente:
o No início do século já éramos 1 bilhão;
o Nos anos de 1936 éramos 2 bilhões;
o Nos anos de 1960 chegamos à casa de 3 bilhões;
o Atualmente, mais que dobramos este NÚMERO. Somos 7 bilhões;
o Em 2025, seremos 8 bilhões;
o E, em 2050, seremos 9,5 bilhões.

• Questões: continuaremos trabalhando alienadamente


explorando nossos recursos naturais e degradando o meio ambiente
sem limites? Explorando nossos semelhantes em nome de uma
indústria do capital?

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• O crescimento populacional aliado ao desenvolvimento
da industrialização gerou um processo de urbanização
acelerado e insustentável;
• O êxodo rural para os grandes centros urbanos se deve
ao fato de a indústria ter alcançado o campo. (Ver artigo
ANZILADO, Julciane Inês. A influência do capitalismo na produção camponesa de
alimentos. Revista Fasem Ciências, Vol.2, n.2, jul.-dez./2012, p.17-23);

• “A corrida para as cidades se explica em parte pela


natureza do trabalho industrial.” (p. 26-27);
• Em busca do estilo de vida da cidade e das facilidades
prometidas pelo desenvolvimento, acontece a explosão
demográfica nas cidades;
• Países desenvolvidos já apresentam diminuição da
população, porém nos países em desenvolvimento esta
curva ascendente continua crescendo.
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UM POUCO DE ARTE PARA NOSSA
REFLEXÃO

(“Os retirantes” de Cândido Portinari, 1944)

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Industrialização x urbanização
• Nos países centrais do capitalismo (Europa, EUA) o
processo de industrialização ocorreu ao mesmo tempo
ou antes da urbanização = IMPACTOS minimizados;
• Em países menos industrializados (Alemanha e Itália) o
problema do crescimento da população sem trabalho na
indústria foi resolvido com a imigração para outros
países, como o Brasil;
• Na América Latina, a industrialização já chega tarde,
com grande crescimento desordenado das cidades,
seus recursos naturais explorados enquanto colônias e,
sem, o recurso da emigração;
• Nesse contexto é que o “Terceiro Mundo” adentra a
revolução tecnológica (automação e TICs).
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Consequências
Enquanto para alguns, a industrialização significou a
entrada no mundo moderno, do conforto, da garantia
de maior acesso aos bens materiais e culturais, à
grande maioria das populações ela vem significando…

POBREZA ESCOLA PRECÁRIA

FALTA DE SANEAMENTO FALTA DE SAÚDE


VIOLÊNCIA MISÉRIA

DESIGUALDADE TRABALHO CADA


SOCIAL E VEZ MAIS
ECONÔMICA FRAGMENTADOO
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Separação entre o lugar de trabalho do
lugar de moradia
• Um novo fenômeno produzido pela modernidade e pelo
trabalho coletivizado e fragmentado (indústria/produção em
série);
• ARTESÃO = trabalho no local de moradia;
• PROLETARIADO = descolamento do local de moradia para o
local de trabalho;
• Consequências:
o Problemas de locomoção (intensificação do tráfego de veículos);
o Problemas com a inserção da mulher no mercado de trabalho;
o Problemas com a criação das crianças, historicamente legada às
mulheres.
• Questões: Com surgimento das TICs, seria possível
imaginarmos um mundo de volta pra casa? O problema da
delinquência infanto-juvenil não estaria relacionado ao
abandono de nossas crianças?
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A complexidade da divisão social do
trabalho
• [1ª alienação] Na fábrica, o trabalho é dividido e
subdividido em etapas que roubam do trabalhador a
percepção de sua totalidade – atividade mecânica
abstrata; especialização abstrata do trabalho;
• [2ª alienação] Trabalho alienado = “[…] o produtor
não detém, não possui nem domina os meios de
produção.” O produtor está separado do produto;
• [3ª alienação] No trabalho industrial há uma
separação do produtor com o consumidor –
produção em série (despersonalização da
produção).

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“A alienação objetiva do homem do produto e do
processo de seu trabalho é uma consequência da
organização legal do capitalismo moderno e desta
divisão social do trabalho.”
(ALBORNOZ, 1998, p.35-36)

Divisão social do trabalho Homem máquina

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O trabalho alienado
• É uma autoalienação;
• A força de trabalho do trabalhador se transforma em
mercadoria / produto;
• Esta mercadoria é vendida em troca de um salário;
• O trabalhador desconhece o seu produto;
• O capitalista se aliena também em relação ao trabalho e
ao produto;
• Por ser detentor do capital, o capitalista legitima a
propriedade privada (proprietário do capital, dos meios
de produção e do produto da produção do trabalhador);
• Há, também, a alienação da técnica de trabalho (p.37);
• Perca do aspecto lúdico do trabalho.
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TRABALHO ALIENADO

O que você acha disso?


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“O trabalho hoje é uma espécie de negativo daquele
artesanal, ou o seu oposto. No mundo industrial falta o
vínculo entre o trabalho e o resto da vida. Para agir
livremente deixa-se o tempo que sobra do trabalho. Assim
se separa totalmente trabalho de lazer, de prazer, de
cultura, de renovação das forças anímicas, que deverão
ser buscadas no tempo que sobrar do trabalho.”
(ALBORNOZ, 1998, p.39-40)

Trabalho e cansaço
Trabalho e punição

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“Chegamos assim a uma das características mais
decisivas do mundo do trabalho em que vivemos,
e que é a sua submissão ao capital, aos
interesses dos capitalistas e dos proprietários.
Este é um ponto chave nas determinações do
trabalho neste sistema. A força de trabalho é dada
como uma mercadoria.”
(ALBORNOZ, 1998, p.40, grifo nosso)

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O estilo de vida próprio da
sociedade capitalista
• Trabalho = cansaço;
• Hobby = prazer;
• O trabalhador trabalha para comprar seu tempo livre;
• O trabalho é vendido como mercadoria;
• O valor pago por esta mercadoria é sempre inferior ao
valor do produto produzido criando-se mais valia;
• Estabelece-se uma tensão entre classes (dominantes x
dominados);
• Acirram-se conflitos para equilibrar CAPITAL e
TRABALHO;

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GOVERNO
(Sociedade)

CONFLITO
CAPITAL E
TRABALHO

SINDICATOS CAPITAL
(Trabalhadores) (Proprietários dos
meios de produção)
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Enfim…
• O Estado às vezes si confunde com os interesses
capitalistas, ficando os trabalhadores sozinhos na luta
por sua dignidade;
• Há uma diminuição da esfera pública com o
fortalecimento das iniciativas privadas;
• Ex.: o processo de privatização das políticas neoliberais
são a consolidação do domínio do capital sobre o
trabalho;
• O trabalho se transforma em puro labor;
• Perca do trabalho como princípio educativo;
• E a participação política da sociedade é enfraquecida
contribuindo para o fortalecimento do capital e sua
exploração.
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Reflexão
• Qual é o sentido do trabalho na era da sociedade
industrial? E pós-industrial?
• Trabalhar pra quê? Por quê?
• Se o trabalho é princípio criador da cultura, da história,
das relações sociais e do próprio desenvolvimento da
humanidade, como negar sua existência e seu sentido
mais profundo e amplo, sem comprometer a
organização social da humanidade e o produto de suas
atividades?

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DO QUE SE TEM PENSADO
SOBRE O TRABALHO

• Três correntes principais serão tomadas


para análise:
• As concepções…
o Grega-romana;
o Judaico-cristã;
o Renascentista.

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Para os gregos…
• O trabalho na terra:
o Atividade de prestígio comparada às atividades do
guerreiro;
o No período helenístico é que passa a ser realizado
por escravos;
o Significava contato com a divindade (proximidade);
o Ex.: Ceres = deusa da fertilidade;
o A terra deveria ser explorada em consonância com a
benção dos deuses.

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• O trabalho do artesão:
o Havia certa divisão do trabalho para melhorar a
qualidade e não a produtividade;
o Capacidades e dons variados possibilitavam esta
combinação;
o É submetido à vontade do usuário que determina o
trabalho final;
o Neste sentido, o artesão não é nem escravo nem
livre;
o A causa final é superior (causa motriz, material e
formal);
o O artesão é mero instrumento de (re)produção do
desejo do usuário.

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Praxis versus Poiesis

• Praxis = “[…] atividade dos cidadãos para resolverem os


assuntos comuns da cidade, na qual não há produto material
visível […]” (p.46);
• Poiesis = “[…] a operação da fabricação, a atividade do
artífice, onde o ato se realiza num objeto produzido.” (p.47);

“O homem ali só age realmente, e livremente, quando utiliza as


coisas, e não quando as fabrica. O ideal do homem livre, do
homem ativo, aparece na Grécia como sendo antes o do usuário
que o do produtor. O problema da ação é o do bom uso das
coisas, e não o de sua transformação pelo trabalho.”
(ALBORNOZ, 1998, p. 47)

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• O trabalho do cidadão:
o É a praxis -> moral e ética;
o O espaço da polis é o local onde se efetivava esta praxis por
meio do logos;
o O logos é a palavra, o discurso usado como instrumento de
construção da democracia grega;
o Há diferença entre o domus (local doméstico) e a polis
(cidade);
o No domus o cidadão livre impera em leis ou normas, sendo ele
próprio a regra;
o Na polis o cidadão livre atua de acordo com as normas
nacionais;
o O trabalho do cidadão livre é o trabalho de discutir os seus
negócios, formando uma sociedade pela via do discurso, do
argumento, do acordo entre seus iguais.

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Resumindo a visão grega
• Toda produção material tem valor secundário;
• A atividade contemplativa e reflexiva do filósofo e do político é
que constitui o homem livre, portanto, esta seria a atividade
primária;
• Há uma ruptura entre trabalho manual e servil com o trabalho
intelectual e contemplativo:
• Labor = trabalho escravo para sobrevivência;
• Poiesis = trabalho criativo e instrumental de valor mediano,
pois não torna o homem livre mas também não lhe faz
escravo;
• Práxis = trabalho do homem livre, intelectual e contemplativo,
livre pois não é refém da necessidade e nem é produtor de
algo para um usuário; tem fim em si mesmo.

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Algumas implicações…
Discuta com seus colegas!
• Para Hannah Arendt (apud ALBORNOZ, 1998,
p. 47), estaríamos hoje vivendo um “laborização
do mundo”, em que o trabalho se resume a
labor pela sobrevivência?

• Não há mais o espaço da praxis na sociedade


contemporânea, pelo fato da democracia
representativa legar aos eleitos esse fenômeno.

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Para pensar e discutir…

A concepção grega sobre o trabalho está


presente em nossa sociedade?
De que modo?
Dê exemplos.

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Visão judaico-cristã
• O trabalho se tornou uma labuta penosa em
consequência do pecado original;
• Adão é condenado a ganhar seu sustento com o suor de
seu rosto e Eva é condenada às dores de parto;
• Trabalho é punição para o pecado e assume também a
forma de meio da caridade, afastar os maus
pensamentos advindos da preguiça e da ociosidade;
• Nos tempos de Agostinho (sec. IV), o trabalho é
obrigação para o monge porém alternado com orações;
• Para os Padres da Igreja (sec. III-V), o trabalho de
contemplação é superior ao trabalho intelectual de ler ou
copiar.

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• Nas seitas heréticas (sec. XI – XIV), exigia-se o
trabalho mas não como um fim em si mesmo; era uma
forma de penitência contra o orgulho da carne;
• Para o Catolicismo o trabalho é dignificante, pois deve
ser praticado em louvor ao Criador enquanto afasta o
pecador do pecado, mas é inferior à contemplação;
• “Ainda se poderia imaginar um santo preguiçoso; com
certeza, nenhum santo pode ser avesso à oração.” (p.
52-3)
• Com a Reforma Protestante, o trabalho sofre variações
em seu significado;
• O aspecto de punição vai dando lugar ao aspecto de
glorificação (visão negativa cede para a positiva);

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• O ócio é visto como algo pecaminoso, portanto
o trabalho é um modo de servir a Deus;
• O trabalho assume uma dimensão espiritual =
vocação;
• Max Weber, no livro “A ética protestante e o
espírito do capitalismo”, defende a tese de
que a concepção de trabalho do protestantismo
foi fundamental para a sustentação e o
desenvolvimento do capitalismo;
• Não é de se estranhar que a maioria dos
grandes capitalistas ingleses do período pós-
revolução industrial tenham sido protestantes.

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ÉTICA ESPÍRITO DO
PROTESTANTE CAPITALISMO
• O trabalho se torna central
• O trabalho é meio de
na sociedade;
louvor a Deus;
• Sua divisão social é
• O trabalhador encara a
necessária para maior
profissão como uma
produtividade;
vocação divina;
• O excedente do trabalho é
• O ócio e os prazeres
transformado em lucro
carnais são reprimidos;
para o capitalista;
• A riqueza não deve ser
• O trabalhador vende sua
gasta com os prazeres
força de trabalho julgando
desta vida;
glorificar a Deus;
• Seu acúmulo é aplicado
• Abre-se as possibilidades
em poupança e mais
para o livre comércio e a
trabalho;
livre concorrência;
• Defesa do livre exame
• E, para o acúmulo de
das Escrituras.
riquezas.

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“Segundo Weber, é nesta avaliação religiosa do labor no
mundo – como instrumento de purificação e meio de
salvação – que reside a mais poderosa alavanca do que
ele chama de espírito do capitalismo, mas pode ser
traduzido por economia capitalista.”
(ALBORNOZ, 1998, p. 56)

“Dizer que agrada a Deus ser constante e submisso a uma


profissão e a um papel social parece dar justificativa ética
para a moderna divisão social do trabalho do capitalismo;
assim como dizer que a providência divina provê as
chances de lucro e enriquecimento parece dar uma
justificativa ética para os homens de negócio.”
(ALBORNOZ, 1998, p. 58)

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Para a Renascença
• RENASCENÇA = período histórico do final da Idade
Média (XV) e início da Idade Moderna (XVII) marcado
pelo renascimento das artes e da filosofia da
antiguidade, concomitantemente às transformações no
mundo da Ciência, da religião, da cultura, da política e
da sociedade em geral. Mudança de cosmovisão – do
teocentrismo para o antropocentrismo;
• O conceito de trabalho mistura as concepções greco-
romanas às cristãs;
• O trabalho é concebido como estímulo para o
desenvolvimento humano, sendo expressão de sua
personalidade;
• O homem passa a perceber-se como “criador” através
do seu trabalho (antropocentrismo).
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Arte renascentista…

Cada vez mais o humano é


retratado pela arte como centro
da existência.
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A escola de Atenas por Rafael Sanzio (1511)

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O nascimento de Vênus por Botticelli (1485)

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• Valoriza-se a técnica artesanal – manual e mental –,
pois o trabalho é visto como algo em si mesmo;
“As razões para trabalhar estão no próprio trabalho e
não fora dele ou em qualquer de suas consequências.
A satisfação do trabalho não decorre da renda, nem
da salvação, sequer do status ou do poder sobre
outras pessoas, mas do processo técnico inerente.”
(ALBORNOZ, 1998, p.59)

• A mudança da consciência filosófica da atividade


produtiva na Renascença provoca mudanças nas
concepções de trabalho:
o Homem criador / maior valorização do trabalho manual /
matéria vista sob o olhar da ciência e não mais das
tradições religiosas (a matéria não é má) / o trabalho é
condição de liberdade.
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• O expressivo avanço do trabalho aliado à ciência e às
novas técnicas de produção (XVI e XVII), levam o
homem a uma crença positiva de seus feitos;
• Defensores deste positivismo: os enciclopedistas –
iluministas (XVIII). Ex.: Diderot, D’Alambert, Volteire;
• A crítica de Rosseau: as transformações elogiadas pelos
iluministas não trouxeram os benefícios necessários,
pois o homem em si não fora transformado. Denunciava
a degradação moral do homem;
• Adam Smith e David Ricardo (XVIII), economistas
ingleses, exaltam as atividades materiais produtivas da
sociedade burguesa (o trabalho é utilidade exterior);
• O trabalho é visto como fonte de valor econômico e
riqueza social.

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A visão marxicista
• Nova concepção de praxis, vista mais como a poiesis
grega, no sentido de “atividade produtiva, fabricação”;
• Influências recebidas por Marx – idealismo alemão
(Hegel), economia inglesa e socialistas franceses;
• Para Hegel, o trabalho é processo de transformação;
o a produção do objeto é autoprodução do homem;
o o homem é um ser coletivo e na coletividade é que a
consciência de si nasce da consciência do outro;
o na relação senhor e escravo, o senhor impõe sua consciência
exigindo o reconhecimento e o escravo reconhece para evitar a
morte;
o mas, no trabalho, o escravo se liberta e se vê homem livre nas
coisas que produz, enquanto seu senhor fica privado desta
liberdade;
o porém, Hegel ignora a alienação do trabalhador na economia
moderna…
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• Para os utopistas, como Fourier (XIX), o
trabalho é penoso na sociedade desigual da
indústria, mas num mundo harmonioso é
atividade de prazer:
o Vê o trabalho do campo como atraente e prazeroso;
o Seu projeto de reforma social era o falanstério – “pequena
unidade social abrangendo de 1.200 a 5.000 pessoas vivendo
em comunidade.” (ARANHA; MARTINS, 1994, p. 238);
o Sua utopia era reformista e não revolucionária.
• Outros utopistas surgiram no séc. XIX em
reação à exploração social do trabalhador e do
ser humano que o liberalismo econômico
provocara em meio às promessas de “liberdade,
igualdade e fraternidade”.
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• Para Marx:
o O trabalho é a essência do ser humano;
o As condições materiais determinam sua atividade produtiva,
influindo na construção de sua natureza humana;
o O trabalho é o fator mediador entre HOMEM e NATUREZA;
o Portanto, ao transformar a natureza o homem se transforma a si
mesmo;
o O homem é visto como parte constituinte da natureza. Ao atuar
sobre ela, estaria atuando sobre ele mesmo. Ao modificá-la, está
modificando-se a si próprio;
o O trabalho é atividade essencialmente humana, distinguindo o
homem dos animais;
o A capacidade de pensar e planejar sua criação, obra, produto não
está sendo possível na sociedade industrializada – assim, o
trabalho se aliena de sua essência e desumaniza o ser humano;
o O trabalho está no reino da necessidade. Garantidas as
necessidades essenciais do homem pelo trabalho, então sim, ele
propiciaria o reino da liberdade, no que pelo tempo livre o
trabalho focaria as atividades estéticas.
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O trabalho hoje…
• Não possui nada de prazeroso para a maioria dos
trabalhadores;
• O trabalho criador é uma atividade restrita a poucos;
• A moral do trabalho preconizada pela burguesia
capitalista não satisfaz mais o trabalhador
contemporâneo;
• Para Marcuse, o apelo ao consumismo contemporâneo
é uma forma de manter o trabalhador preso às formas
exploratórias do trabalho. É um trabalho alienado e
alienante;
• A integração dos trabalhadores sempre foi ameaçada
(pressão, polícia, etc.)

Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 69


O QUE O TRABALHO NÃO É
TRABALHO NÃO É EMPREGO

• Está presente nas


• Surgiu na modernidade
relações humanas
a partir das relações do
desde seus primórdios;
homem com o capital;
• Implica o domínio de
• Implica o domínio de
saberes, técnicas e
saberes, técnicas e
capacidades como
capacidades como
essência da atividade
forma de preparação
humana na
profissional para o
transformação da
mercado de trabalho;
natureza e de si;
• Propósito = obter o
• Propósito =
melhor salário.
transformação.

Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 70


Trabalho X Emprego
• O fato de não se ter emprego para médicos ou
enfermeiras no Acre não significa que ali não tenha a
necessidade do trabalho destes profissionais;
• O fato de o salário dos professores serem baixos para a
importância de sua atividade, não significa que o
trabalho destes profissionais não seja importante;
• O trabalho autônomo de um desempregado não deixa
de ser trabalho porque ele está desempregado;
• O trabalho e o emprego são, portanto, atividades
distintas que às vezes coincidem entre si;
• É possível, ainda, que um empregado não trabalhe…

Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 71


Tipos de empregos
• De acordo com Paul Singer (apud ALBORNOZ), distingue alguns
setores de emprego, sendo eles:
o Setor de mercado = o emprego na produção capitalista
propriamente dito;
o Setor autônomo = produção de simples mercadorias
manufaturadas e artesanais;
o Setor de subsistência = produção de alimentos para
subsistência. Ex.: agricultura familiar;
o Setor governamental = emprego nas atividades
governamentais. Ex.: servidores públicos municipais, estaduais
e/ou federais.
• Ainda segundo Singer, o emprego seria uma forma de acesso aos
recursos, à renda e ao consumo, não sendo exatamente trabalho
no sentido técnico ou produção;
• “As pessoas trabalham antes para poder consumir do que
propriamente para produzir alguma coisa.” (p. 81)
Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 72
O desemprego e formas
de combate
• O que gera o desemprego? Por que há
desempregados?
• Hipótese A = algumas pessoas não querem trabalhar;
• Ação A = reprimir a vadiagem criando-se leis
repressivas ao desemprego;
• Hipótese B = os empresários não oferecem vagas
suficientes para suprir a demanda;
• Ação B = o governo cria políticas de expansão para o
emprego. Ex.: investimento em obras públicas,
subsídios para os empresários, políticas assistenciais
aos desempregados, etc.

Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 73


REFLITA…
• A falta de emprego não está diretamente relacionada à
falta do trabalho. O desemprego é um fenômeno
causado pela desigualdade produzida pela exploração
do trabalho no modo de produção capitalista, o que
significa dizer que, ao reduzir o trabalho ao mero
emprego, o capitalismo impede as pessoas de verem a
essência de seu trabalho, fazendo-as acreditar que só
há trabalho nas relações burocráticas do empregador e
seu empregado.
• Assim, é mais fácil dizer que o desemprego é culpa do
indivíduo que não quer trabalhar ou do governo que não
administra políticas inteligentes para existência de novos
empregos, do que permitir aos trabalhadores a
clarificação da verdadeira causa do desemprego – a
exploração do trabalho para manter o capital.
Prof. Rodrigo de Freitas Amorim 74
“É bom que se repita que o esforço por
minorar as consequências do desemprego
não deve fazer esquecer suas causas, que
têm a ver com o próprio modo de produção
capitalista.” (p. 83)

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Trabalho produtivo x
improdutivo
• Numa concepção restrita (capital como referência), o trabalho
só é produtivo quando cria valor, dando lucro para a empresa;
• Numa concepção mais ampla, o trabalho é produtivo quando
cria bens de consumo ou serviços;
• Trata-se de uma discussão complexa, pois muitas atividades
como a dos cientistas, médicos, artistas ou professores,
poderiam ser consideradas improdutivas pelo fato de não
criarem um produto específico, um objeto;
• E o que falar do trabalho doméstico? Produtivo ou
improdutivo? (ver p. 90)
• E o trabalho social? Do assistente social ou psicólogo
escolar? (ver p. 93)

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“Se uma mulher, por exemplo, cuida do seu bebê
em tempo integral, guardando na gaveta o
diploma de química ou física, há aí uma sobra, um
desperdício, uma falta de aproveitamento de força
viva de trabalho, que não pode ser esquecida por
que na realidade se está ajudando à formação da
futura geração trabalhadora. Isto, sem dizer nada
sobre os aspectos psicológicos e existenciais da
situação.” (p. 90)

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O trabalho e a
automação?
• Como fica a nova realidade do trabalho diante do mundo
da automação?
• Será que o trabalho vai desaparecer?
• E, o homem? Se esgota diante desta nova realidade?
• Como ficarão as massas vindouras se não conseguirem
se integrar a este novo mundo?
• Será possível distribuir a riqueza de forma justa,
equitativa, sem uma distribuição do trabalho?

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O QUE O TRABALHO AINDA NÃO
É, MAS PODE SER
• “A cada um segundo sua necessidade, e de cada um
conforme a sua capacidade é a regra do socialismo
[…]”. (ALBORNOZ, 1998, 97, grifos da autora);
• Ernest Borneman -> afirma que as sociedades
organizadas em modelos matrilineares seriam as
melhores referências para uma organização socialista
do trabalho, contrapondo-se ao modelo patriarcal;
• Cornelius Castoriadis -> afirma que a gestão operária
sobre o trabalho é o caminho para a transposição do
modo e produção capitalista, de exploração do trabalho,
para o modo socialista.

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REFERÊNCIAS
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. 6. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1998. (Coleção Primeiros Passos, 171)

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as


metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 5.
ed. São Paulo: Cortez, 1998.

ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando:


Introdução à Filosofia. 2. ed. (rev. e atual.). São Paulo:
Moderna, 1993.

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